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SAGRADA FAMÍLIA - CAPÍTULO 21

 


SAGRADA FAMÍLIA

“Capítulo 21”

 

Novela criada e escrita por

Wesley Franco

 

Personagens deste capítulo

HELENA

MURILO

GUTO

BÁRBARA

ADÉLIA

GUILHERME

MELISSA

PEDRO

SOL

CARUSO

NATHALIA

CLAÚDIO

TARCÍSIO

GARÇOM

 

Esta é uma obra de ficção e sem compromisso com a realidade.

 

CENA 1. CASA DE MURILO. INT. SALA. DIA.

CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA CENA FINAL DO CAPÍTULO ANTERIOR.

Tarcísio está sentado assistindo televisão, até que começa uma reportagem no jornal falando sobre a premiação de Nathalia como empresária do ano, em um momento da reportagem começam a falar sobre a filha sequestrada de Nathalia e colocam uma foto da criança.

TARCÍSIO – (assustado) Meu Deus, essa criança é a Helena. A criança que o Tobias entregou para mim é a filha dessa mulher.

TARCÍSIO – A minha filha trabalhando de doméstica, enquanto a mãe é rica e está procurando por ela...mas eu não posso contar a verdade, ela é rica, pode acabar comigo e me colocar na cadeia por esse sequestro.

TARCÍSIO – Mas e se reconhecerem a Helena por essa foto? Podem chegar até ela e pode ser ainda pior. Meu Deus, por que isso está acontecendo agora? Justo agora!

CORTA PARA

CENA 2. BAÍA DE GUANABARA. EXT. IATE. DIA.

Melissa e Guilherme passeiam de iate pela baía de Guanabara. O dia está bastante ensolarado com o céu limpo, Melissa usa um maiô preto, enquanto Guilherme usa uma sunga branca, eles trocam carícias e se beijam enquanto navegam pela baía.

GUILHERME – Nunca tinha andado de iate, era meu sonho. Tô muito feliz. (Sorrir)

MELISSA – Eu vou realizar todos os seus sonhos meu amor, nunca fui tão feliz ao lado de alguém como estou sendo do seu.

GUILHERME – Eu é que sou feliz com você, e pensar que a gente se conhece há tão pouco tempo e já temos toda essa ligação. (abraça Melissa)

MELISSA – Está sendo muito especial! Agora eu acho que a gente precisar dar um passo a frente, não acha?

GUILHERME – Você tem toda razão.

MELISSA – Quando vou conhecer sua família? A minha você já conhece a Bárbara, mas posso organizar um jantazinho para você conhecer outros amigos meus.

GUILHERME – Quando você quiser conhecer, eles vão estar lá, agora você tem que está ciente que eu sou pobre, minha família é simples e tem algumas coisas que eles não entendem.

MELISSA – Não me importo com isso, você sabe muito bem disso. Sei que sua mãe é empregada doméstica da casa dos Castro, e isso pouco me importa meu amor.

GUILHERME – Minha casa é simples, não temos carro, nada disso, então vá preparada.

MELISSA – Você se locomove como?

GUILHERME – De ônibus como todo mundo. (rir)

MELISSA – Vamos resolver isso, vou te dar um carro.

GUILHERME – Um carro? Tá falando sério?

MELISSA – Seríssimo, não quero você se arriscando andando de ônibus por aí, vou te dar um carro.

GUILHERME – Te amo, sabia?

MELISSA – Eu também te amo.

Guilherme agarra Melissa e a beija freneticamente.

CORTA PARA

CENA 3. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DE CARUSO. DIA.

Sol entra na sala de Caruso com uma pasta e coloca sobre a mesa. Caruso está mexendo em seu notebook com bastante dificuldade.

CARUSO – Não consigo mexer nessa planilha, olha como ela está desorganizada, não consigo entender nada. Você sabe mexer nesse programa?

SOL – Deixa eu dar uma olhada.

Sol mexe no notebook de Caruso e com rápidos comandos no teclado ela consegue organizar a planilha.

SOL – Prontinho.

CARUSO – (sorrir) Me fez parecer um burro! Você é muito boa com esses computadores.

SOL – Sei fazer um básico que funciona na maioria das vezes. (sorrir)

CARUSO – Já eu sou péssimo para essas tecnologias, nunca me adaptei a essas modernidades, tinha dificuldade até com a máquina de escrever, sempre preferir o bom e velho papel com caneta.

SOL – Tudo é uma questão de treino seu Caruso. (rir)

CARUSO – Já desistir! (rir e olha no relógio) Já está quase na hora do almoço, quer almoçar comigo hoje? Não aceito não como resposta, depois dessa ajuda que você me deu, o mínimo que posso te oferecer é um almoço.

SOL – Não foi trabalho nenhum, é meu papel te ajudar no que o senhor precisar, mas eu aceito sim o convite.

CARUSO – Eu vou te perdoar por ter me chamado de senhor porque você aceitou o convite, mas da próxima vez me chame só de Caruso, por favor. (rir)

SOL – (sorrir) Está certo, Caruso.

CORTA PARA


CENA 4. CASA DE PEDRO. INT. QUARTO. DIA.

Pedro está pelado dentro do seu quarto com um celular na mão, ele tira várias fotos em posições diferentes diante do espelho, ainda pelado ele pega a bag de motoboy coloca nas costas e retira mais fotos, depois se deita na cama e começa a analisar as fotos.

PEDRO – (mexendo no celular) Ficaram ótimas, só vou dar uma cortada aqui para não dá para me reconhecer e publicar. E seja o que Deus quiser!

CORTA PARA

CENA 5. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. INT. QUARTO DE GUTO. DIA.

Helena bate na porta do quarto de Guto, não recebe resposta e entra no quarto empurrando um carrinho de limpeza, ela retira todos os lençóis da cama de Guto e coloca dentro do carrinho e começa a colocar novos lençóis. Guto sai do banheiro completamente pelado enxugando o cabelo com uma toalha e se depara com Helena, que se assusta ao ver Guto pelado.

HELENA – (tampando os olhos) Me desculpa, me desculpa, me desculpa, eu não sabia que o senhor estava tomando banho, entrei só para trocar os lençóis de cama.

Guto sorrir e fica impressionado com a beleza de Helena.

GUTO – Não precisa se desculpar, eu é que preciso me desculpar por ter saído assim pelado do banheiro sem nem ter me tocado que podia ter alguém aqui.

Guto se enrola na toalha.

GUTO – Você é a funcionária nova, não é? Prazer, Guto. (estende a mão para cumprimentar)

HELENA – Prazer me chamo Helena. (cumprimenta com as mãos)

GUTO – Lindo nome e lindo o sotaque, você é da Bahia?

HELENA – (sorrir) É tão evidente assim? Sou sim, de Salvador.

GUTO – É que esse sotaque é muito lindo e inconfundível.

HELENA – Obrigada.

GUTO – Me desculpe por ter te assustado assim, eu realmente não costumo sair do banheiro assim.

HELENA – Não precisa se desculpar, esse é seu quarto, eu é que deveria ter tomado cuidado.

GUTO – Que isso! Fica tranquila, não me importo com essas coisas não.

HELENA – Eu vou sair para você se trocar, depois eu volto.

Helena sai do quarto e deixa Guto sozinho.

GUTO – Nossa que linda e ainda vem acompanhado desse sotaquezinho gostoso, e o melhor de tudo que ela trabalha aqui, vai ser fácil, fácil pegar essa empregadinha. (sorrir)

CORTA PARA

CENA 6. RESTAURANTE. INT. SALÃO. DIA.

Caruso e Sol estão sentados à mesa almoçando juntos.

CARUSO – Conheço muito sobre a sua vida profissional, mas você fala pouco sobre a sua vida pessoal, sei que é filha da Adélia, tem um irmão que é modelo, mas e o coração? Tem dono?

SOL – Eu namoro o Pedro, a gente se conhece desde a adolescência e estamos juntos há alguns anos.

CARUSO – Legal, e ele trabalha de que?

SOL – Ele é motoboy?

CARUSO – Um emprego bastante digno, mas ele faz mais alguma coisa? Estuda?

SOL – Não, apenas trabalha como motoboy.

CARUSO – Entendi, mas você é uma moça tão bem estudada, tenho certeza que quer alcançar vôos mais altos, acho que seria uma boa aconselhar seu namorado a fazer o mesmo, assim vocês podem construir um futuro juntos.

SOL – Já conversei várias vezes com o Pedro sobre isso, mas ele não gosta de estudar, e sem estudar gente pobre como nós somos, não chega a lugar nenhum.

CARUSO – Você tem toda razão, o estudo é uma forma segura de alcançar sucesso, é triste que ele não queira nada disso, mas não deixe que ele atrapalhe você de conseguir isso.

SOL – De maneira alguma! Eu sou bem decidida naquilo que eu quero para minha vida, e eu quero alcançar um bom patamar profissional.

CARUSO – Vai conseguir, porque você é muito competente. (sorrir)

Caruso alisa a mão de Sol que está sob a mesa, ela retribui com um sorriso.

CORTA PARA

CENA 6. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DA PRESIDÊNCIA. DIA.

Nathalia está reunida em sua sala com Cláudio.

NATHALIA – Como foram as férias Cláudio? Pensou melhor naquele assunto?

CLÁUDIO – As férias foram ótimas, eu precisava mesmo dessa licença que você me deu, serviu para pensar bastante no assunto e enfim cheguei a uma decisão definitiva.

NATHALIA – E qual foi a sua decisão?

CLAÚDIO – Eu quero me aposentar, a minha vida executiva acabou, quero curtir melhor tudo que gerei durante todos esses anos de trabalho, aproveitar a minha esposa, os meus filhos e os meus netos o máximo possível nesse pouco tempo que ainda me resta.

NATHALIA – Pouco tempo nada, você ainda vai viver muitos anos! (sorrir) Eu lamento muito em te perder, você foi um diretor geral incrível, me ajudou muito em todos esses anos, fez um serviço impecável para esta empresa, te substituir não vai ser tarefa fácil.

CLAÚDIO – Tem tantos jovens aí com capacidade para me substituir, isso vai ser fácil, você tira de letra. (sorrir) Tenho a minha torcida, se você quiser saber.

NATHALIA – Pode falar, prometo que darei bastante consideração no momento da decisão.

CLÁUDIO – O Murilo! Jovem, entusiasmado e bastante competente em tudo que se propõe a fazer, gosto bastante dele e da história dele.

NATHALIA – Conheço pouco da história do Murilo, sei que ele foi trazido para cá pelo Caruso.

CLAÚDIO – Sim, o Caruso adotou ele como afilhado, mas ele é filho do motorista do Caruso, o Antônio, um homem de grandes valores também assim como o filho, mas depois que a mulher o largou, acabou caindo no vício do álcool, mas o filho estudou, se profissionalizou e está ai como o grande profissional que é.

NATHALIA – Admiro muito quem vem de baixo e consegue subir na vida, me lembra a minha história.

CLAÚDIO – Te desejo boa sorte nessa busca de um substituto para mim.

NATHALIA – Não vai ser fácil. (sorrir)

CORTA PARA

CENA 7. BAR. INT. NOITE.

Antônio está sentado no balcão do bar bebendo uma garrafa de cachaça.

ANTÔNIO – (embriagado) Coloca mais uma!

GARÇOM – Já bebeu demais Antônio, melhor você ir para casa.

ANTÔNIO – (embriagado) Quem decide quando eu vou ou não para casa, sou eu. Tô pagando, tenho direito de beber.

GARÇOM – Seu filho já pediu para eu nem te dar bebida, te dei porque achei que você ia se controlar hoje, mas pelo visto não.

ANTÔNIO – (se levanta e grita) E eu estou descontrolado? Eu tô muito bem viu, melhor do que todos vocês aqui!

Antônio sente uma dor, coloca as mãos sobre a barriga e cai no chão.

CORTA PARA

CENA 8. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. EXT. ENTRADA DA MANSÃO. NOITE.

Helena sai da mansão e se encontra com Murilo que está sentado no capô do seu carro estacionado na entrada da mansão.

MURILO – Hoje vai ter que ser um rolê noturno, mas tem bastante coisas para conhecer na noite do Rio de Janeiro.

HELENA – Vai ser uma coisa bem levezinha? Porque eu tô cansada.

MURILO – (sorrir) Prometo que vai, vamos?

HELENA – (sorrir) Vamos!

Murilo abre a porta do carro para Helena que entra no carro, Murilo entra em seguida e dirige. Bárbara dirigindo seu carro para na entrada da mansão, ela desce do seu carro e toca a campainha da casa.

CORTA PARA

CENA 9. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. INT. SALA. NOITE.

Adélia abre a porta da mansão para Bárbara que entra.

ADÉLIA – Dona Bárbara, não sabia que estavam esperando a senhora aqui, não me avisaram nada.

BÁRBARA – Oi Adélia, como vai? (sorrir) Na verdade não tem ninguém me esperando, eu tava passando aqui por perto e resolvi dá uma passadinha. Eu vi uma mulher saindo daqui e entrando no carro do Murilo, achei estranho porque nunca vi essa mulher aqui.

ADÉLIA – Deve ter sido a Helena, a funcionária nova daqui de casa, foi o Murilo que indicou.

BÁRBARA – Helena, lindo nome. (sorrir)

Guto desce as escadas da mansão.

GUTO – Bárbara, que surpresa é essa você aqui?

BÁRBARA – Olá, Guto. Tava passando aqui por perto, resolvi fazer uma visita.

GUTO – Você fazendo visitas inesperadas? Estranho demais.

ADÉLIA – Vou deixar vocês a sós.

Adélia vai até a cozinha.

GUTO – Pode falar, o que você quer?

BÁRBARA – O Murilo terminou comigo por causa de uma mulher que ele está se envolvendo.

GUTO – (rir) Foi trocada por outra mulher.

BÁRBARA – Eu o segui hoje, ele veio buscar essa mulher aqui e agora eu descobrir que se trata da nova empregada de vocês.

GUTO – (surpreso) A Helena?

BÁRBARA – Sim, ela mesmo.

GUTO – Não acredito, aquele miserável chegou antes de mim, eu já estava de olho na empregadinha.

BÁRBARA – Você precisa me ajudar, eu namoro com o Murilo há anos, eu não posso perder ele para uma empregada.

GUTO – O que você propõe?

BÁRBARA – Você me ajuda a separar os dois, eu fico com o Murilo e você fica com a empregadinha. Os dois saem ganhando.

CONGELAMENTO FINAL EM BÁRBARA.



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