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SAGRADA FAMÍLIA - CAPÍTULO 08

 



SAGRADA FAMÍLIA

“Capítulo 08”

 

Novela criada e escrita por

Wesley Franco

 

Personagens deste capítulo

JAYME

ALEXANDRE

REGINALDO

NATHALIA 

ADÉLIA

JOSÉ CARLOS

PENELUC

LÁZARO

RENATA

TOBIAS

NANÁ

ANTÔNIO

SECRETÁRIA


Esta é uma obra de ficção e sem compromisso com a realidade.

 

CENA 1. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DA PRESIDÊNCIA. DIA.

Continuação imediata da cena final do capítulo anterior.

JAYME – O Leonardo vai nos ajudar com a contabilidade da empresa, depois do incêndio que tivermos gastos muitos altos para reparar tudo, eu acho que vai ser bastante positivo a gente revisar todos os gastos da empresa para tentar ver onde a gente pode enxugar, e como você é o responsável por toda essa parte financeira, preciso que você ajuda o Leonardo a se situar.

Alexandre fica bastante apreensivo com o que houve e tenta disfarçar.

ALEXANDRE – Claro! Vai ser um prazer trabalhar com você Leonardo.

LEONARDO – Vou precisar muito de você, o Jayme me contou que você é responsável por todos os assuntos financeiros da fábrica, desde pagamentos, contratos, firmas, tudo está a seu cargo.

ALEXANDRE – Sim, essa parte era dividida com a presidência da fábrica, mas desde os últimos acontecimentos na vida do Jayme ficou decidido que a vice-presidência, que é o meu cargo, teria mais responsabilidade sobre isso.

LEONARDO – Entendo, e você tem alguém para te ajudar nisso?

ALEXANDRE – O Reginaldo, você vai conhecer ele, ele é o diretor financeiro da empresa, é praticamente meu número 2.

LEONARDO – Perfeito! Vamos aos trabalhos.

JAYME – Depois de um cafezinho.

Jayme pega o telefone e disca para sua secretária.

JAYME – (ao telefone) Você traz três cafés aqui na minha sala, por favor.

ALEXANDRE – Dois, eu não vou poder ficar para o café, tenho assuntos importantes para tratar com o Reginaldo, mas depois que vocês concluírem aqui pode me procurar Leonardo, estou a disposição. (sorrir)

LEONARDO – Te encontro já.

Alexandre sai da sala.

CORTA PARA

CENA 2. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DA VICE-PRESDIÊNCIA. DIA.

Alexandre conversa com Reginaldo e demonstra preocupação com o que Leonardo pode descobrir.

ALEXANDRE – Você se deu conta do tamanho do problema?

REGINALDO – Os números estão muito maquiados ele não vai descobrir fácil.

ALEXANDRE – Vai! (preocupado) O Leonardo é muito bom no que faz, ele vai perceber de cara que os preços estão muito acima dos praticados no mercado, isso vai levantar suspeita e ele vai afundo até descobrir. Estamos arruinados!

REGINALDO – Não vamos nos desesperar antes da hora Alexandre, até lá ainda temos alguns dias para pensar no que podemos fazer.

ALEXANDRE – Temos que pensar e agir rápido, se o Jayme descobrir que eu desfalquei dinheiro da empresa vai ser o meu fim.

CORTA PARA

CENA 3. PRAÇA PÚBLICA. EXT. DIA.

Nathalia leva Maitê no carrinho de bebê, as duas passeiam pela praça ao lado de Adélia.

NATHALIA – Sempre sonhei com a maternidade, mas eu não imaginava que fosse tão gostosa assim.

ADÉLIA – É uma delícia não é? Você está vivendo uma das melhores fases que é esse momento que ela precisa tanto de você.

NATHALIA – Dizem que passa tão rápido.

ADÉLIA – E passa mesmo, mas outras fases virão que são tão gostosas quanto, a minha filha Sol está com 6 anos, ela aprendeu a ler e agora quando a gente sai ela sai lendo tudo que ver pela rua. (rir)

NATHALIA – (sorrir) Que gracinha. E o mais novo, quantos anos tem?

ADÉLIA – O Guilherme tem três anos, entrou pra escolinha esse ano, essa fase é tão difícil, se adaptar ao ambiente de escola não é fácil.

NATHALIA – Você não sente falta de estar perto deles todo o tempo? Você trabalha tanto naquela casa.

ADÉLIA – Sentir eu sinto, mas se eu não trabalhar, como vou dar à eles tudo que eles precisam? O que o meu marido recebe não daria pra viver. O seu Jayme paga muito bem.

NATHALIA – O Jayme é um dos homens mais generosos que já conheci, nunca vou esquecer o que ele está fazendo por mim e pela minha filha. (Nathalia tira Maitê do carrinho e a carrega no colo beijando sua testa).

ADÉLIA – Tenho pra mim que você aparecer na vida do Jayme foi uma segunda chance que a vida deu a ele de ser feliz. A perda muito precoce da esposa e do filho foi um momento trágico da vida dele, este homem vivia chorando pelos cantos, você via a tristeza no olhar dele. Desde que você apareceu a vida dele que tava em preto em branco, voltou a colorir e depois que a Maitê nasceu, ai que melhorou de vez.

NATHALIA – (sorrir) Ele é um grande amigo, merece ser feliz.

CORTA PARA

CENA 4. CASA DE ANTÔNIO. INT. QUARTO. DIA.

José Carlos entra no quarto que Peneluc está arrumando a cama.

JOSÉ CARLOS – Já está tudo certo, comprei as passagens, a gente embarca amanhã.

PENELUC – Fala baixo homem, alguém pode ouvir.

JOSÉ CARLOS – O Antônio e a Naná saiu, só temos eu, você e o Murilo em casa.

PENELUC – Eu estou tão nervosa com tudo isso, tenho muito receio do que pode acontecer.

JOSÉ CARLOS – Não vai acontecer nada, o dinheiro já caiu na minha conta. (sorrir) Estamos ricos Peneluc, ricos.

PENELUC – (sorrir) Isso só pode ser um sonho, eu nunca pensei que ia deixar essa vida desgraçada de empregada doméstica.

JOSÉ CARLOS – Pois agora você vai ser a madame, vamos ter vários empregados na nossa casa e você é quem vai dar ordens a partir de agora.

PENELUC – Quero comprar muitos vestidos, sapatos, bolsas, jóias, comer e beber tudo de bom e do melhor. Vou ser uma senhora da sociedade.

JOSÉ CARLOS – Tudo que você quiser meu amor.

José Carlos abraça Peneluc e a beija.

CORTA PARA

CENA 5. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DA PRESIDÊNCIA. DIA.

Jayme está sozinho na sua sala lendo alguns papéis, até que o telefone da sala toca e ele atende.

JAYME – (ao telefone) Diga.

SECRETÁRIA – (no outro lado da linha) O Senhor Lázaro acaba de chegar.

JAYME – (ao telefone) Pode mandar entrar.

Jayme desliga o telefone e se levanta. Lázaro entra na sala e cumprimenta Jayme com as mãos.

LÁZARO - Trago notícias concretas sobre o caso que você me pediu.

JAYME – Estava à espera disso, e então o que você descobriu.

LÁZARO – Existe uma lista do governo do México com o nome dos imigrantes que tentam atravessar a fronteira e são pegou pela polícia americana e devolvidos ao México ou que morrem no trajeto. Consegui acesso a lista, e nela consta o nome do Humberto.

JAYME – Então ele foi pego pela polícia e está preso no México?

LÁZARO – Ele foi morto por milícias anti-imigração na fronteira com o México.

JAYME – Meu Deus, a Nathalia vai ficar muito triste com essa notícia.

LÁZARO – Tentei descobrir onde ele foi enterrado, mas não obtive essa informação, busquei um documento que atestasse a morte dele, mas por ser um imigrante estrangeiro toda essa questão foi meio negligenciada.

CORTA PARA

CENA 6. RIO DE JANEIRO. EXT. RUA POUCO MOVIMENTADA. DIA.

Dentro do carro, Alexandre conversa com Renata.

RENATA – Por que paramos aqui?

ALEXANDRE – Não queria conversar com você sobre esse assunto em nenhum lugar que pudéssemos ser ouvidos.

RENATA – Conversar sobre o que?

ALEXANDRE – Você já deve ter ficado sabendo que o Leonardo veio para o Rio de Janeiro a pedido do Jayme para analisar a questão financeira da empresa.

RENATA – Sim, achei bem chato da parte do Jayme não ter avisado, ele chegou justamente no dia que nem eu e nem você jantamos em casa.

ALEXANDRE – E você entende que ele vai descobrir os desfalques que eu cometi na empresa?

RENATA – (assustada) Não tinha pensado sobre isso. Se o Jayme descobrir o que você fez, ele vai no mínimo te tirar da empresa e nos expulsar da casa, e é possível até que ele te coloque na cadeia.

ALEXANDRE – Sim, é isso que vai acontecer se ele descobrir.

RENATA – Estamos arruinados Alaexandre, eu não vou suportar a vergonha se você for preso.

ALEXANDRE – O Jayme não pode descobrir isso de forma alguma!

RENATA – E o que vamos fazer pra ele não descobrir? O Leonardo é muito amigo do Jayme, ele não vai te encobrir.

ALEXANDRE – Precisamos tirar o centro das atenções sobre o Leonardo, alguma coisa tem que ocupar o Jayme e até mesmo o Leonardo.

RENATA – Mas o que?

ALEXANDRE – Tive pensando muito sobre isso, e acho que chegou a hora de fazer aquilo que eu te falei, sobre agir contra a Maitê, porque ai resolvemos duas coisas de uma vez.

RENATA – Esqueça essa criança Alexandre, o problema que nós temos agora é muito pior.

ALEXANDRE – Essa criança vai ser uma das etapas da solução dos nossos problemas.

RENATA – O que você quer fazer?

ALEXANDRE – Sequestrar a Maitê!

RENATA – (assustada) Você enlouqueceu? Sequestrar uma criança.

ALEXANDRE – A gente se livra da Maitê, e com o sequestro toda a atenção vai se voltar na busca por ela, isso vai tirar a atenção do Jayme, ele tá muito ligado nessa criança, o Leonardo vai dá apoio a ele e vai atrasar a análise dos números da empresa.

RENATA – E depois? Porque uma hora ele vai continuar o trabalho dele.

ALEXANDRE – Nesse meio tempo eu penso no que fazer com ele, mas o importante agora é ganhar tempo.

RENATA – Você não vai matar essa criança!

ALEXANDRE – Não vou fazer isso, jamais! Vou conseguir uma família que cuide dela, mas bem longe daqui, para que ela não seja encontrada nunca mais.

CORTA PARA

CENA 8. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. INT. QUARTO DE NATHALIA. DIA.

Jayme bate à porta e entra no quarto de Nathalia que acaba de colocar Maitê no berço para dormir.

NATHALIA – Se você chega um pouquinho antes ainda pegava ela acordada.

JAYME – De certa forma foi até bom ter chegado agora, porque eu preciso conversar com você uma coisa séria.

NATHALIA – O que aconteceu?

JAYME – Hoje eu recebi notícias sobre o paradeiro do Humberto e infelizmente o que você temia, aconteceu.

NATHALIA – (triste) O Humberto morreu?

JAYME – Sim, pelo que descobriram ele morreu tentando atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos. Naquela região há muitos milicianos anti-imigração, que são grupos armados de cidadãos americanos que lutam contra a imigração legal. Ao que tudo indica ele foi vítima destes grupos.

Nathalia começa a chorar.

JAYME - Sinto muito pela sua perda.

NATHALIA – (chora) Quando eu e o Humberto nos casamos éramos cheios de sonho, ter uma casa, ter muitos filhos, ficar juntos até ficarmos bem velhinhos e mimar muito os nossos netos, mas a situação aqui estava tão ruim que ele botou na cabeça que precisava ir para os Estados Unidos porque lá ele ia conseguir um emprego para dá uma vida melhor pra gente, ele só queria uma vida mais digna e tiraram a vida dele.

JAYME – Ele foi um grande homem que assim como tantos deixam este país buscando uma vida melhor. Que Deus o tenha em bom lugar.

Jayme abraça Nathalia que continua chorando.

CORTA PARA

CENA 9. CASA DE ANTÔNIO. INT. SALA DE ESTAR. DIA.

José Carlos carrega uma mala do quarto e passa pela sala. Na sala Peneluc termina de escrever uma carta sentada no sofá.

JOSÉ CARLOS – Vamos Peneluc, a gente não pode perder nosso vôo, precisamos fazer o check in duas horas antes do embarque.

PENELUC – Já estou indo, precisava escrever essa carta para o Antônio explicando o que aconteceu.

Peneluc dobra a carta, coloca dentro de um envelope e deixa em cima da mesinha de centro.

PENELUC – A Naná saiu para passear com o Murilo no parque, não vou conseguir me despedir do meu filho.

JOSÉ CARLOS – Não podemos esperar a Naná chegar, ela vai fazer um escândalo se descobrir que estamos fugindo juntos.

PENELUC – Pede pro taxista passar pelo parque, quero ver meu filho pela última vez, nem que seja pela janela do carro.

JOSÉ CARLOS – Tudo bem meu amor, eu peço, mas vamos embora logo antes que alguém chegue.

José Carlos segura a mala com uma mão e puxa Peneluc com a outra, e eles deixam a casa.

CENA 10. ESTACIONAMENTO SHOPPING. INT. DIA.

Alexandre está dentro do seu carro em uma área menos movimentada do estacionamento de um shopping, até que Tobias entra no carro e se senta no banco de passageiro.

ALEXANDRE – (olhando para o relógio) Pontual você!

TOBIAS – Tudo que faço, faço bem feito chefia.

ALEXANDRE – Vou precisar que você faça um serviçinho para mim, que vai exigir muito cuidado.

TOBIAS – Do que você precisa desta vez?

ALEXANDRE – Preciso que você sequestre um bebê, de menos de um ano, você não terá muito trabalho.

TOBIAS – Já matei muita gente, já fiz muitos serviços sujos, mas nunca seqüestrei uma criança. O que você quer fazer com ela?

ALEXANDRE – Não quero fazer nenhum mal a criança, por isso que eu preciso que você conheça algum casal que sejam boas pessoas e estejam dispostos a adotar uma criança por uma determinada quantia em dinheiro, mas precisa ser um casal que more bem longe daqui.

TOBIAS – (pensativo) Bem longe daqui, deixa eu pensar.

ALEXANDRE – Tem que ser jogo rápido, não tenho muito tempo, isso precisa acontecer logo.

TOBIAS – Tem um ex-comparsa meu que hoje está vivendo honestamente lá na Bahia, ele é bem casado com uma mulher super gente boa, mas que tem dificuldades de ter filho, acho que conversando direitinho, contando umas historinhas eles aceitariam cuidar da criança.

ALEXANDRE – Bahia? Excelente! Acredito que seja suficientemente distante, acerte tudo com esse cara e se ele aceitar, vamos colocar o plano em ação. Agora presta muita atenção, eu não quero que nenhum mal aconteça com a criança. Tá entendendo?

TOBIAS – É claro chefia, nem eu faria mal a uma criança.

CORTA PARA

CENA 11. CASA DE ANTÔNIO. INT. SALA DE ESTAR. DIA.

Antônio entra em casa, retira seu paletó e coloca em cima da cadeira, ele anda por todos os cômodos da casa e percebe que não tem ninguém em casa. Ele então vai até a cozinha se serve um copo de água e volta para sala onde se senta no sofá, ao pegar o controle para ligar a TV ele percebe uma carta em cima da mesinha de centro. Antônio começa a ler a carta, enquanto isso Naná chega em casa empurrando o carrinho com o pequeno Murilo.

NANÁ – (sorrindo) Chegamos! E chegamos morrendo de fome, lá fora estava um calor, mas o Murilinho se divertiu bastante no parque.

Antônio segue lendo a carta demonstrando espanto e surpresa com o que está lendo.

NANÁ – Que cara é essa Antônio? O que você está lendo de tão grave.

Antônio em um ato de fúria amassa a carta e joga no chão.

ANTÔNIO – (furioso) O José Carlos e a Peneluc fugiram juntos! Na carta a Peneluc conta que o José Carlos ganhou na loteria e os dois resolveram viver o amor deles juntos.

NANÁ – (surpresa) Do que você está falando? Enlouqueceu? O José Carlos não faria isso comigo, ele me ama, ele é meu companheiro. A sua mulher está mentindo.

ANTÔNIO – (pegando a carta amassada do chão) Está aqui Naná! Está aqui! Eles foram embora, a minha mulher e o seu marido fugiram juntos.

NANÁ – (pega a carta da mão de Antônio e ler) Não pode ser. (Grita) Onde está o José Carlos? Onde está o José Carlos? Onde está o meu marido?

ANTÔNIO – Isso não vai ficar assim.

Antônio corre até seu quarto, abre o guarda-roupa e pega uma arma que está dentro de uma caixa e volta para sala. Naná percebe que Antônio está armado e tenta impedi-lo de ir.

NANÁ – (assustada) O que você vai fazer Antônio?

ANTÔNIO – Eu vou matar os dois!

Antônio tenta sair de casa, mas Naná o impede.

NANÁ – (chorando) Por favor meu irmão não faça nada, você vai destruir a sua vida. Pense em você, em mim e no seu filho.

ANTÔNIO – A Peneluc acabou com a minha vida!

Antônio empurra Naná e sai de casa descontrolado.

CORTA PARA

CENA 12. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DE REUNIÕES. DIA.

Leonardo está sentado na mesa debruçado sobre vários papéis que ele analisa e faz cálculos com bastante atenção, ao seu lado está Reginaldo que também está analisando papéis e auxiliando Leonardo no seu trabalho.

LEONARDO – (mostrando um papel a Reginaldo) Este contrato aqui da compra de materiais para a reforma das salas da diretoria, olha esses valores como são altos, vocês deveriam buscar fornecedores mais baratos, uma empresta deste tamanho consegue ofertas melhores.

REGINALDO – (Apreensivo) Não havia tempo hábil para isso, o Alexandre queria que a sala dele fosse reformada o quanto antes, e procurar melhores preços demanda tempo, então optamos por escolher uma fornecedora que já conhecíamos a qualidade dos seus materiais para fazer o trabalho.

LEONARDO – Mas eu observei que foi a primeira vez que essa fornecedora foi utilizada, como é que vocês já conheciam a qualidade dos materiais?

REGINALDO – (pensativo) O...O...Na verdade eu conhecia a qualidade da empresa através de um serviço que ela fez em outra empresa, por isso optamos por ela.

LEONARDO – Entendi, mas os valores praticados por essa empresa são absurdos.

CENA 13. AEROPORTO INTERNACIONAL DO GALEÃO. INT. ENTRADA SALA DE EMBARQUE. DIA.

José Carlos e Peneluc fazem o check-in no balcão da companhia aérea, recebem as passagens e caminham de mãos dados em direção a sala de embarque, até que são surpreendidos pela presença de Antônio.

ANTÔNIO – (Grita) Peneluc!

Peneluc e José Carlos ouvem o grito de Antônio e se viram em sua direção, bastante surpresos com sua presença.

ANTÔNIO – Sua vagabunda! Como você pode ter coragem de abandonar a mim e ao nosso filho.

JOSÉ CARLOS – Olha lá como você fala com ela Antônio.

ANTÔNIO – Não me dirija a palavra seu maldito, a vontade que eu tenho é de acabar com você aqui mesmo, você desgraçou a vida da minha irmã.

PENELUC – Antônio, por favor, pare com isso, volta para casa e cuida do nosso Murilo.

ANTÔNIO – Nosso Murilo? Você por acaso pensou no Murilo quando você resolveu fugir com seu amante? Eu sempre fui um bom marido para você e você me traia com o José Carlos.

PENELUC – A gente não manda nas coisas do coração Antônio, eu sempre fui apaixonada pelo José Carlos, e quando ele foi morar conosco só reativou algo que eu já sentia.

ANTÔNIO – (retira a arma que estava na cintura e aponta para Peneluc) Vadia! Vagabunda! Descarada.

José Carlos e Peneluc ficam apreensivos ao verem Antônio segurando uma arma.

JOSÉ CARLOS – Solta essa arma Antônio, você vai acabar com sua vida.

ANTÔNIO – Vocês já acabaram com ela!

Foco em Antônio armado mostrando feições de muita raiva, ele destrava a arma, aperta o gatilho disparando três tiros.

CONGELAMENTO FINAL EM ANTÔNIO.


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