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SAGRADA FAMÍLIA - CAPÍTULO 20

 

SAGRADA FAMÍLIA

“Capítulo 20”

 

Novela criada e escrita por

Wesley Franco

 

Personagens deste capítulo

TARCÍSIO

HELENA

MURILO

BÁRBARA

MELISSA

EDUARDO

GUILHERME

PEDRO

ADÉLIA

NATHALIA

GUTO

JORNALISTA

 

Esta é uma obra de ficção e sem compromisso com a realidade.

 

CENA 1. RODOVIÁRIA DO RIO DE JANEIRO. INT. SALA DE DESEMBARQUE. DIA.

CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA CENA FINAL DO CAPÍTULO ANTERIOR.

Tarcísio e Helena desembarcam do ônibus e carregam suas malas até a sala de desembarque, assim que ela entra no desembarque ela nota a presença de Murilo que está em pé com um enorme buquê de flores à sua espera. Assim que os dois se notam, lançam um sorriso um para o outro, e Helena vai em direção a Murilo, os dois se abraçam e se beijam. Na mesma sala, mas distante do casal, Bárbara assiste toda a cena demonstrando muito ódio com o que está vendo.

BÁRBARA – Então era esse o motivo dele ter terminado comigo, uma mulher. (dá leves tapa na cara) Como eu fui burra, burra, burra!

BÁRBARA – Se você acha que vai se livrar assim de mim tão fácil Murilo, você está muito enganado. Vou acabar com essa alegria dos dois, não vou aceitar ser trocada tão facilmente.

Murilo carrega algumas malas de Helena com a ajuda de Tarcísio.

HELENA – Vocês não chegaram a se conhecer em Salvador. Pai esse é o Murilo, que já te falei sobre ele, e Murilo este é meu pai Tarcísio.

MURILO – (ergue a mão e cumprimenta Tarcísio) Prazer seu Tarcísio, seja muito bem-vindo ao Rio de Janeiro.

TARCÍSIO – Prazer rapaz, e muito obrigado pelo apoio que você está nos dando nesse momento.

MURILO – Imagina, eu faria qualquer coisa pela Helena e pela família dela. (sorrir) Vamos? Já está tudo pronto esperando por vocês.

HELENA – (sorrir) Vamos!

Murilo pega na mão de Helena e os dois saem da rodoviária de mãos dadas, Tarcísio acompanha.

CORTA PARA

CENA 2. CASA DE ADÉLIA. INT. QUARTO DE GUILHERME. DIA.

Guilherme está sentado apenas de bermuda diante da televisão jogando vídeo-game, até que Pedro bate na porta e entra.

GUILHERME – Fala mano! A Sol me contou que você me procurou aqui ontem, mas você sabe né, eu tava com a Melissa ontem. Saca só o que ela me deu. (mostra o vídeo game) Maneiro né?

PEDRO – Esse é o novo lançamento?

GUILHERME – Sim! Ela me deu ontem, assim que cheguei hoje de manhã já comecei a jogar sem parar.

PEDRO – Depois vou vim aqui jogar umas partidas com você. (sorrir)

GUILHERME – Fique à vontade irmão.

PEDRO – A Sol te falou o que aconteceu ontem?

GUILHERME – Falou sim, sinto muito cara, se você quiser a gente volta lá e quebra a cara desse riquinho de merda.

PEDRO – Não quero resolver na violência não, só quero sair dessa vida de motoboy, e só você pode me ajudar.

GUILHERME – Resolveu finalmente seguir meus conselhos? (sorrir)

PEDRO – Sim, quero que você me ajuda e me inscrever nessa plataforma ai e como eu tenho que fazer pra ela funcionar.

GUILHERME – Agora mesmo! É bem simples cara, a gente vai criar uma conta, você vai tirar umas fotos sem camisa, só de cueca, de preferência branca para mostrar o volume e vamos começar a divulgar no twitter.

PEDRO – Vou precisar mostrar o rosto?

GUILHERME – O ideal era que sim, mas também você não é obrigado, a gente pode criar até um nome do tipo “Motoboy misterioso”, isso excita a galera e atrai mais inscritos.

PEDRO – E o dinheiro como entra?

GUILHERME – Conforme a galera for assinando, a plataforma fica com uma parte e você leva todo o resto. E sabe qual o melhor? O pagamento é em dólar, você vai faturar irmão! (rir)

PEDRO – Me cadastra então nessa plataforma aí.

GUILHERME – Tá com o celular aí? Faço agora!

Pedro entrega o celular nas mãos de Guilherme.

CORTA PARA

CENA 3. CASA DE MURILO. INT. SALA DE ESTAR. DIA.

Murilo, Tarcísio e Helena entram na casa. Murilo coloca as malas na sala e apresenta a casa.

MURILO – Essa casa aqui é minha, mas eu não moro nela, porque ainda vivo com meu pai, eu comprei ela tem um tempo e tô dando uma ajeitada para quando eu for morar sozinho. Vocês podem ficar aqui o tempo que precisar.

TARCÍSIO – Muito obrigado rapaz, assim que a gente se estabilizar a gente deixa a casa, não vamos abusar da sua generosidade.

MURILO – Não é abuso nenhum, não fiquem preocupados com isso. Ajudo de coração.

HELENA – Muito obrigada, sou muita grata á toda ajuda que você está me dando.

MURILO – Não precisa agradecer, eu gosto muito de você e tô aqui pra te ajudar no que você precisar. A casa está uma bagunça, mas com jeitinho a gente vai arrumando ela.

HELENA – Eu vou dar um geral nela, vai ficar um brinco.

MURILO – Nada disso, você primeiro vai descansar, a viagem de Salvador pro Rio de Janeiro de ônibus não deve ser nada fácil.

HELENA – Eu tô quebrada. (rir)

MURILO – Descansa, eu vou ter que sair porque tenho um almoço importante hoje, mas assim que eu tiver livre eu volto aqui.

HELENA – Não demora, você tem uma obrigação comigo.

MURILO – Tenho é, e posso saber qual é?

HELENA – Quando você esteve em Salvador eu te apresentei a minha cidade, agora é sua vez de me apresentar a sua cidade. (sorrir)

MURILO – (sorrir) Com muito prazer!

CORTA PARA

CENA 4. APARTAMENTO DE MELISSA. INT. SALA. DIA.

Melissa conversa com Bárbara que está furiosa.

BÁRBARA – Eu vi com meus próprios olhos mamãe, ele foi receber uma mulher na rodoviária, deu beijos nela e depois saiu de mãos dadas pra Deus sabe onde.

MELISSA – Tava na cara minha filha, nenhum homem termina um relacionamento de anos se não tiver outra mulher envolvida. E ele deve está completamente apaixonado, porque ele ignorou a sua invenção de estar grávida.

BÁRBARA – Não vou aceitar perder o Murilo pra aquela mulher, eu não vou!

MELISSA – Não há o que fazer minha filha, ele está apaixonado por ela e ele vai ficar com ela.

BÁRBARA – (grita) Não vai! Eu vou acabar com o relacionamento dos dois.

MELISSA – Olha lá o que você vai fazer hein Bárbara, não vale a pena se sujar por causa do Murilo. Minha filha, você é tão bonita, jovem, rica, tem um boa posição em uma empresa de renome, vale a pena tanto esforço pelo Murilo? Filho do motorista.

BÁRBARA - Eu sou completamente apaixonada pelo Murilo mamãe, foram anos de namoro, ele foi meu primeiro homem. Não vou aceitar perder ele assim, não vou.

MELISSA – Tudo bem, mas eu não quero que você faça nada que te prejudique. Você me promete?

BÁRBARA – Prometo, mas não prometo que não farei nada que prejudique a ela.

CORTA PARA

CENA 5. MANSÃO DA FAMILIA CASTRO. INT. SALA. DIA.

A campainha da mansão toca e Adélia vai atender, Murilo entra.

ADÉLIA – Ah é você meu filho, pode ir entrando.

MURILO – Como vai Adélia? (abraça Adélia)

ADÉLIA – Eu estou indo na medida do possível, aqui tá uma loucura hoje, esse almoço para tantas pessoas e eu estou sozinha agora porque a menina que me ajudava a cuidar da casa precisou ir embora, e agora estou aqui louca com tantas coisas para fazer.

MURILO – E você já contratou alguém para te ajudar?

ADÉLIA – Nada! Nem tive tempo para procurar, mas amanhã mesmo eu vou colocar um anúncio, porque não dá para cuidar dessa casa enorme sozinha.

MURILO – Eu tenho uma pessoa para te indicar, ela chegou hoje de Salvador, perdeu a mãe e veio com o pai recomeçar a vida no Rio de Janeiro, esse emprego ajudaria muito ela.

ADÉLIA – E ela já trabalhou em casas antes?

MURILO – Acho que não, mas ela trabalhava em uma lanchonete e cuidava da casa porque a mãe era doente. Por favor Adélia, ajude ela, ela ia ficar muito feliz com esse emprego.

ADÉLIA – Você pedindo um favor pra mim, nunca que eu vou negar. Mande ela vim aqui conversar comigo, eu gostando dela, ela tá contratada.

MURILO – Muito obrigado. (sorrir) Você vai adorar ela!

ADÉLIA – Nada meu filho. (sorrir) Agora fique à vontade, porque eu vou precisar ir na cozinha terminar o almoço.

Adélia vai para cozinha e Murilo vai para sala e se senta no sofá. Guto desce as escadas e vai até Murilo.

GUTO – Até nos finais de semana você se faz presente, muito entrão você.

MURILO – Boa tarde Guto, eu estou aqui a convite da Nathalia.

GUTO – Foi só uma brincadeira Murilo, cadê o seu senso de humor? (rir)

MURILO – (rir) Desculpa não reconhecer o seu humor ácido.

GUTO -  Quer uma bebida? Vou preparar alguma coisa pra mim.

MURILO – Não posso, estou dirigindo, fica pra próxima.

GUTO – Você que sabe. A Nathalia ainda não desceu, o almoço deve demorar um pouco porque a Adélia está sozinha.

MURILO – Ela me contou, mas eu vou indicar uma pessoa para ajudar ela.

GUTO – Abriu uma agência de emprego para domésticas?

MURILO – (silêncio)

GUTO – Brincadeira novamente. (sorrir) Já que você não quer, vou preparar só para mim.

MURILO – Fique à vontade.

CORTA PARA

CENA 6. RIO DE JANEIRO. EXT. DIA.

Tomada de vários pontos da Zona Sul do Rio de Janeiro. Sendo a última tomada a parte externa do apartamento de Melissa.

CORTA PARA

CENA 7. APARTAMENTO DE MELISSA. INT. QUARTO. DIA.

Melissa está deitada na cama, enrolada em um lençol, enquanto Guilherme se veste.

MELISSA – Promete que vai pensar na proposta que te fiz de vim morar aqui comigo?

GUILHERME – Prometo sim, mas é uma idéia que a gente precisa amadurecer ainda, porque a gente começou a namorar agora.

MELISSA – Pensa com carinho, por favor.

GUILHERME – Pode deixar amor, mas agora tô indo viu?

MELISSA – Mas já? Achei que você ia passar o dia todo aqui comigo.

GUILHERME – Eu combinei de sair com minha irmã e o namorado dela, te contei que ele passou por aquele episódio de racismo, e a gente tá tentando dar uma força a ele pra ver se ele se anima.

MELISSA – Adoro essa dedicação que você tem com sua família. Precisa de dinheiro pra pagar alguma coisa?

GUILHERME – Acho que ainda tenho aquele que você me deu.

Melissa se levanta enrolada no lençol, vai até sua bolsa e retira algumas notas da carteira e entrega para Guilherme.

MELISSA – Toma, assim você faz um agrado para sua irmã e seu cunhado. (sorrir)

GUILHERME – Obrigado. (sorrir) Você não existe sabia? (beija Melissa) Tô indo!

CORTA PARA

CENA 8. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. INT. ESCRITÓRIO. DIA.

Nathalia está diante de um jornalista da Times e conta a sua história.

JORNALISTA – Você sempre foi daqui do Rio de Janeiro?

NATHALIA – Sim, eu cresci e vivi no Méier, me casei a primeira vez e continuei vivendo no Méier até meu ex-marido resolve que deveríamos ir para os Estados Unidos e vender a casa. Foi aí que eu fui com a minha madrinha Nenê e comecei a trabalhar na casa do Jayme.

JORNALISTA – Vocês se conheceram e logo depois começou a trabalhar na Castro Cosméticos?

NATHALIA – Não, eu comecei trabalhando como empregada na casa do Jayme, foi assim que nos tornamos grandes amigos, eu só comecei a trabalhar na Castro Cosméticos depois que a minha filha foi sequestrada.

JORNALISTA – Esse episódio triste da sua vida foi o que marcou o início da sua trajetória, quer contar mais pra gente sobre o que aconteceu?

NATHALIA – No dia 11 de outubro de 1993, um dia antes do feriado de Nossa Senhora Aparecida eu sair com a minha pequena Maitê para passear no parque que tinha próximo daqui de casa, era um parque que eu ia com uma certa frequência, quando então eu só lembro de receber uma coronhada na cabeça e desmaiar, quando eu acordei a minha filha não estava mais lá, levaram a minha Maitê, nunca ligaram para pedir resgate, simplesmente sumiram com a minha filha.

JORNALISTA – E você contratou investigadores para tentar achá-la?

NATHALIA – Vários deles, nesses mais de vinte de anos troquei de detetives várias vezes, mas nunca tive o real paradeiro da minha filha, a única foto que eu tenho dela é dela criança, algumas vezes noticiei a foto em jornais, mas nunca tive resposta.

JORNALISTA – Nós iremos publicar a foto dela na revista e vincular nas redes de televisão também.

NATHALIA – Vai ser de grande ajuda nessa procura.

CORTA PARA

CENA 9. APARTAMENTO DE EDUARDO. INT. QUARTO. NOITE.

SONOPLASTIA: HEATHER SMALL - PROUD

Eduardo e Guilherme estão pelados em pé se beijando diante de uma enorme janela que tem uma vista da cidade do Rio de Janeiro. Eduardo começa a beijar e chupar os peitos de Guilherme. Guilherme faz Eduardo parar de chupar seus peitos, puxa sua cabeça para cima e o beija, depois vira Eduardo de costas e o empurra contra a parede. Guilherme começa a beijar o pescoço e as costas de Eduardo, apertando seu pescoço por trás, Eduardo geme de prazer. Guilherme pega o tubo de gel que está na cama, coloca um pouco nos dedos, coloca no seu pênis.

GUILHERME – Empina!

Eduardo empina a bunda, se apóia na parede e Guilherme começa a penetrá-lo, inicialmente devagar, mas vai aumentando aos poucos a velocidade enquanto Eduardo geme. Guilherme dá um urro de prazer, e deita na cama.

GUILHERME – E ai, tá satisfeito agora?

EDUARDO – Eu estava precisando muito disso!

GUILHERME – Eu também, você é tão gostoso e apertado.

EDUARDO – Se não fosse a minha família, eu juro que eu terminava meu noivado com a Beatriz e casava com você.

GUILHERME – Você sabe que não precisa fazer isso né? Do jeito que a gente está, tá ótimo pra mim.

Eduardo se senta em cima de Guilherme.

EDUARDO – Mas eu queria ter você sempre.

GUILHERME – E quem disse que você não tem?

EDUARDO – Tenho que te dividir com a Melissa, te queria só pra mim.

CORTA PARA

CENA 10. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. INT. COZINHA. DIA.

Adélia conversa com Helena. Murilo também está presente.

ADÉLIA – Eu adorei te conhecer filha, você é linda e eu espero muito que dê tudo certo nessa nova fase da sua vida.

HELENA – Obrigado dona Adélia, fico muito grata por esse emprego, vai me ajudar bastante.

ADÉLIA – (sorrir) Se você puder começar o quanto antes, vai me ajudar muito.

HELENA – Se a senhora quiser posso começar hoje.

ADÉLIA – Senhora está no céu! Pode me chamar só de Adélia, eu vou aceitar sim.

HELENA – (rir) Só preciso de um uniforme.

ADÉLIA – Tenho aqui o uniforme da menina que trabalhava aqui, depois eu mando providenciar um nas suas medidas, mas acho que a dela vai funcionar para você. Vou pegar!

Adélia sai e deixa Helena e Murilo sozinhos.

MURILO – Eu não disse que ia dá tudo certo? (sorrir)

HELENA – Estou tão feliz, nunca imaginei que eu ia conseguir um emprego assim tão rápido. Muito obrigada meu amor! (beija Murilo).

CENA 11. RIO DE JANEIRO. EXT. DIA/NOITE.

LEGENDA: ALGUNS DIAS DEPOIS

CENA 12. CASA DE MURILO. INT. SALA. DIA.

Tarcísio está sentado assistindo televisão, até que começa uma reportagem no jornal falando sobre a premiação de Nathalia como empresária do ano, em um momento da reportagem começam a falar sobre a filha sequestrada de Nathalia e colocam uma foto da criança.

TARCÍSIO – (assustado) Meu Deus, essa criança é a Helena. A criança que o Tobias entregou para mim é a filha dessa mulher.

CONGELAMENTO EM TARCÍSIO ASSUSTADO.



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