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Maré Alta - Capítulo 09

 




MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 9


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. VILA DOS PESCADORES. ASSOCIAÇÃO. EXTERIOR. TARDE 

Continuação imediata do capítulo anterior. O incêndio que destruiu a associação foi totalmente controlado pelos bombeiros. GREGÓRIO continua olhando para todos com muito ódio. CASSIANO fica de mãos dadas com LÍVIA enquanto SANDOVAL fica enfrentando GREGÓRIO.


Gregório — (sério) Vocês realmente acham que eu sou um monstro. Mas tudo o que eu estou fazendo é pelo bem dessa cidade. Mas isso vocês jamais vão querer admitir.

Lívia — Desde que eu sou pequena eu ouço a mesma história. Mas os pescadores continuam passando fome, não tendo uma vida digna. Isso não é justo..

Cassiano — Eu conheço homens igual você de longe, Gregório. Se acham melhor que todo mundo. O senhor da sua vida é o dinheiro.

Gregório — Eu não sei porque eu ainda insisto em perder saliva com vocês. Mas eu pro.ero que vocês vão se arrepender de tudo isso. 


GREGÓRIO olha para todos com muita frieza. SANDOVAL se enche de coragem e dá um soco em GREGÓRIO.


Sandoval — Isso não é nada perto do que você merece, maldito. Todos que moram aqui na vila tem vontade de fazer a mesma coisa. 

Lívia — Não vale a pena Sandoval. Pessoas igual o meu avô nos devemos manter distância. 

Gregório — Eu quero ver essa mesma coragem quando eu fazer essa vila asquerosa virar um monte de entulho. Aí eu quero a sua cara, Sandoval. Isso será prazeroso.


GREGÓRIO esboça um sorriso. LÍVIA fica muito nervosa. Ela tenta partir para cima de GREGÓRIO, mas CASSIANO consegue a impedir a tempo. O vilão de mantém firme.

 

Cassiano — Lívia… Não vale a pena você se sujar por tão pouco. E além do mais você precisa ir para o hospital. Deixa ele onde está.

Lívia — (concordando) Você tem razão, Cassiano. Eu nunca mais quero te ver na minha frente, Gregório Assunção. Você para mim morreu. 

CASSIANO e LÍVIA vão indo embora de mãos dadas. A câmera o ódio de GREGÓRIO enquanto SANDOVAL o encara de um jeito bastante sério. O vilão está furioso. 

CORTA PARA/


CENA 02. PORTO DA AREIA. PENHASCO. EXTERIOR . FIM DE TARDE 

Em plano aberto a câmera mostra que TOM continua parado em frente ao precipício do penhasco. O vilão tem um semblante maquiavélico em seu olhar. Sem pensar duas vezes ele vai até o carro do DELEGADO PRAXEDES e engata o freio de mão. Ele liga o carro que vai indo em direção ao precipício. O carro cai e explode em seguida.


Tom — (maquiavélico) Pronto…. Acabaram as pontas soltas. Agora o que eu preciso fazer é dar um fim naquele Cassiano. Só assim eu vou conseguir colocar as minhas mãos na fortuna da Lívia. 


TOM vai caminhando na direção do seu carro. O vento vai ficando cada vez mais forte. TOM entra em seu carro e cai embora com muita pressa. A câmera vai mostrando o carro do vilão sumindo no meio do horizonte. 

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ANOITECE


CENA 03. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE 

CLOSE em GREGÓRIO vê entrando na mansão com um semblante totalmente de fúria e de ódio. Quem também vem descendo as escadas da mansão é ELEANOR que vai na direção de GREGÓRIO e encara o seu marido de uma maneira bastante decidida. GREGÓRIO se serve um copo de whisky. ELEANOR fica o olhando. O vilão a despreza.


Eleanor — (séria) Gregório…. Você pode me explicar que história é essa que você está querendo destruir a vila de pescadores? Até onde vai essa sua ambição? Isso não vai ter fim? 

Gregório — Eu estou cansado de você e a Lívia ficarem defendendo essa maldita vila de pescadores. Você é tão aérea, Eleanor. Bem deve saber que a sua neta quase morreu hoje em um incêndio. Sua irresponsável. 

Eleanor — Do que você está falando, Gregório? Que incêndio é esse? Como a Lívia está agora? 

Gregório — Porque você mesma não faz essa pergunta para aquela ingrata? Eu cansei de tentar os olhos dela. Se ela quer se misturar com aquele tipinho de gente então ótimo.


ELEANOR fica visivelmente abalada. GREGÓRIO a encara. 


Eleanor — Você não pode estar falando sério, Gregório. A nossa neta quase morreu e você só consegue pensar em você mesmo. 

Gregório — E o que você quer que eu faça, Eleanor? A Lívia preferiu aqueles imundos da vila de pescadores. Eu não terei pena nenhuma em acabar com aquele lugar pérfido. 

Eleanor — Você está ouvindo o que está dizendo, Gregório? Você vai prejudicar muitas pessoas para que? Por mais dinheiro?


GREGÓRIO coloca o seu copo de whisky sobre o balcão. 


Gregório — (frio) É exatamente por esse motivo. Enquanto o meu bolso tiver cheio de dinheiro eu vou estar satisfeito. E no caminho eu ainda vou acabar com aquele maldito do Sandoval. É a minha vingança. 

Eleanor — Eu não vou deixar você fazer isso está me ouvindo? Nem que para isso eitenha que contar para todos o segredo que a gente esconde todos esses anos. Vai arriscar?


ELEANOR está muito séria. Ela sai da mansão com muita pressa. GREGÓRIO continua tomando o seu copo de whisky. 

CORTA PARA/


CENA 04. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE 

A porta do sobrado vai se abrindo e podemos ver o PREFEITO ANÍBAL entrando dentro de casa acompanhado de ROSELI. Ela olha para tudo com bastante admiração. Nesse momento quem chega na sala de estar é CLARICE que fica surpresa com a presença de ROSELI que ela não conhece. O PREFEITO ANÍBAL apresenta uma a outra.


Prefeito Aníbal — Minha filha…. Ainda bem que você está em casa. Deixo eu te apresentar. Essa aqui é a Roseli. Ela é uma velha amiga que está precisando de ajuda em momento delicado de sua vida. Vamos ajudar ela. 

Clarice — (sorrindo) Muito prazer em te conhecer, Roseli. Eu espero que você se sinta em casa. Você vai gostar da nossa cidade. 

Roseli — Eu agradeço profundamente o que vocês estão fazendo por mim. Mas eu não quero atrapalhar. Sei que vocês são bastante importantes aqui na cidade. 

Prefeito Aníbal — Deixa de bobagem, Roseli. Você é nossa convidada. E não se fala mais nisso. 


ROSELI fica em silêncio. O PREFEITO ANÍBAL percebe o jeito estranho de CLARICE. Ela olha para o seu pai. 


Prefeito Aníbal — O que foi que aconteceu, Clarice? Eu conheço essa sua cara desde pequena. 

Clarice — A Baby chegou, pai. E ela está pior do que nunca. Eu acho que você vai continuar tendo muitos problemas com ela. 

Roseli — Eu não quero me intrometer, Aníbal. Mas quem é  Baby? Porque vocês estão assim? 

Prefeito Aníbal — A Baby é minha outra filha, Roseli. Ela sempre me deu muitos problemas. Eu pensei que se ela voltasse para Porto da Areia ela iria mudar. Mas eu me enganei. 


ROSELI toca nos ombros do PREFEITO ANÍBAL. CLARICE fica olhando a troca de olhares entre eles. 


Roseli — (ponderando) Eu posso imaginar o que você está sentindo, Aníbal. Filhos são mesmo muito difíceis. Eu por exemplo me mantive longe do meu filho por muito tempo. Eu arrependo, mas nada apaga o meu erro. 

Prefeito Aníbal — Eu sinto muito em saber disso, Roseli. Mas eu vou te ajudar a se aproximar do seu filho. Pode acreditar em mim. 


ROSELI sorri. Ela dá um suave beijo no rosto do PREFEITO ANÍBAL. Ele fica sem jeito. CLARICE fica feliz com o que vê. 

CORTA PARA/

CENA 05. PORTO DA AREIA. PRAÇA . EXTERIOR. NOITE 

A praça da cidade está totalmente vazia. O barulho das ondas podem ser ouvidas ao longe. A câmera focaliza em BABY que vem andando sozinha pela praça. Ela não consegue parar de pensar no encontro que teve com FRANCHICO. Nesse instante ela acaba se encontrando com RUBINHO (Breno Montaleone) o seu ex-namorado. 


Rubinho — (sorrindo) Olha só o que os meus olhos estão vendo. Eu acredito que você está de volta para essa, Baby. Eu pensei que você nunca mais iria pisar os seus pés aqui. 

Baby — Eu também pensei isso, Rubinho. Mas infelizmente eu tive que voltar. (P) Mas o.quw você quer comigo? Diz logo. 

Rubinho — Você sabe muito bem o que eu quero, Baby. Eu nunca consegui te esquecer.

Baby — É melhor você ficar longe de mim, Rubinho. Eu não esqueci o que você me fez. 


RUBINHO sorri sarcasticamente. Ele beiba BABY mesmo contra vontade dela. FRANCHICO aparece e o empurra. 


Franchico — Fica longe dela. Não está vendo que ela não quer essa aproximação. Eu não vou falar de novo. Isso está muito errado. 

Rubinho — Então quer dizer que agora você tem um novo defensor, Baby? Olha para ele. Um pescador? Isso doa tão ridículo. 

Baby — E o que tem isso? Vá embora, Rubinho. 


RUBINHO se sente humilhado. Ele fica muito furioso. 


Rubinho — (irritado) Se é isso que você quer que assim seja, Baby. Mas eu sei que você vai se arrepender. E eu vou estar te esperando. 

Baby — Isso é o que nós vamos ver, Rubinho. Se depender de mim eu nunca vou te procurar. 


RUBINHO vai embora. BABY e FRANCHICO se olham.

CORTA PARA/


CENA 06. PORTO DA AREIA. PRAIA. EXTERIOR. NOITE

Em plano aberto vemos LENITA andar pela praia de uma forma bastante livre. Ela vai minha os pés descalços na areia e olha para a imensidão do mar. Nesse momento SANDOVAL vem caminhando em sua direção. Ela percebe e fica muito nervosa. LENITA para na frente de SANDOVAL.


Lenita — Eu não sei se você talvez não vai se lembrar de mim. Mas eu preciso de ajuda.

Sandoval — (confuso) Eu sinceramente não consigo me lembrar de você. Mas eu vou te ajudar se eu conseguir. Me diz o que você deseja? 

Lenita — Eu trabalhei muito tempo como empregada da mansão da família Assunção. E então um incêndio aconteceu alguns anos atrás. Agora eu estou atrás do meu filho. 

Sandoval — Espere um momento eu estou me lembrando. (P) Lenita? É você mesma? Eu não acredito nisso. Todos achavam que você estava morta. Isso é inacreditável. 


LENITA respira aliviada. Ela está com os olhos marejados. 


Lenita  — Você não imagina como eu me sinto aliviada, Sandoval. Depois do que aconteceu com a Berenice o Gregório me manteve presa em uma casa de repouso esses anos.

Sandoval — O Gregório é inacreditável. Ele matou a mulher que eu amava e fez isso com você. Menos mal que a Lívia não se parece em nada com ele. Eu fico feliz com isso. 

Lenita — Tudo o que eu quero é recuperar a mãe nhã vida, Sandoval. E também descobrir onde o meu filho está. Apenas isso.


SANDOVAL fica em silêncio. LENITA o confronta.


Sandoval — Eu prometo que vou te ajudar a encontrar o seu filho, Lenita. Mas eu não sei por onde começar. Isso vai ser muito difícil. 

Lenita — (pensativa) A úncia pessoa que sabe onde o Cassiano está é a Fátima. Foi para ela que eu entreguei o meu filho quando tudo aconteceu. Eu preciso ver ele.


SANDOVAL fica assustado. LENITA percebe.

CORTA PARA/


CENA 07. CASA DE TOM. SALA DE ESTAR. EXTERIOR. NOITE 

ANA ROSA está sentada no sofá da sala que é repleta de muito luxo e riqueza. A campainha toca e a empregada abre a porta. Em seguida ZÉ BATALHA entra indo na direção de ANA ROSA que leva do sofá e olha com desprezo para o seu próprio pai. A vilã sorrir e ZÉ BATALHA lhe dá um tapa. 


Ana Rosa — (furiosa) Eu posso saber o que significa isso? Eu pensei que você tinha dito que nunca mais queria me ver. Você é hipócrita. 

Zé Batalha — Antes de mais nada abaixa essa sua crista. Eu só vim aqui para você devolver o dinheiro que você roubou de mim e de sua mãe. Você é mais baixa do que eu pensei.

Ana Rosa — Dinheiro? Eu não estou acreditando que você veio até aqui por causa disso. Como você pensa pequeno. Típico da sua gente. 

Zé Batalha — Minha gente? Como você pode ter esquecido tão rápido de onde você veio, Ana Rosa. Você ainda vai se arrepender disso. 


ANA ROSA começa a andar pela sala de estar. Ela filha olhando para o seu próprio pai com muito desprezo. 


Ana Rosa — Se você quer mesmo saber fui eu mesma que peguei aquela merreca que vocês chama de dinheiro. E não me arrependo.

Zé Batalha — Você é a maior decepção da minha vida, Ana Rosa. Mas o que mais me machuca é saber que a sua mãe acredita em você. 

Ana Rosa — A minha mãe é uma idiota. Agora eu vou poder ter a vida que eu mereço. Saia daqui agora mesmo. Você me enoja. 


ZÉ BATALHA não acredita no que ele está ouvindo. 


Zé Batalha — (decepcionado) Faça o que você quiser, Ana Rosa. Eu nunca mais quero te ver.

Ana Rosa — Então é assim que vai ser. Vocês continuam com aquela vida miserável que eu vou ter tudo que eu sempre quis. 

ANA ROSA encara o seu pai com muita frieza. ZÉ BATALHA vai embora se sentindo muito triste com sua filha.

CORTA PARA/


CENA 08. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. NOITE

A câmera mostra que LÍVIA está sentada sobre a cama no leito hospitalar. Em sua frente está CASSIANO que está segurando em suas mãos debun jeito bastante carinhoso. Logo depois a porta se abre e ELEANOR entra no leito hospitalar demonstrando estar bastante aflita. 


Eleanor — Lívia… Eu estava tão preocupada com você, minha neta. Eu fiquei com tanto medo de que algo tivesse acontecido com você.

Lívia — (esboça um sorriso) Felizmente tudo acabou bem, Vó. Mas se não fosse pelo Cassiano eu não sei o que teria sido de mim. 

Cassiano — Eu apenas fiz o que era certo, Lívia. Eu só iria deixar você morrer daquele jeito.

Eleanor — A Lívia está certa, Cassiano. Se você não estivesse com ela uma tragédia teria acontecido. Eu sempre serei grata a você.


ELEANOR dá um forte abraço em CASSIANO. LÍVIA sorri. Logo depois a nossa protagonista fica bastante angustiada. 


Eleanor — O que foi que aconteceu, Lívia? Você ficou tão séria de repente. Tem algo que você não está querendo me contar? 

Cassiano — É melhor você contar, Lívia. A sua avó vai acabar descobrindo de qualquer jeito.

Lívia — Eu e o Cassiano estamos desconfiando de quem mandou colocar fogo na associação foi o meu avô. Ele é o único que se beneficiaria com essa tragédia. 


ELEANOR fica em choque. Ela nem sabe como reagir. 


Eleanor — (em choque) Vocês tem certeza disso? O Gregório já fez muita coisa errada. Mas se tem uma coisa que ama é você Lívia. 

Lívia — Infelizmente nós temos certeza, Vó. Eu não reconheço mais o meu avô. Ele se tornou tudo aquilo que eu mais abomino. 

Cassiano — Se isso for comprovado eu não vou descansar enquanto o seu marido não for parar atrás das grades, Eleanor. Eu sinto muito, mas isso não pode ficar assim. 


ELEANOR fica em silêncio e de cabeça baixa. LÍVIA se levanta e fica na frente de sua avó. Ela toda em suas mãos suavemente. CASSIANO sorri ao ver esse gesto. 

CORTA PARA/

CENA 09. VILA DOS PESCADORES. CASA DE ENRICO E AÇUCENA. SALA. INTERIOR. NOITE

AÇUCENA vai entrando em sua casa bem devagar para evitar de chamar atenção de ENRICO. Para a sua surpresa o seu marido está sentado em cadeira à sua espera. ENRICO se levanta e o seu olhar é um misto de raiva e fúria. Ele segura as mãos de AÇUCENA que fica imóvel.


Enrico — (nervoso) Eu posso saber onde você estava, Açucena? Quantas vezes eu disse que eu não quero você por aí sozinha? 

Açucena — E qual o problema nisso, Enrico? Eu fui apenas visitar a Ondina. Você pode até não acreditar, mas eu tenho uma vida própria longe de você. Eu estou me cansando. 

Enrico — Não me faça rir, Açucena. Você depende de mim para tudo. E assim sempre será. 

Açucena — Eu mereço mais que essas migalhas que você me dá, Enrico. Você era um bom homem, mas algo fez você mudar. 


ENRICO solta a mão de AÇUCENA. Ela vai se enchendo e coragem. ENRICO vai ficando cada vez mais irritado. 


Enrico — Você acha que pode me desafiar, Açucena? Eu sou o seu marido e você deve obedecer. E você vai fazer como eu quero. 

Açucena — Sabe de uma coisa, Enrico? Eu ainda te amo, mas se as coisas continuarem desse jeito o nosso casamento estará perdido. 

Enrico — O que você está querendo dizer com isso? Que você vai se separar de mim? Isso nunca vai acontecer. Está ouvindo? 


AÇUCENA não demonstra medo. ENRICO tenta levantar a mão para AÇUCENA, mas agora ela está cheia de si. 


Açucena — (corajosa) Você nunca mais vai encostar a sua mão em mim, Enrico. Eu quero o meu marido de volta. Seja de novo o homem por quem eu me apaixonei. Eu te suplico. 

Enrico — Esse seu sentimentalismo não me sensibiliza, Açucena. O melhor que eu faço é dar uma volta. Você me irrita demais. 


ENRICO sai de casa bem nervoso. AÇUCENA consegue finalmente respirar aliviada. Ela fica bastante abatida.

CORTA PARA/

CENA 10. CASA DE TOM. QUARTO. INTERIOR. NOITE 

A câmera focaliza em ANA ROSA que está deitada sobre a cama com um roupão muito elegante. Nesse momento, TOM entra no quarto. A vilã vai ao seu encontro e tenta o beijar. TOM segura ANA ROSA pelo braço e fica sorrindo de hn jeito bastante ardiloso. A vilã não entende nada. 


Tom — (ardiloso) Como você é patética, Ana Rosa. Tentou se livrar da Lívia e nem para isso você serve. É uma incompetente. 

Ana Rosa — Do que você está falando, Tom? Eu sei que o meu plano deu certo. A sonsa da Lívia não tinha como escapar do incêndio. 

Tom — Mas para o seu azar aquele infeliz do Cassiano conseguiu salvar ela. Eu no seu lugar rezaria para isso não nos atingir.

Ana Rosa — Que inferno. O Cassiano não tinha nada que se intrometer nisso. Agora eu vou ter que encontrar um novo jeito de acabar com essa desgraçada. Mas não vou desistir.


TOM sorri cinicamente. ANA ROSA se enfurece. 


Tom — Eu bem que tentei te avisar, Ana Rosa. Mas agora você não vai fazer nada. Ou então vai se ver comigo. Eu fui claro? 

Ana Rosa — Eu não vou ficar parada enquanto aquela maldita da Lívia tem a vida que eu desejo. Eu vou atrás do Cassiano agora mesmo. 

Tom — Você não vai a lugar nenhum, Ana Rosa. Agora você vai apenas me satisfazer. Eu consigo sempre o que eu quero. 


TOM segura ANA ROSA pelo pescoço. Ela fica tentando recusar. TOM a joga com força em cima da cama.


Ana Rosa — Eu não quero isso, Tom. Você não é o homem que eu quero. O homem que eu quero sempre vai ser o Cassiano. 

Tom — (sádico) Isso não me interessa, Ana Rosa. Eu vou fazer o que eu quiser com você. E nada do que você fale aí mudar isso. 


TOM tira a roupa de ANA ROSA. No primeiro momento ela tenta recusar, mas depois ela se entrega ao desejo carnal. 

TRILHA SONORA:

https://youtu.be/h-hyEkfZw-E?si=gOZyL2cvTkt0Tn1_ 

CORTA PARA/


CENA 11. PORTO DA AREIA. PRAÇA. INTERIOR. NOITE 

Continuação imediata da cena 6. BABY e FRANCHICO continuam se olhando em silêncio sem nenhum dos dois tomar a iniciativa. Em seguida BABY demonstra ainda estar muito irritada e olha para FRANCHICO com uma certa insatisfação. Ele não gosta da atitude de BABY. 


Baby — (irritada) Porque você tinha que aparecer? Eu não pedi a sua ajuda. Eu poderia ter me livrado dele sozinha. 

Franchico — Eu apenas tentei te ajudar, sua mal agradecida. Eu vim aqui para me desculpar por hoje mais cedo e é assim que agradece? 

Baby  — Eu te agradecer? Quanta petulância da sua parte. Olha só para você. Alguém do meu nível jamais seria grata por um pescador. Mas eu não quero dizer mais nada. Se não vai dizer é preconceito. 

Franchico — Eu não sou obrigado a ficar aqui ouvindo isso. Eu vejo que agora você está bem. Então eu vou embora. Até nunca mais. 


FRANCHICO vai indo embora. BABY fica muito nervosa.


Baby — Onde você pensa que está indo? Você acha que pode dar as costas para mim?

Franchico — Qual é o seu problema, garota? Você me humilha, me destrata e depois faz todo esse chilique. O que tem de errado com você? 

Baby — O simples fato da sua presença me irrita. Você não imagina o quanto me desagrada. 

FRANCHICO se aproxima de BABY. A atração que um vai sentindo pelo o outro vai ficando insustentável. FRANCHICO beija BABY sem pensar duas vezes. Ela se entrega ao beijo. 

TRULHA SONORA:

https://youtu.be/Qbb6Dwuv8O0?si=Nl4yLIhkgDcQKbth 


FRANCHICO e BABY continuam se beijando. Logo depois ela sai do beijo e dá um tapa na cara de FRANCHICO.


Baby — (furiosa) Seu abusado…. Quem você pensa que é para me beijar? Isso é ultrajante. Isso jamais vai acontecer de novo. 


BABY vai embora da praça. FRANCHICO fica muito confuso. 

CORTA PARA/


CENA 12. CASA DE FÁTIMA. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE 

FÁTIMA está terminando de arrumar tudo dentro da casa. Logo em seguida alguém bate na porta. FÁTIMA abre a porta e ela fica surpresa ao ver SANDOVAL acompanhado de uma mulher que ainda não sabe que é LENITA. Ela vai ficando bastante aflita e angustiada com essa situação.


Fátima — (surpresa) Sandoval…. O que você está acontecendo aqui? Quem é a sua amiga? 

Sandoval — Você não está reconhecendo ela, Fátima? Eu sei que vocês ficaram muitos anos sem se ver, mas eu acho que uma amizade assim não se acaba desse jeito.

Fátima — Sinceramente eu não estou conseguindo me lembrar. (P) Eu te conheço de algum lugar? A sua fisionomia não me é estranho. Mas eu não consigo me lembrar de onde. 

Lenita — Sou eu, Fátima. Não é possível que você não se lembre. Sou eu. A Lenita.


O semblante de FÁTIMA muda da água para o vinho. Ela fica em estado de choque. SANDOVAL tenta a acalmar. 


Fátima — Isso não pode estar acontecendo. Eu achei que você tinha morrido anos atrás, Lenita. Onde você estava esse tempo todo? 

Sandoval — Eu tive o mesmo susto que você, Fátima. Mas agora nós temos um problema maior que esse. Tofos esses anos a Lenita presa em uma casa de repouso. Foi o Gregório que fez isso. Ele é muito perverso. 

Lenita — Essa é a mais pura verdade, Fátima. Eu só consegui fugir, pois o Gregório quer a todo custo matar o meu filho. O que me alegra é saber que está longe daqui. 


FÁTIMA fica totalmente sem jeito. Ela e SANDOVAL se olham enquanto LENITA vai ficando muito aflita.

Lenita — (nervosa) Eu posso saber o que está acontecendo aqui? O que está havendo? 

Fátima — Lenita…. O seu filho está em Porto da Areia. E isso ainda não é o pior. Ele está apaixonado pela neta do Gregório Assunção. E ele quer se vingar dele. 


LENITA fica atônita. FÁTIMA e SANDOVAL se olham. 

CORTA PARA/


CENA 13. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. ESCRITÓRIO. INTERIOR. NOITE 

A câmera mostra ELEANOR entrando no escritório batendo a porta com muita força. GREGÓRIO olha com muito ódio agora sua esposa que não demonstra estar com medo. ELEANOR para na frente de GREGÓRIO e cospe em sua cara. O vilão perde totalmente o controle. 


Gregório — (furioso) Você ficou louca, Eleanor? É melhor você não testar muito a minha paciência. O dia de hoje está sendo péssimo. Eu não vou admitir que você me desrespeite. Você é uma péssima esposa. 

Eleanor — Isso é o mínimo que você merece, Gregório. Eu aceito que faça qualquer coisa comigo. Mas não toque na minha neta. 

Gregório — Agora finalmente eu estou entendendo. Aquele infeliz do Cassiano já foi te envenenar contra mim. É tudo mentira.

Eleanor — Eu não acredito em você, Gregório. Tudo o que você faz é mentir e enganar. Mas tentar matar a nossa neta é inadmissível. 


GREGÓRIO fica furioso. Ele bate na mesa do escritório. 


Gregório — Eu não vou admitir esse tipo de acusação em minha própria casa. É por isso que eu queria evitar que a Lívia se aproximasse desse Cassiano. Olha o que ele está fazendo. Ele é uma má influência para ela.

Eleanor — Não queira dar uma de vítima, Gregório. Eu te conheço melhor do que ninguém. Se a Lívia ama o Cassiano isso que importa.

Gregório — Olha a bobagem que você está falando, Eleanor. Amor não enche a barriga de ninguém. O que importa é ter dinheiro, poder e muita influência. Isso que eu quero. 


ELEANOR continua encarando GREGÓRIO bem séria.


Eleanor — Então se acostume a ficar sozinho, Gregório. Porque esse é seu destino. 

Gregório — (frio) Você acha que eu tenho medo de ficar sozinho, Eleanor? Eu só ficarei satisfeito quando eu destruir o Cassiano, o Sandoval e aquela vila dos pescadores. Eu série mais rico fi que eu já fui antes. 

Eleanor — Eu não tenho mais nada para falar com você, Gregório. Eu quero o divórcio. 


ELEANOR sai do escritório. GREGÓRIO está muito furioso.

CORTA PARA/


CENA 14. CASA DE TOM. QUARTO. INTERIOR. NOITE

CLOSE em TOM e ANA ROSA que estão totalmente pelados se beijando com muita volúpia e trocando muitas carícias. Logo depôs a dupla de vilões deitam na cama enquanto o sorriso diabólico no rosto de TOM está bastante visível. ANA ROSA fica sentada em cima de em um gesto sexual. 


Ana Rosa — O que a gente vai fazer para separar o Cassiano e a Lívia? Eu não suporto ver aqueles dois juntos. Ele vai ser só meu. 

Tom — (sádico) Você está muito apressada, Ana Rosa. Mas eu tenho exatamente tudo planejado. Amanhã eu vou no hospital e a Lívia não vai ter mais escapatória. 

Ana Rosa — Eu espero que você não encoste um só dedo no Cassiano. Isso não pode acontecer de jeito nenhum. Ele é intocável. Ouviu?

Tom — Você acha que está na posição de querer alguma coisa, Ana Rosa? Se não fosse por mim você não teria absolutamente nada. 


A vilã se levanta da cama somente de calcinha e sutiã. TOM fica na cama enquanto olha para ANA ROSA com frieza.


Ana Rosa — Isso é tudo culpa sua, Tom. Se você tivesse se livrado da Lívia como tinha pedido nada disso estaria acontecendo. Mas agora eu quero o Cassiano agora mim. E não vai ser você que vai me impedir de conseguir isso. 

Tom — Essa inveja que você sente da Lívia é tão ridícula, Ana Rosa. Até esse maldito do Cassiano prefere a Lívia. Pelo o que eu estou vendo ele tem um bom gosto.

Ana Rosa — Não me provoque, Tom. Eu já te falei. Eu sou melhor que a Lívia em absolutamente tudo. Ela nunca ser páreo para mim. 


TOM sorri maliciosamente. ANA ROSA está mais nervosa. 


Tom — Escuta bem o que eu vou te falar, Ana Rosa. Se você tirar o Cassiano do caminho da Lívia você ó de fazer o que quiser. Eu vou me casar com a Lívia e ninguém vai impedir. 

Ana Rosa — (séria) Então nós temos um acordo, Tom. Se você encostar um só dedo no Cassiano eu juro que eu acabo com sua reputação.


TOM olha com muito desprezo para ANA ROSA. A vilã se veste rapidamente e depois ela vai saindo do quadro.

CORTA PARA/


CENA 15. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. NOITE

CASSIANO e LÍVIA estão sentados um do lado do outro dentro do leito hospitalar. CASSIANO está com os seus pensamentos bastante longe. LÍVIA que algo está perturbando CASSIANO e ela toca em suas mãos. O nosso protagonista olha para LÍVIA e ele toma coragem. 


Lívia — O que foi que aconteceu com você, Cassiano? Depois que a minha avó foi embora eu percebi que você ficou tão calado. Tem alguma coisa te incomodando? 

Cassiano — (sério) Sim, Lívia. Eu tenho algo muito sério para te contar, mas eu não sei como você vai reagir quando saber de tudo. 

Lívia — Você está me deixando preocupada Cassiano. O que foi que aconteceu dessa vez? O que foi o meu avô fez agora? 

Cassiano — De certa forma você está certa, Lívia. Mas o que tenho para te contar é mais sério ainda. (P) Quando o helicóptero que eu estava caiu em alto mar eu estava vindo para Porto da Areia para me vingar do homem que destruiu a minha vida e matou a minha mãe. Esse homem é o seu avô. 


LÍVIA não acredita no que está ouvindo. CASSIANO tenta se aproximar de LÍVIA, mas ela se recusa. 


Lívia — Diz para mim que você está brincando Cassiano. Então quer dizer que tudo isso foi um plano seu para se aproximar do meu avô? Isso não pode estar acontecendo. 

Cassiano — É claro que não, Lívia. Eu nunca planejei conhecer você. A minha única intenção era destruir com a vida do seu avô. Apenas isso. 

Lívia — Olha só o que você está falando, Cassiano. Você deveria ter me contado isso. 


CASSIANO olha agora LÍVIA com arrependimento no olhar. 


Cassiano — Eu sei que eu errei, Lívia. Mas eu estou te contando isso porque eu não quero ter nenhum segredo para você. Diz que você acredita em mim, Lívia. Por favor. 

Lívia — (confusa) Eu nem sei o que pensar, Cassiano. Eu confiei em você e como você me agradece? Com mentiras. Eu estou muito decepcionada com você. 


As lágrimas começam a escorrer pelos olhos de LÍVIA. CASSIANO tenta fazer um gesto de carinho, mas a nossa protagonista não deixa. Eles se olham em total silêncio.


A imagem congela na troca de olhares de CASSIANO e LÍVIA. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.






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