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Maré Alta - Capítulo 10

 





MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 10


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. HOSPITAL. LEITO. INTERIOR. NOITE 

Continuação imediata do capítulo anterior. As lágrimas continuam escorrendo dos olhos de LÍVIA. Ela olha para CASSIANO com muita decepção ens eu olhar. O nosso protagonista olha para LÍVIA que não consegue olhar nos olhos de CASSIANO. O silêncio é ensurdecedor. 


Cassiano — (sério) Eu nunca quis que isso acontecesse, Lívia. Eu nunca planejei me apaixonar por você. Simplesmente aconteceu. Mas eu também não posso esquecer o que o seu avô me fez.

Lívia — Eu queria tanto acreditar em você, Cassiano. Eu sempre serei grata por você ter salvo a minha vida. Mas você deveria ter sido sincero comigo. 

Cassiano — Eu sei que eu errei com você, Lívia. Mas eu peço que você tente me entender. A minha mãe morreu. Isso me destruiu.

Lívia — Eu entendo isso, Cassiano. Mas eu não consigo acreditar que o meu avô seria capaz de matar alguém. Isso seria tão surreal. 


LÍVIA está irredutível. CASSIANO fica na frente dela.


Cassiano — Não foi exatamente isso que ele tentou fazer com você, Lívia? Eu sinto em te dizer isso. Mas eu vou fazer de tudo para colocar o Gregório na cadeia. Ele merece isso. 

Lívia — Então nós não temos mais ada o que conversar, Cassiano. Se o seu ódio pelo meu avô chega nessa proporção então quer dizer que o que sente por mim não é real. 

Cassiano — Nunca duvide dos meus sentimentos por você, Lívia. Mas eu também não posso esquecer tudo o que o seu avô me fez.


LÍVIA se levanta da cama e ela encara CASSIANO. 


Lívia — É isso mesmo que você quer, Cassiano? Então é aqui que os nossos caminhos se separam. Eu sinto muito. É melhor assim.

Cassiano — (firme) Eu não vou desistir da minha vingança, Lívia. Eu só gostaria que você não me visse como um monstro. Eu só quero fazer justiça pela memória da minha mãe. Mas eu vou deixar você sozinha. 


CASSIANO saindo leito hospitalar. A câmera mostra que LÍVIA continua chorando copiosamente. Ela está muito triste. 

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, DIAS DEPOIS.


CENA 02. PORTO DA AREIA. PRAÇA. EXTERIOR. DIA

Em plano aberto a câmera mostra que LÍVIA está andando pela praça da cidade ainda não conseguindo esquecer da conversa que teve com CASSIANO. Nesse momento ela é surpreendida com a chegada de ANA ROSA que está sorrindo de um jeito bastante cínico e malicioso. 


Ana Rosa — (ardilosa) O que foi que aconteceu, Lívia? Não vai me dizer que o Cassiano finalmente descobriu o quanto você é sonsa e te deu um pé na bunda? Já era hora mesmo.

Lívia — Não me provoca, Ana Rosa. Hoje eu não estou afim de ficar ouvindo você. Eu tenho mais o que fazer da minha vida. 

Ana Rosa — Foi uma pena você não ter morrido naquele incêndio. Se isso tivesse acontecido as coisas seriam tão mais fácies. Mas isso não vai impedir do Cassiano ser só meu.

Lívia — Você não se cansa de tanta maldade não? Porque você quer tanto me prejudicar? 


O sorriso de ANA ROSA se desfaz. Ela e cara LÍVIA. 


Ana Rosa — E você ainda tem a coragem de perguntar? Tudo o que você tem ainda vai ser meu, Lívia. Eu já seduzi o Tom. E com o Cassiano não vai ser muito diferente não. 

Lívia — Se você wirtngicer com o Cassiano, ótimo. Mas me deixe em paz. Eu não quero ver você nunca mais. Você é uma invejosa. 

Ana Rosa — Como você é presunçosa, Lívia. Até parece que eu vou sentir inveja de uma sonda igual você. Eu apenas sou melhor que você em tudo. Você é digna de pena. 


LÍVIA fica muito nervosa. Ela dá um tapa em ANA ROSA. 


Lívia — Se coloque em seu lugar, garota. Você é uma das já e muito baixa. Eu tenho pena do Cassiano de ele cair nessas suas mentiras. 

Ana Rosa — (furiosa) Eu vou transformar a sua vida em um inferno, Lívia. O Cassiano vai comer na pala.ds minha mão. E você vai adidti tudo. E verá como eu sou melhor que você.


LÍVIA vai indo embora deixa ANA ROSA descontrolada. 

CORTA PARA/


CENA 03. PORTO DA AREIA. PRAIA. EXTERIOR. DIA 

A câmera mostra que CASSIANO está absolutamente sozinho na praia. Ele está totalmente perdido em seus pensamentos. Nesse momento FÁTIMA vemos e aproximando e toca suavemente nós ombros de CASSIANO. Ele se vira e FÁTIMA perceber o semblante triste dele. 


Fátima — O que foi que houve, Cassiano? Eu nunca te vi desse jeito. Foi algo com a Lívia? 

Cassiano — (sério) Eu contei toda a verdade para ela, Fátima. Eu contei o que o Gregório fez, mas a Lívia não acreditou em mim. Ela ainda né disse tanta coisa. Eu não sei se fiz o certo. 

Fátima — É claro que você fez o certo, Cassiano. Mas a atitude da Lívia é totalmente compreensível. Isso não é fácil de aceitar.

Cassiano — Eu só eoseirnaue a Lívia não se decepcione quando ela descobrir a verdade.as eu não vou desistir de me vingar daquele homem. O Gregório vai me pagar.


FÁTIMA fica abismada. CASSIANO está certo do que fazer.


Fátima — Eu não sei se você deve levar essa sua vingança para frente, Cassiano. Algo me diz que você pode acabar se surpreendendo. 

Cassiano — Que história é essa, Fátima? Não vai me dizer que você está com pena do Gregório? 

Fátima — Não é isso, Cassiano. Eu apenas estou com receio do que isso pode te acarretar. Essa sua vingança está te afastando da Lívia. O que mais você tem que perder para perceber que esse caminho está errado?


CASSIANO fica em silêncio. FÁTIMA o confronta. 


Cassiano — (incomodado) Eu não quero mais falar sobre isso, Fátima. Eu sei que a Lívia ao da vai me dar razão. Eu preciso fazer isso.

Fátima — Eu espero que você esteja certo, Cassiano. Porque e a Lívia parece ser uma boa pessoa. Eu dava errada em te afastar dela. Ela não merece sofrer assim.


FÁTIMA dá um beijo fraternal no rosto de CASSIANO. Logo depois ela vai embora. CASSIANO fica bem pensativo.

CORTA PARA/


CENA 04. PORTO DA AREIA. CAIS. EXTERIOR. DIA

RUBINHO vem andando pelo cais do porto de um jeito bastante prepotente. Ao longe ele avista FRANCHICO que ainda não percebeu a sua presença. RUBINHO se aproxima de FRANCHICO e o olha com um olhar de superioridade. FRANCHICO não abaixa a cabeça. RUBINHO se irrita.


Rubinho — (preconceituoso) Então quer dizer que é aqui onde um porco imundo igual você se esconde. Como a Baby pode ter deitado você falar daquele jeito comigo. 

Franchico — Eu não tenho trjponaotenficsr perdendo com você. É melhor você ir embora. 

Rubinho — Agora está querendo me dar ordens? Isos é o cúmulo mesmo. Pessoas tipo você só servem para servir pessoas igual eu. Você deveria ser mais grato por tudo isso.

Franchico — Eu não obrigado a ficar ouvindo isso. Se você não quer ir embora então eu irei.


FRANCHICO vai indo embora. RUBINHO o empurra no chão. 


Rubinho — É aí que você deve ficar. No chão! Pessoas como você merece apenas isso.

Franchico — É assim que você age? Empurrando alguém quando está de costas? Típico de gente pequena que não tem caráter.

Rubinho — Abaixa o tim fr Vox quando for falar comigo. Você acha que a Baby vai querer alguma coisa com um ferrado igual você? Isso chega até ser bastante engraçado. 


FRANCHICO se levanta. RUBINHO o olha com desprezo. 


Franchico — E quem disse que eu quero alguma coisa com aquela patricinha metida? Vocês dois se merecem. São duas pessoas horríveis.

Rubinho — (ameaçando) Não chegue perto da Baby de novo. Ou eu farei algo que você vai se arrepender amargamente. Entendeu? 


RUBINHO vai embora do cais do porto. FRANCHICO fica apenas observando ele ir embora. Ele fica sem reação.

CORTA PARA/


CENA 05. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. QUARTO BABY. INTERIOR. DIA

CLOSE em BABY que está deitada na cama totalmente perdida em seus pensamentos. Ela vai se lembrando do beijo que ela e FRANCHICO trocaram. Mesmo a contragosto ela sorri ao lembrar disso. A porta do quarto vai se abrindo. CLARICE entra no quarto o que desperta BABY. 


Clarice — (sorrindo) O que foi que houve, Baby? Atrapalhei alguma coisa? Esse sorriso em seu rosto me diz que sua noite boi boa. 

Baby — Eu nem sei do que você está falando, Clarice. Como a minha noite pode ter sido boa se eu ainda estou nessa cidade? 

Clarice — Você não me engana, Baby. Não vai me dizer que você teve outro encontro com aquele pescador de ontem? Estou certa? 

Baby — Você deve estar imaginando coisas, Clarice. Eu não sei de onde você tirou isso. 


CLARICE se senta na cama ao lado de BABY. Elas se olham.


Clarice — Quem você está querendo enganar, Baby? Eu sou sua irmã. Você não precisa mentir para mim. Pode contar a verdade.

Baby — Está bem, Clarice. Eu sei que você não vai em deixar em paz mesmo. Eu e aquele pescador a gente se beijou. Está satisfeita? 

Clarice — Eu sabia que oir trás dessa patricinha mimada tinha alguém normal. Me diga uma coisa, Baby. O que você sentiu na hora?


BABY disfarça. CLARICE percebe que ela está fingindo. 


Baby — O que eu senti? Eu senti asco. Eu espero nunca mais ver aquele pescador de novo. 

Clarice — (sorrindo) Tudo bem, Baby. Eu não vou insistir mais. Mas no fundo você sabe que isso é mentira. Eu aposto que você gostou. 


CLARICE sai do quarto sorrindo. A câmera mostra que a irritação no rosto de BABY muda para um sorriso. 

CORTA PARA/


CENA 06. GRUPO “PESCADOS MARÍTIMOS”. SALA DE GREGÓRIO. INTERIOR. DIA 

Reunião já iniciada. O INVESTIDOR parece estar bastante angustiado com alguns coisa. Na sua frente está GREGÓRIO que apenas consegue pensar na fortuna que está agora ganhar. O INVESTIDOR começa a olhar para GREGÓRIO de um jeito bastante sério. O vilão não gosta disso. 


Gregório — (irritado) Eu posso saber porque você está me olhando com essa cara? Eu não gosto de ser confrontado desse jeito.

Investidor — O nosso acordo está prestes ir por água abaixo, Gregório. Os meus sócios querem que aquela vila de pescadores saia do caminho da hidroelétrica o quanto antes. E até agora você não fez nada disso. 

Gregório — Eu já disse que eu vou resolver isso. Vocês precisam ter mais paciência. 

Investidor — Não tem mais paciência com esse assunto, Gregório. Você tem uma semana para resolver isso. Caso contrário o nosso acordo de 50 milhões de dólares já era.


GREGÓRIO fica furioso. Ele fica totalmente fora de si.


Gregório — Quem você pensa que é agora tentar me pressionar? Eu sou Gregório Assunção. Você não pode fazer isso comigo. Não pode. 

Investidor — Eu te dei a chance de fechar esse negócio, Gregório. Mas se for preciso eu vou atrás de outro empresário. Não é só você que está interessado na localização da vila dos pescadores. Você vai perder com isso. 

Gregório — Isso não vai acontecer. Não irei deixar. 


GREGÓRIO se levanta. O INVESTIDOR não tem medo.


Investidor — Eu já disse o que eu tinha para dizer. O seu prazo é esse, Gregório. Uma semana.

Gregório — Isso é o que nós vamos ver. Eu não vou deixar que ninguém tirr esses 50 milhões de dólares de mim. Isso me pertence. 


O INVESTIDOR vai embora sem bem olhar para GREGÓRIO. o vilão está cada vez mais decidido.

CORTA PARA/


CENA 07. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. QUARTO DE LÍVIA. INTERIOR. DIA

LÍVIA está em seu quarto na mansão terminando de se arrumar. Logo depois TOM vai se entrando no quarto e ao se virar LÍVIA fica cara com o vilão que vai tentando fingir ser uma boa pessoa, mas a nossa protagonista não cai nesse fingimento de TOM. Ele fica na frente de LÍVIA.


Lívia — (surpresa) O que você está fazendo aqui, Tom? Quem foi que te deixou entrar? Eu quero que você vá embora agora mesmo. 

Tom — Porque você está me tratando assim, Lívia? Eu vim aqui porque eu fiquei preocupado com você. Você não está sendo justa comigo. Eu sempre vou me preocupar com você. Eu ainda te amo, Lívia. 

Lívia — Deixa de joguinhos, Tom. Como você pode ser tão baixo assim? Eu sei que você é a Ana Rosa tiveram um caso. Eu nunca mais quero te ver na minha frente. Vá embora. 

Tom — Eu não vou a lugar nenhum, Lívia. Eu sei que a gente está separado, mas o que a gente viveu não se pode apagar. 


LÍVIA encara TOM com muita seriedade. O vilão demonstra cínico em seu rosto. LIVIA vai ficando cada vez mais nervoso. 


Lívia — O que você ainda quer comigo, Tom? Eu não te amo mais. Eu não esqueci das ameaças que você me fez. Eu sei que você é um homem bem desprezível e podre. 

Tom — Isso não passou de um não entendido, Lívia. Eu sei que a gente pode resolver isso. 

Lívia — Você não me engana nenhum pouco, Tom. Você não é muito diferente do meu avô. São homens que acham que podem tudo. Mas eu nunca vou voltar para você. 


O sorriso de TOM vai se desfazendo. LÍVIA se mantém firme. 


Tom — (ardiloso) Você ainda vai pedir para voltar para mim, Lívia. Pode ter certeza disso. 

Lívia — Isso nunca vai acontecer, Tom. Pode esquecer disso. Eu prefiro sozinha do que voltar para alguém como você. Ouviu? 


Sem pensar duas vezes TOM beija LÍVIA contra vontade dela. A nossa protagonista tenta resistir bravamente. 

INSTRUMENTAL: https://youtu.be/Z9dR-q_RUW4?si=-u6ghIQ_gfHlotci 


LÍVIA empurra TOM. Ela lhe dá um tapa. O vilão vai embora se sentindo totalmente humilhado. LÍVIA respira aliviada.

CORTA PARA/

CENA 08. PORTO DA AREIA. PRAIA. EXTERIOR. DIA

A câmera mostra que CASSIANO continua sozinho na praia. Ele se prepara para ir embora. Nesse momento ele é surpreendido com a chegada de ANA ROSA. A vilã sorri para CASSIANO que fica em silêncio. ANA ROSA vai chegando cada vez mais perto de CASSIANO. Ele a encara. 


Ana Rosa — (sorrindo) Finalmente eu te encontrei, Cassiano. Agora que a Lívia saiu do nosso caminho poderemos ficar juntos. Aquela sonsa da Lívia não vai ser mais empecilho. 

Cassiano — Do que você está falando, Ana Rosa? Você só pode ter ficado louca. Eu nunca vou ter nada com você. Eu amo a Lívia. 

Ana Rosa — Você não pode estar falando sério, Cassiano. A Lívia vai ser igual a mim. Eu sou a única mulher que pode te fazer feliz.

Cassiano — Não fala assim da Lívia. Eu não admito. 


ANA ROSA fica fora de si. Ela cospe na cara de CASSIANO.


Ana Rosa — O que foi que você viu naquela maldita? Era para você ter me escolhido. Eu sou melhor que a Lívia em tudo. Eu quero você para mim. E eu sempre consigo o que eu quero.

Cassiano — Você é uma desequilibrada, Ana Rosa. Escuta bebm uma coisa que vou te falar. Eu amo a Lívia. E nada vai mudar isso. 

Ana Rosa — Você não sabe do que eu sou capaz de fazer, Cassiano. A Lívia deveria ter morrido naquele incêndio. Uma pena que o meu plano não deu certo. 


CASSIANO fica sem reação. ANA ROSA o olha com raiva.


Cassiano — (em choque) Do que você está falando, Ana Rosa? Você está querendo dizer que foi você que foi a responsável pelo incêndio da associação? Isso não pode ser possível.

Ana Rosa — Isso é você quem está dizendo, Cassiano. Mas eu acho bom a Lívia tomar cuidado. Porque eu não estou brincando. 


CASSIANO fica sem chão. ANA ROSA vai caminhando para fora da praia. O nosso protagonista a olha indo embora.

CORTA PARA/


CENA 09. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR. DIA

Uma caminhonete vem chegando até a cidade de Porto da Areia. A caminhonete vem parando bem perto da praça da cidade litorânea. Um homem desce da caminhonete. Ele é MISAEL (Eucir de Souza) que olha para a cidade com um olhar bastante misterioso. Ele está bem misterioso. 


Homem — (figurante) Tem certeza que você deseja ficar aqui, Misael? Eu poderia te levar para qualquer lugar que você quisesse. 

Misael — Eu tenho certeza. Eu tenho algumas coisas para fazer em Porto da Areia. Obrigado a sua ajuda meu amigo. 


MISAEL fecha a porta da caminhonete que vai embora. A câmera fica no olhar sério e penetrante de MISAEL.


Misael — Você achou que iria conseguir fugir de mim, Roseli? Eu ainda vou te encontrar.


MISAEL sai andando pelas ruas da cidade. A câmera vai mostrando ele caminhando para bem longe da praça. 

CORTA PARA/


CENA 10. CASA DE FÁTIMA. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

LENITA está sentada no sofá da sala e ela parece estar bastante preocupada. Logo depois a porta cai se abrindo e FÁTIMA entra na casa. LENITA se levanta do sofá e ela olha para FÁTIMA percebendo que alguma coisa não está muito certa. Ela vai ficando cada vez mais aflita. 


Lenita — (aflita) Que cara é essa, Fátima? Como foi o seu encontro com o meu filho? O que o Cassiano disse? Fala alguma coisa. 

Fátima — Eu nem tive tempo de contar para ele tudo o que aconteceu com você, Lenita. O Cassiano está cada vez mais decidido a se vingar do Gregório. Ele está irredutível. 

Lenita — Isso não pode ser possível. Olha o que a falta de uma mãe fez com o Cassiano. E isso é tudo culpa do Gregório. 

Fátima — Você precisa contar a verdade para o Cassiano. Ele precisa saber que a mãe está viva. Você precisa falar isso para ele. 


LENITA fica pensativa. Ela não tem toda essa coragem. 


Lenita  — Eu não sei se eu tenho tanta coragem assim, Fátima. O Cassiano nunca vai em perdoar. Eu posso imaginar o que ele está sentindo nesse momento. 

Fátima — O que aconteceu não foi culpa sua, Lenita. O Cassiano vai ter que entender. 

Lenita — Eu acho melhor eu me manter afastada por enquanto. O Gregório não vai descansar e quando não acabar com a vida dele. 


FÁTIMA não concorda. Ela e LENITA entram em conflito. 

Fátima — (séria) Eu fiz o máximo que eu podia, Lenita. Mas agora o Cassiano precisa da mãe. Você não pode tirar isso dele. 

Lenita — Eu te agradeço por isso, Fátima. Mas eu não me sinto pronta para falar toda a verdade para o meu filho. Eu quero esperar. 


FÁTIMA fica em silêncio. LENITA fica com bastante medo.

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ENTARDECER.


CENA 11. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. SALA. INTERIOR. TARDE

CLOSE em ZÉ BATALHA e ONDINA que estão sentados no sofá da sala. Na frente deles está BABY que olha para a casa deles de um jeito bem fútil. Logo depois a porta se abre e FRANCHICO entra em casa e fica surpreso ao ver BABY ali. O seu semblante vai mudando radicalmente. 


Franchico — (surpreso) O que essa patricinha está fazendo aqui em casa? Vocês sabem o que ela fez comigo? Por favor vá embora. 

Zé Batalha — Isso são modos de falar, meu filho. Não foi essa educação que eu te dei. Eu quero que você respeite a nossa visita, Franchico. 

Ondina — O seu pai está certo, meu filho. A Baby estava à sua espera. Ela é filha do prefeito.

Baby — Está tudo bem. Eu e o Franchico começamos errados. Eu sei que eu fui bastante preconceituosa com você. Mas eu vim aqui me desculpar. 


FRANCHICO fica na frente de BABY. Ela se levanta. 


Franchico — Eu não consigo acreditar em nada do que você está falando. Você não passa de uma patricinha fútil que acha que é o centro do universo. E eu não quero mais ouvir isso. 

Baby — Você é mesmo um turrão. Eu venho aqui de bom grado me desculpar e você vai consegue nem me me ouvir. 

Franchico — Da mesma forma que você fez comigo. Volte para aquele seu namorado esquentado. Ele me humilhou por sua causa. Eu não quero mais te ver. 


BABY fica em silêncio. ZÉ BATALHA e ONDINA se olham.


Baby — (irritada) Eu sinto muito seu Zé… Dona Ondina… Mas o filho de vocês é muito cabeça dura. Ele é muito difícil. 

Zé Batalha — Você não tem nada que se desculpar, Baby. A gente que pedir desculpas por isso. 


BABY vai embora, mas antes olha para FRANCHICO. Logo depois ZÉ BATALHA e ONDINA encaram o seu filho.

CORTA PARA/


CENA 12. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. INTERIOR. TARDE 

ELEANOR está sentada em uma cadeira bastante simples. Em seguida SANDOVAL vem trazendo uma xícara de café para ela. Ele se senta na frente de ELEANOR que o olha de um jeito bastante sério. ELEANOR toma um gole do café enquanto SANDOVAL está observando o jeito dela. 


Sandoval — O que te trouxe até a minha simples casa, Eleanor? Se o seu marido descobrir que você veio até aqui ele pode ficar irritado. 

Eleanor — (séria) Isso não tem mais importância, Sandoval. Depois de tudo o que o Gregório fez a última coisa que eu me importa é com a opinião dele. Mas eu quero resolver uma coisa com você. E isso não pode esperar. 

Sandoval — Então pode falar o que está te afligindo, Eleanor. Se for o que eu estou imaginando essa conversa bem deveria estar acontecendo. É sobre a Lívia não é? 

Eleanor — Você tem toda razão, Sandoval. Eu te obriguei a ficar longe da sua filha. Mas eu estava errada. Eu sinto muito. 


SANDOVAL fica totalmente em silêncio. ELEANOR está bastante séria enquanto SANDOVAL a olha diretamente. 


Sandoval — Eu sofri muito por isso, Eleanor. Tantas vezes eu pensei em contar a verdade para a Lívia. Não é justo colocar a culpa em você. Você também perdeu uma filha. 

Eleanor — Eu nunca superei a morte da minha filha, Sandoval. Mas eu segui em frente. Ela querer que eu tivesse essa força. 

Sandoval — Você tem razão, Eleanor. A Berenice era uma mulher incrível. Eu nunca vou conseguir amar outra mulher igual eu amei ela. 


ELEANOR toca suavemente nas mãos de SANDOVAL.


Eleanor — (ponderando) Você precisa seguir a sua vida, Sandoval. Você ainda é jovem. Eu sei que vai encontrar uma mulher que te ame. 

Sandoval — Eu não sei, Eleanor. O amor que eu senti lá sua vida eu acho que nunca vai acontecer. 


ELEANOR sorri. SANDOVAL fica feliz ao lembrar de sua amada. ELEANOR e SANDOVAL ficam em sintonia.

CORTA PARA/


CENA 13. VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. TARDE 

A câmera acompanha os passos de ENRICO que vai andando pa rua da vila de pescador totalmente irritado. Para a sua surpresa ele acaba se encontrando com ANA ROSA que está visivelmente nervosa. A vilã spsri na direção de ENRICO que a trata com muita frieza e desprezo. 


Enrico — Finalmente eu te encontrei, Ana Rosa. Quando é que você vai pagar a outra parte do nosso acordo? Eu estou esperando. 

Ana Rosa — (ardilosa) Eu posso te garantir que você não vai se arrepender, Enrico. Eu quero que você me ajude a armar um plano para prejudicar a Lívia. Você entendeu? 

Enrico — Qual é o seu problema, Ana Rosa? Porque você está querendo prejudicar a Lívia tanto assim? Isso é inveja. 

Ana Rosa — Isso não é da sua conta, Enrico. Eu quero saber se você vai me ajudar ou não. 


ENRICO não diz nada. ANA ROSA continua pressionando ele. Logo depois ENRICO a olha com muita seriedade. 


Enrico — O que você quer dessa vez, Ana Rosa? Não bastou ter me convencido a quase ter matado a Lívia? Diga logo o que você quer. 

Ana Rosa — Eu quero destruir com a vida da Lívia pouco a pouco. Ela não vai ter conseguir ter paz. Primeiro eu quero o lugar da Lívia como responsável pela associação. 

Enrico — Você ficou louca, Ana Rosa? Você mandou que eu destruísse a associação. Pode esquecer isso nunca vai acontecer. 


ANA ROSA se enfurece. Ela olha com ódio para ENRICO. 


Ana Rosa — (furiosa) Não né diga o que eu devo fazer, Enrico. Se você não me ajudar eu te denuncio como responsável pelo incêndio da associação. Você não tem escolha, Enrico. 

Enrico — Você não pode fazer isso, Ana Rosa. Se você fizer isso você estará se auto declarando culpada. Eu não vou preso. 


ANA ROSA sorri cinicamente. ENRICO está com raiva.

CORTA PARA/


CENA 14. CASA DE TOM. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE 

No centro da cena estão TOM e o INVESTIDOR que estão comemorando algo com um taça de champanhe. TOM anda pela sala de estar de sua casa com o semblante de quem está armando alguma coisa. O INVESTIDOR toma um gole de champanhe. TOM começa a esboçar um sorriso. 

Tom — Então quer dizer que o meu plano está saindo como eu imaginei. O Gregório é tão prepotente que nem imagina o que está para acontecer. Nós vamos passar a perna nele.

Investidor — Eu nem suspeitou de tudo o que eu disse, Tom. Mas agora vai começar a fase 2 do seu plano. A destruição da vila dos pescadores. 

Tom — (frio) Com isso você não precisa se preocupar. Eu sei exatamente como fazer para isso acontecer. E eu vou fazer com que a culpa recaia nas costas do Gregório.

Investidor — Eu acho bom mesmo, Tom. Nós temos muito pouco tempo para fazer isso acontecer. O Gregório pode desconfiar de alguma coisa e estragar todo o seu plano.


O sorriso de TOM se desfaz. Ele fica bastante sério. 


Tom — Isso não pode acontecer de jeito nenhum. Está me ouvindo? Esse valor de 50 milhões de dólares tem que vir par o meu bolso. 

Investidor — Então dê um jeito de tirar aqueles ribeirinhos daquela região da vila dos pescadores. Quanto mais cedo isso acontecer mais cedo teremos nosso dinheiro. 

Tom — Eu espero que você não pense em me passar para trás. E não aceito esse tipo de atitude. Eu sou capaz de tudo por dinheiro. 


O INVESTIDOR fica em silêncio total. TOM o encara.


Investidor — Com isso você não precisa se preocupar, Tom. Eu vou cumprir com o nosso acordo. 

Tom — (ardiloso) Eu acho bom mesmo. Agora vamos comemorar por esses 50 milhões de dólares que estão para entrar para nós.


TOM e o INVESTIDOR fazem um brinde bastante soturno. 

CORTA PARA/


CENA 15. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. TARDE

A câmera foca em GREGÓRIO que está chegando na mansão e quando ele está para subir as escadas ele fica furioso ao perceber a presença de CASSIANO ali. O vilão olha para CASSIANO com muito ódio. O nosso protagonista se aproxima de GREGÓRIO e vai o enfrentando. 


Gregório — (gritando) O que você pensa que está fazendo em minha casa, seu desgraçado? Eu exijo que você saia daqui agora mesmo. Não me obrigue a chamar a segurança.

Cassiano — Acredite em mim, Gregório. Estar aqui nessa mansão na sua frente era a última coisa que eu queria. Mas eu vim acertar as minhas contas com o homem que eu odeio.

Gregório — Finalmente você está deixando a máscara cair, Cassiano. A Lívia deveria estar presente para ver quem você é de verdade. Você não passa de um aproveitador. 

Cassiano — A Lívia sabe quem eu sou de verdade, Gregório. O único que não sabe é você. 


GREGÓRIO fica muito nervoso. CASSIANO está confiante.


Gregório — Eu não sou obrigado a ficar ouvindo essas bobagens que saem da sua boca. (P) Saia da minha casa. Isso é uma ordem. 

Cassiano — Você não manda em mim, Gregório. Ao contrário de todos na sua vida, eu não sou obrigado a te obedecer em nada. 

Gregório — Você está me tirando do sério, seu maldito. Fala logo o que você está querendo. 


CASSIANO fica frente a frente com GREGÓRIO. 


Cassiano — (sério) Pelo visto você não está se lembrando de mim, não é mesmo, Gregório? Eu sou o filho da empregada que trabalhou há muitos anos nessa casa. Eu sou o filho da mulher que você mandou matar. Eu sou filho da Lenita. Eu sou o Cassiano. 


GREGÓRIO não consegue acreditar no que ele está ouvindo. Ele olha para CASSIANO que enfrenta o vilão sem medo.

INSTRUMENTAL: https://youtu.be/aBUO4h5Mc-M?si=TYawwL1aVmhJAa9O 


A imagem congela no olhar de choque de GREGÓRIO. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.





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