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Maré Alta - Capítulo 18

  






MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 18


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. PORTO DA AREIA. RUA. EXTERIOR. TARDE

Continuação imediata do capítulo anterior. ANA ROSA continua beijando CASSIANO. Nesse exato momento LÍVIA vem atravessando a rua e vai puxando a vilã pelos cabelos o que faz ANA ROSA dar um grito desesperado. CASSIANO tenta separar elas, mas LÍVIA está muito furiosa.


Cassiano — Lívia….Eu posso explicar. Não é o que está parecendo. Eu sei que você entenderá. 

Lívia — (séria) Você não tem nada que se explicar, Cassiano. Eu confio em você de olhos fechados. Mas eu não posso dizer a mesma coisa dessa piranha. A sua farra acabou, Ana Rosa. 

Ana Rosa — O que foi que aconteceu, Lívia? Está com medo de perder o Cassiano para mim? É bom ter medo mesmo. Ele vai ser meu. 

Lívia — Não me provoca, garota. O meu dia não está sendo lá essas mil maravilhas. E faz tempo que você está pedindo uma surra.

LÍVIA tenta partir para cima de ANA ROSA. Mas só que CASSIANO consegue impedir a tempo do pior de acontecer. 


Cassiano — Não vale a pena, Lívia. Pessoas igual a Ana Rosa não é preciso perder esse tempo precioso. Você não precisa fazer isso. 

Ana Rosa — Não ouve o que o seu namorado está falando. Eu quero ver se você tem coragem.

Lívia — Você tem razão, Cassiano. Não tem porque eu ficar perdendo o meu tempo com alguém tão pequeno desse jeito. O melhor que a gente faz é ir embora daqui.


ANA ROSA fica fora de si. Ela dá um tapa em LÍVIA. 


Ana Rosa — (cínica) Você não imagina quanto tempo eu esperava para fazer isso, Lívia. Eu sempre te odiei. Você tem a vida que eu sempre quis ter. Mas eu não vou deixar você ficar com o Cassiano. Ele é meu.

Cassiano — Já chega, Ana Rosa. Você passou de todos os limites. Você está desequilibrada. 


CASSIANO segura as mãos de LÍVIA e eles vão embora. A câmera fica mostrando o olhar de ódio de ANA ROSA.

CORTA PARA/


CENA 02. GRUPO “PESCADOS MARÍTIMOS”. SALA DE TOM. INTERIOR. FIM DE TARDE 

CLOSE em TOM que está andando de um lado para o outro parecendo estar bastante nervoso. Ele fica tendo flashes da conversa que teve com LÍVIA. O semblante no rosto do vilão é de muita raiva. Ele pega o seu celular no bolso do seu paletó e começa a fazer uma ligação. Ele está enigmático. 


Tom (ao telefone) Sou eu…. Nós precisamos conversar urgentemente. E precisa ser ainda hoje. (P) Eu te espero no mesmo lugar. 


TOM faz uma pausa na ligação e depois desliga. Ele começa a sorrir de uma forma bastante maléfica. Tom está confiante. 


Tom — Eu só quero saber o que o Cassiano e a Lívia vão fazer com o que eu tenho preparado para eles. Eu vou virar essa cidade patética de cabeça para baixo.


TOM se serve um copo de conhaque. Ele bebe o conhaque em um só gole. Ele fica de sentindo totalmente poderoso.

CORTA PARA/


CENA 03. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. FIM DE TARDE 

GREGÓRIO está sentado no sofá da sala de estar e em sua frente estão DIRCEU e EULÁLIA. Ele se levanta do sofá e fica parado na frente de seus funcionários. EULÁLIA não consegue esconder a repulsa que ele está sentindo ao estará na frente do vilão. GREGÓRIO vai andando ao redor de DIRCEU e EULÁLIA que ficam bastante tensos.


Gregório — (ardiloso) Vocês já sabem que a ingrata da minha mulher resolveu ir embora de casa. Eu espero que vocês seja inteligentes o suficiente para saber quem paga o salário de vocês. Estamos entendidos? 

Eulália — Eu vou ficar do lado de quem me tratou com respeito e dignidade. Eu sinto muito, seu Gregório. Mas eu não posso trair a amizade da dona Eleanor. Para mim não dá. 

Dirceu — O que você está fazendo, Eulália? Você ficou maluca? O seu Gregório pode nos demitir agora por essa tamanha afronta. 

Gregório — Você acha que eu sou um déspota, não é mesmo, Eulália? Você não sabe de nada. E quem falar sobre a morte da minha filha de novo vai sofrer as consequências. Ouviram? 


DIRCEU concorda com a cabeça. EULÁLIA se recusa a fazer a mesma coisa que o seu marido. GREGÓRIO se enfurece. 


Gregório — Eu estou esperando a sua resposta, Eulália. Eu preciso saber que você vai continuar sendo uma funcionária exemplar. Caso contrário eu espero que você suma da minha casa de uma vez por todas.

Dirceu — Diga alguma coisa, minha velha. Eu sei da sua amizade pela dona Eleanor, mas isso não pode te impedir de fazer o que é certo. 

Eulália — O certo? Nós estamos na frente de um assassino, Dirceu. Ele deveria estar preso. 


GREGÓRIO vai ficando cada vez mais nervoso. Ele tenta ir na direção de EULÁLIA, mas só que DIRCEU o impede. 


Dirceu — Não faça isso, patrão. Eu estou suplicando. A Eulália disse sem pensar. 

Gregório — (esbravejando) Saia da minha casa agora mesmo, Eulália. Você não é mais bem-vinda aqui. Quem não fica do meu lado não é digna de continuar estar no mesmo teto que eu. Que isso sirva de exemplo para você, Dirceu. 


EULÁLIA olha para GREGÓRIO de cabeça em pé. Logo depois ela e DIRCEU saem da sala de estar da mansão. A câmera agora foca no olhar de raiva de GREGÓRIO.

FUNDE PARA/


CENA 04. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. COZINHA P. INTERIOR. FIM DE TARDE 

EULÁLIA entra na cozinha da mansão se sentindo totalmente leve. Logo depois quem entra na cozinha é DIRCEU que está bastante incomodado com o jeito que sua esposa falou com GREGÓRIO. Ele fica na frente de EULÁLIA que não demonstra estar nenhum pouco arrependida.


Dirceu — (sério) Você tem consciência do que você fez, minha velha? Você não poderia ter enfrentado o seu Gregório daquele jeito.

Eulália — Porque você ainda está falando daquele homem com respeito, Dirceu? Nós dois sabemos tudo que ele já fez e mesmo assim você prefere defender ele? O que tem de errado com você?

Dirceu — Esse não é o ponto, Eulália. O seu Gregório é um homem muito influente. Ele ainda pode usar dessa influência para te prejudicar de alguma forma. 

Eulália — E você acha mesmo que eu estou preocupada com isso, meu velho? Eu fiz o que a minha consciência achava ser o certo. 


DIRCEU fica em silêncio. Ele e EULÁLIA ficam se olhando.


Dirceu — E o que você está pensando em fazer sgt, Eulália? Para onde você vai? A gente sempre morou aqui durante anos. 

Eulália — Eu vou encontrar com a dona Eleanor. Ela sim merece a nossa amizade. Eu espero que você venha junto comigo, Dirceu. 

Dirceu — Eu não posso fazer isso, Eulália. Eu trabalhei por muitos anos para o seu Gregório. Eu não saberia o que fazer se eu deixasse isso para trás logo agora. 


EULÁLIA fica visivelmente decepcionada. 


Eulália — (séria) É isso mesmo que você quer, Dirceu? Então é aqui que a gente se separa. Eu espero que você saiba o que está fazendo. Você pode se arrepender. 

Dirceu — Não faça isso, Eulália. Eu posso tentar conversar com o seu Gregório e fazer ele mudar de ideia. Eu não quero que você vá.

Eulália — Você sabe que isso não vai acontecer, Dirceu. O Gregório sempre foi um homem muito difícil. É melhor eu ir embora. 


EULÁLIA dá um suave beijo em DIRCEU e vai embora. Logo depois a câmera mostra a tristeza inerte de DIRCEU. EU VG

INSTRUMENTAL: Tristeza

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, ANOITECE.


CENA 05. PORTO DA AREIA. BEIRA-MAR. EXTERIOR. NOITE 

O foco da cena está em FRANCHICO que está na praia praticamente sozinho. Sem queele pudesse perceber BABY vem chegando lentamente atrás dele e coloca as mãos sobre os seus olhos. Ao se virar FRANCHICO fica frente a frente com BABY e ele dá um grande sorriso o que deixa BABY bastante confusa.


Baby — Eu fiquei bastante confusa quando eu recebi a sua mensagem. Aconteceu alguma coisa? O Rubinho te fez outra maldade? 

Franchico — (sorrindo) Eu realmente me encontrei com aquele calhorda hoje, mas eu não quero estragar a nossa noite falando dele, Baby.

Baby — Então o que foi que aconteceu, Franchico? Eu estou muito curiosa.

Franchico — Eu já soube do que você fez, Baby. O comerciante do mercado de peixe disse que eu não devo mais nada a ele e que os pescadores vão poder continuar vendendo os pescados lá. Eu nem sei o que dizer.


BABY fica bastante apreensiva. FRANCHICO segura sua mão suavemente. Ela vai ficando muito tensa.


Baby — Franchico…. Eu posso explicar.

Franchico — Você não tem nada que me explicar, meu amor. Eu não sei o que você fez, mas eu sempre vous er grato por isso. Por trás dessa casca de uma patricinha fútil que eu achei que você fosse tem uma mulher incrível. 

Baby — Eu não podia deixar que você fosse responsabilizado pelo jogo sujo do Rubinho. Isso não é justo. Eu fiz o que era certo.


FRANCHICO olha para BABY com muiti orgulho. 


Franchico — Vamos esquecer esse infeliz do seu ex-namorado, Baby.Eu quero curtir esse nosso momento cada vez mais.

Baby — (concordando) Você está certo, meu amor. Eu não tinha motivos para ficar nessa cidade. Mas agora eu tenho. Você!


FRANCHICO e BABY se aproximam um do outro. Eles se beijam apaixonadamente. As estrelas são testemunha. 

TRILHA SONORA: Retratos e Canções - Sandra de Sá

CORTA PARA/

CENA 06. PORTO DA AREIA. ENTRADA DA CIDADE. EXTERIOR. NOITE 

Um carro vem se aleoximabdyda entrada da cidade. A iluminação do local não ajuda a reconhecer quem está dentro do carro. A câmera vai se aproximando ainda mais e podemos ver que SANDOVAL desce do carro e agradece o motorista. Ele olha para tudo ao seu redor com um brilho em seus olhos. 


Sandoval — (respirando fundo) Porto da Areia…. Finalmente eu estou de volta. Foram os dois piores dias da minha vida. Mas agora tudo o que eu quero é a minha vida de volta. 


SANDOVAL vai andando pelas ruas e o seu pensamento está em LÍVIA e em CLARICE. Mas o seu semblante muda.


Sandoval — Tudo isso aconteceu por causa da ambição do Gregório. Aquele homem nunca vai me deixar em paz. Eu preciso fazer ele entender que eu não irei parar. 


SANDOVAL está bastante decidido. Ele vai andando pelas ruas de Porto da Areia até sumuir no meio da escuridão.

CORTA PARA/


CENA 07. CASA DE FÁTIMA. QUARTO DE CASSIANO. INTERIOR. NOITE

CASSIANO está sentado na beira da cama e ele parece estar bastante pensativo. Nesse instante LÍVIA e tra no quarto enrolada na toalha o que deixa o nosso protagonista totalmente sem fôlego. A troca de olhares entre os nossos protagonistas é bastante intensa. 


Lívia — (sorrindo) O que foi que aconteceu, Cassiano? O gato comeu a sua língua? 

Cassiano — Eu nem sei o que te dizer, meu amor. Depois de tudo que aconteceu nas últimas semanas tudo o que eu quero é estar com você o mais tempo que eu posso. 

Lívia — Vamos esquecer o mundo lá fora. Agora somos somente eu e você. Apenas isso.

Cassiano — Você está certa, Lívia. Nós merecemos esse momento só nosso. Afinal de contas a gente se ama e é isso que importa. 


LÍVIA concorda. Logo depois a nossa protagonista tira sua toalha ficando só de calcinha e sutiã na frente de CASSIANO. 


Lívia — Eu quero sentir a sua mão pelo meu corpo, meu amor. Ter certeza que o que eu sinto por você é o mesmo que você sente por mim. Eu quero me entregar para você.

Cassiano — Eu nunca me senti assim antes, Lívia. Ninguém nunca mexeu assim comigo. 

Lívia — Eu digo o mesmo, meu amor. Você é o homem que eu tanto quis ter em minha vida. 


CASSIANO sorri. LÍVIA senta no colo de CASSIANO de calcinha e sutiã. Eles ficam se olhando com muito amor. 


Cassiano — Eu quero que essa noite fique lembrada para o resto de nossas vidas, meu amor. Eu quero te fazer sentir muito amada. 


CASSIANO e LÍVIA começam a se beijar com muito amor. Eles vão se amando de uma maneira bastante intensa. Em pouco eles estão nus na cama e se amando loucamente. 

CORTA PARA/


CENA 08. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. ESCRITÓRIO. INTERIOR. NOITE

CLOSE em GREGÓRIO que está sozinho em seu escritório pedido em seus pensamentos. Nesse momento ele ouve uma batida em sua porta. Um homem entra no escritório e entrega um envelope para GREGÓRIO que esboça um sorriso. O vilão abre o envelope é percebe que todas as provas que LENITA tinha contra ele estão ali. 


Gregório — (satisfeito) Você fez um ótimo trabalho. Eu espero que não tenha deixado nenhum rastro de quem eu estou por trás disso. 

Homem — Com o senhor não precisa se preocupar, patrão. O senhor sabe da minha eficiência. 

Gregório — Eu acho bom mesmo. Agora aquela infeliz da Lenita não tem mais nenhuma prova contra mim Finalmente o jogo virou. 

Homem — Isso é tudo, patrão? Agora eu preciso ir. 


GREGÓRIO se levanta e aperta as mãos do homem. 


Gregório — O seu trabalho é sempre primoroso. Você merece até uma gratificação melhor por isso. Mas eu quero que você faça mais um serviço para mim. 

Homem — É só dar a ordem, patrão. O senhor sabe que o seu pedido é uma ordem. Pode dizer. 

Gregório — Eu quero que você siga todos os passos a da minha esposa. Ela não pode ficar com metade de tudo o que eu tenho. 


O homem concorda com a cabeça. GREGÓRIO lhe entrega uma enorme quantia de dinheiro. 


Gregório — (sério) Ninguém nunca vai poder saber sobre isso. Estamos entendidos? 


O homem faz sim com a cabeça. Ele pega uma pequena fortuna das mãos de GREGÓRIO e vai embora. O vilão continua sozinho enquanto olha as provas que tem contra ele. 

CORTA PARA/


CENA 09. VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. NOITE 

AÇUCENA está andando sozinha pela rua. Ela ainda está bastante triste depois da briga que ela teve com ENRICO. Sem que ela pudesse perceber RUBINHO surge do nada e para em sua frente. AÇUCENA tenta sair de perto dele, mas só que RUBINHO é bastante insistente. 


Rubinho — O que uma belezinha igual você está fazendo na rua sozinha? Aposto que deve estar precisando de uma companhia. 

Açucena — (séria) Sai da minha frente. Eu sei muito bem quem você é. Eu não quero a companhia de alguém tão nojento igual você. Eu preciso ir embora para casa. 

Rubinho — Você é muito metida para uma simples caiçara. Quem você pensa que é para falar assim comigo? Você deveria ter respeito.

Açucena — Respeito a gente adquire e não exige. Eu já disse que eu preciso ir embora. E é exatamente isso que eu vou fazer agora. 


AÇUCENA dá as costas para RUBINHO. Ele a puxa pelos braços e tenta beijar a força. AÇUCENA lhe dá um tapa. 

Rubinho — Sua caiçara imunda. O que você pensa que está fazendo? Isso não vai ficar assim. 

Açucena — Isso é o mínimo que você merece. O Franchico tinha toda razão. Você é um homem desprezível. Fica longe de mim.

Rubinho — Você deveria lavar essa boca para falar de mim. Todos nessa vila sabem que o seu marido é um traidor de todos os pescadores. E agora você quer ter essa banca toda? 


AÇUCENA fica em silêncio. RUBINHO continua provocando. 


Açucena — (firme) Eu sei de todos os defeitos do meu marido. Mas ele não é isso que você está dizendo. Ele ainda é um bom homem. 

Rubinho — Se você prefere acreditar nisso. Mas pelo visto você não conhece tão bem assim o seu marido. Mas eu não tenho tempo para ficar aqui. Se quiser me procura depois.


RUBINHO entra em seu carro e vai logo embora. Em seguida AÇUCENA também vai tomando a direção de sua casa.

CORTA PARA/


CENA 10. PORTO DA AREIA. RUA. CARRO. EXTERIOR. NOITE 

O carro de TOM está parado na rua. Uma mulher vem se aproximando do carro e ela está vestida de uma forma bastante provocativa. Ela é SHIRLEY (Giovanna Cordeiro) quebrjtra dentro do carro de TOM e o vilão olha para ela visivelmente com segundas intenções.


Tom — (ardiloso) Que ótimo que você possa ter vindo depois que eu te liguei. Eu tenho algo para você fazer que pode te dar muito dinheiro. E você vaisbe dar muito bem. 

Shirley — O que você está querendo dessa vez, Tom? Com você é sempre algo a mais. 

Tom — Do que é que você está com medo, Shirley? Eu nunca te deixei na mão. Você vai ter que ir na delegacia e denunciar uma pessoa por turismo sexual. Apenas isso. 

Shirley — Você ficou louco, Tom? Eu não posso fazer isso. Você está querendo acabar com o meu esquema? Isso não pode acontecer. 


TOM abre o porta-luva do carro e pega uma enorme quantia em dinheiro. Ele entrega para SHIRLEY que fica sem reação.


Tom — Isso é o que você vai ganhar se você me ajudar. Então o que me diz? Você aceita? 

Shirley — Você já sabe qual é a minha resposta, Tom. Aliás você sempre sabe me convencer. 

Tom — Então estamos combinados. Amanhã mesmo você vai até a delegacia e denuncie a pessoa que eu vou te indicar. Entendeu? 


SHIRLEY concorda. TOM mostra uma foto de CASSIANO para SHIRLEY que fica bastante encantada. 


Shirley — Que desperdício. Você tem certeza que quer fazer isso, Tom? Eu tenho ideias melhores de como ajudar esse lindo daqui. 

Tom — (ríspido) Você sabe muito bem o que deve fazer Shirley. Agora saia do meu carro. Ninguém nunca pode nos ver juntos. 


SHIRLEY sai do carro. TOM sai em disparada. 

CORTA PARA/


CENA 11. PENSÃO DE JOSEFA. SALA. INTERIOR. NOITE

JOSEFA está sentada lendo um livro em em um silêncio ensurdecedor. Logo em seguida MISAEL entra na sala da pensão demonstrando estará fora de si. JOSEFA tenta ignorar, mas MISAEL é bastante insistente. Ele fica parado na frente de JOSEFA até que ela começa a ficar irritada.


Josefa — (seca) O que você ainda está querendo aqui, Misael? Eu achei que você já tivesse ido embora. Eu não quero mais te ver aqui. 

Misael — Você sabe muito bem o que eu quero, Josefa. Eu nunca vou desistir da Roseli. E eu tenho uma proposta para te fazer. 

Josefa — Não tenha nada que venha de você que possa me interessar, Misael. Eu vou te avisar pela última vez. Vá embora daqui. 

Misael — Eu não contaria com isso, Josefa. Se você me ajudar eu faço uma procuração deixando a guarda do Juca com você. 


JOSEFA fica visivelmente interessada. MISAEL a encara. 


Josefa — Se essa for uma de suas armações eu já vou dizendo que não vai dar certo, Misael. 

Misael — Você não confia em mim, Josefa? Eu nunca quis ser pai e agora não vai ser diferente. Eu quero apenas a Roseli.

Josefa — Você é mesmo um calhorda, Misael. Mas se for para ficar com o Juca eu aceito.


MISAEL fica bastante sorridente. JOSEFA o encara. 


Misael — (frio) Eu quero afastar a Roseli daquele infeliz do Aníbal. Ela é minha esposa. E nada do que ele faça vai mudar isso.

Josefa — Com isso você pode contar com a minha ajuda. Eu terei muito prazer em fazer isso. 

JOSEFA e MISAEL sorriem. Logo depois eles apertam as mãos firmando um acordo sórdido ente eles.

CORTA PARA/


CENA 12. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE

CLOSE em CLARICE que está jogada no sofá entregue a uma tristeza profunda. A campainha toca, mas ela não sente vontade nem de se levantar. A campainha continua a tocar. Mesmo contra sua vontade CLARICE se levanta e ela abre a porta. Ela fica em choque ao ver SANDOVAL parado em sua frente. CLARICE fica totalmente sem reação. 


Clarice — (surpresa) Sandoval??? É você mesmo? Eu não posso acreditar no que eu estou vendo. Eu fiquei com tanto medo de te perder. Você me deixou desesperada. 

Sandoval — Eu sei que eu te preocupei, Clarice. Mas o que aconteceu foi fora da minha escolha. Mas agora eu estou aqui. Eu voltei para você. Eu não vou para mais nenhum lugar. 

Clarice — A Lívia estava morrendo de preocupação, meu amor. Ela chorou tanto esse seu sumiço. Mas agora tudo vai ficar bem. 

Sandoval — Eu sofri uma tentativa de assassinato, Clarice. E só tem uma pessoa que poderia querer a minha morte. O Gregório.


CLARICE fica em silêncio. SANDOVAL está muito irritado. 


Clarice — E o que você está pensando em fazer, Sandoval? Mesmo que o Gregório tenha perdido uma pouco da força que ele sempre teve, mas ele ainda é muito perigoso. 

Sandoval — Isso não importa, Clarice. Aquele maldito matou a mãe da minha filha e tentou me matar. Ele merece estar preso na cadeia. 

Clarice — Você está certo, meu amor. Mas eu fico com receio do que o Gregório possa querer fazer com você. Ele ainda manda nessa cidade. Essa é a mais pura verdade.


SANDOVAL segura as mãos de CLARICE. Eles se olham. 


Sandoval — (jurando) Eu prometi que nada de mal cai acontecer, Clarice. Eu demorei muito a admitir o que eu sinto por você. Agora tudo o que eu quero é ficar ao seu lado.


As lágrimas que escorrem do rosto de CLARICE são de felicidade. Ela e SANDOVAL se beijam com muita paixão.

INSTRUMENTAL: Romance

CORTA PARA/


PORTO DA AREIA, AMANHECE.

CENA 13. PORTO DA AREIA. VISTA GERAL. EXTERIOR. AMANHECER 

Em plano aberto vemos o amanhecer na cidade de Porto da Areia. Vários pescadores estão na beira do mar e eles estão jogando suas redes em buscas de peixes. Em vários cortes rápidos vemos diversas mulheres lavando a roupa a mão na beira do mar. E outras vendendo os seus artesanatos. 

TRILHA SONORA: Luz do Sol - Jorge Vercilo 

A última imagem é na fachada da delegacia. De longe podemos ver uma mulher entrando. Ela é SHIRLEY.

FUNDE PARA/


CENA 14. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. MANHà

O DELEGADO AUGUSTIN está sentado tranquilamente tomando uma xícara de café para iniciar mais um dia de trabalho. Nesse momento um POLICIAL entra na sala do DELEGADO acompanhado de SHIRLEY que está olhando fixamente para o DELEGADO AUGUSTIN que a encara.


Policial — Desculpa atrapalhar o seu café, Delegado. Mas essa moça está cobrando uma história que o senhor vai querer ouvir. 

Delegado Augustin — (sério) Olha a hora, minha senhorita. Eu espero que o que você tenha para falar falha a pena. Mas diga o que é essa tal tão surpreendendo que deseja dizer. 

Shirley — Eu tenho uma acusação para fazer. Um homem que chegou a pouco tempo na cidade está fazendo usando de serviços nada convencionais. Se é que o Delegado consegue me compreender.

Delegado Augustin — Do que é que a senhorita está falando? Você está acusando uma pessoa de turismo sexual? É isso que eu entendi?


SHIRLEY concorda com a cabeça. Ela entrega uma foto de CASSIANO (adulterada) para o DELEGADO AUGUSTIN que fica totalmente embasbacado com o que ele vê. 


Delegado Augustin — Você tem certeza da acusação que você está fazendo, senhorita? Isso aqui é muito sério. Você não pode levantar falso testemunho contra alguém.

Shirley — É claro que eu tenho certeza do que eu estou falando. Esse depravado tentou fazer a mesma coisa comigo. Eu não permiti. 

Delegado Augustin — Eu vou resolver essa situação. Você não passa de uma vítima. (P) Policial…. Prenda agora mesmo esse tel de Cassiano Marcondes. Eu quero ele na minha frente antes do meio-dia. Entendido? 


O POLICIAL sai da sala do DELEGADO AUGUSTIN. A câmera agora foca no olhar malicioso de SHIRLEY. 


Shirley — (cínica) Muito obrigada, Delegado. Eu só vou ficar tranquila quando esse maníaco estiver atrás das grades. Eu te agradeço. 

Delegado Augustin — Eu estou fazendo o meu trabalho. Você pode ficar tranquila, senhorita. Hoje ainda esse sujeito vai estar preso e não vai fazer mal a mais ninguém. 


SHIRLEY esboça um sorriso e depois vai embora da DELEGACIA. CLOSE no olhar sério do DELEGADO AUGUSTIN que está com um problemão nas mãos.

CORTA PARA/


CENA 15. CASA DE TOM. SALA DE JANTAR . INTERIOR. MANHà

A câmera mostra que TOM está tomando o seu café da manhã tranquilamente. O seu semblante é de quem está bastante confiante. Nesse momento ANA ROSA entra parecendo um verdadeiro furacão. TOM olha para ela de um jeito bastante frio o que deixa a vilã muito intrigada.


Ana Rosa — (intrigada) Porque você está me olhando desse jeito, Tom? Você está muito calmo para o meu gosto. Isso está muito estranho. 

Tom — Como você é patética, Ana Rosa. Continua mendigando migalhas para todos os lados. Você não sente vergonha não? 

Ana Rosa — Você não me engana, Tom. Eu sei que você está armando alguma coisa. Pode falar. 

Tom — A uma hora dessas o seu preferido deve estar sendo preso por turismo sexual. Esse momento eu não vou irei perder por nada. 


ANA ROSA fica descontrolada. A vilã pega uma faca em cima da mesa e começa a ameaçar TOM que fica imóvel. 


Ana Rosa — O que foi que você fez, seu desgraçado? O que você tem na cabeça, Tom? Eu não vou deixar que você prejudique o Cassiano dessa forma. Está me ouvindo? Eu não vou. 

Tom — E o que você está pensando em fazer, Ana Rosa? Nós dois sabemos que você não vai usar essa faca em mim. Você é patética. 

Ana Rosa — Não me provoque, Tom. Você me iludiu desde o começo. Eu queria apenas uma vida de luxo. Mas você me privou disso. 


TOM se levanta da mesa de jantar. Ele toma a faca da mão de ANA ROSA que fica furiosa olhando para o vilão.


Tom — (ardiloso) Você foi muito fácil de enganar, Ana Rosa. Eu soube usar muito bem dessa sua inveja e ambição. Você é uma idiota. 

Ana Rosa — Você não é melhor do que eu, Tom. Eu ainda vou tirar esse sorriso do seu rosto. Você não vai querer grudar o meu caminho. Isso eu posso te garantir.


ANA ROSA vai embora se sentindo muito humilhada. TOM coloca a faca na mesa e o vilão sorri sarcasticamente. 

CORTA PARA/


CENA 16. CASA DE FÁTIMA. COZINHA. INTERIOR. MANHà

CASSIANO e LÍVIA estão tomando café da manhã em uma felicidade jamais vista antes. Na frente deles está FÁTIMA que olha para os nossos protagonistas com um sorriso no rosto. Nesse um policial entra na casa deixando todos apreensivos. O Policial fica parado já frente de CASSIANO. 


Fátima — (nervosa) Que invasão de propriedade em minha casa? Eu exijo que o senhor me dê uma explicação agora mesmo. 

Policial — É melhor a senhora não se envolver. Eu vim realizar um mandado de prisão e é isso que eu irei fazer. (P) Cassiano Marcondes…. Você está preso acusado de turismo sexual.

Lívia — Que brincadeira de mal gosto é essa, Policial? Você não pode estar falando sério. O Cassiano jamais seria capaz de fazer isso. 

Cassiano — Isso não pode estar acontecendo comigo.Eu sou inocente, Policial. Deve estar acontecendo algum engano. Só pode ser isso. Eu jamais faria uma coisa assim.


O POLICIAL joga as fotos adulteradas em cima de CASSIANO. O nosso protagonista fica em choque.


Policial — Eu não quero mais saber dessa conversa. Você vai sair daqui comigo e algemado. 

Fátima — O senhor não pode fazer isso, Policial. Eu criei o Cassiano como meu filho. Eu coloco a minha mão no fogo pelo caráter dele. 

Lívia — Porque o senhor está fazendo isso, Policial? Quanto o meu avô te pagou para fazer essa injustiça toda? Pode dizer.


O POLICIAL coloca a mão em sua arma. CASSIANO se levanta ficando entre o POLICIAL e LÍVIA. 


Cassiano — (sério) Sou eu que você quer. Deixe a Lívia em paz. Você veio me prender. Então…. O que você está esperando? 

Lívia — Você não pode se entregar, Cassiano. Eu sei que você não fez nada. Isso não é justo. 

Cassiano — Você acreditar em mim já é o suficiente, Lívia. Não fala nada para minha mãe ainda. Eu sei que eu vou conseguir provar a minha inocência. Eu amo você, Lívia. 


CASSIANO e LÍVIA se beijam com muita intensidade. Logo em seguida o POLICIAL algema CASSIANO e leva ele preso. LÍVIA fica totalmente desesperada. Ela tenta ir atrás, mas FÁTIMA consegue impedir a nossa protagonista. 


A imagem congela no olhar desesperado de LÍVIA. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.




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