Type Here to Get Search Results !

Maré Alta - Capítulo 35 (Últimos capítulos)

 





MARÉ ALTA 

CAPÍTULO 35

Últimos Capítulos 


Criada e escrita por: Luan Maciel 

Produção Executiva: Ranable Webs




CENA 01. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. DIA

Continuação imediata do capítulo anterior. O DELEGADO AUGUSTIN vem trazendo LÍVIA presa para dentro de uma cela ao lado da cela de GREGÓRIO. O vilão começa a sorrir de um jeito muito ardiloso. Ele e LÍVIA ficam frente a frente e o ressentimento entre ambos fica muito claro.


Gregório — (ardiloso) Quem diria que a neta que eu criei com tanto carinho iria se tornar uma assassina. Não foi essa educação que eu te dei, Lívia. Olha como você terminou. 

Lívia — Tem certeza que você quer falar sobre isso, Vô? Você matou a minha mãe.

Gregório — Quantas vezes eu vou ter que falar que aquilo tudo foi um acidente? Eu nunca quis matar a sua mãe. A minha própria filha.

Lívia — E faz diferença? Se não fosse a minha mãe que tivesse morrido teria sido o meu pai. Você é pior do que eu pensei.

GREGÓRIO mostra toda a mágoa que está sentindo. 


Gregório — Eu nunca quis que tudo isso acontecesse, Lívia. Eu só queira o melhor para você. 

Lívia — O melhor para mim seria ficar ao lado do meu pai e da minha mãe. Mas você tirou isso de mim, Gregório Assunção. Eu nunca vou te perdoar. Está me ouvindo? 

Delegado Augustin — Já chega. Essa conversa está indo longe demais. Vamos para sua cela, Lívia. Essa conversa acabou aqui.


O DELEGADO AUGUSTIN abre outra cela e LÍVIA entra. GREGÓRIO continuando sua neta com ódio. 


Lívia — (séria) Graças a Deus o meu filho não vai crescer sobre a sua influência, Gregório. Você ainda vai mofar nessa cadeia. 

Gregório — Eu faço das suas palavras as minhas, Lívia. Mas eu te garanto que eu não vou ficar aqui muito tempo. Nesse país de quinto mundo rico igual eu não fica já cadeia.


LÍVIA se sente enojada pelas palavras de GREGÓRIO. Logo em seguida o DELEGADO AUGUSTIN vai embora deixando LÍVIA e GREGÓRIO completamente sozinhos.

CORTA PARA/

CENA 02. CASA DE ANA ROSA. SALA DE JANTAR. INTERIOR. MANHÃ

ANA ROSA está terminando de tomar o seu café da manhã e a vilã está totalmente sozinha. Nesse momento CASSIANO invade a casa deixando ANA ROSA bastante surpresa. A vilã esboça um sorriso cínico enquanto o nosso protagonista vai olha para ela com muita raiva e sem nenhuma paciência.


Ana Rosa — (cínica) Cassiano??? É você mesmo? Eu sabia que mais cedo ou mais tarde você iria acabar me procurando. Não é mesmo? 

Cassiano — Eu não vou ficar compactuando com essa loucura da sua cabeça, Ana Rosa. Eu só vim até aqui para saber se foi você que matou o Tom. Só você teria motivos para fazer isso. 

Ana Rosa — Você está parecendo a minha mãe, Cassiano. Quantas vezes eu tenho que falar que quem matou o Tom foi a Lívia? 

Cassiano — Lave a sua boca para falar da Lívia, Ana Rosa. Ela é inocente e ninguém vai me fazer acreditar nisso. Está me ouvindo? 


ANA ROSA se levanta da mesa e ela fica frente a frente com CASSIANO. Ela faz um carinho em seu rosto. CASSIANO tira a mão de ANA ROSA de seu rosto. Ela não gosta. 


Ana Rosa — Eu sei que você não quer acreditar nisso, Cassiano. Mas a Lívia não é essa boa moça que você tanto imagina. Pode acreditar. 

Cassiano — Você está conseguindo fazer com que eu perca a minha paciência, Ana Rosa. Admita que foi você que matou o Tom. Anda logo. 

Ana Rosa — Eu não posso admitir uma coisa que eu não fiz. A única coisa que eu admito é que eu sou louca por você. Tudo o que eu fiz foi para ficar com você. Porque você não vê isso? A Lívia não te merece. 


CASSIANO segura ANA ROSA pelo braço com truculência. 


Cassiano — (direto) A Lívia é a única mulher que eu amo, Ana Rosa. Coloque isso na sua cabeça de uma vez por todas. A Lívia é a única.

Ana Rosa — É isso mesmo que você me quer, Cassiano? Então aceite as consequências. Eu faço questão de estar na primeira fila quando a sonsa da Lívia for condenada. 


CASSIANO olha com ódio para ANA ROSA. Ele solta o braço da vilã e depois vai embora. A câmera mostra que ABA ROSA começa a chorar de raiva e pela rejeição.

FUNDE PARA/


CENA 03. PORTO DA AREIA. FRENTE DA CASA DE ANA ROSA. EXTERIOR. MANHÃ

CLOSE em CASSIANO que vai saindo da casa de ANA ROSA parecendo estar cada vez mais perdendo a esperança. Nesse momento ele acaba encontrando com sua mãe que está bastante preocupada. LENITA tenta segurar a mão de CASSIANO, mas ele está muito agitado. 


Cassiano — (sério) O que você está fazendo aqui, mãe? E porque você está me olhando assim? O que foi que houve dessa vez? 

Lenita — Eu estou te procurando desde ontem, meu filho. Tem uma coisa que eu preciso te falar. Eu quero que você se afaste da Lívia. Ela não é uma boa influência você.

Cassiano — Isso é brincadeira, não é mesmo, mãe? Você não pode estar falando sério.

Lenita — Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida, Cassiano. A Lívia é uma assassina. E eu não quero que todos pensem isso de você. Você precisa me ouvir, meu filho.


CASSIANO fica estarrecido com o que ele ouve LENITA dizer. Ele anda de um lado para o outro muito nervoso. 


Cassiano — Eu posso saber que história é essa? A Lívia acabou de dar a luz ao nosso filho. Eu não posso acreditar que você está dizendo isso. Eu vou esquecer que você falou isso. 

Lenita — Quem me garante que esse é seu, Cassiano? A Lívia herdou os genes ruins do Gregório. Ela não é um pessoa confiável. 

Cassiano — Eu não acredito no que eu espero ouvindo. O que tem de errado com você, mãe? O Bernardo é meu filho mesmo. 


LENITA continua tentando convencer CASSIANO do contrário. Mas o nosso protagonista está irredutível.


Lenita — (insistindo) Você precisa aceitar ok inevitável, Cassiano. A Lívia é uma assassina. Você não merece isso.

Cassiano — Eu nãopreciso te dar satisfação da minha vida, Ana Rosa. Eu vou provar a inocência da Lívia. E você vai ver isso de camarote. 


CASSIANO vai embora deixando ANA ROSA ainda mais furiosa do que ela já estava. A vilã fica mais desequilibrada.

CORTA PARA/


CENA 04. VILA DOS PESCADORES. CASA DE SANDOVAL. SALA. INTERIOR. NOITE

AÇUCENA está andando de um lado para o outro demonstrando estar bastante preocupada. O seu semblante é de muita aflição. Nesse momento KÉSIA entra na casa e logo em seguida AÇUCENA corre ao seu encontro e a beija. KÉSIA retribui o beijo de AÇUCENA e elas se olham.


Açucena — (preocupada) Eu estava morrendo de preocupação com você, Késia. Eu estava com medo do Enrico te fazer alguma coisa. 

Késia — O Enrico não é louco de pensar em fazer uma coisa assim, Açucena. E além do mais eu sei me cuidar. Não precisa se preocupar. 

Açucena — É claro que eu me preocupo, meu amor. Eu conheço muito bem o Enrico. Eu sei o quanto ele pode ser violento e instável. 

Késia — Eu não quero mais falar disso, Açucena. Para mim o Enrico é uma página virada. 


AÇUCENA esboça um sorriso. KÉSIA segura a sua mão.


Açucena — Você é muito corajosa, Késia. Eu queria ter metade da sua coragem. Se eu tivesse nada disso teria acontecido comigo.

Késia — Eu não quero ter ver assim triste, Açucena. O Enrico não merece que você derrame mais nenhuma lágrima. Entendeu? 

Açucena — Eu juro que eu tento, meu amor. Mas eu não consigo. Eu sofri muitos anos nas mãos desse homem. Ele ainda tem muito poder sobre mim. É tão difícil admitir isso.


KÉSIA faz um carinho no rosto de AÇUCENA. Elas se olham profundamente nos olhos uma da outra. Tempo. 


Késia — (carinhosa) Você agora não tem nada com que se preocupar, Açucena. Eu vou cuidar de você. Isso é uma promessa. 

Açucena — Eu não sei como te agradecer por tudo que você está fazendo por mim, Késia. Você me encanta cada vez mais. 


AÇUCENA e KÉSIA voltam a se beijar com muita paixão. 

TRILHA SONORA: Ainda Vem - Vanessa da Matta. 

CORTA PARA/


CENA 05. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. MANHÃ

No centro da cena estão reunidos FRANCHICO e BABY que estão bastante sérios. Na frente deles está BRENDA que não consegue esconder o seu olhar de decepção em relação as atitudes de RUBINHO. Ela se aproxima de BABY e a olha de cabeça baixa. FRANCHICO apenas observa.


Brenda — (séria) Eu nem sei o que dizer para vocês. O que o meu filho fez foi tão errado em tantos níveis. Eu devo mil desculpas. 

Baby — Você não tem nada que pedir desculpas, Brenda. O erro foi do Rubinho. Mas eu e o Franchico decidimos deixar isso para trás. 

Franchico — A Baby está certa, Brenda. Você não pode se culpar pelos erros do seu filho. Eu vejo sinceridade no seu olhar. E para mim é isso o que importa. Apenas isso.

Brenda — Você é melhor do que eu, Franchico. Mesmo depois de tudo que você perdeu você ainda tem a grandeza de ser cordial. 


FRANCHICO sorri meio sem jeito. BRENDA os encara. 


Brenda — Eu prometo para vocês que eu não vou deixar o Rubinho fazer o que ele deseja. Eu já tirei todos os privilégios que ele tinha. 

Baby — Você tem certeza do que está fazendo, Brenda? O Rubinho pode querer se voltar contra você. Isso pode ser muito perigoso. 

Franchico — A Baby está certa, Brenda. O Rubinho já mostrou que é capaz de tudo para conseguir o que ele quer. Toma cuidado, por favor. 


BRENDA respira fundo. Ela olha para FRANCHICO e BABY. 

Brenda — (despreocupada) Com isso vocês não precisam se preocupar. Com o Rubinho eu me entendo depois. Eu vim aqui apenas agora reparar os erros do meu filho. 

Baby — Pode ficar em paz com a sua consciência, Brenda. Eu jamais iria te culpar por algo que o Rubinho fez. Eu te conheço muito bem. 


BABY e BRENDA se abraçam. FRANCHICO observa.

CORTA PARA/


CENA 06. CASA DE FÁTIMA. SALA. INTERIOR. MANHÃ

CLOSE em FÁTIMA que está sentada no sofá da sala com os seus pensamentos bem longe. Nesse momento LENITA entra na casa chorando copiosamente. FÁTIMA fica muito preocupada e ela vai se aproximando de LENITA. FÁTIMA percebe que os olhos de LENITA estão muito marejados. 


Fátima — (preocupada) O que foi que aconteceu, Lenita? Você saiu tão confiante para encontrar com o Cassiano. O que foi que houve? Você vai está bem. Eu vejo isso. 

Lenita — Você está satisfeita, Fátima. O meu próprio filho disse que prefere ficar com a Lívia. Isso é um absurdo. É um ultraje. 

Fátima — O que foi que que você fez dessa vez, Lenita. Você deve ter feito ou duro alguma coisa. Eu te conheço melhor que você. 

Lenita — Eu só disse a verdade, Fátima. Eu disse para ao Cassiano que eu acho que esse filho da Lívia não é do Cassiano. Só isso. 


FÁTIMA fica horrorizada com o que ela está ouvindo. LENITA se mantém firme diante do que ela acredita ser o certo.


Fátima — Eu não estou acreditando no que estou escutando, Lenita. Você não pode estar falando sério. O Cassiano não merece isso.

Lenita — O Cassiano jamais poderia ter se envolvido com a neta do homem que acabou com a minha vida. Isso sim não é justo.

Fátima — O Cassiano e a Lívia se amam, Lenita. Não tem nada que você possa fazer a respeito. Eles vão continuar se amando.


LENITA fica muito irritada. Ela fica encarando FÁTIMA.


Lenita — (irritada) Eu nunca vou deixar o meu único filho se casar com a neta do Gregório Assunção. Isso jamais pode acontecer. 

Fátima — Então a nossa amizade acaba aqui, Lenita. Se você não pode apoiar a felicidade do seu filho eu não quero mais essa amizade. É melhor você ir embora, Lenita. 


LENITA fica fervendo de ódio. Ela vai embora sem olhar para trás. A câmera mostra o olhar sério de FÁTIMA. 

CORTA PARA/


CENA 07. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. MANHÃ

A câmera acompanha os passos de SANDOVAL e CLARICE que ficam andando na direção da cela onde LÍVIA está presa. Nesse momento eles passam pela dela de GREGÓRIO que olha para SANDOVAL com muito ódio. O vilão lança um olhar de desprezo para SANDOVAL que fica o encarando.


Gregório — (ardiloso) Como você tem coragem de aparecer aqui e ainda mais acompanhado dessa mulher que você colocou no lugar da minha filha? Você é desgraçado, Sandoval.

Sandoval — Lave a sua boca antes de falar da Clarice, seu maldito. Ru exijo que você respeite ela. 

Clarice — Está tudo bem, meu amor. A gente já sabia que isso iria acabar acontecendo.

Gregório — Eu sempre tive certo sobre você, Sandoval. A minha filha morreu enganada pensando que você era um bom homem. Mas ba verdade você é um hipócrita. 


SANDOVAL fica muito nervoso. GREGÓRIO sorri. Nesse momento LÍVIA que está na cela ao lado acorda. 


Lívia — Pai…. Não escuta o que ele está falando. Você mais do que ninguém sabe tudo o que o meu avô é capaz de fazer. Não sabe? 

Sandoval — Você tem razão, minha filha. Eu não posso perdendo a  cabeça por bobagem. 

Gregório — Olha só como você fala comigo. Eu sou Gregório Assunção. Vocês acham que eu vou ficar aqui muito tempo? Eu não vou. 


GREGÓRIO focos totalmente descontrolado. 


Sandoval — (sério) Você não tem mais a influência que você acha que tem, Gregório. Agots todos sabem onde você é. Um assassino. 

Lívia — Você vai pagar muito caro pela morte da minha mãe. Disso eu tenho certeza. 


Um POLICIAL chega até a cela de GREGÓRIO e vai levando o vilão para outra área da delegacia. LÍVIA respira aliviada. Ela olha para SANDOVAL e CLARICE que retribuem o olhar. 

CORTA PARA/


CENA 08. CASA DE ANA ROSA. QUARTO. INTERIOR. DIA

ANA ROSA está sentada na cama e o seu semblante é de muita fúria. A vilã se levanta da cama e fica andando pelo quarto como se algo a estivesse incomodando. Ela respira fundo enquanto vai lembrando a última conversa que teve com CASSIANO. Os seus olhos se enchem de ódio.


Ana Rosa — (furiosa) O Cassiano vai se arrepender de toda a humilhação que ele fez me passar. Eu vou atingir onde mais dói. No filho dele. 


ANA ROSA sorri de uma forma maquiavélica. 


Ana Rosa — O Cassiano e a Lívia não esperam pelo o que está para  acontecer. Esse filho não vai impedir do Cassiano de ser meu. Não vai.


ANA ROSA está perdendo toda a noção da realidade. A vilã demonstra através de seu olhar toda a sua sociopatia. 

CORTA PARA/


CENA 09. VILA DOS PESCADORES. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. SALA. INTERIOR. DIA

ZÉ BATALHA e ONDINA estão na sala tranquilamente e em silêncio. Nesse momento eles ouvem alguém bater na porta. ZÉ BATALHA se levanta e abre a porta. Ele e ONDINA ficam surpresos ao verem ENRICO parado em sua porta. ENRICO entra na casa e vemos que ele continua embriagado. 

Zé Batalha — (surpreso) Enrico??? O que você está fazendo aqui? Depois do que você fez ontem eu não sei se eu quero você aqui. 

Enrico — Vocês precisam me ajudar. A Açucena está enfeitiçada com aquela sapata. Eu não posso deixar ela me deixar assim. 

Ondina — Você está ouvindo o que está dizendo, Enrico? Porque você não deixa a Açucena ser feliz? Se é isso que ela quer então você deve aceitar a decisão dela. 

Enrico — Vocês não entendem. Eu sou o único capaz de fazer a Açucena feliz. É só isso. 


ZÉ BATALHA é bastante inflexível. ENRICO se irrita. 


Zé Batalha — Eu nunca te ajudaria depois do que você fez a coitada da Açucena passar, Enrico. 

Ondina — O meu marido está certo, Enrico. Você passou anos humilhando a Açucena. Tem uma hora na vida que a gente cansa.

Enrico — Eu não sei o que eu vim fazer aqui. Eu pensei que vocês fossem meus amigos, mas eu visto eu estava enganado. Eu vou embora. Eu não fico mais aqui. 


ENRICO se vira para ir embora, mas ele acaba caindo no chão. ZÉ BATALHA e ONDINA olham para ele.

Ondina — (séria) É nesse estado que você quer reconquistar a Açucena, Enrico? Eu acho melhor você esquecer ela. Vai ser melhor. 

Zé Batalha — Ouve o que a Ondina está falando, Enrico. O seu casamento com a Açucena acabou há muito tempo. Você sabe disso. 


ENRICO olha para ZÉ BATALHA e ONDINA e depois vai embora. Um silêncio ensurdecedor reina no local.

CORTA PARA/


CENA 10. CASARÃO DE ELEANOR. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

CLOSE em ELEANOR que está com o filho de CASSIANO e LÍVIA em seus braços e ela não consegue segurar a emoção ao olhar para ele. Nesse momento EULÁLIA vem adentrando na sala de estar e ela fica encantada com o pequeno BERNARDO. Ela e ELEANOR ficam se olhando. 


Eleanor — Olha só como o meu bisneto é a coisa mais linda do mundo, Eulália. Eu não tenho palavras para dizer o quanto estou feliz.

Eulália — Eu posso imaginar, Elenaor. Mas eu fico pensando como a Lívia deve ter se sentindo em ter sido tirada de perto de seu filho. 

Eleanor — Eu não queria ter que admitir isso, mas eu estou pensando a mesma coisa. A Lívia não merecia estar passando por isso.

Eulália — Até agora eu não consigo entender quem poderia querer fazer isso com a Lívia. 


ELEANOR fica visivelmente abalada. EULÁLIA fica séria.


Eleanor — Essa é uma pergunta que eu não sei te responder, minha amiga. Tudo no que eu sei é que a minha neta é inocente. Apenas isso.

Eulália — Eu nem sei o que dizer, Eleanor. Tudo o que eu queira era que esse pesadelo tivesse fim. A Lívia merece ser feliz.

Eleanor — Eu nunca agradeci por todo o carinho que você sempre teve pela minha neta, Eulália. Nada vai poder pagar essa dedicação. 


EULÁLIA esboça um sorriso. Ela e ELEANOR se encaram.


Eulália — (sorrindo) Você não tem nada que me agradecer, Eleanor. Eu fiz isso com muito prazer. Eu vi a Lívia crescer. Ela é como uma filha para mim. Você sabe disso.

Eleanor — Agora tudo o que eu desejo é que a minha neta seja considerada inocente no julgamento que vai ter. Eu estou aflita.

ELEANOR está bastante apreensiva. EULÁLIA a observa. 

CORTA PARA/


CENA 11. PORTO DA AREIA. PRAIA. EXTERIOR. DIA

Em plano geral podemos ver a praia da cidade de PORTO DA AREIA. De longe podemos ver também vários pescadores fazendo reparos em suas redes de pesca. Nesse momento a câmera mostra FRANCHICO e BABY que estão na orla da praia. Eles se beijam com paixão. Para a surpresa deles RUBINHO aparece parecendo muito nervoso.


Rubinho — (nervoso) Vocês estão satisfeitos? Por causa de vocês a minha mãe tirou tudo que eu tinha. Mas eu garanto. Isso não vai ficar assim. Vocês vão me pagar caro. 

Franchico — Você teve uma lição valiosa, Rubinho. O dinheiro não compra o que mais importa. 

Baby — Vê se agora você aprende a nos deixar em paz, Rubinho. Eu tentei te avisar tantas vezes. Mas você não quis ouvir. 

Rubinho — Eu não sou obrigado a ficar ouvindo lição dental de um pescador imundo e de uma garota fútil que só pensa em si mesma. 


FRANCHICO e RUBINHO ficam se encarando. 


Franchico — Você tinha tudo que uma podia querer, Rubinho. Mas você nunca deu valor a nada. Até a sua mãe sala que você não vale nada. 

Rubinho — Quem você pensa que é para ne dar lição de moral, Franchico? Você não passa de um pobre coitado. O que a Baby viu em você? 

Baby — O Franchico tem uma coisa que você nunca vai ter, Rubinho: Caráter. Isso é algo que não se compra. Ou tem ou não tem. 


RUBINHO levanta a mão para bater em BABY. Nesse momento FRANCHICO fica na frente dele e o impede.


Franchico — (sério) Eu sei que você não quer fazer isso, Rubinho. É melhor você abaixar a mão. 

Rubinho — Isso ainda não acabou. Estão ouvindo? 


RUBINHO vai embora da praia. FRANCHICO e BABY se olham como se estivessem pensando em algo sério.

CORTA PARA/


CENA 12. SOBRADO DO PREFEITO ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA

ROSELI está sozinha no sobrado e ela está olhando algumas fotos de quando JUCA era mais novo. As lágrimas vão escorrendo por seus olhos. Nesse momento MISAEL acaba invadindo o sobrado o que deixa ROSELI sem palavras. Sem pensar duas vezes MISAEL vai na direção de ROSELI que fica totalmente sem reação. 


Misael — (violento) Você achou mesmo que eu iria deixar você se dar bem no fim de tudo, Roseli? Até parece que não me conhece. 

Roseli — O que você está fazendo aqui, Misael? Você ainda não entendeu que acabou? Eu já recuperei o meu filho. É melhor você ir embora. Antes que eu comece a gritar. 

Misael — A verdade é que eu nunca quis esse filho, Roseli. Eu só usei o Juca para conseguir o que eu queria. Você ainda vai ser minha. 

Roseli — Você está completamente louco, Misael. Eu amo o Aníbal. Nada do que você faça vai me fazer mudar de opinião. Entendeu? 


Sem dizer nada MISAEL dá um tapa na cara de ROSELI que fica sem reação. Ela olha para MISAEL com raiva.


Misael — O seu maior erro foi ter voltado para essa cidade, Roseli. Eu faço qualquer código para você voltar a ser minha. Até mesmo matar o infeliz do Aníbal e as filhas dele. 

Roseli — Você só pode estar ficando louco, Misael. Onde você pretende chegar com tudo isso? 

Misael — Eu quero que você admita que você não consegue viver sem mim. Você não pode me abandonar desse jeito. Não pode. 


ROSELI se levanta do chão e ela olha para MISAEL. Ele continua encarando ROSELI de uma forma bem violenta.


Roseli — (séria) Eu não tenho mais medo das suas ameaças, Misael. Você não vai mais encostar essa sua mão suja em mim. 

Misael — Você está aqui sozinha e não tem ninguém que possa te salvar da minha fúria, Roseli. Você vai comigo embora. Querendo ou não querendo. Você entendeu?


MISAEL pega um pano e coloca na boca de ROSELI. Ela tenta lutar, mas ligo depois ela desmaia na frente de MISAEL. 

CORTA PARA/


CENA 13. DELEGACIA. CELA. INTERIOR. DIA

SANDOVAL e CLARICE continuam parados na frente da cela onde LÍVIA está presa. O semblante da nossa protagonista demonstra exatamente o que ela está sentindo nesse momento. SANDOVAL pega a mão de sua filha e eles de olham por longos segundos. CLARICE os observa. 


Sandoval — (abatido) Me dói tanto te ver nesse estado, minha filha. Eu faria tudo para estar no seu lugar. Isso não é muito justo. 

Lívia — Eu não sei se a justiça vai ser feita, pai. Quem matou o Tom fez isso para me prejudicar. Eu tenho certeza absoluta. 

Clarice — A Lívia está certa, Sandoval. Eu não vejo mais nenhum motivo para isso tudo estar acontecendo. Vai ser inevitável que que um julgamento acabe acontecendo. 

Sandoval — Você é una boa pessoa, minha filha. Eu sei que no final tudo vai ficar bem. 


LÍVIA fica bastante pensativa. Ela e CLARICE se olham. 


Lívia — Eu queria acreditar nisso, pai. Mas se a pessoa que matou o Tom não for pega eu não sei se eu vou ser inocentada. 

Clarice — Você precisa ter mais fé, Lívia. A justiça pode ser falha, mas ainda precisamos acreditar que no final tudo vai dar certo. 

Sandoval — Eu nunca vou desistir de provar a sua inocência, minha filha. Eu vou fazer tudo o que for preciso para descobrir quem foi que matou o Tom. Você pode confiar em mim.


LÍVIA e SANDOVAL trocam olhares fraternos. 

Lívia — (esboça um sorriso) Eu confio em você de olhos fechados, pai. Aconteça o que acontecer eu quero que vocês saibam que eu amo muito vocês. Isso nunca vai mudar. 

Sandoval — Nos também te amamos, minha filha. Eu tenho fé que essa situação é passageira. Você vai conseguir sair de cabeça erguida. 


LÍVIA e SANDOVAL se dão as mãos em um gesto bastante emocional. CLARICE olha para eles com os olhos marejados. 

CORTA PARA/


CENA 14. DELEGACIA. SALA DE INTERROGATÓRIO. INTERIOR. DIA

O POLICIAL vem entrando com GREGÓRIO dentro da sala de interrogatório. O vilão vai ficando cada vez mais intrigado com o que possa estar acontecendo. O POLICIAL vai tirando as algemas de GREGÓRIO que vai esboçando um sorriso bastante cinico. O vilão tem um brilho no olhar.


Gregório — (frio) Finalmente alguém resolveu criar um pouco de juízo. Eu te garanto que você vai ser muito bem recompensando por isso. 

Policial — Aqui na Delegacia nem todos compactuam com esse sentimento de caráter e retidão do Augustin. Para mim o que mais importa é ter muito dinheiro. 

Gregório — Pelo visto o Augustin não é muito bem visto pelos próprios funcionários. Agora tudo o que eu quero é sair desse lugar. Vamos!

Policial — E tem mais uma coisa que o senhor precisa de saber, Dr Gregório. O Augustin é o verdadeiro pai do Cassiano. Eu mesmo ouvi isso da boca do Delegado. 


GREGÓRIO fica em estado de choque com a revelação do POLICIAL. O sorriso vai sumindo do seu rosto aos poucos.


Gregório — Você só pode estar de brincadeira comigo. Essa família tem me causado muitos problemas. Eu preciso dar um fim nisso o mais rápido possível. 

Policial — Eu tenho certeza absoluta disso, Dr Gregório. E ao que parece o Cassiano não aceitou muito bem essa história. 

Gregório — Pelo isso para alegrar um pouco o meu dia. Agora me tire dessa delegacia. Eu tenho muita coisa para fazer. A minha vingança começa agora. E não posso perder tempo. 


GREGÓRIO tem um semblante bastante vingativo.


Gregório — (ardiloso) Todos os meus inimigos vão ter o que merecem. E o Cassiano é o primeiro. 

O POLICIAL vai levando GREGÓRIO para fora da delegacia. O semblante do vilão demonstra todo o seu ódio. 

CORTA PARA/


CENA 15. CASARÃO DE ELEANOR. QUARTO. INTERIOR. DIA

A câmera mostra que ELEANOR coloca o pequeno BERNARDO no berço e ele está dormindo tranquilamente. Ligo depois ELEANOR sai do quarto. Em questão de poucos minutos ANA ROSA invade o quarto e o ódio em seu olhar vai ficando cada vez mais claro. Ela se aproxima de BERNARDO. ANA ROSA o ilha com raiva.


Ana Rosa — (desequilibrada) Finalmente!!! Olha só para você. Nem mal nasceu e já vem me causando problemas. Eu deveria te matar. Mas eu tenho outros planos para você. 


ANA ROSA se aproxima cada vez mais do pequeno BERNARDO. A vilã pega o bebê frágil em seus braços. 


Ana Rosa — Você vai vir comigo, pequeno. Quando o por seu pai descobrir que você vai está comigo ele vai fazer tudo o que eu quero. Tudo! Pl


Nesse instante ELEANOR volta a entrar no quarto. Ela fica horrorizada ao ver ANA ROSA segurando BERNARDO. 


Eleanor — (surpresa) O que você pensa que está fazendo, Ana Rosa? O que você quer fazer com o meu bisneto? Pode ir logo dizendo. 

Ana Rosa — Você acha mesmo que pode me impedir, Eleanor? Eu vou sair com esse bebê dessa casa e você não vai fazer absolutamente nada para me impedir. Eu fui clara?

Eleanor — Você só pode ter ficado louca, Ana Rosa. Até onde vai essa inveja que você sente da minha neta? Você precisa parar com isso. 


Sem pensar duas vezes, ANA ROSA saca uma arma e aponta na direção de ELEANOR. O olhar da vilã demonstra todo o seu ódio e o descontrole que ela está sentindo. 


A imagem congela no olhar de ódio de ANA ROSA. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.









Tags

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.