CENA 01. CASA DE JULIANO.
MADUREIRA. TARDE
Romina e
Juliano se entregam ao beijo apaixonado, seus corações batendo em sincronia
enquanto a paixão os envolve. Os lábios se encontram com uma urgência ardente,
as mãos se entrelaçando em um abraço intenso. Por um momento, o mundo ao redor
parece desaparecer, deixando apenas eles dois em um universo de desejo.
Romina - (interrompendo o beijo
abruptamente, empurrando gentilmente Juliano) Não! Eu não posso fazer isso.
Juliano
olha para ela confuso, surpreso com a mudança súbita de humor.
Juliano - O que houve, Romina? Por
que está agindo assim?
Romina
coloca delicadamente Clarinha no sofá, seus olhos transbordando de emoção
enquanto enfrenta Juliano com determinação.
Romina - (com voz trêmula)
Não vou me tornar sua amante, Juliano. Não vou me rebaixar a isso.
Um misto de
choque e mágoa atravessa o rosto de Juliano, seus olhos cheios de dor diante
das palavras de Romina.
Juliano - Romina, não é isso que você
está pensando. Eu nunca te veria dessa maneira.
Ele tenta
se aproximar dela, mas Romina recua, seu olhar frio e distante.
Romina - Não se aproxime!
Ela beija
suavemente a testa de Clarinha antes de entregá-la a Juliano, seus olhos se enchem
de determinação e tristeza.
Romina - (com voz firme) Eu
sairei daqui o mais rápido possível, Juliano. E farei de tudo para reaver a
guarda de Clarinha. Ela é minha filha, e eu a protegerei com minha vida se for
preciso.
Juliano
olha para ela, uma mistura de tristeza e compreensão em seu olhar, antes de
pegar Clarinha nos braços e sair da casa, deixando Romina sozinha.
CENA 02. CARRO DE JULIANO.
INT. TARDE
Dentro do
carro, Juliano está sentado no banco do motorista, com as mãos firmemente
apertadas ao volante. Seu rosto está contorcido pela dor e os olhos estão
embaçados pelas lágrimas que insistem em cair. Ele se culpa, atormentado pelos
pensamentos que o assolam.
Juliano - (entre soluços) Por
que eu fiz isso? Como pude magoá-la assim?
Ele fecha
os olhos, deixando as lágrimas escorrerem livremente por suas bochechas.
Juliano - (com a voz embargada)
Ela confiou em mim.
Sua mente é
assombrada pelas palavras de Romina e pela expressão de dor em seu rosto.
Juliano - Eu sou um idiota. Um
completo idiota.
Ele balança
a cabeça, lutando contra a enxurrada de emoções que o consomem.
Juliano - Como posso consertar isso?
Como posso fazer com que ela entenda que eu me apaixonei?
As palavras
saem em um sussurro angustiado, perdidas no silêncio do carro. Juliano fecha os
olhos novamente, buscando forças para enfrentar a situação que ele mesmo criou.
CENA 03. COMPILAÇÃO DE
IMAGENS. TRANSIÇÃO TARDE/NOITE
CENA 04. CASA DE JULIANO.
MADUREIRA. NOITE
Romina aparece
dormindo. A partir desse momento é mostrado o sonho.
Romina se
encontra em um salão magnífico, onde as luzes cintilantes brilham sobre os
casais dançando ao som de uma bela valsa. Ela está deslumbrante em um vestido
de baile, girando suavemente pelo salão ao lado de um homem charmoso e
cativante - Max. Seus olhos se encontram, e um sorriso amoroso se forma nos
lábios dele.
Max - (sorrindo) Romina,
minha querida, eu te amo com todo o meu coração. Sempre estarei ao seu lado.
Como se fosse
um sonho encantado, Max desaparece diante dos olhos de Romina, substituído
instantaneamente por Juliano. Ele a puxa para continuar a valsa, seu olhar
ardente e sua presença reconfortante.
Juliano - (aproximando-se)
Romina, nunca imaginei que pudesse me apaixonar novamente. Mas você está
conquistando meu coração.
O coração de
Romina acelera enquanto ela se deixa levar pela dança com Juliano, sentindo uma
mistura de emoções transbordando dentro dela. De repente, Max reaparece no
salão, seus olhos marejados de emoção. Romina se vê indecisa, dividida entre
dois amores.
Em um momento
de turbulência interna, Romina se afasta de Juliano, seus olhos refletindo uma
mistura de confusão e angústia. Ela fica parada no meio do salão, incerta do
que fazer a seguir. Então, como se uma mão invisível a despertasse, Romina abre
os olhos e volta à realidade.
CENA 05. MANSÃO DE JULIANO.
INT. NOITE
Juliano chega
à mansão com Clarinha dormindo serenamente em seus braços, os olhos da menina
fechados em um sono tranquilo. Ele é recebido por Inara, cujo rosto está
contorcido pela preocupação e pela raiva.
Inara - (desesperada, correndo
até eles) Juliano! Onde você estava esse tempo todo? Você é um irresponsável!
Ela arranca
Clarinha dos braços de Juliano e entrega-a à babá, instruindo-a a dar um banho
na menina e alimentá-la. A babá sai, deixando Juliano e Inara sozinhos.
Inara - (histérica) Conte a
verdade, Juliano! Você estava com Romina, não estava?
Juliano não
consegue mentir para Inara e confessa que levou Clarinha para conhecer Romina.
Juliano - Sim, eu estava com Romina.
Eu queria que ela conhecesse Clarinha.
Inara,
tomada pela raiva, dá um tapa no rosto de Juliano. Ele coloca a mão no local
atingido.
Inara - (gritando) Romina
não tem direitos sobre Clarinha! A única mãe dela sou eu! Se Romina tentar se
aproximar novamente, eu não sei do que serei capaz!
Juliano,
tentando acalmar a situação, pede para que Inara se controle. Mas ela não o
ouve, agarrando o colarinho de sua blusa com força.
Juliano - (com calma) Inara,
por favor, se acalme. Nós podemos resolver isso de outra maneira.
Ele retira
delicadamente a mão de Inara de seu colarinho e se afasta, dirigindo-se ao
quarto.
Inara - (com determinação)
Eu vou acabar com Romina antes que ela consiga o que quer.
CENA
06. RESTAURANTE. INT. NOITE
Juliano
entra em seu quarto, fechando a porta suavemente atrás de si. Ele respira
fundo, os acontecimentos recentes pesando em seus ombros. Com passos lentos, ele
se dirige até a cama e se senta.
Juliano - (falando consigo mesmo)
O que eu fiz? Por que tudo está tão complicado?
Ele passa a
mão pelo cabelo, os pensamentos girando em sua mente enquanto tenta entender a
situação.
Juliano - Eu só queria fazer o certo.
Mas parece que só causei mais confusão.
Ele balança
a cabeça, frustrado consigo mesmo.
Juliano - Mas não posso desistir
agora. Tenho que resolver isso de uma vez por todas.
Juliano se
levanta da cama e caminha até o banheiro.
Juliano - Vou tomar um banho e depois
irei novamente até Romina. Ela vai ter que me ouvir, querendo ou não.
Ele entra
no banheiro, fechando a porta atrás de si.
CENA 07. RESTAURANTE. INT.
NOITE
Marsala
chega ao restaurante, seu coração batendo mais rápido de nervosismo e
expectativa. Ela olha ao redor, admirando a atmosfera acolhedora e romântica do
local, as mesas adornadas com velas e flores frescas. Ela veste um vestido
elegante e seus cabelos estão impecavelmente arrumados.
Marsala - (para si mesma, respirando fundo) Você
consegue, Marsala. É só um encontro.
Ela avista
o rapaz esperando por ela em uma mesa ao canto do restaurante. Ele sorri quando
seus olhos se encontram.
Rapaz - (levantando-se ao vê-la
se aproximar) Marsala, que prazer finalmente conhecê-la pessoalmente.
Marsala - (sorrindo, estendendo a
mão) O prazer é todo meu. Você é exatamente como eu imaginava.
Eles se
cumprimentam com um aperto de mãos caloroso, seus sorrisos refletindo a ansiedade
e a empolgação do momento.
Rapaz - Por favor, sente-se. Eu já
pedi algo para nós.
Marsala se
acomoda na cadeira em frente ao rapaz, seus olhos brilhando com antecipação.
Marsala - Obrigada. Estou ansiosa
para ver o que você escolheu.
Eles
iniciam uma conversa animada, compartilhando histórias e risadas enquanto
aguardam a chegada dos pratos.
Rapaz - (com um sorriso gentil)
Você parece incrível hoje, Marsala. Não consigo tirar os olhos de você desde
que entrou no restaurante.
Marsala - (corando levemente)
Oh, obrigada. Você também está muito bem.
Eles trocam
olhares cúmplices, uma faísca de atração se acendendo entre eles. À medida que
o jantar avança, a conexão entre Marsala e o rapaz se aprofunda.
CENA
08. CASA DE JULIANO. MADUREIRA. INT. NOITE
Romina sai
do banho, envolta em uma nuvem de vapor, seus passos ecoando pelo corredor
vazio. Ela para abruptamente quando vê a porta da casa entreaberta, uma fenda
sinistra através da qual um sopro de vento gelado penetra, arrepiando sua pele.
Com o coração batendo acelerado, ela avança cautelosamente e fecha a porta com
um estalo.
Romina - (em um sussurro
temeroso) Quem está aí?
O silêncio
que responde é ensurdecedor, cada som ampliado pela escuridão sufocante.
Tremendo de medo, Romina caminha lentamente em direção à cozinha, os passos
ecoando como tambores em seu peito. Seus olhos percorrem a sala, mas não
encontram nada além de sombras dançantes e móveis silenciosos.
Romina - (com a voz trêmula)
Tem alguém aí?
Seus dedos
tremem quando ela alcança o interruptor de luz, mas antes que possa acendê-lo,
as luzes da casa se apagam, mergulhando tudo em um breu absoluto. Romina
vira-se em direção ao som de um assobio , seu coração pulsando em seu ouvido
enquanto ela luta contra o pânico crescente.
Romina - (em um grito sufocado)
Quem... quem está aí?
Uma figura
sinistra emerge das sombras, envolta em um sobretudo escuro e usando luvas, seu
rosto oculto por uma máscara grotesca. O coração de Romina parece congelar em
seu peito quando ela percebe a ameaça que se aproxima.
Romina - (em um grito
desesperado) Não! Por favor, não!
As mãos da figura mascarada envolvem seu pescoço, apertando com força.
Obrigado pelo seu comentário!