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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 16 | ÚLTIMAS SEMANAS

 





CENA 01. CASA DE JULIANO. MADUREIRA. TARDE

Romina e Juliano se entregam ao beijo apaixonado, seus corações batendo em sincronia enquanto a paixão os envolve. Os lábios se encontram com uma urgência ardente, as mãos se entrelaçando em um abraço intenso. Por um momento, o mundo ao redor parece desaparecer, deixando apenas eles dois em um universo de desejo.

 

Romina - (interrompendo o beijo abruptamente, empurrando gentilmente Juliano) Não! Eu não posso fazer isso.

 

Juliano olha para ela confuso, surpreso com a mudança súbita de humor.

 

Juliano - O que houve, Romina? Por que está agindo assim?

 

Romina coloca delicadamente Clarinha no sofá, seus olhos transbordando de emoção enquanto enfrenta Juliano com determinação.

 

Romina - (com voz trêmula) Não vou me tornar sua amante, Juliano. Não vou me rebaixar a isso.

 

Um misto de choque e mágoa atravessa o rosto de Juliano, seus olhos cheios de dor diante das palavras de Romina.

 

Juliano - Romina, não é isso que você está pensando. Eu nunca te veria dessa maneira.

 

Ele tenta se aproximar dela, mas Romina recua, seu olhar frio e distante.

 

Romina - Não se aproxime!

 

Ela beija suavemente a testa de Clarinha antes de entregá-la a Juliano, seus olhos se enchem de determinação e tristeza.

 

Romina - (com voz firme) Eu sairei daqui o mais rápido possível, Juliano. E farei de tudo para reaver a guarda de Clarinha. Ela é minha filha, e eu a protegerei com minha vida se for preciso.

 

Juliano olha para ela, uma mistura de tristeza e compreensão em seu olhar, antes de pegar Clarinha nos braços e sair da casa, deixando Romina sozinha.

 

CENA 02. CARRO DE JULIANO. INT. TARDE

Dentro do carro, Juliano está sentado no banco do motorista, com as mãos firmemente apertadas ao volante. Seu rosto está contorcido pela dor e os olhos estão embaçados pelas lágrimas que insistem em cair. Ele se culpa, atormentado pelos pensamentos que o assolam.

 

Juliano - (entre soluços) Por que eu fiz isso? Como pude magoá-la assim?

 

Ele fecha os olhos, deixando as lágrimas escorrerem livremente por suas bochechas.

 

Juliano - (com a voz embargada) Ela confiou em mim.

 

Sua mente é assombrada pelas palavras de Romina e pela expressão de dor em seu rosto.

 

Juliano - Eu sou um idiota. Um completo idiota.

 

Ele balança a cabeça, lutando contra a enxurrada de emoções que o consomem.

 

Juliano - Como posso consertar isso? Como posso fazer com que ela entenda que eu me apaixonei?

 

As palavras saem em um sussurro angustiado, perdidas no silêncio do carro. Juliano fecha os olhos novamente, buscando forças para enfrentar a situação que ele mesmo criou.

 

CENA 03. COMPILAÇÃO DE IMAGENS. TRANSIÇÃO TARDE/NOITE

 

CENA 04. CASA DE JULIANO. MADUREIRA. NOITE

Romina aparece dormindo. A partir desse momento é mostrado o sonho.

 

Romina se encontra em um salão magnífico, onde as luzes cintilantes brilham sobre os casais dançando ao som de uma bela valsa. Ela está deslumbrante em um vestido de baile, girando suavemente pelo salão ao lado de um homem charmoso e cativante - Max. Seus olhos se encontram, e um sorriso amoroso se forma nos lábios dele.

 

Max - (sorrindo) Romina, minha querida, eu te amo com todo o meu coração. Sempre estarei ao seu lado.

 

Como se fosse um sonho encantado, Max desaparece diante dos olhos de Romina, substituído instantaneamente por Juliano. Ele a puxa para continuar a valsa, seu olhar ardente e sua presença reconfortante.

 

Juliano - (aproximando-se) Romina, nunca imaginei que pudesse me apaixonar novamente. Mas você está conquistando meu coração.

 

O coração de Romina acelera enquanto ela se deixa levar pela dança com Juliano, sentindo uma mistura de emoções transbordando dentro dela. De repente, Max reaparece no salão, seus olhos marejados de emoção. Romina se vê indecisa, dividida entre dois amores.

Em um momento de turbulência interna, Romina se afasta de Juliano, seus olhos refletindo uma mistura de confusão e angústia. Ela fica parada no meio do salão, incerta do que fazer a seguir. Então, como se uma mão invisível a despertasse, Romina abre os olhos e volta à realidade.




CENA 05. MANSÃO DE JULIANO. INT. NOITE

Juliano chega à mansão com Clarinha dormindo serenamente em seus braços, os olhos da menina fechados em um sono tranquilo. Ele é recebido por Inara, cujo rosto está contorcido pela preocupação e pela raiva.

 

Inara - (desesperada, correndo até eles) Juliano! Onde você estava esse tempo todo? Você é um irresponsável!

 

Ela arranca Clarinha dos braços de Juliano e entrega-a à babá, instruindo-a a dar um banho na menina e alimentá-la. A babá sai, deixando Juliano e Inara sozinhos.

 

Inara - (histérica) Conte a verdade, Juliano! Você estava com Romina, não estava?

 

Juliano não consegue mentir para Inara e confessa que levou Clarinha para conhecer Romina.

 

Juliano - Sim, eu estava com Romina. Eu queria que ela conhecesse Clarinha.

 

Inara, tomada pela raiva, dá um tapa no rosto de Juliano. Ele coloca a mão no local atingido.

 

Inara - (gritando) Romina não tem direitos sobre Clarinha! A única mãe dela sou eu! Se Romina tentar se aproximar novamente, eu não sei do que serei capaz!

 

Juliano, tentando acalmar a situação, pede para que Inara se controle. Mas ela não o ouve, agarrando o colarinho de sua blusa com força.

 

Juliano - (com calma) Inara, por favor, se acalme. Nós podemos resolver isso de outra maneira.

 

Ele retira delicadamente a mão de Inara de seu colarinho e se afasta, dirigindo-se ao quarto.

 

Inara - (com determinação) Eu vou acabar com Romina antes que ela consiga o que quer.

 

CENA 06. RESTAURANTE. INT. NOITE

Juliano entra em seu quarto, fechando a porta suavemente atrás de si. Ele respira fundo, os acontecimentos recentes pesando em seus ombros. Com passos lentos, ele se dirige até a cama e se senta.

 

Juliano - (falando consigo mesmo) O que eu fiz? Por que tudo está tão complicado?

 

Ele passa a mão pelo cabelo, os pensamentos girando em sua mente enquanto tenta entender a situação.

 

Juliano - Eu só queria fazer o certo. Mas parece que só causei mais confusão.

 

Ele balança a cabeça, frustrado consigo mesmo.

 

Juliano - Mas não posso desistir agora. Tenho que resolver isso de uma vez por todas.

 

Juliano se levanta da cama e caminha até o banheiro.

 

Juliano - Vou tomar um banho e depois irei novamente até Romina. Ela vai ter que me ouvir, querendo ou não.

 

Ele entra no banheiro, fechando a porta atrás de si.

 

CENA 07. RESTAURANTE. INT. NOITE

Marsala chega ao restaurante, seu coração batendo mais rápido de nervosismo e expectativa. Ela olha ao redor, admirando a atmosfera acolhedora e romântica do local, as mesas adornadas com velas e flores frescas. Ela veste um vestido elegante e seus cabelos estão impecavelmente arrumados.

 

Marsala -  (para si mesma, respirando fundo) Você consegue, Marsala. É só um encontro.

 

Ela avista o rapaz esperando por ela em uma mesa ao canto do restaurante. Ele sorri quando seus olhos se encontram.

 

Rapaz - (levantando-se ao vê-la se aproximar) Marsala, que prazer finalmente conhecê-la pessoalmente.

Marsala - (sorrindo, estendendo a mão) O prazer é todo meu. Você é exatamente como eu imaginava.

 

Eles se cumprimentam com um aperto de mãos caloroso, seus sorrisos refletindo a ansiedade e a empolgação do momento.

 

Rapaz - Por favor, sente-se. Eu já pedi algo para nós.

 

Marsala se acomoda na cadeira em frente ao rapaz, seus olhos brilhando com antecipação.

 

Marsala - Obrigada. Estou ansiosa para ver o que você escolheu.

 

Eles iniciam uma conversa animada, compartilhando histórias e risadas enquanto aguardam a chegada dos pratos.

 

Rapaz - (com um sorriso gentil) Você parece incrível hoje, Marsala. Não consigo tirar os olhos de você desde que entrou no restaurante.

Marsala - (corando levemente) Oh, obrigada. Você também está muito bem.

 

Eles trocam olhares cúmplices, uma faísca de atração se acendendo entre eles. À medida que o jantar avança, a conexão entre Marsala e o rapaz se aprofunda.

 

CENA 08. CASA DE JULIANO. MADUREIRA. INT. NOITE

Romina sai do banho, envolta em uma nuvem de vapor, seus passos ecoando pelo corredor vazio. Ela para abruptamente quando vê a porta da casa entreaberta, uma fenda sinistra através da qual um sopro de vento gelado penetra, arrepiando sua pele. Com o coração batendo acelerado, ela avança cautelosamente e fecha a porta com um estalo.

 

Romina - (em um sussurro temeroso) Quem está aí?

 

O silêncio que responde é ensurdecedor, cada som ampliado pela escuridão sufocante. Tremendo de medo, Romina caminha lentamente em direção à cozinha, os passos ecoando como tambores em seu peito. Seus olhos percorrem a sala, mas não encontram nada além de sombras dançantes e móveis silenciosos.

 

Romina - (com a voz trêmula) Tem alguém aí?

 

Seus dedos tremem quando ela alcança o interruptor de luz, mas antes que possa acendê-lo, as luzes da casa se apagam, mergulhando tudo em um breu absoluto. Romina vira-se em direção ao som de um assobio , seu coração pulsando em seu ouvido enquanto ela luta contra o pânico crescente.

 

Romina - (em um grito sufocado) Quem... quem está aí?

 

Uma figura sinistra emerge das sombras, envolta em um sobretudo escuro e usando luvas, seu rosto oculto por uma máscara grotesca. O coração de Romina parece congelar em seu peito quando ela percebe a ameaça que se aproxima.

 

Romina - (em um grito desesperado) Não! Por favor, não!

 

As mãos da figura mascarada envolvem seu pescoço, apertando com força.


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