A essa altura já haviam vários carros de polícia, bombeiros e ambulâncias ao redor do prédio. Um dos bombeiros desceu do carro e entrou. Lá, encontrou os três policiais caídos.
Bombeiro: Eu vou precisar de um médico aqui, rápido!
Ele olhou para os três policiais. Dois deles estavam definitivamente mortos, mas...
Policial 2: Uh...
Bombeiro: Ei, você está vivo!
Um dos paramédicos chegou e examinou o policial.
Paramédico: Parece que a bala não perfurou nenhum órgão.
Bombeiro: O que aconteceu?
O policial tentou se lembrar.
Policial 2: Eu não tenho certeza... Parece que... O meu colega ficou possuído por alguma... Coisa...
O bombeiro pensou um pouco. Isso não era uma resposta muito racional, mas pelo que tudo indicava, algo muito estranho havia acontecido.
Paramédico: Eu vou te levar para o hospital, e lá vamos retirar o projétil, tudo bem?
Policial 2: Sim... Obrigado...
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Sofia, Pedro e Gustavo observavam a maçaneta se mexendo. Mas a porta estava trancada, o que dava um pouco de alívio para eles.
Depois de um tempo, a mesma acabou parando. Eles aguardaram alguns segundos antes de começarem a falar em voz baixa.
Sofia: ...Parou?
Gustavo: Acho que sim...
Pedro: Mas e se voltarem para arrombar a porta?
Gustavo: Só o que resta é esperar...
Sofia se lembrou de algo.
Sofia: Gustavo... A propóstio, onde seu pai trabalha?
Gustavo: Na clínica Progênese. Você sabe disso.
Sofia: Mas... O que ele faz lá?
Gustavo: Ele é um cientista. Por isso não quer que ninguém mexa nos arquivos da biblioteca.
Sofia não sabia se citava o que viu nos papeis. Algo sobre experimentos estranhos.
Pedro: O que faremos? Se ficarmos aqui eles vão nos encontrar.
Gustavo: O que vocês sugerem?
Sofia: ...
Sofia parecia pensativa.
Sofia: Gustavo... O seu pai já falou algo sobre experimentos com humanos na Progênese?
Gustavo riu.
Gustavo: Experimentos humanos? Não seja ridícula, Sofia.
Sofia: Mas eu vi um papel dizendo algo estranho...
Pedro interrompeu.
Pedro: Gustavo, e se os criminosos querem fazer algum tipo de queima de arquivo?
Gustavo se virou para Pedro.
Gustavo: Como assim?
Pedro: A Sofia pode ter encontrado algo secreto na biblioteca. E se invadiram o prédio para encontrar esses arquivos?
Gustavo cruzou os braços.
Gustavo: Vocês são loucos.
Sofia: Mas podemos estar certos.
Sofia pegou a lanterna.
Gustavo: Ei, onde você vai?
Sofia: Pra casa.
Gustavo: Mas...
Pedro: Eu vou com você, Sofia. Pode ser muito mais perigoso ficar nesse apartamento do que na...
No momento em que Pedro falava, algo impressionante aconteceu: A porta foi derrubada, e estava em chamas.
Gustavo: Que diabos?!
Sofia: É... É aquela mulher que eu vi no corredor!
Quem estava atrás da porta era Eva. A mesma mulher que Sofia viu por um breve momento algum tempo atrás.
Eva: Olá, crianças... Eu sou a Eva.
Os três estavam juntos, ainda espantados com o que viram.
Eva: Então... Quem aqui é filho do doutor Eduardo?
Gustavo era a resposta. Mas ele não se atreveu a falar. Eva riu, pois percebeu seu nervosismo.
Eva: Muito bem... Acho que já sei a resposta.
Os olhos de Eva brilharam. Naquele instante, o braço direito de Gustavo começou a pegar fogo.
Gustavo: Ah... Aaah!!!
Sofia e Pedro se afastaram desesperados. Gustavo tentava apagar as chamas que aos poucos tomavam conta de sua pele.
Eva: Não se preocupe... Só me diga como chegar aos arquivos e tudo vai ficar bem...
Sofia: Eu sabia... Experiências em humanos que resultam em mutações...
Eva: Exato... Mas o Projeto Éden veio para acabar com isso.
Pedro tremia, mas ainda assim resolveu perguntar.
Pedro: Projeto Éden? O que é isso?
Eva: Ah, que bom que perguntou... Como vocês sabem, no início de tudo havia o Jardim do Éden. E lá viviam todas as criaturas que foram criadas por Deus. Portanto, não temos espaço para seres criados por humanos gananciosos. Nosso objetivo é varrer toda a produção desses seres. Por isso precisamos destruir todos os arquivos e cientistas que trabalham com mutações genéticas.
Gustavo apagou as chamas.
Gustavo: Vocês são monstros! E ainda usando a Bíblia como desculpa para atos terroristas!
Sofia viu que Eva estava concentrada em Gustavo, e se afastou do grupo sem fazer barulho. Pedro ficou.
Eva: Então só me diga onde está o seu pai.
Gustavo: Vá pro Inferno!!
Novamente o braço de Gustavo começou a pegar fogo. A dor era intensa.
Gustavo: Urgh...
Eva: Continue recusando e logo vai perder seu braço, meu amigo...
Pedro viu Sofia voltando com algo em mãos. Era um facão de cozinha. Ele se perguntava o que ela ia fazer, mas não ousou dizer em voz alta. Gustavo ainda lutava contra as chamas.
Eva: Moleque idiota. Vai continuar ou quer que eu faça o mesmo no outro braço?
Gustva: Desgraçada...
Sofia: Ah... Aaaah!!
Eva se virou rapidamente. Tudo que viu foi Sofia se jogando em cima dela com o facão.
Eva: ...O quê?!
Sofia cravou o facão no peito de Eva. As chamas em Gustavo desapareceram como se nunca estiveram lá.
Eva: Sua... Sua...
Os três correram para longe de Eva.
Sofia: Você... Você me obrigou a fazer isso!
Eva parecia estar perdendo o equilíbrio. Ela foi em direção à sacada do apartamento.
Eva: Eu vou... Mas vocês ainda não viram tudo que eu posso fazer...
Tudo no apartamento começou a se incendiar. Era um fogo intenso, que aos poucos consumia os móveis. Eva começou a rir descontroladamente.
Eva: Vocês vão morrer aqui!
Sofia correu em direção à Eva e a empurrou com um chute. Eva se desequilibrou e caiu da sacada. Naquele instante, as chamas sumiram. Seu corpo caía em direção à certeza da morte.
O alarme de um carro foi ativado após uma pancada.
Sofia, Gustavo e Pedro observaram.
Sofia: Eu... Eu matei alguém...
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