PARTES DE MIM
Capítulo 06
Criada e escrita por: Thiago Celestino
Produção Executiva: Ranable Webs
ABERTURA:
CENA 01. PRAIA DE MARESIAS. EXT. TARDE
Helena vira Jurema de costas para o precipício.
HELENA: Eu não estou louca mãezinha.
Helena dá um solavanco na mãe, que escorrega. Helena estende a mão, mas Jurema não tem firmeza e acaba caindo.
HELENA: Isso é por ter soltado minhas mãos várias vezes.
Helena olha fixamente para o corpo da mãe. Ela deixa uma lágrima rolar.
HELENA: Eu sou uma assassina! (risos diabólicos) Agora vou atrás de você, priminho.
Ela olha o horizonte.
CENA 02. MANSÃO DE DIEGO. INT. TERRAÇO. DIA.
Diego e Cláudio estão conversando.
CLÁUDIO: Como anda você e Juan?
DIEGO: Não anda porque eu terminei.
CLÁUDIO: Por que vocês terminaram?
DIEGO: Mentalmente ele está doente e não quer tratar.
CLÁUDIO: Aconteceu alguma coisa de diferente no comportamento dele?
DIEGO: Alteração de humor e de personalidade, eu lembro que ele tomava um remédio, mas nunca me contou para que era.
CLÁUDIO: Entendo. Olha eu não devia te contar, ele me procurou, estava chorando e sofrendo, porque vocês terminaram.
DIEGO: Infelizmente eu não posso voltar mais atras.
CLÁUDIO: Pelo menos conversa com ele, o estado dele me preocupa, você falando com ele, talvez escute e volte a tomar os remédios ou até mesmo procurar um tratamento.
DIEGO: Você tem razão, talvez se eu conversar com ele possa fazer algum efeito na vida dele.
CLÁUDIO: Ele dormiu em meu apartamento, se puder vamos até lá para vocês conversarem.
DIEGO: Hoje ficará meio corrido porque preciso resolver algumas coisas, mas amanhã cedo eu apareço lá.
CLÁUDIO: Ótimo. Vai resolver o que? Só pergunto por que sou seu empresário.
DIEGO: Nas pistas de corrida, sim, na minha vida pessoal, não.
CLÁUDIO: Desculpe a inconveniência.
DIEGO: Que isso não se repita.
Diego se retira para ir ao seu compromisso, Cláudio fica sozinho.
CLÁUDIO: Diego, Diego, não sabe o que te espera.
Close no rosto de Cláudio.
CENA 03. PRAIA DE MARESIAS. CASA DE JUREMA E ROBERVAL. INT. SALA. DIA.
Helena guardando algumas roupas em uma mala.
Batidas na porta. Helena fica tensa.
HELENA: Inferno! (Sobre o crime) Será que alguém descobriu?
Batidas se intensificam. Ela caminha até a porta. Ela abre. Padre Olavo.
PADRE OLAVO: Como vai, minha filha? Deus te abençoe.
HELENA: Vou bem, mas agora estou ocupada. O que quer?
PADRE OLAVO: Eu marquei com sua mãe para fazer uma missa de sétimo dia e ela não compareceu lá na igreja.
HELENA: Ah sim. Ela teve que resolver algumas coisas fora da cidade e esqueceu de lhe avisar.
PADRE OLAVO: Que chato! Eu vou ficar no aguardo. Pede para ela me telefonar assim que puder.
Ele nota a mala em cima do sofá.
PADRE OLAVO: Vai viajar?
HELENA (gaguejando): É. É. Sim. Passarei uns tempos em São Paulo.
PADRE OLAVO: Que bom. Devo palpitar que irá fazer as pazes com seu primo.
HELENA (irônica): Claro. Me arrependi das coisas que falei e vou lá conversar com ele. Agora, realmente, estou ocupada. Que Deus te leve pela sombra.
PADRE OLAVO: Amém, filha.
Padre Olavo sai. Helena fecha a porta e revira os olhos.
CENA 04. Stock-shots do agito paulistano no entardecer. Noite-Dia.
CENA 05. QUARTO DE GAEL. DIA.
Gael está terminando de abotoar o último botão da camisa social. Ele se olha no espelho confiante.
GAEL: Hoje eu consigo essa vaga.
Batidas na porta. Lucrécia adentra e repara no visual do enteado.
LUCRÉCIA: Está lindo, viu?
Risos de Gael e Lucrécia. Lucrécia o abraça.
LUCRÉCIA: Já deu tudo certo!
GAEL: Isso aí. Positivo sempre.
Gael sorri confiante.
CENA 06. FACHADA EMPRESA. DIA. EXT.
Um carro de aplicativo estaciona no encostamento. Gael sai do automóvel. Ele olha confiante para o prédio.
GAEL: É aqui!
Gael vai adentrando o local. Foca para Eduardo chegando em sua moto. Tira o capacete.
EDUARDO (debochado): Vou ficar na sua cola, mano!
Eduardo com um olhar raivoso. Gael atravessa a rua sem olhar para os dois lados e é surpreendido pelo carro de Diego que quase o atropela. Gael se assusta.
GAEL (Assustado/nervoso): Seu animal!
Gael bate no carro com as duas mãos. Diego sai do carro.
DIEGO: E você não olha por onde anda?
GAEL: E por que você não freiou antes? Muito fácil colocar a culpa em mim se estava dirigindo com o celular.
Diego concorda com o que Gael disse.
DIEGO: Realmente, foi errado da minha parte. Peço desculpas.
GAEL: Já que assume o erro. Está desculpado. Bom dia.
Gael sai e vai direto para a empresa, Eduardo observa.
EDUARDO: Mas que infeliz.
A CAM foca no rosto raivoso de Eduardo.
CENA 07. EMPRESA ROLDÃN. RECEPÇÃO. INT. DIA.
Gael se aproxima da mesa da secretária.
GAEL: Eu vim para a vaga de secretário pessoal do Doutor Roldãn.
SECRETÁRIA: Sim. Já vou falar com o RH.
A secretária sai de sua mesa e vai para o interior. Gael fica ali esperando. Senta-se em uma das poltronas ali do hall. Tempo na espera. Gael balançando as pernas, sinal de impaciência.
A CAM foca em Enrico vindo com alguns executivos. Eles conversando, falando sobre algum problema da empresa. Eles passam pelo hall. Gael o reconhece.
GAEL (surpreso/chamando): Enrique!?
ENRICO: Gael!
Os dois se entreolham.
CENA 08. FACHADA MANSÃO RANGEL. EXT. DIA.
Ao som de These Boots Are Made For Walkin’ – Nancy Sinatra
Um carro potente última geração adentra os jardins da mansão pelo plano vemos Arthur brincando de bola.
Volta para o carro que estaciona bem em frente a porta. O motorista saí e vai abrir a porta traseira.
Close fechado nos pés saindo carro e a CAM vai subindo detalhando o figurino bem elegante da mulher. A CAM revela Catarina, de óculos escuros. A cena escure.
ENCERRAMENTO:
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