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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 20 | ÚLTIMAS SEMANAS

 


 

CENA 01. PRAÇA. EXT. TARDE

Romina e Max continuam a conversa.

 

ROMINA - Max, eu sei que você está ansioso para conhecer Clarinha, mas precisamos ser cuidadosos em como procedemos. Juliano e Inara são a família que ela conhece, e não podemos simplesmente ir até lá e tirá-la deles.

MAX - Eu entendo, Romina, mas eu sou o pai dela. Tenho o direito de estar presente na vida dela. Precisamos encontrar uma maneira de fazer isso acontecer.

ROMINA - (com um suspiro) Eu sei, Max, eu sei. Mas não podemos simplesmente ignorar a lei. Precisamos seguir os procedimentos corretos para garantir que tudo seja feito de forma legal e segura para todos.

MAX - (com determinação) Então o que precisamos fazer? O que é o próximo passo?

ROMINA - (pensativa) Primeiro, precisamos conversar com um advogado. Precisamos entender quais são os nossos direitos legais e como podemos proceder da melhor maneira possível.

MAX - (assentindo) Certo, isso parece sensato. Vamos encontrar um advogado e ver o que podemos fazer para garantir que eu possa estar presente na vida da minha filha.

ROMINA - (com um sorriso fraco) Eu sei que isso pode ser difícil, Max, mas estamos juntos nisso. Vamos fazer o que for preciso para garantir que Clarinha cresça cercada de amor e cuidado.

MAX - (com ternura) Eu prometo, Romina. Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ser o melhor pai possível para ela. E estou tão grato por ter você ao meu lado nessa jornada.

ROMINA - (com um brilho nos olhos) Eu também estou grata, Max. Por ter você de volta na minha vida, e por ter a chance de construir uma família juntos, mesmo que seja um caminho difícil.

 

MAX e ROMINA se olham por um instante.

 

MAX – Bem, meu amor, preciso voltar pro banco agora. Mais tarde nos vemos na casa do Léo. Estou morando lá.

ROMINA – É justamente pra lá que vou agora pra ver com ele o que achou da nossa operação.

 

Max dá um selinho em Romina.

 

CENA 02. HOTEL. QUARTO DE JULIANO. TARDE.

Juliano entra no quarto do hotel, visivelmente abatido. Ele fecha a porta suavemente atrás de si e caminha até a cama, onde coloca sua mala em um canto. Uma mistura de emoções o consome, e lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.

 

JULIANO - (com a voz embargada) Eu não sei mais o que fazer. Estou perdido em um mar de emoções, lutando contra uma tempestade que parece não ter fim. (Ele se senta na beira da cama, as mãos tremendo enquanto segura sua cabeça entre elas.)

JULIANO - (com um suspiro pesado) Romina... Inara... Duas mulheres tão diferentes, mas que têm um lugar especial em meu coração. Como posso escolher entre elas?

 

Ele passa as mãos pelo cabelo, tentando clarear sua mente em meio ao turbilhão de pensamentos.

 

JULIANO - (com uma voz trêmula) E Clarinha... Minha pequena Clarinha, inocente nesta confusão que eu mesmo criei. Como posso escolher entre suas duas mães?

 

Uma dor aguda atravessa o peito de Juliano, e ele abaixa a cabeça, as lágrimas agora fluindo livremente.

 

JULIANO - (com um soluço) Eu não sei, eu simplesmente não sei. Estou cansado de lutar contra meus próprios sentimentos, de tentar encontrar uma solução para um problema que parece não ter fim. Mas uma coisa é certa... Eu não posso continuar assim. Preciso tomar uma decisão, por mais difícil que seja.

 

Ele se levanta da cama, determinado, e olha para o nada com um olhar decidido.

 

CENA 03. MANSÃO DE JULIANO. SALA DE ESTAR. TARDE

Marisol entra na sala de estar da mansão, onde encontra Inara sentada no sofá, chorando e segurando um copo de whisky. Ela parece completamente abatida.

 

MARISOL - (entrando, com um sorriso forçado) Inara, querida, o que está acontecendo? Por que você está chorando e bebendo assim?

INARA – ( irritada) O que é isso? Por acaso minha casa virou um bataclã, onde você entra sem permissão?!

MARISOL – Eita que além de bêbada ela está amarga! Fala pra mim, periguete. Qual foi do quê quê?

 

Inara respira fundo.

 

INARA - (entre soluços) É o Juliano. Ele saiu de casa, disse que está enfeitiçado pela Romina!

MARISOL - (levantando uma sobrancelha) Ah, não diga! E eu bem que te avisei sobre essa Romina, não avisei?

INARA - (irritada) Você e suas previsões furadas, Marisol! Vai a merda!

MARISOL - (com um suspiro) Olha, eu sei que nunca fomos melhores amigas, mas também não preciso te ver assim, no fundo do poço. (Ela pega o copo de whisky da mão de Inara.) Vamos lá, não se afogue em whisky. Eu vou te levar para sair esta noite e distrair essa mente.

INARA - (resmungando) Não estou com vontade, Marisol. Prefiro ficar aqui com a Clarinha.

MARISOL - (decidida) Não aceito resposta negativa, querida. Você precisa de uma noite para se divertir e esquecer dos seus problemas. E eu sei exatamente para onde vamos.

 

Inara olha para Marisol com desconfiança.




 

CENA 04. MANSÃO DE LÉO. ESCRITÓRIO. NOITE

Romina entra no escritório de Léo, sentindo um arrepio percorrer sua espinha enquanto fecha a porta atrás de si. Léo está sentado atrás de sua mesa, com um sorriso sinistro nos lábios.

 

LÉO - (com uma voz suave e ameaçadora) Ah, Romina, minha querida. Que prazer vê-la aqui novamente. Você fez um belo trabalho com Max hoje.

ROMINA - (com um sorriso forçado) Obrigada, Léo. Estou apenas cumprindo minhas obrigações.

LÉO - (com um sorriso malicioso) Aposto que você passou a tarde no motel, se divertindo com ele, não é?

 

Romina se enrijece, sentindo o ar ficar mais pesado ao redor dela.

 

ROMINA - (com uma expressão fria) Me perdoa, mas isso é algo que não lhe diz respeito.

LÉO - (ignorando sua resposta) Não se preocupe, querida. Eu não me importo se vocês têm um caso. Desde que isso não atrapalhe nossos negócios.

 

Então, num movimento abrupto, Léo pega um revólver de dentro de uma gaveta e o aponta para Romina.

 

LÉO - (com um sorriso cruel) Agora, com este revolver, você vai matar Marisol.

 

Romina recua, o coração acelerando em seu peito enquanto o terror a invade.

 

ROMINA - (com a voz trêmula) Não... Eu não posso fazer isso. Eu não sou uma assassina.

 

Léo avança em direção a ela, segurando-a pelo cabelo e forçando-a a olhar diretamente para o cano do revólver.

 

LÉO - (com os olhos faiscando de raiva) Você fará o que eu mandar, Romina. Ou então, eu mandarei dar cabo da vida da sua filha, Clarinha.

 

O desespero toma conta de Romina enquanto ela percebe a gravidade da situação. Lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto enquanto ela tenta encontrar uma saída.

 

ROMINA - (soluçando) Por favor, Léo... Eu não posso fazer isso. Não me obrigue a fazer algo tão terrível. Eu imploro!

 

Léo pressiona o cano do revólver ainda mais perto de sua boca, seus olhos brilhando com uma intensidade assustadora.

 

LÉO - (com voz baixa e ameaçadora) Você vai fazer isso, Romina. Ou então, as consequências serão ainda piores. Decida-se.

 

Romina o encara, apavorada.

 

CENA 05. BOATE. INT. NOITE

A boate está vibrante, com luzes coloridas piscando e uma multidão animada dançando ao som da música alta. No meio da pista de dança, Inara e Marisol estão se divertindo como se não houvesse amanhã, segurando seus drinques e rindo alto.

 

INARA - (gritando sobre a música) Marisol, você é a rainha da pista de dança! Lacração total, amiga!

MARISOL - (dançando com ousadia) Claro que sou, querida! E você está arrasando com esse look, diva total!

 

INARA e MARISOL riem enquanto continuam dançando e se divertindo.

 

INARA - (gritando para o barman) Mais uma rodada de shots, por favor! A noite é nossa!

MARISOL - (rindo) Isso aí, Inara! Vamos causar o caos nesta cidade!

 

A noite continua com mais risadas, danças e drinques, até que Inara decide subir ao palco.

 

INARA - (com determinação) Pessoal, eu quero dedicar essa próxima música a todas as mulheres aqui presentes hoje! Esta é para mostrar o poder que temos dentro de nós!

 

O público aplaude enquanto Inara se posiciona diante do microfone. A música “Listen” de Beyoncé começa a tocar, e ela fecha os olhos, deixando a melodia envolver sua alma.

 

INARA - (cantando com emoção)

"Listen to the song here in my heart A melody I start but can't complete Listen to the sound from deep within It's only beginning to find release"

 

Sua voz ressoa pela boate, carregada de emoção e força.

 

INARA - (continuando a cantar)

"Oh, the time has come for my dreams to be heard They will not be pushed aside and turned Into your own, all 'cause you won't listen"

 

Os olhos de Inara brilham com determinação enquanto ela compartilha a mensagem da música com o público.

 

INARA - (finalizando a canção)

"Listen, I am alone

 

CENA 06. ORLA DE COPACABANA. EXT . NOITE

Os prédios altos iluminados contrastam com o céu escuro, e as ondas do mar quebram suavemente na areia da praia. Juliano está correndo, suas passadas ressoam na calçada enquanto lágrimas escorrem pelo seu rosto. A música "Listen" de Beyoncé ecoa suavemente ao fundo, intensificando a emoção da cena.

 

JULIANO - (ofegante, soluçando) Por que tudo tem que ser tão complicado?

 

Os pensamentos tumultuam em sua mente enquanto ele continua a correr, seus passos batendo ritmicamente na calçada molhada.

 

JULIANO - (para si mesmo) Eu não sei o que fazer... Eu me sinto tão perdido...

 

A música cresce em intensidade, acompanhando o desespero de Juliano enquanto ele luta com suas emoções.

 

JULIANO - (gritando para o céu) Por que você fez isso comigo, vida?

 

O vento sopra suavemente, levando consigo as palavras de Juliano enquanto ele continua sua corrida solitária pela orla de Copacabana. As luzes da cidade brilham ao seu redor, mas ele se sente como se estivesse no meio de uma tempestade interna.

 

CENA 07. MANSÃO DE MARISOL. INT. MADRUGADA

A mansão está mergulhada na escuridão, com apenas a luz do jardim iluminando fracamente a sala. Marisol entra, exausta da noite agitada, e acende as luzes, revelando Romina sentada calmamente no sofá. Marisol congela, seu coração acelerando enquanto encara a figura inesperada.

 

MARISOL - (com voz trêmula) Romina... O que você está fazendo aqui?

ROMINA - (com um sorriso frio) Ora, ora... Parece que faz uma eternidade desde a última vez que nos vimos, Marisol.

 

A expressão de Marisol é de choque e confusão, enquanto ela tenta entender como Romina entrou em sua casa.

 

MARISOL - (com a voz trêmula) Como você entrou aqui? O que você quer?

ROMINA - (com um brilho malicioso nos olhos) Ah, minha cara, para uma estelionatária de primeira como eu, arrombar uma porta sem chamar a atenção não é nada difícil.

 

Marisol recua, sentindo o medo se apossar dela.

 

MARISOL - (com voz trêmula) Por favor, Romina... Não faça nada precipitado. Podemos conversar sobre isso.

 

Romina se levanta do sofá, sacando uma arma com um movimento suave.

 

ROMINA - (com um tom sombrio) Não há nada para conversar, Marisol. Eu estou aqui para acertar as contas. É hora de você ir diretamente para o quinto dos infernos, sua ladra de quinta.

 

Os olhos de Marisol se arregalam de pavor enquanto ela percebe a seriedade da situação.


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