CENA 01. PRAÇA. EXT. TARDE
Romina e Max
continuam a conversa.
ROMINA - Max, eu sei que você está ansioso para conhecer
Clarinha, mas precisamos ser cuidadosos em como procedemos. Juliano e Inara são
a família que ela conhece, e não podemos simplesmente ir até lá e tirá-la
deles.
MAX - Eu entendo, Romina, mas eu sou o pai dela. Tenho
o direito de estar presente na vida dela. Precisamos encontrar uma maneira de
fazer isso acontecer.
ROMINA - (com um suspiro) Eu sei, Max, eu sei. Mas não
podemos simplesmente ignorar a lei. Precisamos seguir os procedimentos corretos
para garantir que tudo seja feito de forma legal e segura para todos.
MAX - (com determinação) Então o que precisamos fazer? O
que é o próximo passo?
ROMINA - (pensativa) Primeiro, precisamos conversar com um
advogado. Precisamos entender quais são os nossos direitos legais e como
podemos proceder da melhor maneira possível.
MAX - (assentindo) Certo, isso parece sensato. Vamos
encontrar um advogado e ver o que podemos fazer para garantir que eu possa
estar presente na vida da minha filha.
ROMINA - (com um sorriso fraco) Eu sei que isso pode ser
difícil, Max, mas estamos juntos nisso. Vamos fazer o que for preciso para
garantir que Clarinha cresça cercada de amor e cuidado.
MAX - (com ternura) Eu prometo, Romina. Eu vou fazer
tudo o que estiver ao meu alcance para ser o melhor pai possível para ela. E
estou tão grato por ter você ao meu lado nessa jornada.
ROMINA - (com um brilho nos olhos) Eu também estou grata,
Max. Por ter você de volta na minha vida, e por ter a chance de construir uma
família juntos, mesmo que seja um caminho difícil.
MAX e ROMINA
se olham por um instante.
MAX – Bem, meu amor, preciso voltar pro banco agora.
Mais tarde nos vemos na casa do Léo. Estou morando lá.
ROMINA – É justamente pra lá que vou agora pra ver com ele
o que achou da nossa operação.
Max dá um
selinho em Romina.
CENA 02. HOTEL. QUARTO DE
JULIANO. TARDE.
Juliano entra
no quarto do hotel, visivelmente abatido. Ele fecha a porta suavemente atrás de
si e caminha até a cama, onde coloca sua mala em um canto. Uma mistura de
emoções o consome, e lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.
JULIANO - (com a voz embargada) Eu não sei mais o que
fazer. Estou perdido em um mar de emoções, lutando contra uma tempestade que
parece não ter fim. (Ele se senta na beira da cama, as mãos tremendo enquanto
segura sua cabeça entre elas.)
JULIANO - (com um suspiro pesado) Romina... Inara... Duas
mulheres tão diferentes, mas que têm um lugar especial em meu coração. Como
posso escolher entre elas?
Ele passa as
mãos pelo cabelo, tentando clarear sua mente em meio ao turbilhão de
pensamentos.
JULIANO - (com uma voz trêmula) E Clarinha... Minha pequena
Clarinha, inocente nesta confusão que eu mesmo criei. Como posso escolher entre
suas duas mães?
Uma dor aguda
atravessa o peito de Juliano, e ele abaixa a cabeça, as lágrimas agora fluindo
livremente.
JULIANO - (com um soluço) Eu não sei, eu simplesmente não
sei. Estou cansado de lutar contra meus próprios sentimentos, de tentar
encontrar uma solução para um problema que parece não ter fim. Mas uma coisa é
certa... Eu não posso continuar assim. Preciso tomar uma decisão, por mais
difícil que seja.
Ele se levanta
da cama, determinado, e olha para o nada com um olhar decidido.
CENA 03. MANSÃO DE JULIANO.
SALA DE ESTAR. TARDE
Marisol entra
na sala de estar da mansão, onde encontra Inara sentada no sofá, chorando e
segurando um copo de whisky. Ela parece completamente abatida.
MARISOL - (entrando, com um sorriso forçado) Inara,
querida, o que está acontecendo? Por que você está chorando e bebendo assim?
INARA – ( irritada) O que é isso? Por acaso minha casa
virou um bataclã, onde você entra sem permissão?!
MARISOL – Eita que além de bêbada ela está amarga! Fala pra
mim, periguete. Qual foi do quê quê?
Inara respira
fundo.
INARA - (entre soluços) É o Juliano. Ele saiu de casa,
disse que está enfeitiçado pela Romina!
MARISOL - (levantando uma sobrancelha) Ah, não diga! E eu
bem que te avisei sobre essa Romina, não avisei?
INARA - (irritada) Você e suas previsões furadas,
Marisol! Vai a merda!
MARISOL - (com um suspiro) Olha, eu sei que nunca fomos
melhores amigas, mas também não preciso te ver assim, no fundo do poço. (Ela
pega o copo de whisky da mão de Inara.) Vamos lá, não se afogue em whisky. Eu
vou te levar para sair esta noite e distrair essa mente.
INARA - (resmungando) Não estou com vontade, Marisol.
Prefiro ficar aqui com a Clarinha.
MARISOL - (decidida) Não aceito resposta negativa, querida.
Você precisa de uma noite para se divertir e esquecer dos seus problemas. E eu
sei exatamente para onde vamos.
Inara olha
para Marisol com desconfiança.
CENA 04. MANSÃO DE LÉO.
ESCRITÓRIO. NOITE
Romina entra
no escritório de Léo, sentindo um arrepio percorrer sua espinha enquanto fecha
a porta atrás de si. Léo está sentado atrás de sua mesa, com um sorriso
sinistro nos lábios.
LÉO - (com uma voz suave e ameaçadora) Ah, Romina,
minha querida. Que prazer vê-la aqui novamente. Você fez um belo trabalho com
Max hoje.
ROMINA - (com um sorriso forçado) Obrigada, Léo. Estou
apenas cumprindo minhas obrigações.
LÉO - (com um sorriso malicioso) Aposto que você passou
a tarde no motel, se divertindo com ele, não é?
Romina se
enrijece, sentindo o ar ficar mais pesado ao redor dela.
ROMINA - (com uma expressão fria) Me perdoa, mas isso é
algo que não lhe diz respeito.
LÉO - (ignorando sua resposta) Não se preocupe,
querida. Eu não me importo se vocês têm um caso. Desde que isso não atrapalhe
nossos negócios.
Então, num
movimento abrupto, Léo pega um revólver de dentro de uma gaveta e o aponta para
Romina.
LÉO - (com um sorriso cruel) Agora, com este revolver,
você vai matar Marisol.
Romina recua,
o coração acelerando em seu peito enquanto o terror a invade.
ROMINA - (com a voz trêmula) Não... Eu não posso fazer
isso. Eu não sou uma assassina.
Léo avança em
direção a ela, segurando-a pelo cabelo e forçando-a a olhar diretamente para o
cano do revólver.
LÉO - (com os olhos faiscando de raiva) Você fará o que
eu mandar, Romina. Ou então, eu mandarei dar cabo da vida da sua filha,
Clarinha.
O desespero
toma conta de Romina enquanto ela percebe a gravidade da situação. Lágrimas
começam a escorrer pelo seu rosto enquanto ela tenta encontrar uma saída.
ROMINA - (soluçando) Por favor, Léo... Eu não posso fazer
isso. Não me obrigue a fazer algo tão terrível. Eu imploro!
Léo pressiona
o cano do revólver ainda mais perto de sua boca, seus olhos brilhando com uma
intensidade assustadora.
LÉO - (com voz baixa e ameaçadora) Você vai fazer isso,
Romina. Ou então, as consequências serão ainda piores. Decida-se.
Romina o
encara, apavorada.
CENA 05. BOATE. INT. NOITE
A boate está
vibrante, com luzes coloridas piscando e uma multidão animada dançando ao som
da música alta. No meio da pista de dança, Inara e Marisol estão se divertindo
como se não houvesse amanhã, segurando seus drinques e rindo alto.
INARA - (gritando sobre a música) Marisol, você é a
rainha da pista de dança! Lacração total, amiga!
MARISOL - (dançando com ousadia) Claro que sou, querida! E
você está arrasando com esse look, diva total!
INARA e
MARISOL riem enquanto continuam dançando e se divertindo.
INARA - (gritando para o barman) Mais uma rodada de
shots, por favor! A noite é nossa!
MARISOL - (rindo) Isso aí, Inara! Vamos causar o caos nesta
cidade!
A noite
continua com mais risadas, danças e drinques, até que Inara decide subir ao
palco.
INARA - (com determinação) Pessoal, eu quero dedicar essa
próxima música a todas as mulheres aqui presentes hoje! Esta é para mostrar o
poder que temos dentro de nós!
O público
aplaude enquanto Inara se posiciona diante do microfone. A música “Listen” de
Beyoncé começa a tocar, e ela fecha os olhos, deixando a melodia envolver sua
alma.
INARA - (cantando com emoção)
"Listen
to the song here in my heart A melody I start but can't complete Listen to the
sound from deep within It's only beginning to find release"
Sua voz ressoa
pela boate, carregada de emoção e força.
INARA - (continuando a cantar)
"Oh, the
time has come for my dreams to be heard They will not be pushed aside and
turned Into your own, all 'cause you won't listen"
Os olhos de
Inara brilham com determinação enquanto ela compartilha a mensagem da música
com o público.
INARA - (finalizando a canção)
"Listen,
I am alone
CENA 06. ORLA DE COPACABANA.
EXT . NOITE
Os prédios
altos iluminados contrastam com o céu escuro, e as ondas do mar quebram
suavemente na areia da praia. Juliano está correndo, suas passadas ressoam na
calçada enquanto lágrimas escorrem pelo seu rosto. A música "Listen"
de Beyoncé ecoa suavemente ao fundo, intensificando a emoção da cena.
JULIANO - (ofegante, soluçando) Por que tudo tem que ser
tão complicado?
Os pensamentos
tumultuam em sua mente enquanto ele continua a correr, seus passos batendo ritmicamente
na calçada molhada.
JULIANO - (para si mesmo) Eu não sei o que fazer... Eu me
sinto tão perdido...
A música
cresce em intensidade, acompanhando o desespero de Juliano enquanto ele luta
com suas emoções.
JULIANO - (gritando para o céu) Por que você fez isso
comigo, vida?
O vento sopra
suavemente, levando consigo as palavras de Juliano enquanto ele continua sua
corrida solitária pela orla de Copacabana. As luzes da cidade brilham ao seu
redor, mas ele se sente como se estivesse no meio de uma tempestade interna.
CENA 07. MANSÃO DE MARISOL.
INT. MADRUGADA
A mansão está
mergulhada na escuridão, com apenas a luz do jardim iluminando fracamente a
sala. Marisol entra, exausta da noite agitada, e acende as luzes, revelando
Romina sentada calmamente no sofá. Marisol congela, seu coração acelerando
enquanto encara a figura inesperada.
MARISOL - (com voz trêmula) Romina... O que você está
fazendo aqui?
ROMINA - (com um sorriso frio) Ora, ora... Parece que faz
uma eternidade desde a última vez que nos vimos, Marisol.
A expressão de
Marisol é de choque e confusão, enquanto ela tenta entender como Romina entrou
em sua casa.
MARISOL - (com a voz trêmula) Como você entrou aqui? O que
você quer?
ROMINA - (com um brilho malicioso nos olhos) Ah, minha
cara, para uma estelionatária de primeira como eu, arrombar uma porta sem chamar
a atenção não é nada difícil.
Marisol recua,
sentindo o medo se apossar dela.
MARISOL - (com voz trêmula) Por favor, Romina... Não faça
nada precipitado. Podemos conversar sobre isso.
Romina se
levanta do sofá, sacando uma arma com um movimento suave.
ROMINA - (com um tom sombrio) Não há nada para conversar,
Marisol. Eu estou aqui para acertar as contas. É hora de você ir diretamente
para o quinto dos infernos, sua ladra de quinta.
Os olhos de
Marisol se arregalam de pavor enquanto ela percebe a seriedade da situação.
Obrigado pelo seu comentário!