ENTRE LAÇOS QUEBRADOS | CAPÍTULO 16
Criada e escrita por: Vicente de Abreu
Produção Artística: Ezel Lemos
Essa obra pode conter representações negativas e estereótipos da época em que é ambientada.
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CENA: 01 INT. HOSPITAL VITAL ROSSI. UTI. NOITE.
Heloísa está de pé ao lado da cama onde Luciana está deitada, em coma. Seu olhar é sombrio, mas um sorriso sutil brinca em seus lábios. Ela parece genuinamente feliz com a situação.
HELOÍSA: (entre dentes, para si mesma) Você não faz ideia, Luciana. Seu filho será a chave para todos os meus problemas.
Antes que Heloísa possa continuar, a porta se abre com força e Iná entra, olhando fixamente para Heloísa com uma expressão mista de desconfiança e preocupação.
INÁ: Quem é você e o que está fazendo aqui?
Heloísa se vira lentamente para encarar Iná, mantendo sua compostura.
HELOÍSA: (descaradamente) Ah, então você deve ser a mãe de Luciana. Prazer, meu nome é Heloísa.
Iná observa Heloísa com uma suspeita crescente.
INÁ: Não me lembro de ter ouvido o nome de Heloísa antes. Como você conhece minha filha?
HELOÍSA: (brevemente) Sou a esposa do Dr. Guilherme Rossi. E, a propósito, gostaria de conversar com você. Na capela. Se não se importa.
Iná franze o cenho, ponderando sobre a situação, mas decide acompanhar Heloísa, levando sua preocupação consigo. As duas mulheres deixam o quarto de Luciana, cada uma com seus próprios segredos e intenções.
CENA 02: INT. CAPELA DO HOSPITAL.
Heloísa está sentada em um dos bancos da capela, com uma expressão fria e determinada. Iná, está em pé, visivelmente abalada pela conversa anterior. O silêncio paira no ar por um momento antes de Heloísa tomar a palavra.
HELOÍSA: Eu chamei a senhora aqui, dona? - interrompida.
INÁ: Iná!
HELOÍSA: Dona Iná, perfeito! Como eu estava dizendo, eu chamei a senhora aqui, pois sei da situação difícil de sua filha e, bem, eu tenho uma proposta para você.
Iná franze a testa, desconfiada, mas curiosa.
INÁ: (levemente suspeita) Uma proposta?
Heloísa respira fundo, como se estivesse se preparando para algo difícil.
HELOÍSA: (seriamente) Imagino que você esteja passando por um momento difícil, e eu quero ajudar. Eu sei que sua filha acabou de ter um bebê, e eu estou disposta a comprar o bebê de você.
Iná fica chocada, seus olhos se arregalam com incredulidade e indignação.
INÁ: (incrédula) O quê? Você está falando sério?
HELOÍSA : (com uma voz controlada, mas firme) Iná, eu sei que o que estou propondo pode parecer difícil de aceitar, mas você precisa entender a gravidade da situação.
INÁ: (com lágrimas nos olhos) Eu não posso acreditar que você está me fazendo essa proposta, Heloísa. Como pode ser tão insensível?
HELOÍSA: (sem demonstrar emoção) Insensível? Eu estou oferecendo uma solução para um problema que parece não ter fim. O seu neto precisa de cuidados, e eu estou disposta a garantir que ele os tenha.
INÁ: (com voz trêmula) Mas ele não é um objeto que pode ser comprado! Ele é meu neto, meu sangue! Como posso simplesmente entregá-lo a você?
HELOÍSA: (erguendo uma sobrancelha) Sangue? O que é o sangue quando comparado à segurança e ao futuro que eu posso proporcionar a esse menino? Você precisa ser realista, Iná. Sua filha está em coma, e as despesas médicas só vão aumentar. Eu estou oferecendo uma solução que beneficia a todos.
(Iná fica em silêncio por um momento, lutando internamente com suas emoções.)
INÁ: (com voz trêmula) E quanto a Luciana? Você está apenas preocupada com o seu próprio interesse, não é? O que vai acontecer com minha filha?
HELOÍSA: (com um sorriso de superioridade) Luciana será cuidada. Eu me certificarei de que ela receba os melhores tratamentos, pagarei por todas as despesas médicas necessárias. Mas você precisa fazer a sua parte, Iná. Aceite a minha oferta e garanta um futuro melhor para o seu neto.
Iná olha para Heloísa com descrença e desespero, percebendo a crueldade de suas palavras.
INÁ: (com voz embargada) Eu nunca pensei que você fosse capaz de algo assim, Heloísa. Eu não posso aceitar. Esse menino é tudo o que me resta da minha filha, e eu nunca vou vendê-lo como se fosse uma mercadoria.
Heloísa levanta-se do banco, sua expressão endurecida.
HELOÍSA : (com um tom gélido) Muito bem, Iná. Mas lembre-se das consequências de sua decisão. Eu avisei que não seria uma escolha fácil. Você vai se arrepender de não ter aceitado minha oferta.
Heloísa sai da capela, deixando Iná sozinha, com o coração partido pela difícil decisão que precisa tomar.
CENA 03: BOATE LEONA’S PRIDE. INT. NOITE.
[ TRILHA ON: I'm a Slave 4 U (Remastered) ]
Rubi e Otávio sobem uma escada em espiral até o camarote, onde Leona está envolta em conversas animadas com algumas pessoas. Luzes coloridas piscam ao ritmo da música pulsante que ecoa pelo espaço. Rubi, animada, puxa Otávio pela mão.
RUBI: (sorrindo) Vamos lá, Otávio. Quero te apresentar para Leona. Ela é incrível!
Otávio segue Rubi até o camarote, mas seu olhar demonstra um leve desconforto.
OTÁVIO: (nervoso) Eu não sei se deveríamos estar aqui...
Rubi não percebe a preocupação de Otávio e o apresenta para Leona. Enquanto os três conversam, Otávio observa ao redor, notando os diferentes toques que indicam a presença da comunidade gay na boate. Ele se sente cada vez mais desconfortável, sua expressão se tornando tensa.
RUBI: (empolgada) Leona, este é o Otávio. Ele é o meu... (pausa, procurando a palavra certa) ...amigo que te falei.
LEONA: (sorrindo) Prazer em conhecê-lo, Otávio. Espero que esteja gostando da festa!
OTÁVIO: (forçando um sorriso) Ah, sim, claro... É uma festa animada...
Otávio olha ao redor novamente, notando os gestos afetuosos e a diversidade de pessoas ao seu redor. Ele se sente cada vez mais fora do lugar.
OTÁVIO: (inseguro) Com licença, eu... preciso sair um momento.
Otávio se levanta abruptamente e sai do camarote, deixando Rubi e Leona perplexas. Rubi segue Otávio até a fachada da boate, encontrando-o encostado em uma parede, respirando fundo.
CORTA PARA:
CENA 04: FUNDOS DA BOATE. EXT.
Rubi permanece correndo atrás de Otávio, que parece ignora-lá. Ele para ofegante e se encosta em uma parede.
RUBI: (preocupada) Otávio, o que aconteceu? Por que você saiu assim?
OTÁVIO: (cabisbaixo) Eu... eu não me sinto bem aqui, Rubi. Esse ambiente... não é para mim.
Rubi olha para Otávio, surpresa com a revelação, mas logo sua surpresa se transforma em tristeza e incredulidade.
RUBI: (com a voz embargada) Como assim, Otávio? Você... você está dizendo que não suporta estar em um lugar com pessoas gays?
OTÁVIO: (desviando o olhar) Não é isso, Rubi...
Rubi sente uma mistura avassaladora de emoções, sua tristeza se transformando em indignação.
RUBI: (com raiva contida) Então é exatamente isso, Otávio! Você está dizendo que se sente superior a essas pessoas só por causa da sua própria ignorância?
OTÁVIO: (defensivo) Não é sobre superioridade, é...
RUBI: (cortando Otávio) Não quero ouvir suas desculpas, Otávio. Eu não posso acreditar que estou ouvindo isso de você.
Otávio percebe a magnitude do que disse e tenta se explicar, mas as palavras não vêm.
OTÁVIO: (com pesar) Rubi, eu... Eu não queria te magoar...
Rubi respira fundo, tentando conter as lágrimas que ameaçam cair.
RUBI: (com a voz firme) Você já magoou, Otávio. Você magoou profundamente.
Os dois permanecem em silêncio, cada um afundado em seus próprios pensamentos e emoções, enquanto a música da boate continua a ecoar ao fundo.
CORTA PARA:
CENA 05: INTERIOR DA BOATE LEONA’S PRIDE.
[ TRILHA ON: Cry for You (UK Radio Edit)]
Rubi entra na pista de dança, arrasada pela briga com Otávio, os olhos cheios de lágrimas. Ela segue direto para o bar, batendo com a mão na bancada, exigindo bebidas. O bartender hesita, mas serve vários shots para ela.
RUBI: (voz trêmula) Continua servindo.
Ela bebe um após o outro, o álcool queimando sua garganta. A música ecoa, afogando seus pensamentos enquanto ela se joga na multidão, dançando com abandono.
Entre as luzes piscantes e batidas pulsantes, a fachada de Rubi começa a se desfazer. Ela sorri forçadamente para estranhos, mas seus olhos traem sua angústia interior. Ela se inclina, beijando indiscriminadamente homens e mulheres.
TIGRE: (se aproximando, preocupado) Rubi, chega! Você está exagerando.
O rosto de Rubi se contorce em uma careta quando Tigre tenta intervir, mas ela o empurra, tropeçando levemente.
RUBI: Me deixa em paz, Tigre! Estou bem!
Tigre suspira, trocando um olhar preocupado com o bartender enquanto tenta argumentar com Rubi.
TIGRE: (firmemente) Você não está bem. Deixe-me te ajudar.
Antes que Tigre possa dizer mais alguma coisa, Leona entra em cena, sua presença autoritária cortando o caos.
LEONA: O que está acontecendo aqui?
A resistência de Rubi diminui ligeiramente ao olhar para Leona, reconhecendo a preocupação em seus olhos.
RUBI: (derrotada) Nada, Leona. Só estou desabafando.
LEONA: (firmemente) Não é assim que se faz, Rubi. Você é melhor que isso. Não deixe uma briga estragar a grande inauguração da nossa boate.
Os ombros de Rubi caem, o peso das palavras de Leona se fazendo presente. Ela assente lentamente, sua determinação vacilando.
RUBI: (quietamente) Está bem, Leona.
Leona assente, sua expressão suavizando enquanto faz um gesto para Tigre ajudar Rubi a sair da pista de dança. Juntos, eles a guiam para um canto mais tranquilo, longe do caos da boate.
Enquanto a música continua a pulsar ao fundo, Rubi respira fundo, tentando se acalmar no meio da tumultuada avalanche de emoções.
LEONA: Vamos para casa! Tigre, pegue ela.
CENA 06: INT. BARZINHO. NOITE
[ TRILHA ON:Roberto Carlos - Cama e Mesa (Áudio Oficial) ]
Vemos alguns casais dançando a música ambiente, e um ambiente escuro e mal iluminado. Otávio, com a cabeça apoiada em uma mão, está sentado sozinho em uma mesa, cercado por copos de chopes vazios. Ele parece embriagado, perdido em seus próprios pensamentos.
Arnaldo, entra no bar e avista seu amigo. Ele se aproxima da mesa com um sorriso, pronto para uma noite de descontração.
ARNALDO: (sorrindo) E aí, Otávio! Surpresa, hein?
OTÁVIO levanta a cabeça, surpreso ao ver Arnaldo. Ele esboça um sorriso meio desajeitado.
OTÁVIO: Arnaldo! Cara, que bom te ver.
Os dois se abraçam e Arnaldo se senta à mesa, pegando um dos copos vazios.
ARNALDO: O que houve, amigo? Está afogando as mágoas sozinho aqui?
OTÁVIO: (suspira) Algo assim.
ARNALDO: (rindo) Então me conta, brigou com a esposa ou a amante garota de programa?
Otávio ri levemente, mas sua expressão logo se torna séria.
OTÁVIO: (sussurrando) Não é bem isso...
Ele bebe mais um gole de seu copo e olha fixamente para Arnaldo.
OTÁVIO: (sério) Estou em um dilema, Arnaldo. Sobre minha sexualidade.
Arnaldo franze o cenho, surpreso com a revelação de Otávio.
ARNALDO: (surpreso) Como assim?
Otávio respira fundo, tentando reunir coragem para continuar.
OTÁVIO: (suspira) Eu... Eu não sei se sou hétero ou gay, Arnaldo.
Arnaldo fica em silêncio por um instante, processando a informação.
ARNALDO: (ponderando)E sua esposa? Como ela fica nessa história?
OTÁVIO: (com um olhar distante) Ela... Ela é incrível, Arnaldo. A mulher mais linda que já vi. Nós moramos em Petrópolis, somos felizes.
Otávio, visivelmente abalado, pega um pedaço de papel e uma caneta, rabiscando algo rapidamente.
OTÁVIO: (entregando o papel para Arnaldo) Se... Se acontecer alguma coisa comigo, por favor, cuide dela.
Arnaldo olha para o papel, perplexo com o que acabou de ouvir.
ARNALDO: (seriamente) Pode deixar, Otávio. Vou cuidar dela como se fosse minha própria família.
Os dois se encaram por um momento, um misto de preocupação e solidariedade entre eles. A música ambiente continua a tocar, enquanto a conversa entre Otávio e Arnaldo ganha uma profundidade inesperada no meio da agitação do bar.
CENA 07: INT. HOSPITAL VITAL ROSSI. UTI.
Iná, está sentada ao lado da cama onde sua filha, Luciana, está em coma. A luz fraca do quarto de hospital cria sombras angustiantes ao redor.
Iná segura a mão de Luciana, seu rosto tenso e os olhos cheios de lágrimas. Ela olha para o monitor cardíaco, cujos bips monótonos ecoam na sala.
INÁ: (sussurrando) Por favor, Luciana.. Volte.
Ela fecha os olhos por um momento, tentando conter a torrente de pensamentos que a assola. Mas as palavras de Heloísa, a voz persistente de sua amiga, ressoam em sua mente.
HELOISA: (VOZ-OFF, Lembrança): Você precisa considerar todas as opções, Iná. Você sabe que eu só quero o melhor para vocês duas.
Iná suspira profundamente, lutando contra as lágrimas que ameaçam cair. Ela se levanta da cadeira e caminha até a janela, olhando para a cidade adormecida lá fora.
INÁ: (para si mesma) Será que ela está certa? Será que é isso que Luciana gostaria?
Ela fecha os olhos, apertando as mãos com força, em uma tentativa de buscar coragem e clareza.
O som do monitor cardíaco continua a ecoar no quarto, como um lembrete constante da fragilidade da vida.
Iná volta para perto da cama, olhando para o rosto sereno de Luciana. Ela acaricia suavemente o cabelo da filha, lutando contra as emoções conflitantes que a consomem.
A decisão pesa sobre ela como uma âncora.
CENA 08: INT. CASA DE DÉBORA E OTÁVIO . MANHÃ
Débora, está varrendo a sala de estar, visivelmente exausta. Ela boceja enquanto passa a vassoura pelo chão. Do lado de fora, ouve-se o som de um carro estacionando.
Otávio, entra pela porta da frente, segurando um buquê de flores frescas. Ele sorri ao ver Débora e se aproxima.
OTÁVIO: (sorrindo) Bom dia, meu amor.
Débora olha para cima, surpresa, e força um sorriso.
DÉBORA: Bom dia, Otávio.
Ele se inclina e a beija suavemente na bochecha, antes de lhe entregar as flores.
OTÁVIO: (entusiasmado) Estas são para você.
Débora aceita as flores, um olhar de desconfiança cruzando seu rosto por um momento, mas ela rapidamente o ignora e sorri genuinamente.
DÉBORA: (sorrindo) Obrigada, são lindas.
OTÁVIO: (animado) E isso não é tudo.
Ele estende a mão para ela.
OTÁVIO: Feche os olhos.
Débora franze a testa, mas obedece, fechando os olhos obedientemente. Otávio a guia pela casa até a garagem.
CENA 09: INT. GARAGEM - CONTÍNUO
Otávio leva Débora até o centro da garagem, onde para e a faz abrir os olhos.
DÉBORA: (surpresa) O que é isso?
Ela vê uma reluzente MÁQUINA DE LAVAR LOUÇA novinha em folha.
OTÁVIO: (sorrindo) Uma surpresa para você, amor.
Débora fica chocada, olhando alternadamente para Otávio e para a máquina.
DÉBORA: (emocionada) Mas Otávio, isso deve ter custado uma fortuna. Eu não posso aceitar.
OTÁVIO: (colocando as mãos nos ombros dela) Eu sei que trabalhar em casa tem sido exaustivo para você, Débora. Eu queria fazer algo para ajudar.
Débora se emociona, abraçando Otávio.
DÉBORA: (emocionada) Obrigada, meu amor. Você é incrível.
OTÁVIO: (sorrindo) Não se preocupe com os gastos. Nós vamos nos organizar. Sua felicidade é o mais importante para mim.
Os dois se abraçam ternamente, enquanto a cena se desvanece.
CENA 10: INT. CAPELA HOSPITAL VITAL ROSSI.
[ TRILHA ON: A Viagem | Trilha Instrumental | Vale dos Suicidas ]
Heloísa permanece de joelhos, seu olhar fixo no altar, onde a luz dourada parece dançar ao ritmo de suas preces. O silêncio da capela é quebrado pela voz grave de Iná, que ecoa como um trovão dentro daquele espaço sagrado.
INÁ: Heloísa?
Heloísa se vira abruptamente, seus olhos arregalados refletem o choque ao ver Iná ali, parada como uma sentença divina diante dela.
HELOÍSA: Dona Iná! O que... o que faz aqui?
Iná avança com uma determinação que parece cortar o ar, seus passos ressoando como os tambores de uma guerra iminente.
INÁ: Eu precisava falar com você. E sabia que iria encontrar você aqui.
Heloísa se levanta lentamente, seu coração batendo descompassado, como se temesse o que estava prestes a ouvir.
HELOÍSA: (Voz trêmula) Falar comigo? Mas o que...
Iná a interrompe, sua expressão grave e decidida deixando pouca margem para dúvidas.
INÁ: Decidi aceitar sua proposta.
Um arrepio percorre a espinha de Heloísa, seus olhos se arregalam em descrença diante da revelação que ecoa como um trovão em sua mente.
HELOÍSA: (quase sussurrando) Você... aceita?
Iná assente com uma firmeza que parece cortar o ar como uma lâmina afiada.
INÁ: Sim. Cheguei à conclusão de que é o melhor para todos nós.
{ Um sorriso sinistro se desenha nos lábios de Heloísa, onde um close é dado. }
FIM DO CAPÍTULO
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