CAPÍTULO 26
Criada e Escrita por ANDIE ARAÚJO
Diretor de Núcleo DENNIS CARVALHO
CENA 01.RESTAURANTE. INT. DIA.
Beijos ardentes de Leonardo e Dora em um espaço vazio do hall para que não sejam vistos.
No salão, Seixas sentado à sua mesa.
SEIXAS olha no relógio: Dora está demorando… O que aconteceu? Será que passou mal?
Seixas levanta-se de sua mesa e vai em direção ao banheiro. Ele chega aos hall e ouve baixos gemidos e vai procurar o som. Ele flagra Dora e Leonardo aos beijos. Leonardo com as mãos nas coxas de Dora.
SEIXAS: Dora?! Leonardo?!
LEONARDO: Doutor Seixas!
Leonardo gela. Dora também. A discussão chama a atenção de outros clientes.
LEONARDO: Eu não transo violência, Seu Seixas!
Seixas acerta um soco em Leonardo. Dora ali, surpresa.
SEIXAS irônico: Eu sei o que você transa, melhor, com quem transa. (P/ Dora) Pistoleira! Ordinária! Safada!
LEONARDO: É tudo um mal entendido…
SEIXAS: Chega! E não apareçam diante de mim. E você, Leonardo, está demitido! Fora da minha firma, entendeu?
Leonardo fica incrédulo. Lia aparece.
LIA: Papai, o que aconteceu?
Leonardo não diz nada. Seixas sai. Dora também.
Corta para:
CENA 02.CENA 05. FACHADA DA VILA. EXT. DIA.
Tonhão e Fonseca dentro do carro, em frente a Vila.
TONHÃO: Tu acha que o chefe descobriu alguma coisa sobre o tal Marcelo?
FONSECA: Pode ser… Temos que ficar atentos! O chefe disse que é pra matar! Qualquer um que sair daquela casa!
Fonseca engatilha a arma e a segura. Close na arma que reluz com o brilho do sol atingindo ela. Tensão.
Corta para:
CENA 03. SALA DE ESTAR/ APART. DE LEONARDO. INT. DIA.
Leonardo e Lia adentram. Ele cabisbaixo. Lia curiosa.
LIA: Papai, o que aconteceu para o senhor ser demitido?
LEONARDO: Minha filha, isso não é assunto para crianças. Vai ficar tudo bem, tá?
LIA: Nem conversamos sobre a festa de aniversário que quero fazer.
LEONARDO: Está pensando em festa?
LIA: É. Chamar uns amigos e também a minha heroina, Helena.
LEONARDO: A Helena?
LIA: Sim. Eu gosto dela. Ela é super legal!
LEONARDO: Também acho.
LIA: Porque não convida ela para jantar? Chama ela de novo aqui, pai.
LEONARDO: Vai dar ruim com a…
LIA: Com a Nanda? Aquela moça parece uma louca, papai. (t) Ela matou a mamãe?
LEONARDO: Que isso, Lia?
LIA: O Leandro, a vovó sempre falam isso. Que ela e você mataram a mamãe.
LEONARDO: Isso é a maior paranóia do teu irmão. Ele não gosta dela, ele não gosta de ninguém. Vamos mudar de assunto? Vamos falar da festa!
Lia toda animada volta a falar da festa. Leonardo absorto, pensativo.
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CENA 04. BANCO. INT. DIA.
Tônia e Solange adentram o local. As duas bem íntimas. Cléber, o gerente, vem de encontro.
TÔNIA: Boa tarde, Cléber. Cléber, esta é Solange uma amiga minha!
SOLANGE : Boa tarde!
Cléber e Solange se cumprimentam com um aperto de mão.
TÔNIA: Eu vim porquê, você sabe, não achava muito seguro esse negócios de digitais. A Solange me aconselhou a passar minhas assinaturas, todo serviço bancário, usar as digitais.
CLÉBER: É bem prático, sim. Poupa tempo, poupa papel. É bom para o nosso meio ambiente!
TÔNIA: Ah, pode formalizar então?
Tempo. Tônia colocando o dedo indicador esquerdo na máquina.
CLÉBER: Pronto. Rápido e bem prático.
SOLANGE: É seguro! Você vai ver, Tônia. Com uma simples digital, tudo certo!
Tônia sorri confiante.
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CENA 05. RUA DO RIO DE JANEIRO. EXT. DIA.
Miguel anda de moto. Corta para um cachorro pastor alemão latindo para um gato do outro lado da rua. O Pastor Alemão atravessa a rua, bem na hora. Miguel que vem de moto, freia bruscamente, mas acaba pegando de leve o cão.
Vicente, o dono do cachorro, se aproxima apavorado.
VICENTE: Será que ele vai morrer?
O cão estirado no chão.
MIGUEL: Não. Vai não. Eu juro que fiz o possível, cara. Temos que levar no veterinário, estancar esse sangue!
Vicente, nervoso, abraça o animal. Um táxi passa por ali. Miguel percebe.
MIGUEL chamando o táxi : Moço!
O táxi estaciona ali próximo e percebe a situação.
TAXISTA: Ah não. Cachorro sujo, sangue escorrendo. Nada disso!
MIGUEL: Seja humano, rapaz! Eu pago a lavagem, seu taxista.
Vicente admira Miguel por ser prestativo. Os dois adentram com o cão no carro e partem.
Corta para:
CENA 06. CLÍNICA VETERINÁRIA. INT. DIA.
O cachorro pastor alemão deitado na maca. Médica veterinária o analisando. Vicente fica apreensivo, Miguel por ali.
MÉDICA: Ele teve sorte que não atingiu nenhum órgão vital e não fraturou nenhum osso.
Vicente e Miguel se mostram aliviados. A médica com uma seringa em mãos.
MÉDICA: Qual dos dois ele conhece a mais tempo?
VICENTE: Eu! Eu sou o tutor dele. Pai de pet.
MIGUEL brinca: Fomos apresentados hoje.
Vicente segura o animal, enquanto a médica injeta o remédio.
MÉDICA: Liberado! Tá de alta, garotão.
A médica acaricia a cabeça do cachorro.
Já na recepção, Miguel ali, todo assistente. Ele vê no visor do celular as horas.
MIGUEL: Não posso ficar mais… Tenho compromisso. (Pega a carteira e retira um dinheiro) Isso aqui é para pegar o táxi, o uber.
VICENTE: Certo. Valeu aí.
MIGUEL: Ah qualquer problema a mais que tiver com o Félix, me avisa.
Miguel sai. Vicente fica ali com o cachorro.
Corta para:
CENA 07. RIO DE JANEIRO. DIA/NOITE.
“Mapa - Melim, Vitor Kley”. O pôr-do-sol caindo… a Noite chegando. O amanhecer nublado na Cidade Maravilhosa. O dia frio.
Corta para:
CENA 08. BANCA DE JORNAL. EXT. DIA.
Jerônimo solitário ali na banca. Pouco movimento. Chuvisco.
JERÔNIMO: Que dia mais horroroso! Odeio chuva! Vou fechar essa banca mais cedo.
Corta para:
CENA 09. SALA DE JANTAR/ MANSÃO LIRA MUNIZ. INT. DIA.
Paula e Lucca sentados à mesa desfrutando do desjejum.
LUCCA manhoso: Ah tia, deixa eu ficar em casa, vai? Tá chovendo!
PAULA: Não dá, meu lindo. Tem que ir pra escola. A Matilde preparou tudo na lancheira.
LUCCA: Tá bom!
Olavo com a expressão irritada se aproxima.
LUCCA: Bom dia, tio.
OLAVO irritado: Que que é hein, moleque?
Lucca se sente intimidado, se cala. Paula nota.
PAULA: Que foi, querido?
OLAVO: Não enche, você também, Paula. (t) Problemas! Problemas que preciso resolver!
Olavo enigmático.
Corta para:
CENA 10. CASA DE DO CARMO. INT. EXT. DIA.
Do Carmo, Marcos e Lia pela casa. Do Carmo terminando de retirar a louça do café da mesa. Marcos deitado no sofá. Manu pegando sua bolsa.
MANU: Gente, tô saindo!
DO CARMO: Vai filha! Te amo!
Do Carmo abraça a filha. Carinho das duas.
Corta para o carro onde estão Tonhão e Fonseca, eles agitados.
FONSECA: É hoje! Um deles vai morrer.
Clima de tensão.
Corta para o interior da casa.
Do Carmo saindo do abraço de Manu.
DO CARMO: Que arrepio que me deu!
Ela sente um arrepio, esfrega os braços.
DO CARMO aconselha: Cuidado, filha!
MANU: Pode deixar!
Em slow motion, Manu pega um casaquinho e vai girando a maçaneta.
A cena congela, um esfumaçado azul, como se fosse uma neblina.
FIM DO CAPÍTULO
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