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UMA PROVA DE FOGO
ORIGINAL RANABLE WEBS
NOVELA DE
EZEL LEMOS E ANDER XYMMER
CAPÍTULO 13
CENA 01- INT. NOITE, MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Deodora chega em casa e entra.
Algum tempo depois, Henry chega e Louise chega quando ele sobe a escada.
LOUISE: Você tinha saído, Henry?
HENRY: Não, eu fui dá uma volta no jardim.
Os dois seguem subindo a escada.
Um tempo depois, Germano chega na sala e sobe a escada.
CENA 02 - INT. HOTEL NO RIO DE JANEIRO.
Arlete chega em seu quarto. Ela está um tanto nervosa e se mostra desconfiada.
ARLETE: Como foi bom sair. Nada como dar uma volta pela cidade.
Arlete tira a roupa e coloca o robe. Na sequência ela se prepara para deitar na sua cama.
CENA 03 - EXT. IMAGENS DA CIDADE - AMANHECER
CENA 04 - INT. MANHÃ, CASA DE CLARA E CLEIA, COZINHA- SANTA TERESA.
Clara toma café com Cleia na mesa.
CLEIA: Acácio tá dormindo muito.
CLARA: Ele saiu ontem a noite.
CLEIA: No meio da noite?
CLARA: Sim.
CLEIA: Você acha que ele foi te trair, pegar alguma mulher na rua?
CLARA: Não sei. Acho que não.
Acácio chega na cozinha.
ACÁCIO: Nossa, perdi a hora.
CLARA: Onde você foi que te procurei na cama e não encontrei?
ACÁCIO: Eu saí para tomar ar, porque tava calor.
O celular toca e Acácio pega no bolso e atende.
Acácio fica surpreso.
ACÁCIO: Como é?
CENA 05 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Sulamita chora desesperadamente, sentada na cama.
SULAMITA: Ahhhhhhhhhhhh! Meu filho! Ahhhhhhhhh!
Germano chega e abraça a mãe, Juliete também abraça a mãe, Riana também faz o mesmo.
Sulamita chora desolada, sentindo uma grande dor pela morte do filho.
CENA 06 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.
Hortência, Louise, Henry, Daniela, Alessandra e Deodora tomam café na mesa.
DANIELA: Ele foi encontrado morto em Santa Teresa.
LOUISE: Meu Deus, que notícia triste!
HENRY: Ele teve o procurou.
HORTÊNCIA: Sim, só existem dois caminhos para marginal, a cadeia ou o cemitério.
ALESSANDRA: Vocês não têm vergonha de falar isso? Deveriam respeitar esse momento.
DANIELA: Até porque ninguém sabe o que aconteceu com ele. A morte dele tá muito estranha.
DEODORA: É uma pena que ele tenha morrido. Ele tava na frente, na disputa pela herança.
CENA 07 - EXT. IMAGENS DA CIDADE - PRAIAS E PESSOAS ANDANDO NAS RUAS
LETREIRO: DIA SEGUINTE
CENA 08 - INT. MANHÃ, FUNERÁRIA BS, SALÃO.
O corpo de Gonzaga está no caixão, sendo revelado.
Sulamita está desolada próximo ao caixão. Os filhos Juliete, Riana, Germano e Acácio estão em volta da mãe. Todos tristes.
Hortência está com os filhos Henry e Louise e a nora Alessandra.
Arlete e Deodora também estão presentes no local.
ARLETE: Eu não queria tá na pele dessa mulher. Perder um filho é a pior situação que uma mãe pode passar.
Glauce está com a irmã Gleice e o cunhado Plutarco no local. Bem como Fábio e Melina, filhos de Gleice.
CENA 09 - INT. MANHÃ, CASA DE CLARA E CLEIA, COZINHA - SANTA TERESA.
Cleia toma café na mesa, enquanto Clara coloca roupa na máquina.
CLEIA: Que triste a morte desse menino.
CLARA: Sim. Muito triste.
Clara pega uma camisa e é possível vê uma mancha de sangue na peça.
CLARA: O que é isso?
CLEIA: Que foi?
CLARA: Nada.
CENA 10 - INT. MANHÃ, CEMITÉRIO BS.
O caixão de Gonzaga é colocado na cova.
Sulamita desmaia nos braços de Acácio.
ACÁCIO: Mãe! Mãe!
JULIETE: (assustada) Ela desmaiou.
GERMANO: Chama uma ambulância!
Sulamita abre os olhos aos poucos.
ACÁCIO: Ela tá acordando.
Gonzaga é enterrado.
Deodora joga terra no caixão;
Louise joga terra no caixão;
Riana joga uma rosa no caixão;
Germano joga uma rosa no caixão;
CENA 11 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Sulamita chega amparada em Germano, que a ajuda subir a escada.
Riana, Juliete, Daniela e Acácio chegam na sala.
DANIELA: Coitada da Sulamita, ela tá muito abalada.
Deodora, Hortência, Louise, Henry, Arlete e Alessandra também chegam.
DEODORA: Acácio, Riana e Juliete, eu sinto pela morte do nosso irmão.
LOUISE: Eu também sinto pelo que aconteceu.
ARLETE: É muito triste o que aconteceu.
Neste momento, Wanda e Maurício entram no local, acompanhado de Tomaz.
TOMAZ: Senhoras, essa é a delegada Wanda, que vai investigar o crime.
HENRY: Que crime?
WANDA: Bom dia! Imagino que todos sabem que o que aconteceu com o Gonzaga Bergamal foi um crime. Minha delegacia está encarregada de investigar o que aconteceu.
HORTÊNCIA: Mas todo mundo sabe que ele morreu por dívidas de drogas.
WANDA: Será mesmo? Se foi isso vamos apurar e quem sabe prender o responsável.
MAURÍCIO: A doutora Wanda precisa que vocês vão até delegacia depor sobre o caso.
ACÁCIO: Agora?
WANDA: Entendo o momento que estão passando, mas o quanto antes for, melhor.
MAURÍCIO: Wanda, já que tem os empregados, você poderia colher os depoimentos aqui mesmo.
WANDA: Boa ideia, Mau. Preciso de um local para colher os depoimentos.
ARLETE: O escritório.
WANDA: Quem cai ser o primeiro a depor?
Todos olham um para o outro.
CENA 12 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Sulamita está deitada na cama desolada. Germano a observa e percebe que a mãe está totalmente desestabilizada.
Daniela chega no quarto e vê o marido acompanhando a mãe.
DANIELA: Amor, a delegada está aí para colher os depoimentos.
Germano olha rapidamente.
CENA 13 - INT. MANSÃO BERGAMAL, COZINHA.
Marivalda, Dalila e Serafina estão no fogão, quando Glauce chega
GLAUCE: Vocês preparem um café especial para a delegada.
Glauce sai da cozinha.
MARIVALDA: Quem será que matou o seu Gonzaga?
SERAFINA: Deve ter sido os traficantes de drogas que ele devia.
DALILA: É, pode ser.
CENA 14 - INT. MANSÃO BERGAMAL, ESCRITÓRIO.
Wanda está sentada na mesa do escritório, acompanhada de Maurício.
Arlete senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
ARLETE: Eu não tinha nenhuma relação com ele. Nos últimos dias eu tava morando em um hotel.
WANDA: E porque você saiu da mansão?
ARLETE: Eu saí da mansão porque eu tava cansada dessa casa cheia gente. Quis ficar sozinha em um lugar mais tranquilo.
Deodora senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
DEODORA: O Gonzaga era um irmão muito querido. Eu gostava dele, não tinha nada contra ele.
WANDA: Vocês eram próximos?
DEODORA: Não. Gonzaga não era próximo de ninguém.
WANDA: Porque não?
DEODORA: Ele tinha envolvimento com drogas e ninguém gostava disso.
Hortência senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
HORTÊNCIA: Eu não sei nem porque tô aqui. Nem conheci esse menino direito. Vejo ele aí na casa, mas nunca nos aproximamos.
WANDA: E porque vocês nunca se aproximaram? Nunca jantaram juntos em família?
HORTÊNCIA: Ele sempre foi distante. Não, nunca jantava em casa. Vivia se drogando por aí.
Louise senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
LOUISE: Nós não éramos próximos. Não tínhamos uma relação de irmãos.
WANDA: Você gostava dele?
LOUISE: Para ser sincera, não. Gonzaga roubou uma jóia minha outro dia e me empurrou deixando eu caída no chão. Não liguei com a jóia, mas ele poderia ter me machucado.
WANDA: Então, você tava com raiva da vítima?
LOUISE: Eu acho que todos aqui em casa estava. Ultimamente ele se drogava e ficava quebrando as coisas.
WANDA: Interessante.
Henry senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
HENRY: Eu não conhecia Gonzaga direito. Ele nunca se aproximou de ninguém aqui.
Acácio senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
ACÁCIO: Gonzaga sempre foi um jovem problemático, desde a adolescência. Ele se envolveu com droga desde muito cedo.
WANDA: Como era sua relação com ele?
ACÁCIO: Eu sempre me dei bem com ele. Ultimamente como ele tava dominado pelas drogas e eu me casei, acabei me distanciando.
Riana senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
RIANA: O Acácio tava fazendo raiva para todos nós. Ele sempre aparecia drogado e ficava quebrando as coisas e incomodando a gente. Minha mãe mesmo tava sofrendo muito com ele.
Juliete senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
JULIETE: (chorando) Meu irmão fez muita coisa errada, mas não merecia morrer assim. Eu gostava muito dele. A gente sempre foi muito próximo, mas quando ele veio para o Rio se deixou levar pelas drogas e mal vivia em casa.
Germano senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
GERMANO: Eu amava meu irmão. Mas ele mereceu morrer. Ele fez muitas coisas erradas.
Serafina senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
SERAFINA: Ele estava muito agressivo. Brigava com a família, quebrava as coisas. E ainda tinha aquela questão da herança, que parece que ele tava prestes a ganhar a disputa lá.
Dalila senta na cadeira em frente a delegada Wanda.
DALILA: É uma disputa pela herança, onde eles receberam uma quantia para investir e quem conseguir ter maior lucro ganha toda a fortuna do bilionário.
Wanda e Maurício tomam café no escritório.
MAURÍCIO: Você já tirou alguma conclusão nesses depoimentos?
WANDA: Há uma disputa, pelo que entendi, o Gonzaga tava na frente e prestes a ganhar o dinheiro do pai. Aí é bem óbvio que algum dos irmãos não queria que ele ganhasse, aí foi lá e pô!
MAURÍCIO: Mas pode ter sido por raiva mesmo. Esse cara aprontou muito.
WANDA: Sim, pode ter sido. Mas alguém dessa família matou ele. Isso eu tenho quase certeza.
Wanda fica séria.
CENA 15 - INT. TARDE, MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Arlete está deitada na cama, enquanto Deodora se maquia no espelho.
ARLETE: O Gonzaga ia ganhar a herança, mas ele morreu. Isso quer dizer que ficou mais fácil. Agora você tem chance, filha.
DEODORA: A morte dele veio no momento certo, imagina aquele idiota ganhar tudo.
ARLETE: Pois é.
DEODORA: Mas mamãe, quem será que o matou?
ARLETE: Deve ter sido algum desses marginais de rua com quem ele se droga.
DEODORA: É, pode ser.
CENA 16 - INT. TARDE, MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Riana, Louise e Acácio se despedem dos policiais.
WANDA: Esse depoimento de hoje foi preliminar. Falem para os outros que possivelmente serão chamados para depor na delegacia.
ACÁCIO: Tá certo.
Os policiais saem.
RIANA: Que situação chata.
ACÁCIO: Vocês acham que alguém matou o Gonzaga?
LOUISE: Alguém matou sim, ele tomou um tiro. Mas se você tá querendo saber quem foi, impossível saber.
CENA 17 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Henry guarda uma arma no closet e Alessandra vê.
ALESSANDRA: Que seja é essa, Henry?
HENRY: Não se meta!
ALESSANDRA: Também não precisa falar assim.
HENRY: Você ultimamente tá muito curiosa.
CENA 18 - INT. TARDE, CASA DE GLEICE E PLUTARCO, SALA - SANTA TERESA.
Plutarco está assistindo jogo na sala. Logo, Oleive chega e muda para um programa.
PLUTARCO: Lá no seu quarto tem TV dona Oleive.
OLEIVE: Eu cansei de ficar em quarto.
PLUTARCO: Eu tava assistindo o meu futebol.
OLEIVE: Eu sei, mas eu não gosto de jogo.
Plutarco olha feio.
CENA 19 - INT. MANSÃO BERGAMAL, JARDIM.
Biel, Pavel e Kaique brincam no jardim. Biel está com uma câmera.
PAVEL: Você gosta de filmar as coisas. Vai ser fotógrafo, é?
BIEL: Sim.
Kaique ver Riana e Tomaz se beijando.
KAIQUE: Olha ali.
PAVEL: Eles estão se beijando.
KAIQUE: Grava eles Biel.
Biel grava Tomaz e Riana se beijando.
CENA 20 - INT. DELEGACIA DE POLÍCIA.
Wanda e Maurício chegam na sala da delegacia.
MAURÍCIO: Olha, vou te falar, esse assassinato vai render. Essa família é grande, um monte de pessoas na mesma casa. Aí fica difícil.
WANDA: Não vejo essa dificuldade toda. Se o assassino estiver naquela casa, entre uma das pessoas daquela casa, eu vou descobrir.
MAURÍCIO: Vamos montar o mapa de investigação?
WANDA: Sim.
CENA 21 - INT. NOITE, MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.
Hortência está na mesa jantando com Louise, Henry e a nora Alessandra.
Deodora também está com a filha Deodora.
HORTÊNCIA: O clima de velório não sai dessa casa.
ARLETE: E não vai sair.
LOUISE: Eu espero que a Sulamita se recupere pela morte do Gonzaga. Riana me falou que ela tá muito mal, inconsolável.
ALESSANDRA: Ela não ingere nada desde ontem.
HENRY: Assim vai morrer igual o filho.
ALESSANDRA: (chateada) Não fala isso, Henry!
ARLETE: Eu não queria está na pele dela. Como mãe, eu imagino o que ela está sentindo.
HORTÊNCIA: É, mas ele era um marginal, ela deveria saber que cedo ou tarde isso ia acontecer. Só tem dois caminhos para esse tipo de gente, a cadeia ou o cemitério.
Alessandra encara Henry, que fica incomodado e levanta da mesa e sai.
ALESSANDRA: Hortência, você deveria ter cuidado com suas palavras.
HORTÊNCIA: Ô Alessandra, quem você pensa que é pra falar assim comigo, menina? Tá louca? Eu não tenho filho bandido não. Não tenho com o que me preocupar!
Alessandra levanta e sai da mesa.
Neste momento Álvaro chega na sala de jantar.
ÁLVARO: Oi, boa noite!
ARLETE/HORTÊNCIA: Boa noite, Álvaro!
ARLETE: (feliz) Álvaro!
HORTÊNCIA: Senta aí Álvaro, janta com a gente.
ÁLVARO: Não, eu vim dar uma força para a Sulamita.
HORTÊNCIA: Ah, mas ela tá desolada naquela cama e não fala com ninguém.
ÁLVARO: Ah, meu pai! Coitada. As mães sempre sofrendo pelos filhos. Que triste tudo isso.
Álvaro senta na mesa.
ÁLVARO: Sendo assim vou aceitar o convite da Hortência.
CENA 22 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Alessandra chega no quarto e Henry está tirando a calça, ficando apenas de cueca.
HENRY: Porque você tava me encarando?
ALESSANDRA: Sua mãe julgando a Sulamita e estando na mesma situação.
HENRY: Do que você tá falando?
Alessandra encara Henry.
ALESSANDRA: Eu sei que você tá envolvido com coisa errada!
HENRY: Alessandra, cê para com isso ou vou te colocar na rua!
ALESSANDRA: Você não vai me calar! Eu vi quando você saiu anteontem a noite. Você nem avisou, achou que eu não vi. Onde você foi?
Henry olha preocupado.
ALESSANDRA: Você matar o seu irmão, não foi? Você matou o Gonzaga!
Henry dar um tapa em Alessandra, que a faz cair sentada.
Alessandra começa a chorar.
HENRY: Você vai aprender a me respeitar!
Henry chuta Alessandra.
Ele inicia uma sequência de chutes na esposa.
Segundos depois é possível ver Alessandra chorando muito com alguns hematomas na face, braços e pernas.
CENA 23 - INT. NOITE, CADA DE GLEICE E PLUTARCO, QUARTO
Gleice e Plutarco estão deitados na cama dormindo. O quarto está escuro.
Logo, alguém acende a luz os assustando.
PLUTARCO: (assustado).Quem acendeu a luz?
GLEICE: Oi, que foi?
Eles ficam surpresos ao ver Oleive ali próxima.
GLEICE: (surpresa) Mãe, que faz aqui?
PLUTARCO: Nos estamos dormindo, ô velha.
OLEIVE: Eu só queria que conectasse meu celular a internet.
GLEICE: Mas já não estava?
OLEIVE: Eu mexi em alguma coisa e saiu.
PLUTARCO: E não podia esperar até amanhã?
OLEIVE: Eu queria ver assistir uma oração antes de dormir.
Plutarco olha chateado.
CENA 24 - INT. CASA DE CLARA E CLEIA, QUARTO.
Clara está dormindo na cama e Acácio chega, ele a observa por um tempo.
ACÁCIO: Porque eu tinha que ter esse problema?
Acácio deita na cama, virado para o outro.
Clara abre os olhos desconfiada.
CENA 25 - EXT. IMAGENS DO BAIRRO SANTA TERESA - AMANHECER
CENA 26 - INT. MANHÃ, LANCHONETE DA GUADALUPE - SANTA TERESA.
Clara vai saindo com um saco de pão e Fábio a encontra.
CLARA: Fábio!
FÁBIO: Oi Clara, tudo bem? E a Cleia como está?
CLARA: Tá tudo bem, agora. A Cleia já fez uma parte do tratamento e a doença tá controlada.
FÁBIO: Que bom. Achei que você ia morar na casa dos Bergamal.
Neste momento, Acácio chega mal humorado.
ACÁCIO: Clara, eu vou ter que sair. Minha mãe tá mal.
CLARA: Tá bom.
Acácio sai em direção ao carro há alguns metros.
FÁBIO: Parece que ele não gostou de nos ver aqui.
CLARA: É que a mãe dele tá bem mal com a morte do filho.
FÁBIO: Será que foi isso? Ele pareceu enciumado.
CLARA: Não, Imagina! Acácio não tem ciúmes de mim não.
FÁBIO: (surpreso) É sério? Ele não sente ciúmes de uma mulher linda como você?
CLARA: (rindo) Ah, Fábio! Para com isso. Nosso lance ficou no passado.
FÁBIO: Eu sei. Você agora é uma mulher casada.
Clara olha pensativa.
CENA 27 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Sulamita está paralisada na cama com os olhos abertos.
Riana, Germano e Juliete a observam.
RIANA: Ela tá em estado de choque.
JULIETE: Será que ela tá se sentindo culpada pela morte do Gonzaga?
GERMANO: Deve ser isso.
Louise chega com o médico.
Gente, o doutor chegou.
RIANA: Ah, que bom.
MÉDICO: Eu preciso analisar a paciente.
O doutor analisa Sulamita, olha seus olhos, sua pressão arterial e seus pulsos.
GERMANO: Doutor, já sabe alguma coisa?
MÉDICO: Bem, aparentemente ela está em estado crônico de depressão.
JULIETE: (assustada) Meu Deus!
MÉDICO: Isso pode ser causado por alguma situação difícil, o estresse pós-traumático.
RIANA: E o que vamos fazer, doutor?
MÉDICO: Aconselho a internação da paciente.
JULIETE: (seria) Internar a mamãe?
Juliete, Riana e Germano estão surpresos.
A cena termina em Sulamita paralisada na cama.
Obrigado pelo seu comentário!