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UMA PROVA DE FOGO
ORIGINAL RANABLE WEBS
NOVELA DE
EZEL LEMOS E ANDER XYMMER
CAPÍTULO 15
CENA 01 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Deodora está surpresa, olhando para Wanda.
WANDA: Bem você pode vim comigo, agora.
DEODORA: (chateada) Isso é uma ordem?
WANDA: Não, mas adiantaria meu trabalho. E você também já ficava livre desse compromisso.
DEODORA: Tá bom, eu vou. Mas vou no meu carro!
WANDA: Claro.
Wanda olha para Glauce.
WANDA: E as outras pessoas da família?
GLAUCE: Alguns não estão em casa.
WANDA: Pois por favor os comuniquem de que precisam comprarecer a delegacia ou caso contrário serão notificados pela justiça.
Deodora olha assustada.
CENA 02 - INT. METALÚRGICA BERGAMAL, SALA DE ÁLVARO.
Álvaro está sentado na sua cadeira, vendo Arlete em pé.
ÁLVARO: Você está me propondo forjar a disputa pela herança?
ARLETE: Exatamente isso. Befeciando é claro, minha filha.
ÁLVARO: Arlete, você sabe que tenho maior respeito por você. Mas eu terei que negar mais uma vez um pedido seu.
Arlete vai sutilmente andando e senta na cadeira em frente a Álvaro.
Arlete olha seriamente para ele.
ARLETE: Dessa vez, não, Álvaro! Você vai fazer o que eu tô te pedindo ou se não eu acabo com você!
Álvaro olha assustado para Arlete.
ÁLVARO: Peraí!
ARLETE: (irritada) Eu te denuncio para a polícia se você não fazer da minha filha a única herdeira!
Álvaro olha em estado de choque.
ÁLVARO: Você é a verdadeira culpada, você sabe disso!
ARLETE: Mas foi você que executou o crime. Você não tem como provar meu envolvimento.
ÁLVARO: Eu terei minha palavra!
ARLETE: O que vai valer sua palavra, depois de ser acusado e preso?
Álvaro olha com muita raiva.
ÁLVARO: Você não presta Arlete!
ARLETE: E você também não! Estamos empates!
Arlete levanta da cadeira.
ARLETE: Agora não faça minha filha herdeira para ver o que acontece com a sua brilhante carreira de advogado.
Arlete vai embora da sala.
Álvaro fica muito irritado.
ÁLVARO: E agora?
CENA 03 - INT. MANSÃO BERGAMAL, CORREDOR DOS QUARTOS.
Henry está na porta do quarto. Ele está surpreso diante de Hortência e Alessandra.
ALESSANDRA: Fala pra sua mãe, fala!
HENRY: Eu nunca te bati sua mentirosa!
HORTÊNCIA: Você não mentiria sobre isso, Alessandra?
Alessandra tira a blusa e fica se sutiã, é possível ver vários hematomas em seu corpo.
Hortência olha assustada.
HENRY: Isso é mentira dela, mãe. Foi ela que fez isso. Eu não toquei nela.
ALESSANDRA: Você não tem vergonha, Henry?
Hortência olha confusa.
HORTÊNCIA: Henry, você tem certeza que foi ela que fez isso, filho?
HENRY: Sim, eu jamais faria isso com ela.
Hortência olha com muita raiva e repentinamente dá um tapa na cara de Alessandra.
Henry olha surpreso.
Alessandra chora com a mão no rosto, muito chateada.
ALESSANDRA: A senhora vai pagar tão caro por sua ignorância, que nem imagina. Esse tapa não ficará assim, algum dia eu devolverei, e nesse dia a senhora já vai saber que eu tinha razão.
Hortência olha séria.
Henry olha satisfeito, com um leve sorriso.
CENA 04 - INT. METALÚRGICA BERGAMAL, SALA DE ÁLVARO.
Álvaro está em pé, pensativo.
ÁLVARO: Preciso pensar em alguma coisa para não ceder a chantagem daquela megera. Mas o quê?
CENA 05 - INT. MANHÃ, RESTAURANTE DO GERMANO, SANTA TERESA.
Riana, Juliete, Germano e Daniela organizam às mesas.
DANIELA: Amor, vai cuidar da cozinha, deixa que a gente continua.
GERMANO: Sabe que eu não tenho nem ideia do que vou fazer hoje.
DANIELA: Pois trate logo de fazer que os clientes vão começar a chegar pro almoçar.
Riana olha triste para Germano.
RIANA: A mamãe tá fazendo falta.
GERMANO: Tá sim.
JULIETE: Tomara que ela se recupere logo.
GERMANO: O Gonzaga teve o que procurou.
JULIETE: Isso mesmo. Ele mereceu morrer!
Daniela e Riana se olham desconfiadas.
RIANA: Vocês não estão sendo muito radicais?
Juliete olha séria.
JULIETE: Não, Riana. Ele fez muito mal à mamãe.
CENA 06 - INT. DELEGACIA DE POLÍCIA, SALA.
Deodora está em frente a Wanda.
WANDA: Repita, por favor, qual era sua relação com a vítima?
DEODORA: Eu não tinha relação com ele. Ele vivia fora de casa e era mal humorado, mal falava com as pessoas.
WANDA: Mas em nenhum momento vocês chegaram a se falar?
DEODORA: Talvez no máximo nós se comprimentamos.
WANDA: Nos depoimentos colhidos anteriormente, pudemos constatar que o Gonzaga Bergamal não se dava bem com os irmãos maternos e que inclusive tinha conflitos com a mãe. Você confirma essa afirmação, presenciou alguma situação suspeita?
DEODORA: Aquele garoto lá não se dava bem com ninguém. Ele tratava todo mundo mal, inclusive desrespeitava a própria mãe.
WANDA: Onde você estava na noite do crime?
DEODORA: Eu estava no hotel com minha mãe.
CENA 07 - INT. TARDE, CASA DE CLARA E CLEIA.
Clara e Cleia almoçam na mesa.
Ambas se alimentam em silêncio por um tempo.
CLEIA: Você tá tão calada, mana.
CLARA: Estava pensando aqui no Acácio.
CLEIA: Hum, tá pensando nele?
CLARA: (sorrindo) Sua boba! Eu tava pensando nele, se ele é realmente inocente. E eu tava desconfiando dele.
CLEIA: Você deveria pedir desculpas a ele.
CLARA: É, vou fazer isso.
CENA 08 - EXT. IMAGENS DA CIDADE
DIAS DEPOIS
CENA 09 - INT. TARDE, HOSPITAL DITUAN, SETOR CLÍNICO, QUARTO.
Sulamita está vestida com roupas habituais, ela abre uma mala que está em cima da cama.
Neste momento, Álvaro entra no quarto, deixando-a surpresa.
SULAMITA: Álvaro!
ÁLVARO: Sulamita. Eu vim buscar você.
SULAMITA: E meus filhos?
ÁLVARO: Eles estão neste momento prestando depoimento a polícia. Desculpa te lembrar disso, mas você inclusive vai precisar ir na delegacia também.
SULAMITA: Tá tudo bem, Álvaro. Eu já estou tranquila quanto a esse assunto.
ÁLVARO: Você não precisa ir hoje.
SULAMITA: Eu vou! Faço questão de prestar meu depoimento e colaborar para que a morte do meu filho seja esclarecida.
ÁLVARO: Bem, então vamos.
Sulamita pega a mala e acompanha Álvaro pela porta.
CENA 10 - INT. DELEGACIA DE POLÍCIA, SALA.
Wanda está em frente a Arlete.
ARLETE: Eu não tinha nenhuma relação com ele, eu até tinha saído de casa, tava morando no hotel. Eu estava no hotel porque eu queria ficar longe daquela casa, tinha muita gente lá. Na noite da morte, eu tava no hotel com minha filha.
Hortência está em frente a Wanda.
HORTÊNCIA: Eu não tinha a menor relação com ele. Vi sim ele brigando com a mãe por muitas vezes. Mas eu particularmente nunca me meti. Na noite do crime eu estava dormindo no meu quarto.
Germano está em frente a Wanda.
GERMANO: Eu e meu irmão nunca nos damos bem, mas porque eu sempre fui muito trabalhador e ele nunca quis saber se trabalho. Não, eu não cheguei a brigar com ele nas últimas semanas antes de sua morte. A gente não era tão próximo, devido nossas diferenças. Mas não tínhamos uma relação ruim. É verdade que nos dias que antecede sua morte ele ficou muito agressivo, mas não cheguei a me envolver em nenhuma confusão com ele. Na noite do crime eu tava com minha esposa dormindo.
Riana está em frente a Wanda.
RIANA: Meu irmão tratava todo mundo mal, ele estava muito agressivo devido ao uso de drogas. Não, não chegamos a brigar. Eu gostava do Gonzaga, fiquei muito triste com sua morte. Na noite que ele morreu eu tava no meu quarto dormindo.
Acácio está em frente a Wanda.
ACÁCIO: Eu sempre tive uma relação muito boa com o Gonzaga. Acontece que após chegar aqui no Rio ele mudou muito. Se afundou cada vez mais nas drogas e com isso ficou agressivo. Tratava todo mundo mal. Eu já não estava tão próximo dele. É verdade que ele teve alguns conflitos com a mamãe, ela queria proteger ele das drogas. Na noite do crime, eu tava em um bar.
Juliete está em frente a Wanda.
JULIETE: O Gonzaga sempre foi problemático. Desde adolescente ele começou a usar drogas. Mamãe sofreu muito com ele. Nos últimos dias, antes de morrer, ele brigou com mamãe porque ela prendeu ele no quarto para que não saísse e fosse se drogar. Eu sinceramente não gostava do Gonzaga. Não tínhamos nenhuma relação porque como eu não gostava eu me mantive sempre distante. Na noite do crime eu estava com a mamãe. Estávamos em casa.
Louise está em frente a Wanda.
LOUISE: Eu nunca tive nenhuma relação com ele. Simplesmente nos ignorou todo esse tempo. Eu estava com um amigo na noite do crime.
Henry está em frente a Wanda.
HENRY: Ele nem parecia irmão, nunca se aproximou de nós. Infelizmente é o que acontece com esses caras que se drogam, ficam devendo e pô, levam bala. Eu estava com minha esposa na noite do crime. Na mansão, nosso quarto.
CENA 11 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Arlete está de sutiã e calcinha, vestindo um vestido amarelo.
Deodora está logo atrás.
ARLETE: Eu não entendo, Deodora. Se você estava com o motorista, porque não quis falar no depoimento.
DEODORA: Ai,. mamãe! Envolver o Tomaz nisso?
ARLETE: Bem, mas é melhor que mentir que estava comigo no hotel.
DEODORA: Bem, você estava lá, não é?
ARLETE: Sim, foi o que falei.
DEODORA: Então eu não vou ter nenhum problema.
Arlete olha pensativa.
CENA 12 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DOS FUNCIONÁRIOS.
Riana está sentada na cama de Tomaz. Ele vem vindo de toalha.
TOMAZ: Gata, pega uma cueca pra mim, vai. Tá na última gaveta.
Riana levanta e abre a gaveta da cômoda, ao retirar uma cueca ela vê a arma ali. Riana pega a arma e Tomaz se assusta ao vê.
RIANA: (surpresa) Que arma é essa, Tomaz?
TOMAZ: Deixa isso aí!
RIANA: Você tem uma arma?
TOMAZ: É de uma amiga.
RIANA: Que amiga, Tomaz?
Tomaz olha desconfiado.
CENA 13 - DELEGACIA DE POLÍCIA, SALA DE WANDA.
Sulamita, acompanhada por Álvaro, está sentada em frente à Wanda.
WANDA: Seu depoimento é muito esperado, dona Sulamita.
SULAMITA: Eu espero colaborar para que peguem o culpado pela morte do meu filho.
WANDA: Bem, eu soube que a sua relação com o seu filho não estava muito bem, a senhora confirma isso?
SULAMITA: Claro que sim. Qual é a mãe que vai conviver bem com seu filho se drogando?
WANDA: Bem, mas vocês chegaram a se agredir?
SULAMITA: Não.
WANDA: Segundo um de seus filhos, a senhora chegou a trancá-lo no quarto em determinado momento.
SULAMITA: Sim, fiz isso para ele não ir pra rua.
WANDA: Você se arrepende do que fez?
SULAMITA: Não. Eu me arrependo do que não fiz. Eu deveria tê-lo internado.
WANDA: Sei que a relação de vocês estava muito mal, até pela situação dele. Em algum momento desejou a morte do seu filho?
Sulamita olha chateada.
ÁLVARO: Doutora, a senhora está ultrapassando os limites.
SULAMITA: Deixa, Álvaro. Eu respondo.
Sulamita se emociona.
SULAMITA: Eu jamais desejaria a morte de um filho meu.
WANDA: Onde a senhora estava na noite do crime?
SULAMITA: Estava em casa com minha filha Juliete.
WANDA: Como foi que a senhora soube da morte?
SULAMITA: Eu não lembro. Não sei se a senhora sabe, mas eu acabei de sair do hospital.
ÁLVARO: Minha cliente precisou ser internada, devido uma fase depressiva que passou após a morte do filho.
WANDA: Eu só vou fazer mais uma pergunta. A senhora desconfia quem pode ser a pessoa responsável pela morte do Gonzaga Bergamal?
SULAMITA: Sim. A Arlete ou a Deodora, as duas são duas cobras que estão sempre querendo dar o bote.
Wanda fica surpresa.
Sulamita olha séria.
CENA 14 - INT. TARDE, TRÂNSITO, RUA.
Álvaro vai dirigindo o carro, ao seu lado está Sulamita.
ÁLVARO: Você acha mesmo que foi a Arlete que matou seu filho?
SULAMITA: Não sei. Não tenho como ter certeza. Mas ela é a mais revoltada porque teve que dividir a herança.
ÁLVARO: Isso é. Mas no fundo todos tem uma certa revolta.
SULAMITA: Ela e a filha são as mais ambiciosas.
CENA 15 - MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DOS FUNCIONÁRIOS.
Riana veste a roupa, enquanto Tomaz, a observa deitado na cama usando cueca.
RIANA: Dá um fim nessa arma, não gosto de armas.
TOMAZ: Por causa da morte do seu irmão?
Riana olha sério.
FLASHBACK:
Riana enterra uma arma na areia, no jardim da mansão.
FIM DO FLASHBACK.
Tomaz estranha Riana olhando paralisada.
TOMAZ: Ei, que foi?
Riana olha para Tomaz.
RIANA: Nada, eu tava pensando aqui em uma coisa.
TOMAZ: Se for sobre a arma, já te disse que é de uma das empregadas da casa que é minha amiga.
RIANA: Tá bom, Tomaz! Eu tenho que ir.
Riana sai apressada.
Riana vai saindo do quarto.
Teodora a observa de longe.
CENA 16 - INT. CASA DE CLARA E CLEIA, SALA.
Clara está no sofá, lendo alguns livros.
Em alguns instantes, Acácio chega na sala.
ACÁCIO: Você tá estudando?
CLARA: Sim, ainda não acabei o curso.
ACÁCIO: Você se identifica mesmo com a enfermagem?
CLARA: Sim, porque?
ACÁCIO: Porque se não gostasse iria chamar para trabalhar na imobiliária comigo.
CLARA: Eu quero trabalhar, pelo menos enquanto termino de pagar. Você sabe, meu contrato de estágio foi encerrado porque naquele tempo eu ficava com a Cleia.
ACÁCIO: Mas para pagar o curso, eu posso dá o dinheiro.
CLARA: Você acha que eu vou aceitar que você me banque sempre?
ACÁCIO: Nós somos casados!
Clara levanta alterada.
CLARA: (irritada) Somos mesmo, Acácio? Até quando? Até você receber sua herança e me pedir o divórcio?
ACÁCIO: Calma, Clara!
CLARA: Desculpa, Acácio, mas eu não sei ficar dependendo dos outros sempre. Eu gosto de trabalhar, ter meu dinheiro. Além do mais o combinado foi você pagar o tratamento da minha irmã.
Cleia chega nesse momento e olha feio para Clara.
Acácio olha chateado e vai embora da sala.
CENA 17 - INT. MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Sulamita entra em casa acompanhada por Álvaro e os filhos Riana, Germano e Juliete, a recebem.
RIANA: Mamãe, que saudade.
Juliete abraça Sulamita, na sequência Riana e Germano a abraçam.
JULIETE: Você tá bem, mãe?
GERMANO: É claro que está, Juliete?
SULAMITA: Graças a Deus estou. Estou pronta para recomeçar. Pronta para descobrir quem tirou a vida do meu filho.
Juliete olha desconfiada para Sulamita.
Sulamita encara Juliete
Louise chega na sala.
LOUISE: Sulamita! Que bom que você voltou.
Louise abraça Sulamita.
CENA 18 - INT. RESTAURANTE DE GERMANO, SANTA TERESA.
Daniela leva uma bandeja e deixa em uma das mesas. Ao sair da mesa ela vê Alessandra chegando. Ambas se olham sorridentes. Alessandra chega até Daniela.
ALESSANDRA: Oi!
DANIELA: Oi, boa tarde! Você veio jantar, ainda é cedo.
ALESSANDRA: Eu vim falar com você, você teria um tempinho?
DANIELA: Sim, o movimento não tá grande. Vamos sentar ali em uma mesa.
Daniela e Alessandra vão até uma mesa onde sentam.
ALESSANDRA: Eu não vou ficar por mais tempo naquela casa. O Henry me bateu muito dias atrás. Eu não tô suportando mais.
DANIELA: Você tem que denunciar ele.
ALESSANDRA: Para quê? Esses agressores que são ricos conseguem sair logo logo da cadeia. E se eu denunciar ele, ele me mata.
DANIELA: Você não pode deixar que o medo te impeça de fazer a coisa certa.
ALESSANDRA: Eu não sei.
DANIELA: Você pode contar comigo, se quiser eu vou até a delegacia com você.
Daniela coloca a mão em cima da mão de Alessandra, as duas se olham sorridentes.
ALESSANDRA: Obrigada, amiga!
Neste momento, Henry chega e vê as duas com as mãos juntas.
HENRY: (surpreso) O que está acontecendo aqui?
Daniela e Alessandra se levantam da mesa assustadas.
HENRY: (irritado) Vamos, quero uma explicação?
Os clientes notam o clima pesado e Daniela percebe.
ALESSANDRA: (assustada) Não é o que você tá pensando, Henry!
HENRY: Vocês não têm vergonha, suas duas piranhas?
DANIELA: Por favor, aqui não é local para isso!
Germano chega surpreso ao ver a cena.
GERMANO: O que é isso no meu restaurante?
ALESSANDRA: Henry, vamos embora!
HENRY: Você quer saber a verdade, Germano...
GERMANO: (chateado) Henry, eu quero que vocês encerrem essa confusão e vão embora do meu estabelecimento!
Henry olha chateado para Germano.
HENRY: Você cuida melhor da sua mulherzinha, se não ela vai procurar carinho nos braços de outra.
Germano acerta un murro na cara de Henry.
DANIELA: Germano, para com isso!
Henry olha com muita raiva para Germano.
HENRY: Você não sabe com quem tá mexendo!
Henry vai embora.
Germano olha para os clientes do estabelecimento.
GERMANO: Me desculpem!
CENA 19 - INT. MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Biel vai andando na sala com a câmera na mão.
BIEL: Kaíque! Cadê você?
Ele coloca a câmera no aparador e sai.
Neste momento, Arlete vai chegando ali e observa o equipamento. Ela o pega e mexe nele.
Logo, a mulher se anima com o que vê.
ARLETE: Olha o que eu achei. Que interessante isso aqui! A Deodora vai amar ver isso! Quem sabe ela não resolva esquecer aquele motorista!
CENA 20 - INT. RESTAURANTE DE GERMANO, SANTA TERESA, COZINHA.
Germano chega com Daniela na cozinha.
GERMANO: O que ele quis dizer com aquela história?
DANIELA: Eu não sei, meu amor.
GERMANO: Eu ouvi muito bem ele falando para eu cuidar de você, senão você ia para os braços de outra.
DANIELA: Ele é louco, sente ciúmes até de uma mosca. A Alessandra sofre horrores na mão dele.
Germano olha desconfiado.
CENA 21 - INT. CASA DE CLARA E CLEIA.
Acácio chega no quarto, enrolado na toalha. Clara está guardando algumas roupas no guarda-roupa.
Ambos se olham sérios.
CLARA: Desculpa, Acácio. Eu sei que tenho sido muito ácida ultimamente. Mas é que eu sempre fui acostumada a me virar. Nunca dependo de ninguém.
ACÁCIO: Tudo bem, eu entendo.
CLARA: Desculpa também por ficar instintindo no assunto da morte de Gonzaga.
ACÁCIO: De boa, Clara. Você quer ir jantar comigo hoje na mansão? Você sabe, né, preciso sempre tá por lá.
CLARA: Eu vou sim.
CENA 22 - INT. NOITE, CASA DE GLEICE E PLUTARCO, SALA.
Plutarco e Gleice assistem no sofá.
PLUTARCO: Eu não gosto de novela não, mas essa é boa.
Gleice olha para Oleive dormindo na cadeira com o celular na mão.
GLEICE: Olha a mamãe.
Plutarco olha para Oleive
PLUTARCO: Ela não tem jeito.
Gleice vai até Oleive e pega o aparelho da mão de Oleive.
Gleice olha o celular e fica surpresa.
GLEICE: Nossa, Plutarco, a mamãe tá em aplicativo de namoro!
Plutarco olha surpreso.
PLUTARCO: É sério? Essa velha?
Oleive acorda.
OLEIVE: Quem é velha?
Gleice e Plutarco se olham sorrindo.
CENA 23 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DE DEODORA.
Deodora assiste o vídeo de Riana e Tomaz se beijando.
Ela joga a câmera com toda força na parede e chora.
DEODORA: Maldito!
ARLETE: Tá vendo meu amor, não vale a pena você se apaixonar por gente desse tipo.
DEODORA: Para, mamãe, para!
ARLETE: Não vou parar enquanto você não desistir desse homem.
DEODORA: (chorando) Eu tô apaixonada por ele! Eu quero me casar com o Tomaz!
Arlete olha com muita raiva.
CENA 24 - INT. DELEGACIA DE POLÍCIA, SALA DE WANDA.
Wanda está na sua sala, olhando o computador.
WANDA: Não é possível que esses depoimentos não revelem nada de importante.
Maurício chega na sala de Wanda com o celular na mão.
MAURÍCIO: Você vai adorar essa notícia que saiu no blog daquele Alanzinho.
Maurício mostra o celular a Wanda, que fica surpresa com o que ver.
WANDA: Então, quer dizer que os oito irmãos estão disputando a herança do Teodoro Bergamal?
MAURÍCIO: Exatamente isso, cara chefinha!
WANDA: (séria) Isso é tudo que eu precisava para descobrir o assassino do Gonzaga Bergamal!
CENA 25 - INT. MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.
Acácio e Clara, Riana, Juliete, Germano e Daniela, Louise e Hortência estão jantando na mesa.
HORTÊNCIA: Fico feliz pela sua recuperação, Sulamita.
SULAMITA: Obrigado, Hortência.
Henry chega à mesa. Henry e Germano se encaram.
HORTÊNCIA: E às crianças?
HENRY: Não sei mãe, não sou babá deles. Devem tá com a mãe deles.
Deodora chega com Arlete na mesa, Sulamita fica pasma ao ver Arlete ali. Ela levanta da mesa olhando para Arlete.
SULAMITA: O que você faz aqui?
Arlete olha assustada.
SULAMITA: Responda!
DEODORA: Escuta aqui, ó Salamida, ela é minha mãe, tem o direito de ficar aqui. Caso não se lembre, essa casa também é minha!
SULAMITA: (irritada) Caso não se lembre, sua mãe tentou matar todos nós envenenados no casamento do Acácio! E a condição para que eu não a denunciasse era que ela não morasse mais aqui!
DEODORA: É, mas ela voltou!
ARLETE: (feliz) Voltei, e voltei para ficar!
SULAMITA: Pois eu vou te denunciar!
ARLETE: E qual prova você tem, queridinha?
SULAMITA: Eu vou te denunciar pela morte do meu filho!
Arlete olha curiosa para Sulamita.
Neste momento, Álvaro chega na mesa.
ÁLVARO: (revoltado) Como vocês foram permitir isso?
Todos ficam surpresos.
HORTÊNCIA: O que foi Álvaro?
GERMANO: O que tá acontecendo?
ÁLVARO: (revoltado) A imprensa está sabendo de tudo! A disputa pela herança virou notícia na internet e todo mundo sabe.
RIANA: Mas isso não é tão grave, ou é?
ÁLVARO: Isso torna todos vocês suspeitos da morte de Gonzaga! Para a justiça, todos vocês tinham interesse na morte dele.
Hortência olha assustada.
Henry olha mal humorado.
Riana olha sério.
Acácio olha sério.
Deodora e Arlete se olham desconfiadas.
Germano olha para Daniela preocupado.
Juliete olha para Sulamita, que solta um leve sorriso.
A cena termina em todos ali preocupados.
Obrigado pelo seu comentário!