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PARTES DE MIM - CAPÍTULO 21



PARTES DE MIM

CAPÍTULO  21


Criada e Escrita por Thiago Celestino

Escrita com: Ezel Lemos e Andie Araujo

Produção Executiva: Ranable Webs


CENA 01. QUARTO DE GAEL/ MANSÃO RANGEL. INT. DIA.

Genésio se senta na cama e retira do bolso a correntinha de âncora.


GENÉSIO: Eu te amo mais que tudo meu filho! Eu queria mais tempo com você. Foi tão pouco tempo. Te amo!


Genésio beija o pingente. Batidas na porta, Lucrécia aparece na porta, Genésio faz um gesto para ela entrar.


LUCRÉCIA: Eu vi você entrando aqui e vim te ver. Tá tudo bem, querido?


GENÉSIO: Levando… superar essa dor enorme não está sendo fácil.


Lucrécia o abraça forte. Ela se desvencilha, tem um ar mais sério.


LUCRÉCIA: Sempre fomos sinceros um com o outro. Preciso dizer algo.


GENÉSIO: Diga.


LUCRÉCIA: Não gostei do modo como falou com o Eduardo. Foi frio, amargo. Você insinuou que ele matou o irmão! O Eduardo não é capaz de matar uma barata se quer.


GENÉSIO: Defendendo o Eduardo?


LUCRÉCIA: É meu filho, Genésio! Nosso filho!


GENÉSIO: Eu sei, mas o Eduardo sempre destratou do Gael.


LUCRÉCIA: E com razão! Você nunca deu a atenção, o amor que o Eduardo queria.


GENÉSIO: O quê?


LUCRÉCIA: É verdade, Genésio! Você sempre se esforçou em encontrar o Gael. Toda atenção que tinha era pro seu filho e não para o nosso!


GENÉSIO: Eu não estou acreditando que você está falando uma besteira dessas!


LUCRÉCIA: Não é besteira, Genésio! Eu estou falando o que sinto, o que vejo. O Eduardo tenta chamar a sua atenção para ele. Ele é carente do seu amor, não entende?


GENÉSIO: Não entendo. Ele não quer minha atenção, ele quer me afastar dele, isso sim. Por favor, me deixe aqui com as lembranças, as poucas lembranças que tenho de Gael, por favor.


Lucrécia entristecida sai. Genésio fica ali olhando para o pingente de âncora, que era de Gael.

Corta para:


CENA 02. HOSPITAL MARESIAS. INT. DIA.

Continuação da cena 09, capítulo anterior. A enfermeira esperando por Diego.


ENFERMEIRA: Então, vamos assinar os documentos?


DIEGO: Olha, eu não tenho documentos dele comigo. Ele não tem nenhum familiar que conheço.


ENFERMEIRA: Tudo bem. É só protocolo.


Diego dá um respiro fundo e acompanha a enfermeira até a recepção do Hospital. Já com a recepcionista, fazendo a ficha de Gael.


RECEPCIONISTA: Nome do paciente, por favor?


DIEGO: (silêncio, pensativo) Thiago, Thiago Carvalho.



Corta para:


CENA 03. TRIPLEX DE ENRIQUE. INT. DIA.


A sala escura, cortinas fechadas tapando o sol. Batidas na porta. Aí vemos Enrique se levantar do sofá e abrir a porta. Rebeca na porta.


REBECA: Vim ver como está? Sei que não queria estar me vendo nesse momento, mas…


ENRIQUE: Por favor…


Enrique vai fechar a porta e Rebeca o barra e entra. Ela percebe a escuridão do local.


REBECA: Precisa de luz, Rique! Você não pode fingir que morreu, querido.


Rebeca vai abrindo as cortinas e janelas.


ENRIQUE: Eu morri, Rebeca. Não vê? Uma parte de mim se foi.


REBECA: Olha aqui, eu preciso de você vivo! Vivo! Não seja egoísta!


ENRIQUE: Me deixa, vai!


REBECA: Eu vim para te avisar que estou grávida! Acho que você não ouviu a notícia ontem.


ENRIQUE: Grávida? Só pode ser do seu amante, Cláudio, né?


REBECA: Me respeita, Enrique! Eu estou gravida de você!


Enrique surpreso. Rebeca entusiasmada.

Corta para:


CENA 04. HOSPITAL MARESIAS. INT. DIA.

O médico em conversa adiantada com Diego. Gael deitado, imóvel.


MÉDICO: O Thiago ficará aqui até se restabelecer. Pode ficar tranquilo, Diego.


DIEGO: Que bom, Doutor, eu não vou poder continuar dando assistência, tenho compromissos em São Paulo! Eu peço total discrição!


MÉDICO: Pode contar conosco para tudo. O ruim é não sabermos quando ele acordará.


DIEGO: Na ficha, tem meu número. Entre em contato quando quiser.


MÉDICO: Certo.


Eles dão um cumprimento apertando as mãos. O médico sai. Diego fica ali, observando Gael.


DIEGO: Eu vou, mas volto!


Diego beija Gael, imóvel, na boca.

Corta para:




CENA 05. SÃO PAULO. NOITE/DIA.

Ao som de " Every Breath You Take - The Police". 

A noite agitada paulistana, MASP, Vila Madalena, as principais vias da cidade e seu trânsito caótico. O nascer do dia com as pessoas se movimentando.


UM MÊS DEPOIS…


CENA 06. SUÍTE/MANSÃO DE DIEGO. INT. DIA.


Diego ainda deitado na cama, se espreguiçando. Ele pega o celular e dispara um número.


DIEGO (cel.): Bom dia, Diego . Eu gostaria de ter notícias de Thiago Carvalho, por favor… Nada de novo? Obrigado.


Ele respira fundo, desanimado.


DIEGO para si: Um mês e nada?


JUAN: Quem é Thiago?


Diego se volta para a porta de seu quarto.


DIEGO: Ai que susto, moleque! Na verdade, como entrou aqui, hein?


JUAN: Eu perguntei primeiro, amor. Anda, fala logo.


Juan vai se aproximando e se joga na cama de Diego.


DIEGO: Não te interessa e vaza daqui!


JUAN: Como não me interessa? Você é meu, esqueceu?


DIEGO: Que eu saiba não sou propriedade sua! Por favor, Juan.


Juan se levanta da cama, mas antes rouba um beijo de Diego.


JUAN: Eu sei que você me ama!


Juan vai saindo sorrindo.

Corta para:


CENA 07. EMPRESA ROLDAN. INT. DIA.

Catarina sentada à mesa lendo documentos. Aline adentra a sala.


CATARINA reclama: Isso se tornou uma zona! Enrique deixou essa empresa ao léu…


ALINE: Dona Catarina, os acionistas pediram uma reunião emergencial.


CATARINA: Sim. (lamenta) E eu que pensei que ficaria mais um tempo em Paris!


ALINE: A senhora pensa em ficar de vez na presidência?


CATARINA: Com certeza. Enrique entrou em depressão, é carta fora do baralho. E adiante a pauta da reunião!


Alone vai falando e a conversa vai ficando em off.

Corta para:


CENA 08. SALA DE ESTAR/ MANSÃO RANGEL. INT. DIA.

A empregada acaba de receber o Delegado Castro.


EMPREGADA: Ele já está descendo. Pode se acomodar no sofá!


Delegado Castro se senta no sofá à espera de Genésio.


EMPREGADA oferece: Água, café?


DELEGADO CASTRO: Não precisa se incomodar.


A empregada sai. Genésio desce o lance de escadas.


GENÉSIO: Delegado! Desculpa a demora. Bons dias! O que traz aqui?


DELEGADO CASTRO: Depois de uma perícia minuciosa descobrimos que seu filho não sofreu um simples acidente.


GENÉSIO curioso: Não estou entendendo bem. Explique.


DELEGADO CASTRO: Descobrimos que o freio do carro do senhor Gael foi cortado. Alguém matou seu filho, Doutor Genésio.


GENÉSIO surpreso: Mas quem poderia ter matado Gael?


A Cena escurece.

FIM DE CAPÍTULO.




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