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PARTES DE MIM - CAPÍTULO 25 | ÚLTIMAS SEMANAS

 


PARTES DE MIM

CAPÍTULO  25


Criada e Escrita por Thiago Celestino

Escrita com: Ezel Lemos e Andie Araujo

Produção Executiva: Ranable Webs


CENA 01. SALA DE ESTAR/ MANSÃO RANGEL. INT. DIA.


Lucrécia  e Carla saindo de um abraço.


LUCRÉCIA: Saudades, querida. Vem tomar um café conosco. Já pedi para a empregada chamar o Lucas para você. E o Arthur, por que não veio?


CARLA: Ele foi para a escola e vim ter uma conversa séria, bem séria com o Lucas.


Lucas desce o lance de escadas e vai cumprimentar Carla, que logo se esquiva.


LUCAS: O que foi?


CARLA irritada: Ah, Lucas! Ainda pergunta?!


LUCAS: Que conversa séria quer comigo?


CARLA hesitante: Eu… eu quero o divórcio.


LUCAS gagueja: É isso mesmo?


Lucrécia ainda está por ali.


LUCRÉCIA: Você tem certeza que essa é a sua decisão?


CARLA p/ Lucrécia: Eu pensei demais, Lu!


Lucas fica sem chão. Carla várias vezes desvia o olhar.


LUCAS com lágrimas nos olhos : Olha nos meus olhos e diz que é mentira, vai. Olha!


CARLA: A culpa é sua!


LUCAS rebate: A sua insegurança te contaminou de uma tal maneira!


CARLA: Acabou, Lucas, basta aceitar.


LUCAS: Aceitar?


CARLA: Agora nossa conversa  será por meio de advogados.


Carla vai saindo, Lucas a segura pelo braço.


CARLA: Me solta, Lucas, por favor.


LUCAS: Não. Não solto até você dizer nos meus olhos que tudo acabou. Fala, Carla!


Carla desvia o olhar, ela emocionada, mas se faz de forte. Ela faz um movimento brusco e se solta. Ela vai saindo sem olhar para trás.


SONOPLASTIA ON: UN BREAK my heart - Toni Braxton.



Corta para:


CENA 02. SÃO PAULO. EXT. DIA.

Uma garoa começa a cair molhando as vias da cidade. MASP, Avenida Paulista com seu trânsito rotineiro, Ponte Estaiada. O mar revolto de Maresias. O Tempo cinzento.


SONOPLASTIA OFF.


CENA 03. IGREJA MARESIAS. INT. DIA.


Gael e Diego adentram a Igreja. Gael faz sinal da cruz. Ele vai até o altar onde Padre Olavo está.


PADRE OLAVO: Menino Gael!


Padre Olavo abre os braços e Gael o abraça.


PADRE OLAVO: Quanto tempo, meu jovem!


GAEL: Verdade, Padre.


PADRE OLAVO: Uma pena que não vieste para a missa de sétimo dia de Jurema. A Helena garantiu que você viria.


GAEL surpreso: Como é que é? Tia Jurema morreu?


PADRE OLAVO: Você não sabia? Eu… eu liguei para a sua casa, lá em São Paulo, Gael!


Gael fica sem entender, surpreso com o relato que ouve. Diego ali, ombro amigo.

Corta para:


CENA 04. TRIPLEX DE ENRIQUE. INT. DIA.


Enrique entrega uma xícara de café para Lucas. A conversa já iniciada.


ENRIQUE: Eu não tô acreditando nisso!? A Carla pediu divórcio sem motivo algum?


LUCAS: Ela e a insegurança dela. Isso aconteceu depois que viu fotos da Leona numa caixa antiga lá em casa.


ENRIQUE: Sinto muito, mano, mas precisamos começar a ver uma forma de fazer justiça pelo Gael. A secretária do Eduardo, algum amigo que trabalha lá. Poderíamos falar com ela, se ela tivesse ouvido algo.


A conversa segue em off.

Corta para:


CENA 05. ESCRITÓRIO/ MANSÃO RANGEL. INT. DIA.


Lucrécia e Eduardo estão saindo de um abraço.


EDUARDO: Que bom te ver, mãe. Mas por que me chamou aqui?


LUCRÉCIA: Eu preciso saber a verdade, Eduardo. Você matou o Gael?


EDUARDO censura: Mãe.


LUCRÉCIA: Não minta para mim, Eduardo! Eu te conheço e sei que está mentindo.


EDUARDO: Vai me incriminar assim como o papai?


LUCRÉCIA: Eu quero a verdade, Edu. Naquele dia do acidente, você insinuou algo.


EDUARDO: Quer que eu confesse algo que não fiz.


LUCRÉCIA: Eduardo, eu tenho feito tudo para te defender nesta casa. Eu e seu pai não estamos bem porque tenho feito de tudo para te defender.


EDUARDO: Tá bem. Eu conto.


Eduardo senta-se na poltrona do escritório. Lucrécia se senta em frente ao filho. Eles se olham nos olhos. Helena que passa pelo corredor, fica atenta, atrás da porta.


EDUARDO: Eu lembrei que o Enrique não era essa flor desse jeito, ele teve atitudes homofóbicas. E fui nas redes sociais, chequei e descobri algumas declarações, mamãe.


LUCRÉCIA surpresa: Meu Deus!


EDUARDO: Daí, eu hackeei a rede social do meu primo e enviei para o Gael as declarações do amado dele.


LUCRÉCIA: Como você é mal! Eu não tô te reconhecendo, meu filho.


EDUARDO: Eu só queria que o Gael fosse tão infeliz como eu! E tem mais, fui eu sim que fui responsável pelo desvio de dinheiro e pus a culpa no Gael, somente para desmoralizá-lo perante o papai e outras pessoas.


LUCRÉCIA desnorteada: Monstro!


A CAM capta a reação de Helena ouvindo toda a confissão. Ela ri. O visor de seu celular é no gravador de voz.




CENA 06. APART.  DE GAEL. INT. DIA.


Gael repousando uma mala no chão. Diego abrindo a janela, chuva caindo lá fora.


DIEGO: Agora você está instalado com segurança aqui em Sampa. O que vai fazer?


GAEL: Ainda estou em choque ao saber que minha prima escondeu que minha tia morreu. Ela foi má comigo, mas eu vou iniciar minha vingança contra o Eduardo. Ele precisa ter o que merece.


DIEGO: A vingança nem sempre é boa. Como diz um certo pensador, a vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.


Gael e Diego gargalham.


GAEL: Você é impagável, Diego! Obrigado por estar ao meu lado.


Gael o surpreende com um abraço.


DIEGO: Não tem o que agradecer. Eu prometi que estaria ao seu lado.


Diego retribui o abraço.

Corta para:


CENA 07. SALA DE ESTAR/ CASA DOS ROCHA. INT. DIA.


Clarita sentada no sofá, o marido massageia seus pés. Carla entra aos prantos.


CLARITA: Que foi, filha?


CARLA: Eu fui lá, mãe, e pedi o divórcio.


PAI: Filha, tem certeza que o quê você quer? Você ama o Lucas e ele te ama!


CARLA: Eu peguei ele ontem com a tal da Leona! Não tem mais volta pai, isso é traição!


CLARITA: Calma, mamãe  e papai estão com você.


Clarita abre os braços e Carla se joga num abraço entre os três.

Corta para:


CENA 08. TRIPLEX DE ENRIQUE. INT. DIA.


Campainha tocando insistentemente. A empregada atende. Helena surge na porta.


HELENA: Gostaria de falar com Enrique?


EMPREGADA: Ele não se encontra. Ele acabou de sair com um amigo. Quer deixar recado?


HELENA: Não, não precisa.


A empregada fecha a porta. Helena se distancia da porta. O elevador se abre e Rebeca aparece. A segunda fica surpresa ao ver a prima de Gael.


REBECA surpresa: Helena?!


HELENA: Rebeca, que coincidência! Eu queria fazer um acordo com você, que tal?


Rebeca curiosa. Helena enigmática.

Corta para:


CENA 09. SALA DE ESTAR/ MANSÃO DE DIEGO. INT. DIA.


Cláudio impaciente, sentado no sofá, balançando as pernas. Diego adentra a mansão.


CLÁUDIO: Até  que enfim, hein! Onde você estava? Você deixou o fotógrafo e o Juan no meio de um trabalho.


DIEGO: Deu pra controlar minha vida?


CLÁUDIO: Você tem que pensar que não é uma criança e que tem que ter suas vontades feitas na hora! O patrocinador está puto com essa falta de profissionalismo!


DIEGO: Eu vou consertar esse erro. Deixa comigo.


CLÁUDIO: Ok. Mas o que você foi fazer fora da cidade, em Maresias? Com quem estava?


DIEGO: Não é da sua conta, Cláudio. Minha vida pessoal, você e ninguém tem direito de saber. Você cuida do profissional, apenas. Com licença! Eu preciso descansar.


Cláudio fica furioso, sai. Diego se joga no sofá.

Do lado de fora, na porta de entrada.


CLÁUDIO: Você não sairá do meu controle, viadinho.


Cláudio desarma a tranca do carro e adentra, saindo cantando pneu.

Corta para:



CENA 10.  FACHADA DA EMPRESA RANGEL. DIA.


Eduardo cumprimenta um executivo amigo seu. Ele todo sorridente, já vai sacando a chave da moto do bolso. Ele caminha pelo estacionamento da Empresa assobiando. Sua expressão muda ao ver sua moto.


EDUARDO esbraveja: Que merda é  essa?!


A motocicleta com toda a lataria grafitada e com dizeres: “ASSASSINO E LADRÃO”.

A Cena escurece.

FIM DE CAPÍTULO.







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