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Entre Vidas - Capítulo 02


Entre Vidas - Capítulo 02


Cena 01: Tarde - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Apartamento
Branca e Adriana entram na casa e percebem que a porta está semi aberta.
Branca: Quem está aí?
César: Sou eu, o César.
Adriana: Que susto que nos deu.
César: A porta estava aberta e então resolvi entrar.
Adriana: Vocês não vão acreditar o que descobri!
Branca: Diga logo minha filha.
Adriana: A idiota da Lua ganhou de seu pai vários diamantes antes de morrer.
César: Não posso acreditar.
Branca: Temos que roubá-los.
Adriana: Quero que você os roube assim que se casarem, eu quero tudo o que é dela, sua vida, seu dinheiro e seu homem.
Adriana e César se beijam e neste instante Lua chega ao apartamento da prima, como a porta não está trancada ela entra e se depara com sua prima e seu noivo aos beijos. Lágrimas escorrem de seu rosto.
Lua: Como podem fazer isto comigo? Vocês são uns monstros.
Adriana da um tapa na cara de César e se faz de vítima.
Adriana: Não é nada do que vocês está pensando prima. Ele entrou aqui e me beijou. Eu nunca faria isto contigo.
Lua: Meu pai sempre me dizia que você não prestava, mas eu nunca dei atenção.
César: Me perdoe, foi um erro.
Branca: Saia daqui rapaz agora. Nunca mais quero te ver em minha casa.
Lua: Não tentem fingir para mim, eu sei muito bem o que vi aqui, como me arrependo de um dia ter te considerado minha irmã.
Adriana: Mas eu não tive culpa.
Lua (gritando): Pare de fingir para mim.
Lua da um tapa na cara de Adriana.
Lua: Nunca mais pise os pés em minha casa. E você César saiba que nosso noivado está acabado.
Lua tira o anal de noivado e joga no chão, depois sai batendo a porta.


Cena 02: Tarde - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Apartamento
César, Adriana e Branca pensam em uma maneira de convencer Lua a se casar ainda.
Branca: Espero que aquela idiota não faça um escândalo.
Adriana: Quanto a isso não se preocupe. Aquela mosca morta jamais falará nada. Não vai expor a família assim. 
César: Nós erramos, bobeamos demais.
Adriana: Tudo foi sua culpa que me beijou.
Branca: Agora só quero saber como ficaremos ricas.
Adriana: Aquela idiota me mostrou uma caixa com vários diamantes deixados por seu pai, temos que roubá-los ou fazer César se casar com ela para herda-los.
César: Será que ainda tenho chances de se casar com ela?
Adriana: Daremos um jeito. Só temos que ter calma.


Cena 03: Tarde - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Igreja

Lua chega desesperada a igreja, se ajoelha e começa a rezar.
Lua (rezando): Meu Deus te pedi um sinal para saber se ainda deviria me casar com César. Espero que este seja o teu sinal. Ajude-me meu Deus e me perdoe pelo meu ataque de ira.
Lua continua rezando e mais tarde volta para sua casa.



Cena 04: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Casa da família Hoffmann

Chegando a sua casa Lua conta para sua mãe Márcia e sua avó Rosa que terminou o noivado, mas mente dizendo que percebeu que não o amava e não revelou da traição de César e Adriana.
Rosa: Mas por que isto tão repentinamente minha neta?
Lua: Percebi que não o amava vovó.
Rosa: Tem certeza minha neta? Pode ser algo momentâneo. Vocês pareciam tão felizes!
Márcia: Deixei-a mamãe. Foi melhor ela perceber isto agora do que depois de casada.
Rosa: Você se apaixonou por outro?
Lua: Eu conheci um rapaz e fiquei pensando nele, senti algo diferente quando o vi.
Márcia: E onde você o conheceu?
Lua: O conheci na igreja. Ele se chama Miguel, mas é recém chegado a cidade.
Rosa: Diz uma lenda que todos nós temos uma alma gêmea espalhada pelo mundo e que quando elas se encontram é mágico, elas sentem uma sensação indescritível.
Lua fica pensativa se lembrando do encontro com Miguel.


Cena 05: Noite- Cidade de Pedra Azul - 1920 - Casa da família Reis

Miguel mora sozinho e está em sua casa quando se lembra da jovem Lua, que conheceu na igreja.
Miguel (pensando): Aquela garota é tão linda! Por que será que me encantei tanto por ela e senti algo diferente quando a vi? Será que estou apaixonado?
Miguel fica pensando em Lua enquanto prepara seu jantar.

Alguns dias depois.


Cena 06: Tarde- Cidade de Pedra Azul - 1920 - Casa da família Hoffmann

Chegou o grande dia do baile de mascaras da cidade de Pedra Azul. Uma festa que se realiza uma vez por ano e todos da cidade comparecem a festa no salão principal da prefeitura de Pedra Azul. Todos da família Hoffmann se preparam para a grande festa.
Rosa: Vocês já têm suas máscaras?
Márcia: Mas é claro mamãe. 
Lua: Eu não irei à festa.
Márcia: Por que minha filha?
Lua: Acabei de terminar um noivado, não me sinto bem ainda.
Rosa: Você está meio deprimida desde o dia do término. Você tem que se animar, essa festa fará bem a você.
Lua: Será mesmo vovó?
Rosa: É claro.
Lua: Mas eu nem tenho máscara ainda.
Márcia: Não se preocupe minha filha, venha quero te dar uma coisa.
Márcia pega uma máscara da família que contem brilhantes.
Lua: O que é isto mamãe?
Márcia: É uma mascara muito especial para mim. Eu usei no dia em que conheci o seu pai, no mesmo baile de máscara a anos atrás.
Rosa: Essa máscara eu dei a sua mãe no aniversário dela.
Lua: Eu não posso aceitar mamãe.
Márcia: Use e você ficará linda.
Lua por fim aceita a mascara e decide ir ao baile da cidade.



Cena 07: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Apartamento

Adriana: Vocês já estão prontos?
César: Sim, só falta a sua mãe.
Branca: Estou pronta.
Adriana: Não podemos chegar juntos, é melhor você ir na frente César. Não podemos levantar suspeitas.
Branca: Ela tem razão. Será o nosso reencontro com a Lua desde aquele dia e não sabemos qual será a reação dela.
Adriana: E nem se ela contou a titia Márcia e a vovó.
César: Você tem razão. 
César vai para a festa e após algum tempo Adriana e Branca também vão.


Cena 08: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Baile de Máscaras - Salão da Prefeitura

Lua, Márcia e Rosa finalmente chegam ao baile de máscaras e avistam Branca e Adriana em uma mesa. Lua resolve cumprimentá-las apenas para não deixar suspeitas no ar.
Lua: Quanto tempo! Como vão?
Branca: Vamos muito bem querida.
Lua: Que bom. 
Adriana: E você minha querida como vai? Fiquei sabendo que terminou o noivado.
Lua: Vou bem. Estou melhorando a cada dia.
Rosa: Como ficaram sabendo se nós não a contamos? Já faz dias que não nos vemos.
Branca: As notícias correm mamãe, não se esqueça que essa cidade é pequena.
Márcia: Você está linda minha sobrinha.
Adriana: Obrigada titia.
Márcia: Não se esqueçam que no final serão eleitos o rei e a rainha das máscaras de Pedra Azul, aqueles que tiverem as mais belas serão os vencedores.
Adriana: Espero ganhar este ano.
Lua fica com raiva do cinismo de sua prima e tia e resolve sair daquele local.
Márcia: Aonde vai filha?
Lua: Vou andar um pouco mamãe.
Adriana: Vou atrás dela pode precisar de algo.
Rosa: Isso você faz bem.


Cena 09: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Baile de Máscaras - Jardim
Adriana segue Lua até o jardim, e a afronta.
Adriana: Obrigado por manter o sigilo.
Lua: Não fiz isso por você, fiz pela minha família.
Adriana: Faço parte dela querida.
Lua: Infelizmente. Agora uma pergunta, por que fez isso?
Adriana: Eu já disse foi ele quem me beijou.
Lua: Deixe de ser mentirosa. 
Lua não agüenta as mentiras de Adriana e sai de perto dela. Lua põe a mascará e resolve ir dançar.


Cena 10: Noite - Cidade de Pedra Azul - 1920 - Baile de Máscaras - Salão da Prefeitura

Lua resolve dançar e é tirada para dançar por um homem, ela não o reconhece devido a máscara grande. 
Lua: Você dança muito bem.
Homem de máscara: Muito obrigado. Você também.
Lua: Estou reconhecendo sua voz de algum lugar.
Ele então tira a mascará e mostra quem é.
Lua: Miguel?
Miguel: Eu mesmo.
Lua: Coincidência nos reencontramos aqui.
Miguel: Creio que seja o destino querendo nos unir.
Eles ficam se olhando por um tempo, com cara de apaixonados até que Miguel beija Lua, que aceita e continua o beijo. De longe Adriana apenas observa a cena com ódio nos olhos.

Continua...




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