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Maria Flor - Capítulo 04



 Maria Flor - Capítulo 04


Cena 01: Igreja Nossa Senhora das Graças  - Escadaria - Dia

Ao saírem Eduardo e Paula encontram Ricardo com uma arma na mão.

Ricardo (transtornado): Já que não será minha Paula você não será de mais ninguém.
Paula: Não calma, não faça nenhuma besteira.

Ricardo atira rapidamente sem tempo de reação de ninguém. Todos os presentes gritaram assustados e Paula cai morta nas escadas.

Eduardo (gritando): Nãooooo! Desgraçado, o que fez com ela?

Neste instante Ricardo começa a fugir e os policiais que estavam por perto começam a persegui-lo. Ricardo então rouba um carro e tenta fugir, mas é perseguido.

Eduardo: Por favor meu amor não me deixa, eu te amo. Te amo.

Todos os presentes estão muito sem reação. Eduardo permanece desesperado, enquanto de longe Maria observa tudo aflita.


Cena 02: Rua - Perseguição  - Dia

Começa uma perseguição em busca de prender Ricardo. O homem dirige em alta velocidade e os policiais continuam a persegui-lo. Ricardo está tão transtornado com o que fez que acaba batendo o carro contra um caminhão, como ele estava em alta velocidade o impacto da batida foi muito forte e o homem acabou morto.


Cena 03: Igreja Nossa Senhora das Graças - Escadaria  - Dia

E o dia mais feliz da vida de Eduardo se transforma em uma grande tragédia. Chega a Perícia e após algum tempo o corpo é levado para o IML. Eduardo ainda não consegue acreditar em tudo o que ocorreu.

Eduardo (desesperado chorando): Meu amor, não me deixes.


Mais tarde…


Cena 04: Cemitério - Velório - Noite

Maria foi a igreja rezar e agradecer pelo ajuda que teve, por outro lado a família Alvarez está no velório de Paula, esposa recém casada de Eduardo. Eduardo chora perto do corpo de Paula.

Eduardo: Me perdoe meu amor. Não fui forte o suficiente para te proteger. Eu deveria ter entrado na frente. Me perdoe.
Clara: Não se culpe meu irmão. Não teve culpa de nada.
Eduardo: Nunca outra mulher vai ocupar seu lugar em meu coração. Nunca.

Mostram cenas do velório e posteriormente o enterro de Paula. Eduardo e os pais de Paula choram muito. Malvina comenta em voz baixa com a filha.

Malvina: E o tonto do seu irmão casou sem separação de bens. Agora temos que voltar para aquela casa com o maldito Thiago.
Clara: Não digo isso mamãe. Respeite a dor de meu irmão.
Malvina: Pelo menos o desgraçado que fez isso já está no inferno neste momento.

No dia seguinte…


Cena 05: Casa da família Muniz - Dia

Maria está em sua casa com seus irmãos e seu pai chega bêbado pela manhã.

Maria: Que bonito em pai. Sumiu durante a noite e me aparece bêbado no outro dia. Que exemplo.
Ramiro: Me respeite Maria. Sou seu pai.
Maria: Mas não tem cumprido com as responsabilidades de um pai. Deixa faltar as coisas em casa e gasta com bebida.
Ramiro: Tudo isso é culpa de sua mãe.
Maria: Eu daria toda a razão a ela. Foi embora porque não aguentava mais o senhor nestas condições. Seu único erro foi não ter nos levado junto.

Maria sai enfurecida para vender suas flores e bilhetes de loteria.


Cena 06: Rua - Farol - Dia

Maria e sua amiga Camila vão à rua vender. Camila é amiga de Maria desde a infância.

Maria: Temos que vender bem hoje amiga.
Camila: Tem razão. Precisamos de dinheiro. As coisas não andam fácil.
Maria: Nem um pouco.

Ao fechar o sinal para passagem dos pedestres Maria passa pelos carros oferecendo bilhetes de loteria e para no carro onde está Eduardo, Malvina e Clara retornando do enterro.

Maria: Vai um bilhetinho de loteria aí?
Malvina: Pare de nos amolar sua ignorante.
Maria: Calma não precisa ofender.
Marina: Não percebe que estamos voltando de um enterro. Olha nossa roupas. Todos de preto.
Clara: Calma mamãe ela não tem culpa.
Malvina: Vá embora. Não vamos te ajudar.
Eduardo: Me dê cinco bilhete por favor moça.
Maria: Valeu mesmo cara.

Maria vende os bilhetes para Eduardo.

Eduardo: Essa moça não tem culpa de nada o que ocorreu. Não desconte nela mamãe.
Maria: Muito obrigado mesmo. Não sabe a ajuda que me deu. Deus te abençoe.
Eduardo: Amém. A você também.

Neste momento o Maria volta para a calçada e o sinal de passagem para os carros volta a abrir.

Camila: O que foi Maria?
Maria: Acabei de vender cinco bilhetes para um moço.
Camila: Que bom amiga. E por que esse sorrisinho?
Maria: Ele foi tão educado. Era tão bonito.
Camila: Aí amiga. Vê se não se apaixona.
Maria: Não exagera amiga. Eu apenas disse que ele era bonito.

As duas riem e voltam a vender.


Cena 07: Casa da família Alvarez - Dia

Thiago percebe a chegada dos parentes e logo os questiona.

Thiago: A lua de mel já acabou?
Malvina: Não finja que não sabe.
Eduardo: Vou para meu quarto. Não quero escutar esta conversa.

Eduardo vai para seu quarto e Clara o acompanha.

Malvina: Deve ter adorado tudo, não é mesmo?
Thiago: Não torço pela morte de ninguém. A não ser que fosse a sua. Te odeio.
Malvina: Não preciso nem dizer que sinto o mesmo.
Thiago: A única coisa boa com tudo isso é que vão ter que continuar aqui com as migalhas que lhes dou.
Malvina: Você adora nos humilhar não é mesmo? Mas o seu está guardado.
Thiago: Me ameaçando tia?
Malvina: Apenas um aviso.
Thiago: Não tenho medo de suas ameaças.
Malvina: Mas deveria ter. Ainda mais em suas condições.
Thiago: Desgraçada! Sai daqui agora.

Malvina sai e Thiago enfurecido vai para o jardim.


Cena 08: Casa da família Muniz - Tarde

Ao chegar em casa Maria encontra seu irmão André chorando.

Maria: O que foi André?
André: Eu briguei com o Bruno, filho da Perla.
Maria: Por que?
André: Ele pegou minhas bolinhas de gude e não quis devolver. Então nós dois brigamos. Aí veio a mãe dele e me segurou para ele me bater.
Maria: Aquela mulher fez o que? Ah, isso não vai ficar assim. Não mesmo.

Maria pega André e vai à casa de Perla tirar satisfações.


Cena 09: Vila - Casa de Perla- Tarde

Maria chega para tirar satisfações com Perla.

Perla: O que quer em?
Maria: Que história é essa de segurar meu irmão para o Bruno bater nele?
Perla: Seu irmão bateu no meu filho.
André: Bati porque ele pegou minhas bolinhas de gude e não quis devolver.
Maria: Como pode ter segurado uma criança para que outra a batesse? Você é doente.
Perla: Cala sua boca.
Maria: O que?
Perla: Isso tudo só ocorreu porque vocês não educam direito essa moleque. Mas esperar o que? Filho de um bêbado, com uma vagabunda que abandonou os filhos e irmão de uma barraqueira.
Maria: Cala essa boca.

Maria dá um tapa em Perla.

Maria: Nunca mais abra a boca para falar de minha família e encostar de novo em qualquer irmão meu eu acabo com você.

Perla: Vai me pagar Maria Flor.

Maria volta para sua casa e tranquiliza André. Depois sai para vender bilhetes na rua com Camila.


Cena 10: Casa da família Alvarez - Quarto de Eduardo - Tarde

Eduardo está em sua cama chorando sobre a morte da amada.

Eduardo (chorando): Por que foi me deixar Paula? Por que? Eu te amo tanto.


Cena 11: Casa da família Alvarez - Jardim - Tarde

Maria está na rua com Camila vendendo flores e bilhetes. Então a jovem vê Thiago no jardim e decide ir oferecer a ele seus bilhetes.

Camila: Não vá lá Maria. Esse homem é muito mal educado. Um dia fui vender a ele e só faltou jogar um balde de água em mim. Não vá.

Maria: Irei sim. Quer apostar que eu consigo?
Camila: Quero só ver.

Maria então se aproxima do portão perto do Jardim e oferece a Thiago os bilhetes de loteria.

Thiago: O que quer?
Maria: Gostaria de comprar um bilhete para me ajudar? Por favor!


Continua...




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