Criada e escrita por: Luan Maciel
Supervisão: Fernando Luís
Colaboração: Lukas Lima
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CENA 1. INT — JORNAL — REDAÇÃO — DIA
CÉSAR olha com muito ódio para MARINA. A nossa protagonista não demonstra nenhum pingo de medo do bque ele possa vir a fazer. Nesse momento GREGÓRIO que ouviu toda a discussão chega na redação do jornal para tentar controlar toda essa situação.
CÉSAR — (furioso) Como você teve coragem de me dar um tapa? Eu não admito que uma pessoa que nem você levante a mão para mim. Eu vou dizer apenas uma vez. Eu vou acabar com a sua carreira de uma forma que você vai me pedir perdão de joelhos.
MARINA — (séria) Isso é para você aprender de uma vez por todas que eu não estou a venda. Você não pode usar o seu dinheiro para comprar o silêncio das pessoas. Eu não me dobro diante de pessoas como você. Eu vou fazer de tudo que estiver só meu alcance para que todos vejam quem realmente você é.
GREGÓRIO — (firme) Chega Marina. Você está indo longe demais. Eu acho melhor você se retratar de uma vez com o Dr. César Pellegrini. (P) É melhor para todos nós, e essa história acabará por aqui. Por favor seja mais sensata.
MARINA finalmente percebe que GREGÓRIO está fazendo de tudo para abafar essa história a qualquer custo. Ela fica muito nervosa e o clima fica cada vez mais pesado.
MARINA — (nervosa) Quando foi que você se tornou tão covarde assim Gregório? (P) Eu não vou retratar de forma nenhuma. Esse homem é um corrupto e eu não vou descansar enquanto ele não pagar por tudo o que fez.
CÉSAR — (sério) Então é melhor você se preparar. Eu vou fazer de tudo para acabar com toda a reputação que você ainda tem. Quando eu acabar de destruir com você ninguém mais vai acreditar em nada do que você diz. Você vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho.
GREGÓRIO — Eu sinto muito Marina, mas você me deixa sem saída. (P) Você está demitida. Pegue as suas coisas e saia imediatamente do meu jornal. Você só precisava se retratar. Você não vai ganhar nada levando essa história adiante.
MARINA — (decidida) Se é isso que você quer Gregório então que assim seja. Mas eu não vou desistir do que eu acredito. Esse país só vai para frente se a gente lutar contra pessoas como César Pellegrini que acham que podem fazer o que bem quiserem. Eu estou completamente decepcionada com você Gregório. Eu pensei que você fosse melhor do que isso.
MARINA olha friamente para CÉSAR. Logo depois ela vai colocando todas as suas coisas em uma caixa. Ela vai indo embora da redação do jornal e antes de sair olha mais uma vez para CÉSAR que está se sentindo vitorioso ao ver ela perdendo o emprego.
Corta para/
Nova York — Estados Unidos
CENA 2. INT — APARTAMENTO DE ARTHUR E LUCIANA — COZINHA — DIA
A câmera dá um close em LUCIANA que está sentada na mesa tomando uma xícara de café. Nesse momento ela abre o jornal que está sob a mesa e para a sua surpresa a matéria expõe a acusação de corrupção que CÉSAR está sofrendo. É nesse instante que ARTHUR entra na cozinha e percebe que tem algo de errado com LUCIANA.
ARTHUR — (estranhando) Luciana… Aconteceu alguma coisa? Você está diferente.
LUCIANA — (séria) Você precisa calmo Arthur. (P) Eu acabei de ler uma notícia no jornal que você não vai gostar nenhum pouco. Eu acho melhor você não saber disso por enquanto.
ARTHUR — Que mistério todo é esse Luciana? Se tem uma notícia no jornal então meu quero ver. Eu não tenho mais 5 anos de idade para que alguém fique me poupando de notícias ruins.
Mesmo a contra gosto LUCIANA entre o jornal para ARTHUR. Assim que começa a ler a notícia o semblante de ARTHUR muda radicalmente. Ele fica completamente sério.
ARTHUR — (nervoso) Eu não estou acreditando nisso. O meu pai acusado de corrupção. Isso não pode estar acontecendo. Como ele pode chegar nesse ponto? Isso é algo totalmente inaceitável.
LUCIANA — Calma Arthur. Isso deve ser algum engano. O seu pai não seria capaz de fazer uma coisa tão baixa como essa. Eu sei que deve haver alguma explicação razoável para essa história.
ARTHUR — (sério) Você não conhece o.neu pai como eu conheço Luciana. Ele é autoritário e muito ambicioso. Era questão de tempo para alguém desenterrar algum podre dele. Estou com tanta vergonha.
LUCIANA — O que você está pensando em fazer Arthur? (P) Você não pode tomar uma decisão no calor do momento. É melhor você esperar. Quem sabe essa história não se esclarece.
ARTHUR — (fora de si) Eu não posso mais esperar nem mais um segundo Luciana. Se eu bem conheço o meu pai ele vai usar o poder e o dinheiro dele para fazer com que essa história possa desaparecer da mídia o quanto antes. Ele tem que pagar por tudo o que fez. Isso não pode ficar assim.
Sem pensar duas vezes ARTHUR vai saindo da cozinha. A câmera mostra que ele está totalmente nervoso. LUCIANA fica parada sem saber o que fazer. O semblante em seu rosto é de preocupação.
Corta para/
Bairro da Liberdade — São Paulo
CENA 3. INT — ACADEMIA DE BOXE — DIA
Plano geral da cena. A câmera vai mostrando de uma forma ampla vários homens e mulheres dentro da academia. Agora o close está em RAÍ que está pegando pesado no treino. Nesse momento VALÉRIA vai entrando na academia com uma roupa bem sexy o que faz todos os homens olharem para ela. Ao ver que VALÉRIA está ali RAÍ perde a concentração e acaba sendo derrubado por um companheiro de treino.
VALÉRIA — (debochando) Que foi Raí? Parece que você nunca me vou antes? (P) Levou um tombo feio agora hein? Isso tudo é porque eu estou aqui não é mesmo?
RAÍ — (nervoso) O que você está fazendo aqui Valéria? Eu já disse mil vezes para você que eu não quero mais te ver aqui. Você não entende nqueneu não bquero mais nada com você.
VALÉRIA — (sorrindo) Não é isso o que parece. Eu sei que você sente saudades do meu beijo Raí. Não tem porque de você ficar negando isso. Todos aqui sabem que você é louco por mim.
Sem pensar duas vezes RAÍ desce do ringue e vai na direção de VALÉRIA. Ela sorri enquanto RAÍ a segura pelo braço.
RAÍ — (sério) É melhor parar de ficar falando essas coisas Valéria. Eu não quero que nada disso chegue aos ouvidos da Marina. Isso pode atrapalhar as minhas chances de voltar com ela. Eu não vou deixar que isso aconteça.
VALÉRIA — (irritada) Eu não acredito no que eu estou ouvindo Raí. Você ainda correndo atrás da Marina como um cachorrinho adestrado. Você é muito falso mesmo. Dizia que gostava de mim e tudo mais. Você é como qualquer outro homem.
RAÍ — Eu nunca escondi de você que eu sempre foi apaixonado pela Marina. Eu não tenho culpa se você fantasiou algo que não vai acontecer Valéria. Eu acho melhor você ir embora. Eu preciso continuar o meu treino.
VALÉRIA fica muito nervosa e ela dá um tapa na cara de RAÍ que leva a mão ao rosto. VALÉRIA vai saindo da academia de boxe se sentindo humilhada. As pessoas que estão na academia olham para RAÍ com um semblante de surpresa.
Corta para/
CENA 4. INT — MANSÃO DOS PELLEGRINI — SALA DE ESTAR — DIA
A EMPREGADA está terminando de arrumar tudo. Por mais incrível que pareça o silêncio no local é ensurdecedor. MARION vem chegando perto da EMPREGADA. POdemos perceber que MARION é uma mulher muito elegante, mas também muito arrogante.
MARION — (ardilosa) Até que enfim eu te encontrei. Eu vou te fazer uma pergunta uma só vez e eu espero ouvir a verdade e não adianta mentir para mim, pois será para você. (P) Foi você que pegou o meu colocar de esmeraldas que estava em meu quarto?
EMPREGADA — (sem entender) Eu não sei do que a senhora está falando dona Marion. Eu não peguei nenhum colar da senhora. Eu não sou ladra. Eu jamais faria uma coisa dessas.
MARION — (gritando) Não minta para mim. Eu sei que foi você. (P) Você é a única dentro dessa casa que poderia fazer uma coisa dessas. Se você não falar a verdade eu irei chamar a polícia.
A EMPREGADA começa a ficar muito nervosa ao ser acusada de uma coisa que ela sabe que não fez. MARION fica parada na frente vida EMPREGADA com um olhar de desprezo.
EMPREGADA — (nervosa) Eu já disse que eu não peguei nada. A senhora não pode me acusar de uma coisa que eu não fiz. Isso não é justo.
MARION — (ironizando) Justo? O que não é justo é eu dar a oportunidade para pessoas assim como você e ter a minha confiança traída. Isso que eu ganho por confiar em pessoas da sua laia. Saia imediatamente da minha casa. Sabe lá o que mais você fez pelas minhas costas.
EMPREGADA — Eu não fico mais nenhum segundo nesse maldita casa. A senhora não pode tratar as pessoas assim só porque tem dinheiro. O mundo dá voltas dona Marion. A senhora vai pagar por tudo que está me fazendo passar. Deus é muito justo.
A EMPREGADA vai saindo da sala de estar da mansão totalmente inconsolável. MARION sorri maliciosamente. Logo em seguida MARION caninha na direção de um armário que tem no canto da sala de estar. Ela abre a porta do armário e tira lá de dentro o colar de esmeraldas mostrando que tudo isso não passou de uma armação para demitir a empregada.
Corta para/
CENA 5. EXT — ORLA DA PRAIA — DIA
MARINA vai andando pela orla da praia. A chuva começa a cair bem forte. Nesse momento um carro preto começa a andar bem próximo de MARINA que acha isso muito estranho. Depois de alguns instantes OLAVO desce do carro e fica na frente de MARINA que olha para ele com muita raiva.
MARINA — (com raiva) Você… (P) Você sabe o que fez comigo? Por sua culpa eu pedir o meu emprego. Eu acreditei em você e por causa disso agora eu virei alvo das ameaças do César Pellegrini. Obrigada por nada.
OLAVO — (sorrindo cinicamente) Eu não tenho culpa se você é uma pessoa que é fácil de se enganar. Eu usei você para destruir a imagem do César Pellegrini e com isso conseguir o que eu tento quero. Isso é só o começo perto do que eu mereço.
MARINA — (furiosa) Seu desgraçado. Por sua culpa eu estou prestes a perder tudo. Mas eu vou fazer questão do César Pellegrini descobrir tudo o que você está planejando. Ele vai gostar muito de saber que o braço direito dele não passa de um aproveitador.
OLAVO perde todo o controle e coloca a mão no pescoço de MARINA sufocando ela. Depois de alguns segundos MARINA começa a perder o ar, mas OLAVO a solta, pois eles estão em um lugar público.
OLAVO — (furioso) Você nem ouse fazer isso. Se você tentar me prejudicar eu te mato. Ouviu bem? Eu não vou deixar que uma maldita que nem você estrague todos os meus planos.
MARINA — (nervosa) Como eu pude acreditar em você? Você não é muito diferente do César Pellegrini. Vocês só pensam em dinheiro. Estão dispostos a tudo em nome do poder. Eu tenho nojo de pessoas como você.
OLAVO — (sério) Eu vou te avisar só uma vez. Eu não quero você atravessando o meu caminho. Se você cruzar o meu caminho de novo eu não vou pensar duas vezes em acabar com a sua raça.
OLAVO dá as costas para MARINA e ele vai caminhando na direção de seu carro. Nesse momento MARINA fica na frente de OLAVO. Ele fica muito nervoso e dá um tapa na cara dela e a joga no chão. Logo depois o vilão entra no carro e vai saindo dali rapidamente. A chuva continua caindo e vai percorrendo pelo rosto de nossa protagonista.
A imagem congela no rosto de MARINA, e aos poucos um efeito com as cores azul, verde e amarelo tomam conta da tela.
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