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Pra Frente Brasil - Estreia

PRA FRENTE BRASIL 🇧🇷 — CAPÍTULO 1


Criada e escrita por: Luan Maciel
Supervisão: Fernando Luís
Colaboração: Lukas Lima



FIQUE AGORA COM A ESTRÉIA 🇧🇷



CENA 1. EXT — CLIP — DIA

Várias imagens cruzam a tela. Imagens de vários políticos sendo presos. Close em jornais que estão perguntando na manchete principal se ainda existe honestidade no Brasil e por fim a câmera mostra um homem jogando uma mala de dinheiro do alto de um prédio e as pessoas que estão passando pela rua vão lutando para pegar o máximo de dinheiro possível. Essa cena inicial é para mostrar que o ser humano é capaz de tudo quando o assunto é dinheiro fácil.

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CENA 2. INT — GRUPO PELLEGRINI — SALA DA PRESIDÊNCIA — DIA

Reunião já iniciada. A câmera mostra de forma bem ampla que CÉSAR está parado na frente de muitas pessoas que estão olhando para um projetor que vai passando vários slides de uma vila no subúrbio paulistano.

CÉSAR        — (sério) Como todos podem ver essa vila fica em uma localização muito boa. Esse é o lugar certo para a construção de um shopping que irá trazer cada vez mais visibilidade para a nossa empresa.
INVESTIDOR        — (confuso) César…. Essa história está muito mal contada. Tem várias famílias que moram nessa vila. Eles não vão querer sair de lá sem nenhum tipo de resistência.
CÉSAR        — (nervoso) Isso não importa. Eu não abro mão de construir o shopping nesse local. (P) É só bdar uma boa quantia que esse povinho sai de lá. Não tenho nada nesse mundo que o dinheiro não compre.

Todos na sala ficam em silêncio. Nesse momento a SECRETÁRIA entra na sala da presidência e vai diretamente na direção de CÉSAR. Ela coloca na frente dele um exemplar de jornal. Ao ver a manchete do jornal CÉSAR fica totalmente fora de si.

CÉSAR        — (furioso) Que espécie de brincadeira é essa? Eu quero saber de uma explicação agora mesmo. (P) Isso não pode estar acontecendo.
SECRETÁRIA        — (apreensiva) Me desculpa Dr. César. Mas eu achei que o senhor iria quer saber de que está sendo acusado de corrupção por esse jornal. A essa hora todos já devem ter lido essa matéria.
CÉSAR        — (autoritário) Você não é paga para achar, você é paga para fazer o seu trabalho. (P) Ligue imediatamente para o editor desse jornal. Ele vai ter que me dar uma boa explicação do que significa isso.
SECRETÁRIA        — Sim Dr. César. Como o senhor quiser.

A SECRETÁRIA sai da sala da presidência. Todos que ali estão ficam olhando para CÉSAR que não tem o que dizer. O ódio em seu olhar é visível.
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CENA 3. INT — JORNAL — REDAÇÃO — DIA

A câmera dá um giro de 360° mostrando que muitas pessoas trabalham ali. A câmera se aproxima de MARINA, e mostra que ela está na frente do computador terminando de escrever uma importante matéria. Nesse momento GREGÓRIO se aproxima dela e joga um exemplar de jornal na mesa, e isso faz com que a nossa protagonista perca totalmente a sua concentração.

GREGÓRIO        — (sério) Marina… Eu posso saber o que significa isso? (P) Você tem idéia do que fez? Você deveria ter me consultado antes de sair escrevendo uma matéria acusando um dos empresários do país de corrupção.
MARINA        — O que você queria que eu fizesse Gregório? Que eu ficasse calada? Você me conhece e sabe que não seria capaz de me falar diante a algo tão sério como isso.
GREGÓRIO        — (nervoso) Você acha mesmo que o César Pellegrini vai deixar essa história por isso mesmo Marina? Ele não vai descansar enquanto não te destruir. Você precisa tomar muito cuidado, pois ele é um homem muito perigoso.
MARINA fica em um silêncio absoluto. GREGÓRIO pega o jornal que está sob a mesa.

GREGÓRIO        — (sério) Eu sinto muito Marina, mas você vai precisar retirar essa matéria do jornal e também fazer uma nota de esclarecimento dizendo que estava enganada ao fazer essas acusações contra o César Pellegrini.
MARINA        — Eu não vou fazer isso Gregório. Eu não posso desistir do que eu acredito por medo do que um corrupto possa a vir fazer comigo. (P) É por isso que esse país não vai para frente. Por causa de pessoas como César Pellegrini que acham que o dinheiro pode comprar coisas como caráter, honra e dignidade.
GREGÓRIO        — (mostrando o jornal) A sua brilhante matéria colocou o meu jornal como alvo do César Pellegrini. (P) Quando é bque você vai entender que nós não podemos enfrentar ele? O poder e o dinheiro que ele tem pode fazer com que o meu jornal seja fechado.
MARINA        — (séria) Ei não queria trazer nenhum problema para você Gregório. Mas eu não posso deixar que esse canalha do César Pellegrini continue cometendo os crimes dele. Eu vou até o fim dessa história.

GREGÓRIO vai saindo da redação do jornal sem dizer nenhuma palavra. As pessoas que estão ali ficam olhando para MARINA que percebe o olhar de reprovação deles.
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CENA 4. INT — BORDEL — QUARTO — DIA

Um HOMEM está parado na beira da cama terminado de se vestir. Depois de alguns instantes ele vai se dirigindo até a saída do quarto. A câmera mostra que SCARLET está deitada na cama praticamente semi nua. Ao ver que o HOMEM está indo embora ela se levanta da cama enrolada em um lençol e fica parada na frente dele.

SCARLET        — (séria) Onde você pensa que está indo? Você não vai sair daqui enquanto não der todo o meu dinheiro. Anda logo. Eu quero o meu dinheiro.
HOMEM        — (sorrindo) Eu não vou dar nenhum centavo. Eu não gasto o meu dinheiro com uma prostituta de quinta que nem você. Você deveria era é me agradecer. Se não fosse por mim você iria morrer de fome.
SCARLET        — (fora de si) Seu desgraçado. Eu não vou deixar você sair daqui assim sem me dar o que é meu.
SCARLET parte para cima do HOMEM que empurra e ela cai no chão. Nesse momento MÁRIO entra no quarto para ver o que está acontecendo.

MÁRIO        — (tenso) O que está acontecendo aqui? Eu não quero saber de ninguém chamado a atenção da polícia. Eu não gosto de ter que dizer a mesma coisa duas vezes.
SCARLET        — (irritada) A culpa é idiota Mário. Ele não quer pagar pelo programa. E ainda por cima ficando tirando onda com a minha cara.
HOMEM        — (nervoso) Eu não vou pagar nada. Eu já paguei por garotas de programa melhores que você. E ainda por cima que dão um show de bola na cama coisa que você não passou para mim.
MÁRIO        — (sério) Isso é o que você pensa. Você vai pagar de um jeito ou de outro. Você não sai daqui enquanto não pagar pelo o que deve.

O HOMEM tenta sair do quarto do bordel, mas MÁRIO o impede com um soco. Sem nenhuma pena MÁRIO começa a agredir o HOMEM que agora está caído no chão. Logo em seguida SCARLET dá um beijão em MÁRIO enquanto olha com desprezo para o HOMEM que está no chão.
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CENA 5. INT — JORNAL — REDAÇÃO — DIA

O silêncio predomina a redação no jornal. Todos ficam olhando atravessado para MARINA que sente como estivesse no meio de lobos famintos. Para a surpresa de todos CÉSAR vai chegando na redação do jornal, e sem perder tempo nele vai ao encontro de MARINA que olha seriamente para CÉSAR que joga um exemplar na frente de nossa protagonista.

CÉSAR        — (furioso) Então você é a jornalista que escreveu essa matéria ridícula ao meu respeito? (P) Você deve ser muito corajosa para poder me enfrentar dessa maneira. Eu acredito que você não bdeve nem imaginar que eu sou não é mesmo?
MARINA        — (séria) Eu sei muito bem quem você é. Você é César Pellegrini. Um homem corrupto que se esconde atrás vida imagem de um renomado empresário. Você é o pior canalha que eu já tive o desprazer de conhecer em toda a minha vida.
CÉSAR        — (nervoso) Muito cuidado com o que você diz senhorita. Eu poderia muito bem te processar por calúnia e difamação. Mas eu estou disposto a te dar uma chance. Eu quero que você se retrate publicamente. Se você fizer eu não irei te processar nem ao jornal.

MARINA olha para CÉSAR que faz de tudo para intimidar ela. As pessoas que estão na redação do jornal ficam olhando a discussão deles de longe.


CÉSAR        — (gritando) Quem você pensa que é para falar assim comigo? Eu sou César Pellegrini. Se eu quiser eu posso acabar com a sua carreira com apenas um telefonema. Você não imagina do que eu sou capaz de fazer.
MARINA        — (séria) Eu sou uma pessoa que busca por justiça. Você mandou construir casas na periferia somente para tirar o dinheiro dessa gente batalhadora, e agora eles estão em casas e sem dinheiro. Eu vou até às últimas consequências para que todos saibam o tipo de crápula que você é.
CÉSAR        — (sorrindo cinicamente) Você nacha mesmo que pode me enfrentar senhorita? Eu tenho poder e dinheiro e você não tem nada. Você é apenas mais uma jornalista de quinta tentando fazer sua carreira. Mas eu vou facilitar as coisas para o seu lado. (P) Quanto você quer para deixar essa história por debaixo dos panos?

MARINA fica totalmente ofendida com a proposta de CÉSAR. Ela dá um tapa na cara de CÉSAR que fica completamente furioso com a atitude de nossa protagonista. As pessoas que estão na redação do jornal não acreditam que MARINA foi capaz de fazer isso.
A imagem congela no rosto de MARINA, e aos poucos um efeito com as cores azul, verde e amarelo tomam conta da tela.

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