Capítulo 13
Cena 1: Lugar deserto; Manhã
Marquinhos está dentro de vários pneus e tanto seu corpo quanto os pneus estão molhados com gasolina. Maurício como uma cara de ódio se aproxima de Marquinhos e ascende o fósforo.
Marquinhos: Por favor! Não jogue esse fosforo em mim, eu vou virar churrasco para urubu.
Maurício: Nem urubus querem uma carne podre igual a sua e outra vai sobrar apenas cinzas.
Marquinhos (muito aflito): Por favor! Não faça nada a culpa não foi minha. (Chorando e se tremendo todo).
Maurício: Vou ter perguntar apenas uma vez, por que colocou droga no copo da minha filha? De onde a conhece?
Marquinhos: Não conheço.
Maurício (espantado): Como é que é? Não conhece?
Marquinhos: Não conheço, foi a filha daquele empresário do ramo de água mineral que mandou que colocasse a droga na bebida e ainda colocasse a culpa no próprio namorado.
Maurício (com mais raiva ainda): SHALON DESGRAÇADO!
Maurício então manda tirar os pneus de cima de Marquinhos e deixa ele sobre o seguinte aviso.
Maurício (sendo ríspido): Nunca mais chegue perto da minha filha. TÁ OUVINDO SEU MOLEQUE?
Maurício então esmurra Marquinhos duas vezes lhe quebrando dois dentes da frente e dá a seguinte ordem à Sandoval e seus capangas.
Maurício: Levem esse rato para o esgoto de onde vocês o tiraram. (Tranquilo e aliviado)
Sandoval: Sim! Pode deixar!
Maurício vai até seu carro abre a porta e o acelera partindo do local. Sandoval aponta uma arma na cabeça levando Marquinhos até a quebrada local que ele estava.
Cena 2: Casa de Sala; Sala; Manhã.
Yasmin entra em casa em um rompante, quando se depara com aquela situação grotesca e incomum. Sua mãe de criação ajoelhada com medo e toda mijada, enquanto sua mãe biológica apontando uma arma na cabeça de sua mãe adotiva.
Yasmin (surpresa e com medo): O que está acontecendo aqui?
Salira: Filha salva mamãe! Salva mamãe! (Desesperada)
Yasmin então corre e se coloca na frente da Salira, e pede que Januária abaixe o revólver que está segurando. Januária então atende o pedido da filha.
Yasmin: Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?
Januária: Você vai contar a verdade para ela ou prefere que eu conte, Salira?
Salira com o ódio sobressaindo no olhar, encara Januária e em seus pensamentos a única coisa que passa naquele momento é de matar a mulher que está ali na sua frente, que se tornara sua inimiga.
Salira depois de muito recusar acaba contando a verdade para Yasmin.
Salira: Filha antes de eu te contar, tenta entender sua mãe e saiba que a amo muito! (Desolada e muito triste).
Yasmin: Mãe você está me assustando, se você não me falar eu nunca vou saber.
Salira: Quando você nasceu, naquela noite eu fui até o hospital a mando de seu pai.
Yasmin (espantada e surpresa): Você disse que não sabia quem era meu pai e que fui uma produção independente!
Salira: Pois é minha filha, a história não é bem assim.
Yasmin: COMO NÃO É BEM ASSIM MÃE? COMO? ME EXPLICA! ME EXPLICA!
Salira: Seu pai havia pedido que te tirasse do hospital e desse um sumiço em você ou até que te mandasse te matar. Então fui até o hospital, mas quando eu te vi me encantei por você, doce, frágil e linda. Não tive coragem de fazer o que ele havia me pedido.
Januária nervosa com aquilo tudo acontecendo diante de seus olhos interrompe...
Januária: E precisava destruir a minha vida? Porque foi a minha vida que você dilacerou quando tirou minha filha de mim.
Salira: Eu te escondi Yasmin com medo que seu pai mandasse te matar, por isso te criei em um sítio afastado daqui de Arco das Medalhas e de todos.
Yasmin: Quem é o meu pai? Eu quero saber me diz. (Bufando de raiva)
Salira: Seu pai é o ...
Januária interrompe tentando impedir que Salira conte.
Salira: Seu pai é o Shalon Rachid Chicralla.
Yasmin: AQUELE EMPRESÁRIO QUE TINHA CONDIÇÕES DE ME CRIAR E NÃO QUIS?
Yasmin não espera nem a confirmação de sua mãe, ela sai correndo chorando, com destino certo de onde ir. Já Salira e Januária continuam na sala, ambas preocupadas onde a filha tinha ido parar. Januária acaba indo embora, mas antes.
Januária: Você é desprezível, apodrece tudo aquilo que toca.
Januária então sai e bate à porta.
Cena 3: Casa de Sula; Sala; Manhã.
Riobaldo e Laelly conversam na sala enquanto tomam um café da manhã reforçado, naquele dia ensolarado e muito calor.
Riobaldo: Amor, é na casa da sua madrinha que sua mãe está?
Laelly (mal humorada): Sim amor! Ai que saco! Parece que vive no mundo da lua.
Riobaldo: Eu vou indo buscar ela, antes que eu me atrase.
Laelly (estressada): Vai! Vai logo! E não demora, se não vou atrás de você.
Ribaldo então põe muita maionese, no pão umas fatias de mortadela, mostarda e sai de casa apressado e comendo. Entra no carro, o tira da garagem e vai ouvindo sua música, Arrocha que tanto gosta.
Cena 4: Casa de Otávio; Sala; Manhã.
Otavio (Sendo repreensivo): Quero deixar bem claro, que estamos os três tendo essa conversa, porque não quero que aconteça aqui na porta de casa, o que aconteceu hoje nunca mais.
Vitor (gaguejando e nervoso): Não vai mais acontecer? Eu me desesperei.
Otávio: Eu acho rapaz que tu estás bêbado e drogado. Conhece ele de fato Francisco? Tem certeza?
Francisco (muito triste e tímido diante do pai): Eu já não sei mais. Sei o que ele me conta, que tem um dinheiro bom para viver um tempo.
Otávio fica frustrado com Vitor, pois sabe que seu filho vai sofrer, uma vez que já mandou levantar a ficha de Vítor e sabe que ele é garoto de programa exclusivo de Fátima Rachid Chicralla.
Otávio se cansa da conversa e vai trabalhar, mas antes como toda educação pede que Vitor se retire de sua casa. Vitor então sai. A casa de Otavio fica no final da rua, então Vitor caminha até chegar ao centro, pensando uma forma de reconquistar Francisco.
Cena 5: Arcos de medalhas; exterior; Locação de paisagens bonita da cidade. Ao som de Paisagem da janela de Flávio Venturini.
Nesse espaço de tempo várias coisas acontecem a chegada de Maurício no hospital e a alta de Morgana para poder ir pra casa quase recuperada, a chegada de Lorival a cidade, Shalon chega a empresa para trabalhar, Riobaldo no meio do caminho para ir buscar sua sogra, Maenna decidir ir para sua casa que ficou pronta, JC usando mais e mais crack, Marquinho chega à quebrada e Yasmin chega à mansão Rachid e Chicralla.
Cena 6: Estrada; Quase o almoço;
Riobaldo dirigi tranquilamente ouvindo seu Jorge e Matheus, quando de repente naquele deserto de habitantes e casas, lhe dar uma dor de barriga.
Ribaldo: Meu deus! Minha nossa senhora! Vou cagar na roupa.
Riobaldo para o carro e procura papel higiênico no porta-luvas e não encontra.
Riobaldo: Vou ter que ir no mato cagar! Ali me viro e arranjo algo para me limpar.
Riobaldo começa a ter uma diarreia muito forte, ela vai cagando e vai andando e abrindo as pernas, pois não consegue aguentar o cheiro de bosta de onde defecou, mas o problema maior surge quando tem que limpar o ânus. Ele acho um pé de urtiga (folha que quando entra em contado com o corpo provoca queimadura e coceira), se limpa com tal folha, minutos depois.
Riobaldo: Minha Nossa Senhora do cabaço, que coceira no cu. Meu Deus como meu cu está queimando.
E sai correndo e pulando coçando o ânus de uma maneira pavorosa até que dez minutos depois tropeça em um corpo e cai.
Riobaldo: Gente o que é isso! O que fizeram com esse ser humano que está irreconhecível. (E continua coçando o cu)
Cena 7: Mansão Rachid Chicralla; Sala de jantar; Almoço.
Todos almoçam na mansão Rachid e Chicralla, a situação entre Vania e Shalon não está nada boa, ela é mais uma querendo a cabeça dele, junto com Maurício, Tamires e Januária. Almoçam na sala Shalon, Vania, Fátima e Hanna. Quando de repente a campainha toca. Dona Jubiraci está parada distraída ao lado da mesa.
Hanna: Sua estaferma não vai atender não? (Se referindo a Juraci com desprezo). Pelo menos essa empregada é branca. (Fala bem baixinho ao tom de cochicho).
Juraci então abre a porta e Yasmin entra igual um furacão e vai até a sala de jantar.
Yasmin: QUERO FALAR COM O SHALON! CADÊ ELE? (Muito nervosa).
Fátima (indignada): Que é essa pivete? Porque ela está gritando dentro da minha casa?
Vania (sempre sensata): Se ela está aqui, é porque alguma seu filho aprontou.
Yasmin se aproxima da cadeira que Shalon está sentado, cola rosto com rosto, frente a frete a ele.
Yasmin: Por que tentou me destruir no passado? Quando eu apenas era uma criança indefesa.
Shalon (nervoso): Quem é você sua pirralha? E como ousa falar comigo nesse tom?
Um instrumental tenso começa a tocar no fundo.
Yasmin: Você nem imagina né?
Shalon (frio e debochado): Eu nunca te vi mais preta! Não conheço gente da sua laia.
Yasmin (irritada e nervosa): ENTÃO VOU TE REFRESCAR A MEMÓRIA, EU SOU A FILHA DA JANUÁRIA QUE VOCÊ MANDOU MINHA MÃE SALIRA SEQUESTRAR E ME DA UM FIM, SEU MERDA! MAS COMO PODE VER, ESTOU AQUI VIVA E VOCÊ PODE TER CERTEZA QUE VOU ACABAR COM VOCÊ SEU MONSTRO! (Olhar de rancor de Yasmin fixa em Shalon que a confronta com o mesmo olhar de ódio e desprezo).
Close no rosto de Yasmin, a imagem congela e fica sépia.
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