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Amor Astral - Capítulo 24




Capítulo 24

- No capítulo anterior:

SERENA: Vai receber visita, ou eu entendi mal?

DONA CISSA: Vou sim,minha afilhada... Acredita que não a vejo há mais de dez anos? A mãe dela se meteu com o que não presta no passado e daí acabamos nos afastamos.

SERENA: E vocês se conhecem de onde?

DONA CISSA: Trabalhamos juntas no passado, começamos nessa vida juntas. Entende? Daí ela se meteu no mal caminho e puxou a menina junto, de quebra ainda me levou uma das minhas garotas mais promissoras da época em que eu abri o meu cabaré nessa cidade.

SERENA: E dessa você também não teve mais notícias?

DONA CISSA: Não, essa eu cruzei na rua e a mal agradecida teve o atrevimento de fingir que não me conhecia, acredita? Dá pra ver de longe que tá montada no dinheiro, veste-se bem e anda num carro do último modelo, mas por dentro deve continuar a mesma ordinária, sem cárater! (Conclui).

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IARA: Perdida no fim de mundo, Cacau? (Pergunta puxando o cabelo de Carolina bruscamente).

CAROLINA: Você? (Carolina se assusta ao rever Iara ao se virar).

IARA: Quem é vivo sempre aparece e para o seu azar, eu estou vivinha da Silva!

                                                                Fique agora com o capítulo de hoje!

Cena  01 – Rua (Correntes) [Externa/Tarde]
(Carolina se afasta de Iara).

CAROLINA: O que você está fazendo aqui?

IARA: Você jura mesmo que não sabe, Cacau? Tá achando que engana quem, oh vagaba? Se Deus existe, ele é pai e não é padrasto, por isso ele te colocou aqui, na minha frente para o nosso acerto de contas...

CAROLINA: Mas do que você está falando? Eu não tenho nada para conversar com você, eu parei aqui por acaso e agora já estou indo. (Carolina dá as costas a Iara e anda em direção ao seu carro).

IARA: Paradinha aí, Cacau... Nem mais um passo!

CAROLINA: Não me chame de Cacau, o meu nome é Carolina. Carolina Montenegro, entendeu?

IARA: Pois se você não quer que eu grite aos quatro ventos a vadia que você é, o seu passado de Cacau do Pandeiro, é melhor a gente conversar bem bonitinho. Entendeu?

Cena  02 – Haras Ferraz [Externa/Tarde]
(Sérgio consegue controlar o cavalo antes que ele pisoteie Beto).

SÉRGIO: Opa, opa.. Tranquilo rapaz, tranquilo... (Doma o cavalo).

ISRAEL: Você está bem? Eu vi a hora do cavalo pisar em você. (Diz enquanto ajuda Beto a se levantar).

BETO: Você viu? Foi de repente, como esse cavalo ficou desse jeito? Ninguém fez nada com ele.

SÉRGIO: Animais são assim mesmo arredios, mas não é por maldade.

ISRAEL: Pra mim, ele deve ter visto uma alma penada passando e se assustou. Eu já li uma vez num livro que os animais conseguem ver os espíritos.

SÉRGIO: Que conversa, Israel... Isso não passa de uma invenção!

BETO: Espíritos? Ou seria um espírito específico... (Fala consigo mesmo).

SÉRGIO: Você não vai cair nessa conversa do Israel, vai? Não fique pilhado com isso.

ISRAEL: Claro que isso não é conversa para boi dormir, se tem uma pessoa nessa cidade que pode confirmar que o que eu estou dizendo é verdade, esse alguém é o curandeiro, o Benedito. Todo mundo diz que ele consegue ver os espíritos e até mesmo falar com eles.

SÉRGIO: Quer saber? Eu vou levar o cavalo para o estábulo, eu não acredito nessas histórias. Com licença!

ISRAEL: Eu vou passar lá na cozinha para fazer uma boquinha, quer vir comigo?

BETO: Pode ir, daqui a pouco eu te alcanço.

ISRAEL: Tá certo! (Israel vai embora e deixa Beto sozinho).

BETO: Eu preciso encontrar com o Benedito, ele tem que me ajudar... Isso já está indo longe demais.

Cena  03 – Igreja Nossa Senhora da Conceição [Interna/Tarde]
(Padre Fernando está sentado no confessionário esperando o próximo fiel, quando é surpreendido).

PADRE FERNANDO: Que Deus esteja convosco! Em que posso lhe ajudar hoje, minha filha?

LUCIANA: Eu preciso que o senhor me ajude a me reaproximar da minha filha e da minha irmã.

PADRE FERNANDO: Essa voz... Sua voz é familiar!

LUCIANA: O senhor sabe exatamente quem é, padre. Sou Luciana Grimaldi, a irmã da Luiza e a mãe da Beatriz.

PADRE FERNANDO: (Surpreende-se) Virgem santa, eu não sabia que você tinha voltado.

LUCIANA: Eu cheguei a pouco tempo e estou disposta a tudo para conseguir o perdão das duas, padre. Eu preciso da sua ajuda!

PADRE FERNANDO: Posso imaginar sua aflição minha filha, durante anos eu tentei amenizar o ressentimento e amargura que a sua irmã alimentou durante anos e o desprezo que a Beatriz semeou durante essas quase três décadas, mas você deve entender que foi muito grave o que fez, por mais que eu insista para que elas devam lhe perdoar, é uma situação delicada demais.

LUCIANA: Eu já estou pagando pelos meus pecados há anos padre, desde que eu fugi dessa cidade, o meu mundo desmoronou e a minha vida se tornou um verdadeiro inferno.

PADRE: O que deu errado? Vocês não estavam apaixonados e por isso fugiram?

Música da cena: Yesterday – Monique Kessous

LUCIANA: Acontece que eu descobri que o Humberto não era o homem que eu achei que fosse, padre... (Chora).

Cena  04 – Rua (Correntes) [Externa/Tarde]
(Carolina e Iara conversam dentro do carro).

IARA: E então, você vai me dizer o que estava fazendo aqui ou eu preciso descobrir sozinha? Não esqueça que essa cidade é um ovo e não será muito difícil descobrir alguma coisa...

CAROLINA: Não! Não faça isso, vai arruinar os meus planos. Eu vou te contar... Eu estou aqui por conta do meu marido.

IARA: Seu marido? O milionário? Como ele veio parar nesse fim de mundo? E porque vocês não estão juntos?

CAROLINA: Acontece que ele não sabe quem eu sou, está sem memória.

IARA: Sem memória? E deixe-me adivinhar, pelo fato dele estar aqui sozinha e você está caladinha na moita, tem dedo seu nisso, não tem?

CAROLINA: Claro que não, que tipo de mulher você pensa que eu sou?

IARA: (Dá uma sonora risada) Que tipo de mulher você é? Vou dizer o tipo de mulher que você é: Você é uma golpista, uma vadiazinha das mais ordinárias que existem, além de ter sido quenga do cabaré da Cissa, ou já esqueceu seu passado de Cacau do Pandeiro? Os homens iam a loucura quando você dançava nua com a banda do bordel e tocava pandeiro. Além disso tudo, não se esqueça que eu te ajudei a dar o golpe no Tobias, fui sua piloto de fuga...

CAROLINA: Cale-se, já chega! (Diz ao interromper Iara, mas ela não dá importância).

IARA: Vem cá, o seu marido ou o Tobias sabem que você teve um filho e jogou no lixo?

CAROLINA: Eu já disse para você se calar, desgraçada! (Grita).

IARA: Eu acho melhor você começar a baixar a sua bolinha e descer dessa nuvem, perdeu a noção do perigo Cacau? Eu te conheço como a palma da minha mão, sei muito bem que você não voltaria para esse buraco de cidade por nada nesse mundo e que está andando escondida assim não apenas pelo seu marido sem memória, você tem medo de ser reconhecida. Já pensou se o Tobias te encontra? Capaz dele te matar.

CAROLINA: O Tobias está morto e enterrado para mim, nunca mais tive notícias dele e para todos os efeitos, eu fiz um aborto. Mas você já falou demais sobre a minha vida e pelo o que eu me lembro, você também não tem um passado muito honrado nesse fim de mundo, o que está fazendo aqui? (Muda de assunto).

IARA: Eu não sabia que a falta de memória era contagiosa, você jura mesmo que não sabe, Cacau? Eu vou te contar uma historinha... Lembra da minha mamãezinha?

CAROLINA: (Visivelmente surpresa com a pergunta, Carolina engole seco).

IARA: Claro que lembra, afinal você também deu um jeitinho nela, não foi?

CAROLINA: Acho melhor você ir embora, pois eu não sei do que está falando e eu não quero continuar essa conversa.

IARA: Qual é? Não é segredo para ninguém que eu não gostava dela, aquela velha nos explorou o quanto pode, me obrigou a cair no mundo da prostituição. Até o seu filho ela deu um jeito de explorar!

CAROLINA: O Gael? Você tem notícias dele?

IARA: Deve estar perdido por aí, a essa altura já deve ter caído num orfanato. Mal sabe ele que o pai dele é dono de uma fazenda cheia de cavalos. Será que o Tobias conseguiu se reerguer?

CAROLINA: Já chega, quanto você quer para continuar calada? 50 mil reais? 60 mil reais? Qual o seu preço?

IARA: 50 mil reais? Você acha mesmo que eu sabendo do que eu sei, podendo te jogar na cadeia e te fazer perder a pose, vou me contentar apenas com 50 mil? Vamos fazer o seguinte, nem pra mim e nem pra você... 100 mil reais para começar!

CAROLINA: 100 mil? Para começar? (Questiona).

IARA: Claro e eu acho bom você conseguir esse dinheiro rapidamente, pois a polícia está investigando a morte da minha mãe, por isso eu tive que sair de Recife, pois logo eles chegariam até mim e iriam descobrir os meus interesses, digamos assim, com o mundo do tráfico de drogas.

CAROLINA: Mas 100 mil reais é muito dinheiro, eu não sei como vou conseguir levantar essa quantia...

IARA: Eu estou pouco me importando como você vai conseguir, te dou 48 horas. Nada além disso e para começar, pode me passar essa pulseira que tem no pulso, gostei dela e vai combinar mais comigo.

CAROLINA: (Com o olhar cheio de ódio, lágrimas escorrem dos seus olhos enquanto retira a pulseira do pulso) Aqui está!

IARA: Assim que eu gosto... Agora eu vou embora, mas em breve nós reencontraremos amiga.

CAROLINA: (Destrava as portas do carro) Pronto, já pode descer.

IARA: Eu vou descer sim, mas antes eu vou te deixar uma lembrancinha.

CAROLINA: Que lembrancinha?

IARA: Essa! (Iara dá um tapa na cara de Carolina, deixando-a completamente surpresa). Isso é para não te deixar esquecer do que eu sou capaz, te vejo em 48 horas com o meu dinheiro. Tchau, Cacau! (Despede-se e em seguida desce do carro, deixando Carolina furiosa).



Cena  05 – Igreja Nossa Senhora da Conceição [Interna/Tarde]

PADRE FERNANDO: Mas isso que você está me contando é terrível, o que o seu marido fez é hediondo, repugnante! (Diz após ouvir as confissões de Luciana).

LUCIANA: Agora o senhor consegue entender o quão suja eu me sentia e indigna de voltar para esse lugar e provar que a minha vida foi um verdadeiro fracasso. Como iria conseguir olhar a minha família nos olhos, padre? (Questiona em meio ao seu pranto).

PADRE FERNANDO: Eu imagino a dor e o sofrimento que você vem carregando no peito durante todos esses anos, mas eu vou te ajudar a se livrar desse fardo, tentarei interceder por você.

LUCIANA: Sua intercessão já é de grande valia, padre. Tenho certeza de que elas irão te ouvir, mas lembre-se que tudo o que lhe contei foi em segredo de confissão, não quero que ninguém saiba de nada, não quero me sentir ainda mais humilhada.

PADRE FERNANDO: Está bem minha filha, vá em paz e fique tranquila, farei tudo o que for possível para te ajudar.

Cena  06 – Feira [Externa/Tarde]
(Benedito trabalha em sua barraca na feira quando percebe que não está sozinho).

BENEDITO: O que é que você quer agora? Sai do meu pé alma penada.

ORLANDO: Eu preciso da sua ajuda, você é a única pessoa que consegue se comunicar comigo aqui.

BENEDITO: Eu? Te ajudar? E eu posso saber como?

ORLANDO: Eu quero que você me ajude a afastar aquele sujeito da Beatriz, ela não pode se envolver com outro homem, entendeu?

BENEDITO: Afastar a Beatriz do Beto? Eu não posso fazer isso.

ORLANDO: Claro que pode e você tem que me ajudar, eu vou fazer da sua vida um inferno.

BENEDITO: Pode me ameaçar quantas vezes você quiser, eu não tenho mais medo de você. Se ele está na vida dela, existe um propósito e eu não vou impedir! Você precisa descansar, aceitar as coisas como elas aconteceram e seguir seu rumo, você tem que aceitar que desencarnou e que esse mundo não te pertence mais.

ORLANDO: Espero que não se arrependa, eu te dei a chance, arque com as consequências. (Orlando desaparece).

BENEDITO: Pode ir, eu vou rezar pela sua alma e espero que encontre o caminho da luz.

Cena  07 – Cabaré de Dona Cissa [Interna/Tarde]
(Depois de muitos anos, Cissa e sua afilhada se reencontram).

DONA CISSA: Minha filha, quantos anos. Que saudade de você!

IARA: Madrinha, a senhora continua linda.

DONA CISSA: Você está ótima, uma mulher feita. Como está a sua mãe?

IARA: Infelizmente as notícias sobre ela não são muito boas.

DONA CISSA: Não me diga que ela... (Cissa se cala, com medo de que o que esteja temendo seja de fato verdade).

IARA: Morta, a minha mãe está morta.

DONA CISSA: Valha-me Nossa Senhora da Conceição! Por mais que estivéssemos brigadas, eu jamais desejei a morte dela. Como foi? Ela estava doente?

IARA: Antes fosse madrinha, a minha mãe se meteu com coisa errada, gente grande... Ela foi assassinada, a polícia está investigando.

DONA CISSA: Que horror, meu Deus! Eu imagino o quanto isso esteja sendo difícil para você, minha querida, mas apesar dos apesares, saiba que você tem a mim, sua madrinha e uma madrinha, é como se fosse mãe, só que de coração!

IARA: Eu agradeço por me receber, madrinha. Eu amava muito a minha mãe, ficar em Recife agora só me faria sofrer, por isso pedir para passar um tempo aqui.

DONA CISSA: Pode ficar o tempo que quiser, agora eu vou te mostrar os seus aposentos, venha comigo.

(Dona Cissa e Iara adentram pelo cabaré enquanto são observadas por Serena de longe).

SERENA: Essa daí não me engana, sinto o cheiro de falsidade de longe. Não me engana não! (Pensa em voz alta e depois vai para a cozinha).

Cena  08 – Casa de Laurinha [Interna/Tarde]
(Eulália acende uma vela, em seguida se ajoelha junto a cama e começa a rezar).

EULÁLIA: Livrai-me de todo o mal, a... (Eulália interrompe a sua oração quando ouve um barulho). O que é isso? Que barulho é esse?

(Eulália então se levanta e procura pelo barulho, se dando conta que vem do lado de fora, indo até a janela, se depara com Severino escalando a parede rumo ao seu quarto).

EULÁLIA: Mas o que pensa que está fazendo, enviado das trevas? Eu sou uma mulher direita, nenhum homem entra no meu quarto, principalmente um pecador como você.

SEVERINO: (Entra pela janela) Eu vim te ver, não consigo parar de pensar em você.

EULÁLIA: Pensar em mim? Por causa de que? Eu não posso estar nos pensamentos de um homem impuro, como você. Não me diga que também quer entregar sua vida ao Senhor? Se for isso, eu posso até mudar de ideia e te ajudar.

SEVERINO: Entregar minha vida a você, é isso que eu quero! (Severino agarra Eulália pela cintura).

Música da cena: Quem Me Dera – Márcia Fellipe e Jerry Smith

EULÁLIA: Me solte! Eu já disse que não sou uma de suas jumentas para você me segurar desse jeito, sou uma mulher direita, sem pecados e assim eu ficarei até o dia em que...

SEVERINO: (Interrompe Eulália com um beijo).

EULÁLIA: (Tenta se desvencilhar, mas acaba esmorecendo nos braços de Severino).

(A imagem começa a desaparecer e Eulália acorda de um sonho em sua cama).

EULÁLIA: Mas será possível? Eu estou virando uma pecadora... Eu vou arder no fogo do inferno desse jeito. Senhor, tira esse enviado das trevas dos meus sonhos! (Diz Eulália olhando para o teto com as duas mãos em posição de oração). Que calor é esse? Eu preciso de um banho para me desinfetar desses pensamentos pecaminosos.

(No banheiro, Eulália desfaz a trança de seu cabelo tira a roupa e entra no box para tomar banho. Quando ela abre o chuveiro para tomar um banho com água gelada, nota-se um vapor saindo através do box, como se fogo estivesse sendo apagado).

Cena  09 – Casa de Benedito [Interna/Noite]
(Benedito começa a estranhar a demora da neta, que não havia chegado da escola até aquele momento).

BENEDITO: Onde será que essa menina se enfiou? Até agora não deu sinal de vida, se demorar mais quinze minutos, eu vou até a escola procurar por ela.

(Nesse momento, Benedito ouve passos do lado de fora como se alguém estivesse se aproximando da entrada da casa).

BENEDITO: Deve ser ela, mas essa menina vai levar uma bronca... (Benedito calça seus chinelos ao se levantar e caminha em direção à porta para encontrar a neta). Clarissa! (Diz ao abrir).

BETO: Não, Seu Benedito. Não sou sua neta, mas preciso muito falar com o senhor.

Cena  10 – Casa de Luiza [Interna/Noite]
(Luiza arruma a mesa para o jantar, enquanto conversa com Beatriz).

LUIZA: O Beto está demorando, não é?

BEATRIZ: É verdade, com certeza apareceu algum imprevisto de última no haras e por isso a demora, não deve ser nada.

(De repente ouve-se batidas na porta).

BEATRIZ: Ué, será que ele esqueceu a chave?

LUIZA: Deve ter sido, ele saiu tão apressado de manhã.

BEATRIZ: Eu vou abrir então!

(Beatriz caminha pela sala e abre a porta e descobre que não é Beto quem batia).

LUCIANA: Oi, será que eu poderia entrar?

A câmera foca em Beatriz encarando Luciana, a cena congela e o capítulo encerra com o a tela azul da cor do céu.



Trilha Sonora Oficial, clique aqui.

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