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Alto Mar - Capítulo 15



ALTO MAR

GENERO WEB SÉRIE

ESCRITA POR GABRIEL PRETTO

CAPÍTULO 15

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Cena 1: Ruas/Puerto Limon/Noite

 

Laerte: Huh...moça...

Paola: Por favor. Eu sei que agora você não pode fazer muita coisa por mim, mas eu imploro. Meu marido tinha seguro, mas não é o suficiente pra sustentar minha casa. Eu preciso sustentar um filho. Eu...acabei de descobrir que eu estou grávida dele.

 

Paola fica de joelhos na frente de Laerte

 

Paola: Por favor, Laerte. Eu faço o que você quiser. Eu preciso desse dinheiro.

Laerte: Eu...me desculpe moça. Eu sinto muito pelo seu marido e eu desejo o melhor para seus filhos, mas no momento não tenho como indenizá-la, eu preciso esperar que os resultados da perícia saiam. Eu sinto muito, muito mesmo...com licença.

Paola: O que...

 

Laerte se retira com um leve sorriso de canto e Ludim se aproxima de Paola.

 

Ludim: Ei! O que houve?

 

Paola se levanta aparentemente brava.

 

Ludim: O que ele disse?

Paola: Vamos continuar. Quando chegarmos em casa, eu conto o que ele disse.

Ludim: ...ta bom.

 

Os dois continuam andando.

Cena 2: Casa de Paola/Noite/

Paola chega em casa sozinha após se despedir de Ludim, que volta para sua casa. Keylor estava sentado no sofá esperando pelo retorno da mãe.

Keylor (nervoso): Mãe! Pelo amor de deus! Onde você tava? Você ficou fora durante esse tempo todo. A gente ficou super preocupado com você. Você disse que ia na farmácia. O que foi que aconteceu?

Paola (nervosa): ...me desculpa...eu...não queria preocupar você, meu filho...mas...eu to grávida. Eu fiz o teste ontem a noite...

Keylor (feliz e ao mesmo tempo confuso): ...grávida...grávida do papai?

Paola (chorando): ...não...

 

Keylor fica em choque e bravo por dentro.

Cena 3: Casa de Ludim/Noite/

Ludim acaba de chegar em casa e está preparando jantar. Ele ainda está profundamente abatido pelo acidente de seu pai e preocupado com a situação de Paola. Ele estava cozinhando um macarrão quando o telefone toca. Ele desliga o fogão e vai atender.

Ludim (atendendo o telefone): Alo?

Telefonista (do outro lado da linha): Boa noite. Essa é casa de Ludim Jimenez?

Ludim: Sim. E é ele mesmo quem fala. Quem pergunta?

Telefonista: Boa noite, aqui quem fala é a TELETICA. A nossa emissora está muito interessada na história de cada um dos sobreviventes do M.S Atena, que naufragou recentemente. Estamos interessados em fazer uma entrevista ao vivo com o senhor em troca de dinheiro. Você aceitaria

Ludim (surpreso): ...bem...eu...eu preciso pensar...quando seria essa entrevista?

Telefonista:             Estamos interessados em realizá-la na próxima semana. Se o senhor quiser esperar um pouco para pensar em nossa proposta. Podemos lhe deixar o nosso número para o senhor entrar em contato

Ludim: Claro, um momento...

Ludim pega um papel e uma caneta.

Ludim: Pode ditar o número, por favor?

Telefonista: 54...

Ludim (anotando): ...54...

Telefonista: 31...

Ludim: ...31...

Telefonista: 6675.

Ludim: 5431-6675?

Telefonista: Isso

Ludim: Ok. Irei pensar na proposta e quando tiver a resposta, darei um retorno.

Telefonista: Ótimo, obrigado pela preocupação. Esperamos ter contanto com o senhor em breve. Até logo.

Ludim: Até.

Ludim desliga e fica pensativo.

Cena 4: Casa de Paola/Noite/

Keylor: Como assim essa criança não é do nosso pai?

Paola fica em silêncio.

Keylor: Fala! Que é isso mãe? Me fala!

Paola: Filho me escuta...

Keylor (chorando): Escuta o quê? Você traiu o nosso pai com um homem e agora quer sair ilesa?

Paola (nervosa): Não fala isso!

Keylor: Então se defende, mãe! O que é isso? De quem é essa criança?

Paola: Eu fui estuprada por aquele homem que dava em cima de mim enquanto eu estava de viagem. Ele queria transar comigo. Eu me neguei a fazer relações com ele, mas ele me forçou e me estuprou. E o resultado disso...é esse demônio que está dentro de mim.

Paola desaba e começa a chorar enquanto seu filho fica chocado.

Cena 5: Casa de Constância/Noite

Constância está passando roupa enquanto escuta o rádio, que está transmitindo uma missa. O telefone toca. Ela deixa o ferro parado encima de uma bancada que ela usa para passar roupas, vai até o telefone atende.

 

Constância (no telefone e cansada): Alô?

Secretária do Hospital: Boa noite. Eu falo com Constância Jimenez?

Constância: Sim. Quem gostaria?

Secretaria do Hospital: Aqui é do hospital. Temos uma noticia do quadro de saúde do seu filho, minha senhora. Ele acordou a menos de uma hora. Ele está muito assustado. Eu preciso que alguém venha aqui para que o médico possa dizer qual a situação dele.

Constância sorri e lágrimas começam a escorrer de seus olhos.

Constância: E...eu estou ainda agora mesmo. Um momento.

Constância desliga o telefone, se ajoelha no chão e ergue as mãos para o alto enquanto agradece a Deus. Ela se levanta, vai até a estatua de Nossa Senhora e se ajoelha em sua frente.

Constância (chorando): Obrigado minha mãe. Obrigado. Obrigado.

Constância beija a estátua

 

Cena 6: Quarto 72/Hotel La Sirena/Noite

Andrés está se preparando para sair do quarto a fim de ir ao mercado.

Andrés: Tá, já to indo. Do que precisamos? Café, leite...

Vinicio: Frio e pão. Pegou o dinheiro?

Andrés: Sim.

Vinicio: Tá bom. Volta logo e toma cuidado. Não vá muito longe.

Andrés: Não se preocupa, eu vou ter.

 

Andrés sai de casa.

Cena 7: Ruas/Noite

Andrés está esperando o sinal ficar vermelho para poder atravessar a rua. A câmera foca em seu rosto. Uma vez que os carros param, ele segue pela faixa. Ao longe, vemos um homem misterioso de óculos escuros olhando para ele e acompanhado por seus passos. A câmera corta para um bolso do casaco do homem. Ele meche ali dentro. A algo em seu bolso, ele tira o objeto do bolso e esconde dentro de seu casaco. O objeto revela ser uma faca. Ele atravessa a rua e segue Andrés. A câmera sobe até seu rosto e esse homem se revela ser Laerte. Ele fuma um cigarro.

 

Cena 8: Mercado/Exterior/Noite/

 

Laerte está esperando Andrés sair do mercado enquanto fuma um cigarro. Ele está nervoso e descontrolado por dentro e bate o pé impacientemente no chão. Uma vez que ele sai, Laerte pega ele por trás, tampa sua boca com a mão saca uma arma e leva ele até um beco. Andrés está assustando quando chega no beco. Laerte aponta a arma na casa dele.

 

Laerte: Shh! Tava com saudade né? Eu tava louco pra te ver comigo. Você tentou mexer comigo, agora você vai ver.

A câmera foca em Andrés, que está assustado. A imagem congela. O fundo fica desfocado e a imagem fica azulada

 

FIM DO CAPÍTULO

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