Sede de Vingança - Capítulo 04
Cena 1, Casa de Tereza (Aluísio), noite.
Ana Beatriz chega até em casa que agora está destruída.
(Tema triste).
Renato: Ana, eu não sei nem o que dizer.
Ana Beatriz (chorando): Não precisa, Renato… eu só tô digerindo a ideia de que minha avó morreu e o meu pai… sabe se lá Deus onde ele tá.
Rafael: Bom, as pessoas tem boatos de o que teria provocado isso.
Ana Beatriz: Eu não ligo pros comentários podres dessa gente fofoqueira.
Rafael: Mas isso é sério, Ana.
Renato: Então diz logo já que é tão importante, Rafael.
Rafael: Bom, dizem que o seu Ivan Barreto junto com o cunhado dele vieram aqui atrás de alguém.
(Tema de tensão).
Ana Beatriz (chora): Meu deus! Vieram atrás do meu pai e quando descobriram que ele havia fugido… mataram a minha avó!
Ana Beatriz cai no chão, devastada.
Renato a consola.
Cena 2, Escritório de Ivan, Fazenda Barreto, noite.
Ivan está sentado em seu gabinete enquanto Igor está em pé. Os dois conversavam sobre o ocorrido.
Ivan: E então, Igor? Acharam o Aluísio?
Igor: Fontes dizem que ele tá indo pra São Paulo passar um tempo por lá.
Ivan (irritado): DESGRAÇADO! INFELIZ! LADRÃO!
Renata logo entra no escritório do pai após ouvir os gritos.
Renata (preocupada): Pai, o que tá havendo aqui?
Igor: Isso não é da sua conta, Renata.
Renata: Mas é claro que é da minha conta, Igor, ele é meu pai e eu me preocupo com ele.
Ivan: Não se preocupe comigo filha. Só foi uma pequena dor de cabeça, só isso.
Renata: Tudo bem.
Renata sai do escritório.
Cena 3, Ruas, Vila Nova, interior de Minas, noite.
Ana Beatriz: Eu tenho que ir embora daqui, Renato.
Renato: Mas por quê, Ana?
Ana Beatriz: Esse tal de Ivan Barreto e a família dele são perigosos, eu não posso simplesmente continuar aqui.
Renato: Vamos lá pra casa. Você fica até de manhã depois você bom, arranja um lugar pra ficar.
Ana Beatriz: Tudo bem, eu aceito.
Eles andam até a casa de Renato.
Cena 4, Cozinha, Fazenda Barreto, noite.
Júlia está preparando um bolo de milho.
Renata está com ela conversando.
Renata: Mãe eu estive pensando em ir pro Rio.
Júlia (curiosa): Pro Rio, minha filha? Mas fazer o quê lá?
Renata: Eu tô com uma ideia de fazer uma ONG pra ajudar mulheres e crianças seja contra maus-tratos, hum fome, renda…
Júlia: Olha Renata, acho sua atitude louvável mas não temos verba no momento.
Renata: Mas eu podia fazer doações, o que acha?
Júlia: Bom, faça como achar melhor.
Renata: Ok então.
Júlia: Sabe alguma coisa do seu irmão?
Renata: Ele me mandou mensagem ontem à tarde dizendo que está trabalhando muito, então não sei.
Cena 5, Casa de Luiz Gustavo, quarto, noite.
Luiz Gustavo está beijando uma garota muito bonita na sua cama.
Luiz Gustavo: Você é muito linda sabia?
Moça: Obrigada. Você é um fofo.
Luiz Gustavo (ri): Fofo? Eu? Nunca.
Moça: Bom, se não é fofo é o que então?
Luiz Gustavo (sorri): Vem descobrir…
Campainha toca.
Luiz se levanta para atender.
Logo ele vê Carolina à sua espera.
Carolina: Luiz, eu quero te pedir reconciliação.
Luiz Gustavo (surpreso): Você?
-- Abertura --
-- Voltamos a Apresentar --
Cena 6, Casa de Renato, Sala, noite.
Renato chega em casa ao lado de Ana Beatriz.
Sua avó, Solange está vendo tv.
Solange: Quem é?
Renato: Sou eu, vó.
Solange (sorri): Eu quem?
Renato (sorri): Seu melhor neto!
Ele corre para abraçar a avó que abraça o neto com ternura.
Solange: Oh meu Renato, como você tá?
Renato: Com saudades da senhora e da sua boa comida.
Ela ri.
Solange: Bom já tá tudo pronto.
Renato: Vó, a Ana vai dormir aqui hoje.
Solange vê Ana Beatriz e a abraça forte. Ana Beatriz desaba em lágrimas.
Solange: Ana… meus pêsames.
Ana Beatriz (chora): Por quê isso foi acontecer, dona Solange.
Solange: Eu não sei, querida. Mas que eu fiquei com a consciência pesada eu fiquei.
Ana Beatriz: Eu vou me vingar, dona Solange.
Solange: Não pensa nessas loucuras, Ana! Isso não vale a pena.
Ana Beatriz: Pra mim vale. Eles mataram a pessoa errada.
Solange: Olha filha, se meter com aquela família é perigoso e você sabe!
Ana Beatriz: Eu não tenho medo, dona Solange. Vou fazer justiça à minha avó.
(Tema de suspense).
Cena 7, Casa de Luiz Gustavo, sala, noite.
Carolina entra sem a permissão de Luiz Gustavo em sua casa.
Luiz Gustavo: O que você quer aqui hein, Carolina?
Carolina: Eu não posso viver sem você, Luiz! Por favor volta comigo.
Luiz Gustavo: Eu já te falei e repito de novo, não.
Carolina: Foi algo que eu fiz?
Luiz Gustavo: Em partes sim, mas eu também tive culpa.
Carolina: Então vamos reparar essa culpa.
Um barulho é escutado.
Carolina logo percebe.
Carolina: Quem tá aqui, Luiz?
Luiz Gustavo (nervoso): Não é ninguém, deve ser lá de fora.
Carolina: Mentira! Tem alguém aqui com você e tá mentindo pra mim.
Luiz Gustavo: Você tá completamente louca, Carolina!
Carolina (surta): Eu? Louca? Você ainda não viu nada!
Carolina vai até o quarto de Luiz e flagra uma mulher na cama de Luiz.
Carolina: Mas que pataquada é essa?!
Luiz Gustavo congela de nervosismo.
Cena 8, Quarto de Ivan e Júlia, Fazenda Barreto, noite.
Júlia está se hidratando enquanto Ivan está olhando para o horizonte.
Ivan: Você lembra das lembranças desse lugar, Júlia?
Júlia: Mas é claro, Ivan. Passamos a maioria da vida aqui nesse lugar, como posso esquecer.
Ivan: Verdade. A vida antes parecia ser tão fácil.
Júlia (ri): Fácil? Aonde? Nunca a vida foi fácil, Ivan. Tivemos que suar muito pra dar um futuro pros nossos filhos.
Ivan: Verdade, eu me orgulho dos frutos que colhemos.
Júlia: Eu também. Extinguimos o velho para dar espaço ao novo e isso sem dúvidas foi produtivo.
Ivan: Realmente…
Uma empregada logo aparece limpando o corredor do quarto.
Júlia ao fundo: Matar foi necessário, porém desgastante.
Ivan ao fundo: Isso foi. Lembra quando tivemos que matar aqueles vagabundos daqueles trabalhadores só pra fazer a empresa crescer?
A cena toma um rumo pesado.
Júlia: Achei que tinha ficado com remorso de ter matado a sua ex-amada, Ivan.
Ivan: Me deixe em paz, Júlia.
Júlia (sorri): Diga a verdade, como foi matá-la? Cruel ou triste?
Ivan estapeia o rosto de Júlia.
Ivan: Calada!
(Tema de tensão).
-- Fim de Capítulo --
Obrigado pelo seu comentário!