Uma série criada e escrita por Iuri.
Capítulo 4
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CENA 1 CONSTRUTORA HUMAN EDIFIS/EXT./ GARAGEM/ NOITE
Fábio e Bruno estão parados frente a frente. Poucos carros na garagem. Fábio aperta o botão várias vezes seguidas mas nada acontece.
Bruno ( Ri ) - Então você é inteligente o suficiente para bolar um plano que não deu certo? Você está de parabéns.
Fábio joga o botão na parede atrás de Bruno.
Fábio - Você cala a boca.
Bruno - Em momento algum você tem que impor que eu fique quieto. Você está na minha empresa... ( É interrompido )
Fábio - Você já nasceu fadado ao fracasso. Você não é dono de nada aqui. Você é apenas um empregadinho que faz o que eles ( aponta o dedo para o prédio da construtora ), amigo, saía desse ninho de cobras. Eu sei que você é uma boa pessoa.
Bruno ( estranhando) - Você queria matar todos da construtora e ainda diz que eles que são maus? Olha, eu vou chamar a polícia para você.
Fábio tira uma arma da cintura rapidamente e a aponta para Bruno.
Fábio - Você não vai chamar polícia nenhuma.
Bruno - Calma. Calma. Por favor, não estrague sua vida me matando. Eu, eu... te dou dinheiro. Quanto você quiser.
Fábio - Cala a boca. Me siga agora, se não eu te mato agora.
Fábio e Bruno vão até a saída pelos fundos.
Fábio - Agora volte até o seu carro e o traga até aqui.
Bruno - Mas... ( interrompido )
Fábio - Vá. Ande logo.
Bruno começa a caminhar. Fábio sai da construtora rapidamente.
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Closes alternativos de São Paulo de cima. Muitos e muitos edifícios e arranha céus.
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CENA 2 CONSTRUTORA HUMAN EDIFIS/ SALA DE REUNIÕES/ INT. / DIA
Na sala estão Glória, Paulínia, Paula, Sílvia, Bruno e Adriano. Todos de pé, ao redor de uma mesa.
Paulínia - Então quer dizer que as participações do José estão indo para um sobrinho dele? Mas ninguém nunca viu esse homem e ele também nunca deu nenhuma opinião sobre nada.
Bruno - Ele sempre está presente nas opiniões mas todas por e-mail.
Glória - E você quer o mesmo Paulínia? Você só está aqui não faz um ano.
Danilo entra na sala chorando. Todos olham para ele.
Adriano ( surpreso ) - O que aconteceu, Danilo? Diga.
Danilo - A dona Yoná... está morta...
Paula ( surpresa ) - Mas como?
Glória ( surpresa ) - Meu Deus.
Adriano ( surpreso ) - Não pode ser.
Sílvia ( surpresa ) - Onde você viu isso?
Danilo ( chorando ) - Tá passando na televisão. Alguém matou ela lá próximo da saída para o Rio de Janeiro.
Paulínia sai da sala rapidamente. Sílvia bate a mão sobre a mesa.
Sílvia - Você tem alguma coisa envolvida com a morte da Yoná, Paula?
Paula ( surpresa) - Eu que devia te perguntar isso. Você deve ter matado ela só para me culpar.
Glória - Parem de brigas. Não estam vendo que estamos sofrendo?
Sílvia - Mas Glória, e todos que estão aqui. A Paula roubava a empresa.
Todos que estão na sala se chocam. Trilha sonora: instrumental revelação.
Glória - Mas como? Isso deve ser mentira.
Sílvia - É verdade. Eu tenho provas. E mais: logo após eu avisar a Yoná, ela foi até a minha casa e quase me matou com uma arma. Provavelmente a Yoná brigou com ela e o que acontece? A Yoná aparece morta hoje.
Glória - Você é um monstro, Paula. Garota, como foi capaz de nos roubar? E ainda tentar matar a Sílvia e quem sabe a própria mãe?
Paula ( nervosa) - Calem a boca. Eu roubava sim e sabe o motivo? Eu não aguentava ficar me misturando com tanta anta e capivara. Eu odeio todos vocês.
Adriano - Você é a pura enganação. Sílvia leve isso a polícia e eu voto para afastarmos a Paula de qualquer decisão que a Yoná tomaria.
Sílvia - Eu voto a favor.
Glória - Eu também.
Adriano - Somos maioria, mesmo a Paulínia e você, Paula, votando são minoria.
Paula - Eu ainda vou acabar com todos vocês!
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1 SEMANA DEPOIS
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CENA 3 CONSTRUTORA HUMAN EDIFIS/ SALA DE PAULÍNIA/ INT. / Dia
Paula e Paulínia estão na sala, sentadas.
Paula - Me chamou aqui para quê?
Paulínia - Olhe só estas fotos.
Paula olha várias fotos sobre a mesa. As fotos mostram Sílvia e Diogo transando.
Paula - Que maravilha. Agora podemos vingar.
Paulínia - Eu não mas você sim. Já tenho um plano para você acabar com o romance da Sílvia.
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SALA PRINCIPAL/ CONSTRUTORA HUMAN EDIFIS/ DIA
Glória ( surpresa ) - Uma festa?
Paulínia - É para comemorar a nova casa que eu acabei de comprar.
Adriano - Bom, pode deixar que eu irei. Vou levar a Cristina também.
Bruno - Eu também irei com a Sílvia.
Paulínia - Podem ir todos.
Glória - Também irei. Quero vê realmente se a casa é bonita.
Paulínia - Pode ter certeza.
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CENA 4 CASA DE GLÓRIA/ SALA/ INT. / TARDE
Na sala estão Juliano, Leonardo e Adriano.
Juliano - Vim correndo saber o motivo da conversa.
Leonardo - Nos diga, o que você tem para falar.
Adriano - No ano da nossa formatura, testemunhamos um crime.
Juliano ( surpreso ) - Quê?
Leonardo ( surpreso ) - Essa pode ser a chave de assassinatos.
Adriano - Apenas eu que não testemunhei.
Juliano - Como aconteceu esse crime?
Adriano - Vimos um homem saindo de um mato. Já estava tarde. Quando ele nos viu, saiu correndo. No outro dia, saiu em todos os jornais que uma mulher havia aparecido morta naquele local. Os outros sócios testemunharam.
Leonardo - Por qual motivo você não testemunhou?
Adriano - Medo. Testemunhar contra alguém é muito sério. E logo depois de ser preso, ele se matou.
Closes alternativos em Juliano e Leonardo surpresos.
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CENA 5 CASA DE PAULÍNIA/ JARDIM/ EXT./ NOITE
A CAM mostra dezenas de pessoas, de pé, de todo lado. Ao centro do jardim, uma piscina grande e muitas luzes verdes nas palmeiras no interior do jardim. A CAM se aproxima de Adriano e Cristina. Ambos se beijam. Trilha sonora:
Adriano - Meu amor, eu quero te fazer um convite.
Cristina - Então diga, meu amor.
Adriano - Eu quero que você vá morar comigo. Por favor. Hoje mesmo.
Cristina ( Ri ) - Talvez.
Adriano ( Ri ) - Talvez? Não. Você tem que se mudar para lá logo. Quem sou eu sem você?
Adriano começa a beijar o pescoço de Cristina.
Cristina - Está bem. Aproveita que eu estou me mudando e me dê um bom dinheiro para comprar roupas novas.
Adriano - Está bem. Te dou o que quiser.
Os dois se beijam. A CAM se afasta dos dois e se aproxima de Paulínia em um palanque, em frente a mansão.
Paulínia - Olá meus queridos. Quero agradecer imensamente todos que vieram. São tantos amigos e amigas que eu fiz nesse tempo de vida. Quero agradecer imensamente todos da construtora. Por isso, pedi a Paula que fizesse um memorial com todos os sócios. Paula, pode passar.
Paula aperta em uma botão e em um telão é refletido imagens de Sílvia e Diogo transando. Todos se chocam com as fotos. Close em Paulínia rindo. Glória percebe Paulínia rindo da situação. Após a quinta foto, um vídeo de Sílvia e Diogo transando. Paula sobe no palanque e pega o microfone de Paulínia.
Paula - Bruno, a sua esposa traí você com o seu empregado. Ele se dizia gay mas é mais hetero que você ou qualquer um aqui.
Close em Bruno e Sílvia.
Bruno ( nervoso ) - Você foi capaz disso? Hein? Sua desgraçada. Eu te dei o meu mais íntimo amor e você faz isso?
Sílvia - Bruno, pelo amor de Deus, eu posso explicar.
Bruno - Explicar o quê? Que você me traía?
Glória se aproxima do casal.
Glória - Por favor, não briguem.
Bruno ( Ri ) - E quem disse que eu vou brigar? Eu vou é matar.
Bruno pega uma faca que está sobre a mesa e vai na direção de Sílvia. Alguns homens segura o homem.
Sílvia - Eu sempre te amei. Mas o problema é que você nunca queria transar comigo. Enfim, tudo isso é culpa sua.
Bruno - Minha culpa? Eu não tenho problema que você seja interesseira e que seja uma qualquer.
Sílvia começa a chorar, a mulher sai andando. Bruno pega uma garrafa de vinho e joga contra a mulher. A garrafa bate na cabeça dela e a mulher desmaia. A garrafa se transforma em milhares de cacos de vidro. A CAM vai se afastando de todos e a imagem escurecendo.
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CENA 6 CASA DE GLÓRIA/ ESCRITÓRIO/ INT. / DIA
Glória e Adriano estão sentados. Após a empregada sair, Adriano se levanta.
Adriano - Qual o motivo que você me chamou aqui?
Glória - Precisamos conversar sobre algo. A Paula e a Paulínia estão unidas para acabar com todos da construtora.
Adriano - Como assim?
Glória - Ontem eu vi que a Paulínia gostou quando a Paula fez a revelação da Sílvia. Elas estão unidas e pode ser que elas sejam as assassinas.
Adriano - Percebi que as duas andam bem próximas.
Glória - Elas tem alguma carta na manga contra você.
Adriano - Contra mim?
Glória - Você foi o único que ainda não foi atingido por algo. Se prepara, você é a próxima vítima.
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CENA 7 CASA DE GLÓRIA/ QUARTO DE LEONARDO/ INT. / DIA
Leonardo está com uma lista de pessoas que cometeram crime no ano que aconteceu a formatura. Juliano está no computador procurando o parentesco do tal homem que foi preso.
Juliano ( surpreso ) - Meu Deus, Leonardo, olhe só.
Leonardo - O quê?
Juliano - O homem que foi preso e se matou se chamava Sebastião Portili. Ele nasceu em Piranha, distrito de Santos.
Leonardo - Espera... esse sobrenome, já vi alguém com ele... já sei.
Juliano - Quem?
Leonardo - O Danilo. O nome dele é Danilo Portili. E ele é de Santos. Aí tem se esse homem tinha filhos?
Juliano - Deixa eu vê. ( T ) Sim, e se chamava Danilo. Meu Deus, o Danilo é filho desse homem.
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CENA 8 CASA DE SÍLVIA/ SALA PRINCIPAL/ INT./ DIA
Alguém entra na casa de Sílvia. Diogo vê.
Diogo ( surpreso ) - O que você está fazendo aqui?
Essa pessoa atira em Diogo e ele cai morto no chão.
Essa pessoa vai até a sala onde Sílvia está. Entrando na sala, Sílvia toma um susto.
Sílvia ( Surpresa ) - Você aqui? Mas você não devia... Ah, você tem uma arma. DIOGO! DIOGO! SOCORRO MEU DEUS.
São disparados três tiros contra Sílvia. Todos os tiros pegam no peito dela. A mulher cai morta. Fábio entra na sala.
Fábio - Então você veio fazer o meu serviço primeiro? Ah, você é o assassino que vem matando os sócios? Não.
Fábio aponta uma arma contra essa pessoa misteriosa.
Fábio - Se você não me der muito dinheiro, eu te mato e entrego a polícia.
Closes alternativos Fábio. A imagem congela em Fábio. Racha e trinca.
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