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Uma Estrela Caiu do Ceu - Capitulo 12 (Reprise)

 


UMA ESTRELA CAIU DO CÉU CAPÍTULO 12 REPRISE

RESTANTE do capítulo 14 original + todo capítulo 15 original (com cortes excessivos)



CENA 01 / FRENTE DA MANSÃO DE APOLO / INTERIOR / DIA
Atenção Edição: Continuação da cena 07 do capítulo anterior.
Mariana, ajoelhada no chão se declara para Apolo, humilhando-se. Enquanto isso, os personagens figurinistas passam pela calçada e observam a cena.
MARIANA — Eu passei uma noite em claro, pensando se eu iria ou não atrás de você. Mas eu ouvi meu coração, Apolo! Por favor volta para mim, eu faço de tudo para ficar com você! Meu amor é inexplicável, é um sentimento tão forte que chega a despedaçar a parede robusta que prende o meu coração. Eu vou enfrentar tudo para ficar com você! Eu te amo, Apolo. Não quero termine nosso namoro.
APOLO — Mariana! Levanta do chão. Não precisa deste exagero todo.
MARIANA — Mas por favor me prometa que...
APOLO — Eu não sou um homem bom para você! A sua mãe tem razão, é melhor a gente ficar afastado, eu com a minha vida, e você com a sua! Você precisa de alguém que te valorize, mas sou incapaz de fazer isso.
MARIANA — Como assim? Você quer me abandonar, é? Não gosta de mim, mais?
APOLO — Mariana! Depois dos conselhos que sua mãe me deu, eu refleti e voltei atrás. Agora não adianta nem ajoelhar, fazer nada. Porque já está tudo terminado, tudo acabado. Desde já, comunico que siga com sua vida, pois não terá volta! A ação já está determinada! Agora por favor deixa eu entrar na minha casa em paz, estou exausto.
Apolo prestes a abrir a casa. Mariana, enche o olho de lágrimas e tasca um beijo nele. Apolo, nervoso, a empurra e limpa a boca! 
APOLO — Ah, esqueci de uma coisa Mariana! Fica com isso para você, vou jogar no chão! Como lembrança minha!
Apolo joga o anel de noivado no chão. Mariana, chora, e enxuga as lágrimas com vergonha ao ser alvo de comentários pelos figurinistas. Nervosa, ela os agride verbalmente:
MARIANA — Quê que vocês estão olhando hein? Não é da conta de vocês! Vão preocupar com sua vida. E deixe eu com a minha... Bosta!...
Mariana vai embora, desolada.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 03 / ESCOLA SÃO BERNADO DO CAMPO / RIO DE JANEIRO / INTERIOR /  DIA

Serena pega sua folha e lê na frente de toda a sala o seu texto, com seu sotaque:
A AUTOBIOGRAFIA DA MINHA VIDA
Meu nome é Serena, tenho 22 anos, e antes eu era uma índia! Uma índia que não andava sempre nu, aliás eu tinha roupas também. Eu tinha umas condições más, era muito pobre, mas mesmo assim feliz.  Eu vivia com minha mãezinha e meu paizinho. Até que o amor bateu forte no meu coraçãozinho. Conheci um "homi" que me deu  bastante "felicidadi" e me trouxe para a escola. Sinti-me muito de separar deles, mas hoje estou realizando meu sonho e agradece muito a meu "homi".
Serena, após ler o texto, questiona a toda sala:
SERENA — Ocês gostaram? 
A sala toda cai na gargalhada pelo vocabulário que Serena usou a escrever o pequeno texto!
CORTA PARA:


CENA 04 / DELEGACIA DE POLÍCIA / SALA DO DELEGADO / INTERIOR / DIA
Pablo e o irmão de Duende, Heleno, entregam uma foto dele para o delegado. 
PABLO — É esse aí doutor! Ele trabalhou como mordomo na minha casa, um dos melhores que eu já tive! Era um homem da paz, não tinha amizades suspeitas, era bastante reservada, cultuava a religião espírita.
HELENO — O cadáver dele foi encontrado num caixote do rio, perto da minha fazenda. Não vi quem o jogou, mas eu anotei a placa do carro, está aqui!
Heleno entrega o papel para o delegado.
DELEGADO FALÍDIO — Darei início as investigações, vocês me acompanham?
(Suspense).
CORTA RÁPIDO PARA:




CENA 05 / FRENTE DO HOTEL / QUARTO 220 / INTERIOR / DIA
O homem misterioso senta na cama, tira os óculos escuros. Nada menos, nada mais que Rafael. Com um ar de riso, ele dá uma gargalhada maligna.
CORTA RÁPIDO PARA:



CENA 06 / ESCOLA SÃO BERNARDO DO CAMPO / PÁTIO / INTERIOR / DIA
Serena vai para o pátio, com um fruta nas mãos. Vai comendo, até se sentar. Neste momento, Evelyn chega e se senta perto dela. Trata-se da estreia de uma nova personagem.
EVELYN — Olá tudo bem? Você se chama Serena né?
Serena a ignora.
SERENA — Não posso falar com cê, zombou de mim hoje.
EVELYN — Ah, então é por isso né? Eu levei a culpa também. Mas o seu texto ficou maravilhoso.
SERENA — Para uma moça como a minha cultura, ocê deve tá mentindo hein?
EVELYN — Eu hei de lhe provar que não estou mentindo! E não tenho preconceito com essas atitudes!
SERENA — Ah, então você é diferente igual a diretora é?
Serena coloca a mão na boca por ter acabado de pronunciar o segredo da diretora.
EVELYN — Do que você está falando? Desde quando a diretora é assim?
SERENA — Esquece... Deixa para lá.
EVELYN — Então tá bom... Como você veio para o Rio de Janeiro. Alguém deve ter trazido você aqui. Uma índia não abandona sua terra e vem para cá. Sinto cheiro de romance no ar, hein? Sou detetive! Gosto de explorar e descobrir coisas, digamos que, fuxicar a vida dos outros... 
SERENA — Pelo visto, ocê fala de mais, gosta de expressar os sentimento.
EVELYN — Sim. Sonho em ser uma crítica, escrever poemas, formas de expressar o que eu sinto para os outros. E também quero ser professora de Língua Portuguesa, minha matéria preferida. Mas e aí, você não respondeu minha pergunta.
SERENA — Na verdadi, foi um amor bem forti que me trouxi pra cá. Ele se chama Lucas. Um arquelôgo.
EVELYN — (corrige) Arqueólogo.
SERENA — Isso aí. Ele disse que tava fazendo umas expedição, aí foi lá nos se apaixonemo, aí e ele me trouxe pra cá. Mas só que agora eu hei de sofrer muito nos braços da eis namorada dele. 
EVELYN — Como assim?
SERENA — É que quando eu cheguêi na casa dele, ela não gostô de mim. Era uma mulher de dar medo. Fiquei até tristi. Estou pensandu até em um lugarzim para morá, em vez de lá.
EVELYN — Entendo. Mas se você quiser, eu te cedo meu apartamento para morarmos juntas. Dividimos ele. Vamos nos dar muito bem. Sabe o que eu pensei? Podia te dar aulas de etiqueta.
SERENA — Quê que isso?
EVELYN — Dar aulas de etiqueta é ensinar como pronunciar corretamente as palavras, se sentar a mesa, ter bons modos, boas maneiras.
SERENA — Ocê vai fazer isso por mim? Ah já estou agradecida.
EVELYN — Claro!! E aí, combinado?
SERENA — Sim.
CORTA PARA:


cENA 07 / CONFEITARIA / MESA 18 / INTERIOR / DIA
Valentina, Regina e Camila na confeitaria, tomam café juntas.
CAMILA — Bem. Podemos dar início a nossa conversa. Eu chamei vocês aqui para tratar do assunto daquela menininha infernal! Ela precisa levar um pé na bunda e voltar para a terrinha dela. 
VALENTINA — Ela é uma aproveitadora, Camila. Não gosta nada do Lucas, eu vejo nos olhos dela. Dá até raiva.
REGINA — E onde já se viu? Eu não quero meu filho, Lucas Ferrari Marçoni, um homem rico, com um sobrenome poderoso desses, circulando pelas ruas do Rio de Janeiro. Posso dizer que isso é uma catástrofe, sem exageros!
CAMILA — Cada um fará sua parte, então. Aquela tal de Serena tem que sair daquela casa hoje mesmo! Ou eu não me chamo Camila, sem dó, nem piedade. Eu vou fazer de tudo para ficar com o Lucas, até aquela menina arredar o pé. Vocês vão ver! 
VALENTINA — Sabe qual é o problema que não comentou até agora?
CAMILA — O quê que é Valentina?
VALENTINA — Ela é muito parecida com você, os traços, quase tudo!!
Camila, perplexa, pensativa.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 08 / PICAPE PRETA PLACA 896780 / INTERIOR / DIA
Wanda e Silvério na picape, de óculos escuros, com os vidros fechados, irreconhecíveis.
WANDA — A chefinha disse que quer aquelas gêmeas logo! Então temos que achar elas!
SILVÉRIO — Mas para quê ela precisa das gêmeas? Já foram vendidas para o casal.
WANDA — A Alzira, a mãe delas, que foi morta por mim, deixou uma grande dívida com ela. É uma vingança Silvério. Se depender da chefinha, elas vão sofrer muito! Vai ser uma grande descoberta, principalmente para elas. Cada uma tá espalhada em um canto, uma lá na cidade dos índios, e outra na cidade. Se ela não saiu da comunidade indígena né? 
SILVÉRIO — Eu posso afirmar que ela saiu da comunidade indígena. 
WANDA — Então hoje mesmo vamos viajar para lá. Temos que procurar primeiro por ela, depois a outra.


Wanda acelera o carro.
CORTA RÁPIDO PARA:


CENA 09

LUCAS — Índio também é gente. Não é bicho não. Temos que parar com isso. Era melhor nossa empresa abrir uma campanha contra o preconceito com os índios.
INÊS — Você enlouqueceu né? Agora quer mandar na minha empresa? Da minha empresa cuido eu! E funcionário não tem que dar palpite não!.... (suspira) Eu nunca fui tão rude assim, mas você passou dos limites. Sinto muito Lucas, mas eu comunico, que você está demitido, pode pegar o seu material na sua sala!
Lucas, nervoso, triste.
Lucas sai da direção e vai arrumar a suas coisas.
CENA 10 / CASA DE MARIANA / SALA / INTERIOR / DIA
Elisinha dialoga com Mariana e Moacir.
ELISINHA — Minha filha, eu te peço que somente me ouça, por favor: O Apolo não é homem para você... No passado, eu tive um pequeno conflito com ele. Ele é filho de uma tal de Wanda, que sequestrou seu irmão, seu bebê. E nesse sequestro, ele participou. É uma quadrilha que rouba bebês da maternidade e os vende como mercadoria, ou seja, trafica crianças menores para arrecadar dinheiro. Então, tudo desenrolou quando, eles me deram o seu irmão, mas infelizmente ele já estava morto de overdose. Foi culpa do Apolo. Ele estava bebendo descontroladamente, e o Ryan já tinha tomado um medicamento. Quando ele pediu leite, misturou a bebida, e deu para o menino, estava bêbado. Aí foi assim que seu irmão morreu. Em troca, ele pediu a sua mão para namorar. E eu deixei e ele ameaçou a minha vida e a da nossa família se eu contasse para alguém.
NATÁLIA — Eu sabia! Esse cara é um marginal! Temos que protestar contra ele! Ele matou nosso irmão, não tá vendo Mariana? Agora você aprende
Mariana, derrama lágrimas, comovida com a história.
MARIANA — É verdade isso mãe? O Apolo seria capaz de fazer isso?
ELISINHA — Infelizmente, sim minha filha. Eu tentei te alertar mas como você estava cega por amor, não deu. Mas agora devemos manter esse segredo e eu conto com vocês. Ouviu Moacir?
MOACIR — Minha boca é um túmulo.
Todos choram e se abraçam.



CENA 11 / RUA SÃO JOÃO DEL REI / RIO DE JANEIRO / INTERIOR / DIA
Rafael, anda pela rua, sem estar disfarçado. Ele distraído, olha para a cidade, e logo esbarra em Camila, que está com um café na mão, e derrama nela.
CAMILA — Olha o que você fez, miserável!
RAFAEL — Peraí.... Vamos ali na confeitaria. Fica calma, fica calma. Eu te pago outro.
CORTA PARA:


CENA 12


Serena arruma as roupas e as coloca dentro da mala. Lucas, triste, chega no quarto dela e questiona:
LUCAS 
— Meu amor, porquê arrumaste as malas a essa hora?
SERENA — Hoje eu vou pra um lugar diferente. Fiz uma amiguinha.
LUCAS — Ah que legal. Mas e aí, gostou do primeiro dia de aula?
SERENA — Gostei. Apesar de eu ter sofrido um precoceito.
LUCAS — (corrige) Preconceito!
SERENA — É isso aí!
LUCAS — Isso sempre acontece, meu amor. Pode ficar tranquila. Conte comigo.
SERENA — Agradecida. Mas hoje eu tô sentindo um ar de tristeza nessas palavrinhas aí.
LUCAS — Fui demitido. A minha chefe é muito rígida, aí, não deu. Foi isso que aconteceu.
SERENA — Ah que pena. Amanhã eu vou procurar isso aí, para trabaiá.
LUCAS — Não meu amor. Eu mesmo procuro. Obrigado. Pode ficar tranquila... Quer que eu te levo na casa da sua amiga?


CENA 13 / RUA PINHEIROS - UODSON / RIO DE JANEIRO / INTERIOR / DIA
Serena, tranquilamente, caminha pela rua Pinheiros. Não há ninguém, nenhum sinal de carro. Nesse momento, a rua está parada. Serena olha para trás e estranha:
SERENA — Nossa, estou sozinha, não tem ninguém!
Nesse momento, um ladrão, com uma venda no rosto, observa-a e aponta para o seu comparsa. Ele vai até ela, com uma arma na mão e diz:
LADRÃO — Parada aí moça! Levante as mãos! E deixe a mala. É um assalto.
Serena, desesperada:
SERENA — Ai meu deus do céu.
Os ladrões a apontar a arma para Serena. O Ladrão 1 aperta o gatilho.


CENA 14 / MANSÃO MEDEIROS / CORREDOR QUARTOS / INTERIOR / NOITE
Magnólia, chega no corredor dos quartos e escuta o choro de Aninha. Reação de Magnólia. Ela, desconfiada, vai até o quarto e vê Cristina e Ralf tentando tirar Aninha do berço, para sequestrá-la.
MAGNÓLIA — O que está acontecendo aqui, hein? Eu exijo uma explicação concreta!

CONGELA EM CRISTINA E RALF.

CONTINUA...

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