Cena 1/ Presídio Feminino/ Pátio/ Tarde.
Dolly enrolada no colchão, com as detentas em volta.
Detenta 4: Tú não tem tanto preconceito com preto? Pois então tu vai ficar igual!
Em câmera lenta ela acende um isqueiro e joga no colchão.
Dolly: Nãaaaaaaaaaooooooooooooooo!
O isqueiro cai no tecido do colchão que começa a incendear… Dolly berra.
Nisso, essas Detentas correm até o muro para o escalar. Carol consegue chegar no topo e pula pra rua. Foco no colchão em torno de Dolly pegando fogo…
Dolly: (berra) AHHHHHHHHHH! Socorrooooooo!
Mas ninguém dá ouvidos e o fogo só consome mais e mais… tomando conta dela. A cam foca em algumas presas escalando o muro e outras brigando.
Cena 2/ Lado de fora do Presídio/ Rua/ Tarde.
Muitas presas pulando o muro e outras saem correndo. Carol corre com toda velocidade junto com aquelas detentas.
Logo a frente elas vêem um carro velho, de duas portas e muito ágeis quebram o vidro e entram. Carol no volante:
Carol: Agora cês vão saber o quê que é velocidade hahaha!
Enquanto as presas se ajeitam no banco de trás, Carol passa a marcha e percorre com o carro em alta velocidade.
Cena 3/ Presídio/ Pátio/ Tarde.
Várias policiais chegam atirando pra cima e algemando e contendo as detentas. Duas policiais apagam com um extintor de incêndio, o fogo entorno de Dolly. E quando apagam chegam a conclusão:
Policial 1: Essa aí já era coitada.
Foco no corpo de Dolly todo queimado e derretido. Seu rosto completamente desfigurado.
Policial 2: Ai, gosto nem de ver…
Cena 4/ Rio de Janeiro/ Rua/ Avenida/ Tarde.
Muita ação: O carro de Carol e das presas vira uma esquina e segue em uma avenida, em alta velocidade. Em outra rua, uma viatura da polícia percorre, com a sirene ligada…
(De dentro do carro:)
Carol: A polícia tá vindo! Abaixa abaixa que eu vou estacionar!
Carol estaciona o carro em uma vaga entre vários veículos e se abaixa, junto com as outras. Segundos depois, o carro da polícia passa ali do lado. Foco nele seguindo a avenida.
Carol: (abaixada) Conseguimos meninas!
Detenta 1: (animada) Eles nem perceberam a gente!
Detenta 2: Ô Carol, toca logo pra aquele barraco que tú disse que têm!
Carol: Agora!
Carol se levanta, liga o carro e vira uma rua ali.
Cena 5/ Joalheria Ouro Blindado/ Tarde.
Tamara entrega um anel para uma cliente.
Tamara: Aqui seu anel de esmeralda. Você vai passar cartão?
Cliente: Vou sim!
Tamara: Ôh Elaine passa aqui por favor!
Elaine vai até elas. Neste momento o celular de Tamara toca.
Tamara: Licença!
Vai para um cantinho e atende.
Tamara: (cel) Alô? (T) Do hospital? (T) Tá bom, tá bom, eu chego aí jajá!
Tamara pega sua bolsa e vai saindo.
Tamara: Vou precisar ir ali rapidinho. Já volto!
Cena 6/ Hospital/ Frente/ Entrada/ Tarde.
Tamara para com o carro numa vaga e desce.
Tamara: Vamo ver o quê que essa mulher tinha…
Ela fecha a porta e entra no hospital.
Cena 7/ Hospital/ Sala do médico/ Tarde.
Tamara bate na porta e entra. O médico a recebe.
Médico: Bom dia!
Tamara: Bom dia!
Médico: A autópsia sobre a causa da morte de Berenice Soares foi realizada, e como a senhora é a pessoa mais próxima…
Tamara: O quê que ela tinha Doutor?
Médico: (pegando um papel na mesa) Foi diagnosticado que ela tinha um câncer em estado terminal, localizado no coração…
Tensão, reação chocada de Tamara, de boca aberta.
-Abertura-
Cena 8/ Hospital/ Sala do médico/ Tarde.
Tamara abismada. O médico continua a falar.
Médico: Então mais cedo ou mais tarde, ela viria a falecer…
Tamara: (pensamento) Então era verdade…
Médico: Você só precisa assinar este documento aqui… (entrega o documento a ela).
Tamara: Claro, deixa eu assinar!
Ela pega uma caneta na mesa e assina, muito tensa.
Cena 9/ Hospital/ Frente/ Saída/ Tarde.
Tamara sai do hospital e põe a mão na cabeça.
Tamara: Então era verdade o que ela disse…
Flashback on: (Cena 2 - Capítulo 14)
Tamara sobe em cima de Berenice, com ódio, e dá-lhe uma bofetada.
Berenice: PARA TAMARA, eu sou doente, eu tenho um câncer no coração!
Tamara: Eu não acredito em uma palavra que você diga! Sua catraia! (Dá mais um tapa)
Flashback off.
Tamara: Eu só acelerei a morte dela… (p/si) Ai relaxa Tamara, calma! Lembra de tudo que essa mulher te fez no passado e das chantagens que ela te fez…
Ela respira fundo. Close.
Cena 10/ Escritório de Duda/ Dia.
Duda e Fernando sentados à mesa do escritório. Duda concentrada no notebook.
Duda: Eu devia pedir até mais que 700 mil tá bom?
Fernando: 750 e não se fala mais nisso!
Duda: Tá bom!
Duda digita mais alguma coisa e pronto!
Duda: Pronto, já fiz o documento que confirma que você pagou tudo, mesmo que o estado não tenha visto a cor desse dinheiro! Agora é só fazer os outros procedimentos.
Fernando: Ok! Assim que eu gosto. Trabalho rápido!
A impressora imprime duas cópias deste documento, Duda pega uma e entrega a outra a ele.
Fernando: Pode esperar que meia noite cai 750 pau na sua conta! Só não dá bandeira hein…
Duda: Claro que não, discrição é tudo!
Eles dão um aperto de mão e Fernando sai. Duda fica pensativa.
Cena 11/ Shopping Leblon/ Joalheria Ouro Blindado/ Sala de Administração/ Tarde.
Rafaela observa aquela sala enorme, com exemplares de jóias, etc.
Rafaela: Isso aqui tudo vai ser meu! E eu sei quem vai me ajudar nisso! Vai ser fácil, muito fácil! Hahahahaha.
Cena 12/ Rio de Janeiro/ Noite.
Takes do anoitecer. Plano geral na casa de Margareth.
Margareth: (off) Nãaaaaaaaaao!
Cena 13/ Casa de Margareth/ Sala/ Noite.
Margareth arrasada deixa o telefone fixo cair no chão. Fernanda entra rapidamente.
Fernanda: O quê que foi mãe?
Margareth: (chorando) A Dolly!
Fernanda: (assustada) O quê que aconteceu com a Dolly mãe?
Margareth: Mo-morreu…
Fernanda: Ah não…
Fernanda abraça a mãe e chora junto com ela.
Cena 14/ Rua/ Noite.
Numa rua escura, ouvimos barulho de grilos. Júnior chega com uma caixa de papelão e vai até um carro.
Júnior: Não vejo a hora daquele lugar, pegar fogo…
Ele entra no carro com a caixa, fecha e segue.
Cena 15/ Casa de Margareth/ Sala/ Dia.
Margareth e Fernanda devastadas.
Fernanda: (chorando) Calma mãe!
Margareth: (chorando) Isso não é justo comigo!
Júnior entra em casa.
Júnior: O que foi gente?
Margareth: A Dolly… Ela morreu!
Júnior: Na cadeia? Como?
Margareth: Teve uma rebelião no presídio… E enrolaram ela num colchão e tacaram fogo!
Júnior: Nossa… Que horror! Olha que ironia do destino… A Dolly morreu queimada!
Fernanda: Eu sabia que uma hora o preconceito dela, a mataria…
Cena 16/ Barraco de Carol/ Noite.
As presas por ali. Carol está sentada num sofá pensativa…
Carol: Amanhã, eu vou tentar entrar lá na Berenice e descobrir alguma coisa. Com certeza ela deixou alguma ponta solta nessa história… Eu só espero que ela não chegue lá e me veja…
Close nela.
Cena 17/ Mansão Delval/ Jardim/ Noite.
Rafaela está observando a movimentação da garagem.
Rafaela: Agora vai dá!
Ela abre o portão e vai em direção a mansão de Cris.
Cena 18/ Mansão de Cris/ Sala/ Noite.
Rafaela abre a porta de mansinho, vai até uma mesa e pega uma chave de carro…
Rafaela: Eu não posso ser vista com o meu carro pro que eu vou fazer! Então Crizinha, vai sobrar pra você!
Rafaela de fininho sai dali, fechando a porta. Neste momento, Cris desce as escadas com uma toalha na cabeça e pijama.
Cris: Vou ver um filminho…
Cena 19/ Rua/ Frente ao Centro Comercial/ Noite.
Érika sai do Centro e fecha a porta de vidro. Foco em Rafaela ali perto dentro do carro de Cris.
Rafaela: Érika, Érika…
E quando Érika vai atravessar a rua… Rafaela arranca com o com o carro partindo pra cima dela.
Érika: (vendo o carro) AHHHHHHHHHHHH.
FOCO EM ÉRIKA/
A IMAGEM CONGELA COM UM FILTRO DOURADO.
Encerramento Normal -
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