Type Here to Get Search Results !

OURO BLINDADO - CAPÍTULO 20 (Últimos Capítulos)




Cena 1/ Casinha Pobre e Isolada/ Noite.

Rafaela ali. Ouvimos batidas na porta.


Ágata: (off) Rafaela, sou eu!


Rafaela: (tira os fones, se ajeitando) Já vou!


Rafaela abre a porta e Ágata entra.


Ágata: E então, cadê minha grana?


Rafaela: (pegando a maleta no chão) Aqui!


Ágata: Hummm, deixa eu ver meus filhinhos…


Ela abre a maleta e tem uma triste surpresa…


Ágata: (frustrada) Mas isso é papel!


De repente, Rafaela vai por trás dela e quebra a garrafa de cerveja em sua cabeça com toda violência. Ágata cai no chão desacordada e com muito sangue na cabeça.


Rafaela: Pronto! A chantagista agora foi pro inferno!


Ela coloca os dedos e sente a pulsação do pescoço de Ágata.


Rafaela: Droga! A merda ainda não morreu! Bem que dizem que vaso ruim não quebra fácil… 


Rafaela tira luvas pretas do bolso, as coloca nas mãos e arrasta Ágata pelas pernas até a saída.


Cena 2/ Casinha pobre e isolada/ Área Externa/ Mato escuro/ Noite.

Rafaela desce a pequena escadaria, trazendo Ágata arrastada. Corta p/: Rafaela caminha com o corpo até a beira de um precipício e atira a mulher. Foco no corpo caindo em meio às folhas secas.


Cena 3/ Embaixo do Precipício/ Noite.

Lugar muito escuro e sombrio. Rafaela, com uma lanterna em mãos, despeja gasolina sobre o cadáver... Rm seguida tira um isqueiro zippo do bolso, o acende e joga sobre Ágata. Uma grande chama se forma. Rafaela assiste com prazer o corpo se queimar... Tempo.


Cena 4/ Matagal/ Riacho/ Noite.

Um riacho raso, de correnteza leve. Rafaela desce um pequeno morrinho, segurando uma lanterna e um pote grande. Ao chegar na beira do riacho, Rafaela abre o pote e despeja toda a cinza, até ela se misturar a água.


Rafaela: Pronto! Nenhum resquício da vagabunda!


Ela sorri e dá as costas, sumindo pela escuridão... Close na água acinzentada do riacho. Muita tensão. Fusão com:


Cena 5/ Rodovia/ Noite.

Movimentação de carros. Foco no carro de Rafaela saindo da estrada de terra e seguindo a rodovia.


Cena 6/ Mansão Delval/ Quarto de Rafaela/ Noite.

Rafaela dando a última olhada nos papéis.


Rafaela: Amanhã, bem cedo, o papai irá assinar esses papéis misturados com os outros da exportação… Nada pode dar errado, nada!


Ela guarda os papéis num pacote pardo, se deita na cama e desliga o abajur.


Cena 7/ Barraco de Carol/ Sala/ Noite.

As cinco detentas dormem em colchonetes espalhados pela sala. Ouve-se roncos.


Cena 8/ Barraco de Carol/ Quartinho de Carol/ Noite.

Carol colocando algumas mudas de roupas numa mochila.


Carol: Ah! Não vejo a hora de me ver livre logo dessas babonas horrorosas. Quero mais é que elas morram! 


Ela olha o horário celular, que marca 00:00.


Carol: Pouco tempo para ficar rica! (Comemora) Uhul!


Ela coloca a mochila no chão, se deita no colchonete e tenta dormir…


Cena 9/ Rio de Janeiro/ Dia.

Takes do Amanhecer. Plano geral na Mansão Delval.


Cena 10/ Mansão Delval/ Escritório/ Dia.

Carlos está analisando uma linda jóia com uma lupa. Rafaela bate na porta.


Carlos: Entra!


Rafaela entra no escritório trazendo aqueles papéis em mãos, com a maior cara de inocente.


Rafaela: Pai, a Sueli deixou esses papéis aqui pra você assinar! São aqueles documentos da exportação das jóias, tá?


Carlos: (ainda analisando a joia) Tá bem filha! Me dá aqui!

 

Rafaela: (fazendo o joguinho) Eu esqueci de te entregar ontem! Também com aquela confusão toda com o embuste do Júnior… Esse garoto devia morrer atropelado por um caminhão bem grande, do tamanho do mau caratismo e da cara de pau dele…


Carlos: Pois eu espero que ele viva bastante pra pagar pelo que fez! Logo logo ele é encontrado… E me dá esses papéis aqui pra eu assinar!


Rafaela: Claro!


Ela deixa em cima da mesa, Carlos bota os óculos, passa o olho nos papéis e vai assinando um por um. Close em Rafaela observando tudo aquilo com um olhar de satisfação… 


Cena 11/ Barraco de Carol/ Sala/ Dia.

Carol reunida com as cinco detentas.


Carol: Eu vou me encontrar com um cliente antigo!


Todas: Hummmmmm…


Carol: Ele disse que quer muito me encontrar… Pra fazer aquelas coisinhas que vocês sabem muito bem o que é…


Detenta 3: (virando os olhos/ safada) Eu é que sei… 


Carol: Eu devo voltar tarde! Tchauzinho!


Carol se dirige até a saída e se manda.


Detenta 2: Quem será esse cliente dela?


Detenta 4: Será que é um velho rico?


Detenta 5: Aposto que é um maconheiro pé de chinelo. Querem apostar?


Cena 12/ Mansão Delval/ Escritório/ Dia.

Carlos assina o último papel, muito suspense… 


Carlos: Prontinho, terminei!


Rafaela sorri discretamente e pega os papéis da mesa.


Rafaela: Eu já tomei o meu café e tô indo pra joalheria! Te encontro lá paizinho!


Carlos: Tá bom! Tchau!


Rafaela sai do escritório. Carlos estranha…


Carlos: Rafaela tá tão boazinha hoje, prestativa… Tem alguma coisa estranha aí… Ah tem...


Close nele.


Cena 13/ Condomínio/ Frente a mansão de Cris/ Dia.

Paola e Cris dão abraço apertado…


Paola: Que bom que você saiu daquele lugar minha amiga… Eu fiquei tão apavorada com você naquela situação! Imagina, logo você, a pessoa mais íntegra que eu conheço sendo acusada de ter atropelado uma mulher... É absurdo.


Cris: Tem muita ponta solta nessa história. E eu vou investigar! Mas graças a Deus o meu pai conseguiu me tirar de lá!


Elas se soltam.


Cris: Ele e a minha mãe tiveram que voltar lá da Bélgica pra me soltar. Olha só o transtorno! E eu queria te agradecer por você ter me dado apoio, por ter ligado pra eles e explicado tudo!


Paola: Eu é que tenho que te agradecer por todo o apoio que você me deu amiga! Vai ser amanhã!


Cris: (baixo) O abor…/


Paola: Sim! Amanhã! Se não fosse por você, eu não teria apoio e teria feito uma burrada qualquer!


Cris: Isso que é ser amiga não é?! Uma segurando a outra…


Cris e Paola dão as mãos.

Paola: Então vamos pra faculdade? Hoje a aula é de anatomia, com aquele professor chato da voz sonolenta… Mas é importante!


Cris ri.


Cris: Vamos!


-Abertura-



Cena 14/ Condomínio/ Área de Segurança/ Dia.

Eduardo e um Segurança olham as gravações da câmera num computador.


Segurança: Bem, aqui estão as gravações do dia do fato.


O computador mostra o carro de Cris saindo da portaria naquela noite.


Eduardo: Não dá pra ver quem está dentro! O vidro do carro é escuro…


Segurança: Sim… Mas eu vou tentar recuperar as outras gravações. Não se preocupa.


Eduardo: Obrigado! Eu preciso inocentar a minha filha, preciso!


Close nele.


Cena 15/ Escritório de Duda/ Dia.

Duda digita algo em seu notebook. Rafaela entra sem bater.


Instrumental: (até o fim desta cena)


Duda: Não tem educação? Não sabe bater na porta antes de entrar?


Rafaela: Não estou com tempo! (Deixa os papéis na mesa) Aqui, registra isso aí no cartório online, e rápido!


Duda: Não é assi/


Rafaela: É assim sim! Eu sei como funcionam essas coisas! Bora querida, rápido! Não tô por sua conta não!


Duda: TÁ BOM!


Rafaela: Ah e na minha posse hoje, você vai entrar comigo com a confirmação do cartório!


Duda: (firme) Não, eu não vou! Isso eu não vou fazer! Você não vai me obrigar a fazer o que eu não quero!


Rafaela tira o celular da bolsa e mostra o print que tirou do documento da sonegação.


Rafaela: E se eu solto isso aqui? Hum... Você para no xilindró! É... Então é você bom me obedecer, tá me ouvindo?!


Duda faz cara de nojo.


Duda: Eu nunca pensei que você fosse uma mulher tão mesquinha, tão asquerosa!


Rafaela: A única asquerosa aqui é você! Me traindo com aquela lá do sex shop… (com lágrimas nos olhos) Eu ia dizer pra todo mundo que a gente tava junta, eu era completamente fiel a você!


Duda: O amor acaba uma hora… Resta aceitar!


Rafaela: (enxuga as lágrimas) Mas eu não quero saber mais de nada disso!

Passou, foi! Só quero saber da minha fortuna e do meu status de rainha. 


Rafaela vai dar um passo até a porta, mas lembra:


Rafaela: Ah e confirma logo isso aí no cartório e eu te espero lá na joalheria do Shopping às 5 da tarde, ou então cadeia! A escolha é sua, bebê!


Rafaela, debochada, manda um beijinho, sai e fecha a porta. Duda mordida de raiva:


Duda: Desgraçada, você me paga caro! Inferno!


Cena 16/ Joalheria Ouro Blindado/ Balcão/ Dia.

Elaine atendendo uma cliente. Carol entra na loja de óculos escuros.


Carol: Eu quero falar com a Tamara!


Elaine: Você quem é?


Tamara entra em cena, curiosa.


Tamara: Quem quer falar comigo?


Carol: Euzinha aqui!


Tamara: Eu não te conheço...


As duas se entreolham… Close.


Carol: Eu gostaria de falar com você! Em particular!


Cena 17/ Ouro Blindado/ Saleta/ Dia

Carol e Tamara.


Tamara: Então, o que você gostaria de falar comigo?


Carol: É sobre o seu passado...


Tamara: (fica tensa) Como assim?


Carol: Seu passado no pensionato da Berenice! Você lá, fazendo 20 homens por noite... A maior rodada da casa dela!


Tamara: Cala essa sua boca! Eu nunca te vi na vida!


Carol: Você pode até nunca ter me visto... Mas eu sei muito sobre você! A Berenice não queria me contar sobre quem era a fonte de riqueza dela... Então eu resolvi investigar e é você mesma! A dona do império... Subiu rápido na vida hein?


Tamara: É muita audácia a sua vir chantagear uma pessoa que você nem conhece... Se enxerga minha filha! Só mesmo uma pessoa muito baixa feito você... Você e a ordinária da Berenice!


Carol: Tô me lixando pros seus julgamentos... Mas agora, se você não quiser ser desmascarada na frente de toda a sua família, você vai ter que pagar! E caro!


Muita tensão… 


Tamara: Você tá louca! Eu não vou te dar um tostão!


Carol: Eu tirei as fotos do diário da Berenice, tá tudo aqui ó! (Mostra o celular)


Tamara: E você vai mesmo acreditar nas mentiras da Berenice, é? Será que nem depois de morta ela me deixa em paz?


Carol: (surpesa) Morta? O quê?


Tamara cresce e fica firme!


Tamara: É, ela tá morta sim! Caiu da escada e morreu. Graças a Deus! E olha, se você quiser contar que eu já trabalhei em rua, que conte! Não tô nem um pouco aí! Eu até me orgulho disso!


Carol: Não é possível! Você vai me dar dinheiro!


Carol segura Tamara fortemente. Elaine entra na sala e se desespera.


Carol: (segurando Tamara) Se você não me dar o dinheiro que eu tô pedindo, você morre, tá ok?


Tamara: Me solta!


Elaine: Gente para! Socorro! Eu vou chamar a polícia!


Carlos entra no escritório, se choca e separa Carol de Tamara.


Carlos: CHEGA!!! Quem é você e por que você está segurando a minha mulher?


Carol: A sua mulher, a Tamara... Ela é uma ex-prostituta!


Tamara demonstra não estar nem aí.


Tamara: Fui mesmo Carlos! Eu fui uma prostituta antes de te conhecer!


Carlos: Tamara, porquê você não me contou isso?


Tamara: Eu não queria me lembrar desse passado horroroso!


Carol: Ai que saco! Não vou mais ganhar dinheiro!


Elaine: Vai pra esquina fazer ponto, vai!


Carol: A fulaninha secretária dá palpite agora?


Carlos: (p/ Carol/ estressadíssimo) SAI DAQUI SUA DESGRAÇADA!


Carol: (saindo/ temerosa) Tô saindo… 


Ela sai. O telefone de Carlos toca.


Carlos: (cel) Alô? O quê Rafaela? (T) Tô indo pra aí!


Ele desliga.


Carlos: Depois a gente conversa! A Rafaela tá mandando a gente ir urgente lá pro shopping!


Tamara: O que foi?


Carlos: Só vamos rápido!


Cena 18/ Shopping Leblon/ Ouro Blindado/ Dia.

Paola e outras pessoas reunidas ali, sem entender nada. Carlos e Tamara chegam e vão até Paola.


Paola: Por que a Rafaela nos chamou aqui?


Carlos: Também quero saber!


Instrumental: Tensão



Neste momento Rafaela desce as escadarias, muito plena, com um vestido azul tiffani, muito elegante. Ela olha para todos de cima a baixo.


Rafaela: Eu vim comunicar hoje à todos, que eu sou a nova dona da Ouro Blindado!


Carlos: (assustado) Mas como assim?


Rafaela: Duda! Venha!


Duda desce as escadas segurando os documentos e entrega a Rafaela.


Rafaela: Aqui, nestes papéis, está a transferência da joalheria pro meu nome! Podem me chamar de rica!


Reação espantosa de todos.


FOCO EM RAFAELA/

A IMAGEM CONGELA COM UM FILTRO DOURADO.

Encerramento com a música Outro Dia - Lourena



 

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.