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Garotos de Aluguel - Episódio 08 - Últimos Episódios

 


Garotos de Aluguel - Episódio 08: Descoberta


" Eu não preciso me expor na rua, correndo riscos. A maioria dos meus clientes têm o meu número. Também estou cadastrado num aplicativo. Encontrar um garoto e fazer um bom sexo, como tantas outras coisas também se modernizou." Relato de um garoto de programa.


Cena 01: Casa de Rodolfo/Int./Dia


Retorno imediato da última cena do episódio anterior.


Rodolfo surpreende-se com Lisa, a Conselheira tutelar. Ele passa um olhar para Ciça.
LISA - Então, posso entrar?
RODOLFO - Claro. Por favor! Só não olha a bagunça... Lisa entra e senta-se no sofá.
Rodolfo fecha à porta.
Lisa olha em volta, os ambientes da casa. Depois sorri para as crianças.
LISA - Então, é aqui que moram?! Primeiro gostaria de lamentar a morte da mãe de vocês. Bem, como já disse, sou conselheira tutelar e é meu dever cuidar de crianças desamparadas.
CIÇA - Eles não estão desamparados!
LISA - E você, quem é?
RODOLFO - Ciça, minha namorada.
LISA - Entendo. Bom, o que eu gostaria mesmo de saber é como vocês vão se virar de agora em diante e conversar com as crianças. Saber se elas estão bem ou precisam de alguma coisa.
RODOLFO - Moça, eu trabalho. Posso sustentar eles.
LISA - Trabalha? Que tipo de trabalho?
RODOLFO - Sou entregador em uma hambúrgueria.
MURILO - Isso mesmo, moça! Meu irmão trabalha na hambúrgueria do Chico. É só duas ruas distante daqui. Ele traz de vez em quando hamburgues muito gostosos de lá.

MAURÍCIO - E sim, a gente está bem aqui com ele. Não precisamos de nada. Lisa os observa por um instante.
LISA - Você trabalha o dia inteiro, Rodolfo?
RODOLFO - Não. Só no período da noite.
LISA - E com quem as crianças ficam nesse período?
CIÇA - Comigo. Eu estou aqui, sempre com elas.
LISA - Você não trabalha, moça?
CIÇA - Trabalho sim. Vendo cosméticos de porta em porta.
LISA - As crianças estão frequentado à escola, sim?
RODOLFO - Sim... Eu faço questão que eles estudem.
LISA - Pois bem. Acho que era apenas isso que gostaria de saber nessa primeira visita. Estarei acompanhando os garotos e a vida de vocês a partir de agora. Bom, eu já vou indo. Obrigado por me receberem.
RODOLFO - Imagina!
Lisa levanta-se, dá mais uma olhada rápida na casa e despede-se de todos. Rodolfo abre à porta. Lisa sai.
Rodolfo respira aliviado.
RODOLFO - Nada mal crianças! Sobrevivemos. As crianças abraçam Rodolfo.
Ciça os observa. Ela olha para o relógio no pulso.
CIÇA - Essa mulher atrasou meus negócios. Tenho que correr… E vocês crianças, partiu, tá na hora da escola.
RODOLFO - Isso mesmo. Andem garotos!
As crianças vão para o quarto. Pegar suas mochilas.
O celular de Rodolfo vibra. Alguém acaba de marcar um programa para noite. Ciça se aproxima.
CIÇA - Você vai continuar com isso?
RODOLFO - Eu não queria, mas agora mais do que nunca, preciso. Close no rosto de tristeza de Rodolfo.


Cena 02: Rua/Ext./Dia

Lisa anda, procurando a tal hambúrgueria apontada por Murilo, onde Rodolfo diz que trabalha.
Depois de procurar muito, ela encontra. Ela entra no estabelecimento.


Cena 03: Bar/Int./Dia


Lisa entra na hambúrgueria. O dono de aproxima.
LISA - Bom dia! Chico, sim?
CHICO - Pois não! O que vai querer?
LISA - Na verdade, gostaria de saber informações sobre um funcionário seu…
CHICO - Que funcionário, moça? Não está vendo! Trabalho aqui sozinho. Não tenho dinheiro pra pagar funcionário nenhum. Cuido de tudo sozinho.
LISA - E as entregas da noite?
CHICO - Não tem entrega nenhuma, moça. Fecho cedo. Os assaltos por esse lado são grandes. Prefiro fechar cedo e não sair no prejuízo.
LISA - Entendido então. Obrigada. Lisa resmunga:
LISA - Então não há emprego nenhum! Foco na indignação de Lisa.



Cena 04: Apartamento de Rosangela/ Int./Dia


Léo chega furioso com a demissão que sofrera. Ele procura drogas pra aliviar sua raiva. Mas não encontra nada.
Após revirar o apartamento, ele encontra um bilhete de Rosangela.
" Léo, uma encomenda chegará no meu nome. Pegue lá em baixo quando chegar, com o porteiro. Lembre-se de disfarçar. Viajei com outro fornecedor. Volto à noite.
Com amor, sua putinha favorita, Rô."

Léo amassa à carta. Em seguida, pega a chave e se direciona até à porta, abre-a e sai.




Cena 05: Fábrica de Elias/Int./Dia


Guilherme revisita alguns setores da fábrica. Admirado, Guilherme anda.
Até que sem querer, tem um encontrão com Alonso.
ALONSO - Opa, opa, opa!
GUILHERME - Desculpa, cara, foi mal.
ALONSO - Imagina. Acontece. Está sozinho aqui hoje?
GUILHERME - Vim com meu pai. Ele tá na diretoria com alguns investidores. Eu dei uma escapada pra ver a produção de cervejas.
ALONSO - Encantador, né?
GUILHERME - Sim, muito.
Um instante de silêncio. Guilherme não sabe mais o que falar.
GUILHERME - Escuta… Na mesma hora:
ALONSO - Eu…
GUILHERME - Foi mal. Eu não quis te atrapalhar, pode falar.
ALONSO - Fale você, mano.
GUILHERME - Não acha bobo, tá?! Mas você gostaria de Jantar comigo qualquer dia desses?
ALONSO - Claro. A gente marca sim. Gosto de você!
GUILHERME - Gosta?
ALONSO - Sim, gosto da sua amizade.
GUILHERME - Amizade… claro. Bem, e o que você ia falar? ALONSO - Eu estou atrasado. Preciso ir, se não se importa! Guilherme fica sem graça.
GUILHERME - Claro que não. ALONSO - A gente se ver então. GUILHERME - Sim, a gente se ver!


Alonso se retira.
Guilherme respira fundo, tentando amenizar os batimentos do coração, que está acelerado.
Em pensamento:
GUILHERME - O que será que tá acontecendo comigo? Close no rosto de Guilherme. Apaixonado.


Cena 06: Rua da casa de Dina/Ext./Dia


Léo estaciona o carro em frente à sua antiga casa e logo percebe que um caminhão de mudanças também está estacionado em frente à residência.
Ele corre até Dina e o filho, que estão prestes a entrar no caminhão.
LÉO - Dina, o que tá acontecendo?
DINA - Eu tô indo embora. Vou voltar pra casa dos meus pais.
LÉO - Você não pode fazer isso! Eu preciso ficar perto do nosso filho. Eu amo vocês dois. Por favor, Dina, me desculpa! Eu tô limpo. Eu não faço mais… eu deixei de me prostituir.
DINA - Ah, é? E até quando isso vai durar? Você é doente. Você não existe mais pra mim nem pro meu filho. E já ia esquecendo, aluguei a casa para outros dois moradores. Vê se não vigia eles também! Agora sai da minha frente. Eu tô indo.
Dina sobe na boléia do caminhão. O mesmo dá a partida. Léo se joga no chão. Chorando.
LÉO - Não vai, por favor, não vai!
Desespero e aflição estampado no rosto de Léo.
Dina o observa pelo o retrovisor do motorista. Ela deixa uma lágrima escorrer de seu rosto. Em seguida, abraça o filho forte.


Anoitece.


Cena 07: Rua do morro de Paraisópolis/Int./Dia

Lisa fica de tocaia, no seu carro, em frente a casa de Rodolfo. Ela espreita e vê quando ele sai de casa, todo arrumado.
Um táxi estaciona perto. Rodolfo entra. O táxi sai.
Lisa dá partida no carro e começa a seguir o trajeto de Rodolfo.


Cena 08: Apartamento de Rosangela/Int./Dia


Rosangela abre a porta do apartamento. Tudo escuro. Ela entra e acende uma luz de teto.
Quando olha, Léo está desacordado, no sofá. Ela vem até ele. Percebe que Léo está vivo.
Mas logo se dá conta também que todo seu estoque de drogas que receberia foi consumida por ele.
Rosangela se revolta e grita, após o imenso prejuízo. Léo continua imóvel, dormindo.

Cena 09: Motel/Ext./Dia

O táxi para em frente a um motel. De longe, Lisa o observa. Ela para o carro, mais afastadamente.
De longe, é possível ver Rodolfo cumprimentando um homem muito mais velho. O velho paga o táxi. Em seguida, o velhote joga a mão boba nas nádegas de Rodolfo.
Enfim, Lisa se toca.
É com isso que Rodolfo trabalha todas as noites.
LISA - Ele é garoto de programa!
A Cam fixa no rosto de surpresa de Lisa.


Congela.


Continua no próximo episódio...




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