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Força de Um Sonho - Capitulo 17

  


Cena 1 / Hospital / Interior / Quarto de Julio / Noite 

Leandro - Homossexuais como eu? Agora tenho rótulo? ( irritado ) Sem ele minha vida não tem sentido!
Medico ( Tentando reverter ) - Não... O que eu disse é que quem é gay tem um código mais exigente, e você não pode doar sangue, se teve relações sexuais com seu parceiro.

Leandro retira o soro e decide ir ver o namorado, fazendo sair sangue do braço.

Mara ( Preocupada ) - Filho ... Descanse, não se machuque mais.
Otavio ( Decidido ) - Eu vou doar.
Leandro ( Surpreso ) - Você, pai?
Otavio - Sim filho...Não quero continuar esse impasse. E faz anos que já sou doador de sangue.
Leandro ( Emocionado ) - Muito obrigado...

O médico encaminha Otavio para a sala de exames, onde se iniciam flashes de Otavio tendo seu sangue colhido, preparado pelo médico e encaminhado ao quarto de Julio. 


Cena 2/ Copacabana / Casa de Paula / Quarto de Paula / Noite /

Paula está dormindo em seu quarto, quando ela tem um sonho com a mãe

Sonho on

Carmen aparece no quarto da filha, pálida. 

Carmen - Filha.. Filha... Vem cá...
Paula ( Assustada ) - Mãe, o que faz aqui? Está morta, já morreu! 
Carmen ( Ameaçando - a ) - Eu morri, mas serei sua consciência e guiarei seus passos... Você saberá logo logo o seu caminho, só lhe resta escolher. 
Paula se afasta, e Carmen vai embora. 

Sonho off

Paula ( Acordando assustada ) - Eu, hein? Que sonho foi esse?

Em seguida, Paula se benze e volta a dormir. 


Cena 3/ Ipanema / Casa de André/  Interior / Quarto de André / Noite / 


Após a noite de amor, Janaina acorda e percebe que André não está, ela se espreguiça. Em seguida, André aparece no quarto com uma mesa de café da manhã. 

André - Oi amor... Bom dia. Fiz especialmente para você...
Janaina ( Sorrindo ) - Que lindo! Não sabia que você era tao romântico à esse ponto...
André ( Galanteador ) - Quando a gente se apaixona por alguém, é necessário mostrar todo nosso amor e carinho... E nada melhor do que o romantismo para agradar quem amamos.
Janaina - E... essa pé a primeira vez que passo a noite assim, dormindo ao lado de um homem.
André ( Surpreso ) - Quer dizer que... você é virgem?
Janaina - Sou sim... Ou na verdade, era. Desde a adolescência, eu tenho a minha opinião formada, e uma das minhas decisões foi se entregar apenas ao amor da minha vida, por quem eu me apaixonasse. ( T). Meus planos sempre estiveram voltados ao trabalho e aos estudos.
André - Você está certa... Mas voce é tao encantadora que conquista as pessoas, principalmente por esse seu empoderamento. Foi isso que fez eu me apaixonar por você.
 ( T ) E infelizmente existe muito preconceito com quem vem da comunidade.
Janaina - Infelizmente... Mas por sorte você pensa diferente, e isso é importante para mim... ( T ).
André - Já a Paula é o inverso, por isso nosso relacionamento terminou. ( T). Já você me fez aprender inúmeras coisas, e até evoluir... ( T). Por isso, o nosso relacionamento e o amor só aumenta.
Janaina ( Sorrindo ) - Com toda certeza... ( T). Vamos tomar café.
André ( Também sorrindo ) - Vamos então.

Dias depois...

Cena 4/ Hospital / Manhã 

Julio, já fora de perigo, conversa com Leandro. Ele está deitado de bruços, devido o ferimento nas costas, que está coberto por um curativo. 

Leandro - Não sabe como me faz bem saber que você está vivo, e não me deixou...

Julio - Eu tive medo de morrer,  quando vi aquele grupo vindo na minha direção... Por isso tentei me defender, mas aí fomos agredidos. E quando eu estava no chão, sem poder respirar direito, pensei que era nosso último dia na Terra.
Leandro ( Passando a mão no cabelo de Julio ) - Você é muito lindo para morrer... ( T). E já sabe quem doou o sangue?
Julio ( Curioso ) - Não sei não...
Leandro - Foi o meu pai . Não deixaram eu doar sangue.
Julio ( Surpreso ) - Como assim? Você não me contou essa história.
Leandro - Passaram 3 dias desde o ataque, e como voce havia passado por cirurgia, o medico recomendou que você não tivesse muito contato, para se recuperar. ( T). Quando soube do seu ataque,eu quis doar sangue, mas o medico não permitiu, porque homossexuais têm que ficar um tempo sem relações sexuais, aí o meu pai passou a frente e decidiu doar.
Julio ( Em choque ) - Meu Deus... Para ver como são as coisas... Graças a Deus que ele pode me salvar... ( T). Agora preciso me recuperar para sair logo daqui.
Leandro - Eu com a cabeça com ponto, você também com pontos... Agora combinamos em alguma coisa.
Julio - Leandro... Não me faz rir muito que ainda sinto dor...
Leandro ( Sorrindo ) - Então vou fazer isso...
Leandro dá um beijo em Julio e ele retribui.


Cena 5/ Rocinha / Casa de Jadson/ Interior / Manhã/ 

Juliano está na casa de Jadson, eles conversam sobre os últimos acontecimentos. 

Jadson ( Com um baseado em mãos ) - Tu tem sido de grande ajuda... Olha as armas que eu tenho...
Juliano - É... Mas o chefe do batalhão ficou desconfiando de mim, e ate ne interrogou. Só que fui mais esperto e não contei nada. Não queria perder meu emprego e a aliança com você.
Jadson ( Soprando a fumaça ) - Você é a ponte entre mim e a polícia. E não tô a fim de parar no xilindró, já quase fui uma vez.
Juliano - A única que sabe dos meus trabalhos é a Paula , minha namorada... Que só contei porque ela está aliada a mim e sei que não me trairia. Até temos objetivos em comum. Amantes... Cúmplices... ( T) A propósito... Você tem um saco com drogas? Estou precisando.
Jadson - Hum... Tenho sim. É para você ou para vender?
Juliano - É para mim, por enquanto... Ou então vou ver o que farei... Mas tufo no controle.
Jadson ( Arrumando um envelope ) - Certo. E toma aqui 5 mil reais de propina para te ajudar, dinheiro não falta.
Juliano ( Cumprimentando Jadson ) Muito obrigado... Estou indo para não dar pista. Até me escondi um pouco.

Juliano sai apressado rumo à saída do Vidigal, mas uma senhora aparece escondida filmando toda a movimentação. 


Cena 6/ Copacabana / Delegacia / Interior / Tarde

Katia e Gael estão em mais uma intimação, desta vez juntos, a fim de mais esclarecimentos.

Policial - Como vocês sabem, recebemos a gravação do motel, que poderá esclarecer todo o ocorrido.
Katia ( Preocupada ) - Acho que... não seria necessário mostrar nada... ( cínica ) Isso foi um trauma para mim, e não queria poder ter que rever.
Gael ( Enfrentando - a ) - Trauma? Voce não quer que mostrem que você é mentirosa! Quem não deve não teme garota!
Policial - Bem... A exibição será iniciada.

Vídeo on

 Gael e Katia estavam mais uma vez fazendo sexo selvagem em um motel, dessa vez próximo de Katia.

Gael ( Sentindo prazer ) - Isso Katia... Aaaah... Oooohh...

Katia ( Com gemidos ) - Com mais força vai... Isso... AAaaah.

Gael - Tigresa, gostosa.. ( Dando tapas ) . Que corpo bom....

Em seguida, Gael fica sobre Katia, prestes a iniciar um ato sexual, quando Katia arma um escândalo.


Kátia ( Em alto tom ) - Você me agrediu! Me bateu outra vez e me bateu agora! Voce é um agressor.

Gael ( Sem entender nada ) - Como assim, eu não te agredi! Deve ter se drogado.

Katia - Drogada?  Você tentou abusar de mim , voce não presta. ( Dando um tapa em Gael ) . E você me solta que o negocio vai ficar feio para você.

Gael ( Irritado ) - Quer saber? Eu vou é embora, não estou a fim de ficar com uma louca como você.

Gael se veste e vai embora, deixando Katia sozinha.

Vídeo off

Katia fica desconcertada.

Katia - É.. foi o que eu disse...
Policial - Pelo que estou vendo aqui, não houve crime, apenas sexo com consentimento. Então a denúncia de lesão corporal e tentativa de estupro está cancelada.
Gael ( Animado ) - Então isso quer dizer que eu estou livre?
Policial - Está sim, dessas acusações. ( T ). Mas será aberta uma investigação sobre o crime de denunciação caluniosa, que também é um crime.
Katia ( Tentando reverter ) - Mas eu não quero ir presa.
Policial - O que você cometeu foi um crime, e será aberto um processo. Em breve vocês dois terão outro encontro.
Gael - Certo, pelo menos a Lei Brasileira é justa em alguns casos.

Em seguida,o policial entrega um documento informando a data da próxima acareação, depois , Gael e Katia vão embora. Um para cada lado.


Cena 7/ Subúrbio / Delegacia / Tarde /

Régis está em uma delegacia, à espera de ser chamado. Quando chega a sua vez, Regis vai até o balcão onde tem um policial.

Policial ( Solícito ) - O que deseja?
Régis - Eu gostaria de abrir um BO contra minha irmã Ivana. Ela continuou recebendo a aposentadoria do nosso falecido pai, sem comunicar a morte ao INSS, claramente um crime.
Policia - Tem algum documento que comprove?
Regis - Eu já fui ao cartório e tenho a certidão de óbito, e os documentos do INSS, tudo mostrando o que aconteceu.
Policial - Iremos analisar o caso, e em breve faremos o mandado. Preciso que envie o nome da sua irmã.
Regis - É Ivana Menezes, branca, cabelos loiros... Caso queira eu envio também o endereço, o que ajudará bastante também. Quero que a justiça seja feita.
Policial ( Digitando no computador ) - Está tudo anotado. Em breve iremos enviar uma intimação de depoimento para sua irmã, é só aguardar.
Regis ( Cumprimentando o policial ) - Muito obrigado.

Em seguida, Regis vai embora.

Cena 8/ Copacabana / Casa de Paula / Interior / Sala / Tarde /


Paula e Juliano estão reunidos mais uma vez. Eles trocam assuntos, ate que chegam em um principal.


Paula - Mais cedo eu estava ligando para voce , mas só que ninguém atendia. Aconteceu alguma coisa?
Juliano - É que... eu estava na casa do Jadson, o traficante que eu falei, a fim de conseguir algumas coisas.
Paula ( Curiosa ) - O quê, por exemplo?
Juliano - Fui buscar algumas drogas, aí fiquei batendo papo com o Jadson, ele até me deu dinheiro, no total 5 mil reais.
Paula ( Surpresa ) - Isso é muito dinheiro! É ( T) É em relação aos trabalhos que você faz?
Juliano - Sim, é a famosa propina. Eu o ajudo com encobrimento e ele me paga, funciona como uma via de mao dupla.
Paula- E... essas drogas são para uma pessoa especifica?
Juliano - Na verdade não. Eu comprei para algum trabalho, ou para mim. Utilidade ela vai ter.
Paula - Hum... ( maquiavélica ) . Acho que essa droga vai parar por acidente numa certa pessoa que eu odeio... Ah... Uma pessoa vai receber drogas.
Juliano ( Tentando entender ) - O que você pretende fazer?
Paula - Eu vou colocar a droga que você comprou na bolsa da Janaina. Para isso é necessário seguí-la até um local específico e a incriminamos. ( T). Pelo que sei, trafico de drogas é uma pena alta.
Juliano ( Apoiando Paula ) - Legal então ... Voce sempre inteligente, com as melhores idéias. Por isso te adoro.
Paula - A Janaina vai ter uma surpresa..


Cena 9/ Subúrbio / Casa de Ivana / Interior / Tarde

Apos o encontro com Gael na delegacia, Katia chega preocupada em casa.

Ivana ( Recebendo - a ) Oi filha, como foi na delegacia? Conseguiu dinheiro?
Katia ( Séria e preocupada ) - Infelizmente não. O idiota do Gael junto com o advogado, pediu as fitas no motel, aí o Gael foi livrado e eu agora vou ter que responder por denunciação caluniosa, perante um juiz.
Ivana ( Passando a mão no cabelo ) - Filha, filha... Não podemos nos meter em problemas... Alega alguma coisa para sair livre. Um crime é um crime, e não temos nenhum dinheiro para responder um processo. ( T). Por isso disse para tirar dinheiro desse Gael, pena que deu errado... Mas não pode temer nada.
Katia ( Preocupada ) - Eu até tento, mas esse garoto parecia ser mais esperto, ate parece que sabia passo a passo. ( T). Essa hora queria até que o vovô estivesse aqui.
Ivana ( Pensativa )  - A morte do vovô causou tudo isso . Aliás, esse maldito assassino... Ele fez a nossa vida ficar assim.
Katia - Fiquei tao preocupada que estou precisando de un café.
Ivana - Vou colocar para você.

Katia e Ivana se dirigem à cozinha.

Dia seguinte ...

Cena 10/Rua / Tarde

Janaina saía de seu estágio e passa por uma rua pouco movimentada, mas com alguns carros e vendedores ambulantes. Ela lê um documento e decide parar na calçada para guardar.

Janaina ( Pensativa ) - Eu hein? Lendo na rua? Assim nem presto atenção no que tem aqui...

Vendo Janaina passar, Paula e Juliano a seguem até uma parte onde não há ninguém. Juliano abre a bolsa de Janaina, pega um saco preto, com alguns papelotes e coloca na bolsa de Janaina. Em seguida a fecha e sai de perto sem que Janaina perceba.

Paula ( Falando baixo ) - E aí, acho que vai dar certo. A tonta nem viu que mexemos na bolsa dela.
Juliano ( Observando Janaina ) - Verdade, já tá lá na frente e nem sabe que está carregando drogas... Logo logo vai ser presa.
Paula ( Fria ) - Uma negra na cadeia... Traficante de drogas... Vai passar anos presa, longe de mim... Hahaha.
Juliano - O que fazemos agora?
Paula - Disfarçamos e andamos naturalmente, como um casal.
Juliano ( Sorrindo ) - Está certo então.
Paula ( Pensando ) - Ai Juliano, você tem sido tão útil...

Cena 11/ Hospital / Interior /Sala / Tarde/

Julio e Leandro estão juntos na sala do Hospital, prestes a receber alta, juntos de Mara e Otavio.

Julio - Já estava esperando a hora de receber alta ... E enfim esse dia chegou.
Leandro ( Segurando a mão de Julio ) - Ainda bem... E nesse tempo o nosso amor só fortaleceu... Passamos por momentos difíceis, que só aumentaram o nosso amor.
Mara ( Arrependida ) - Eu sei que fui injusta com vocês dois, e penso que, se tivesse aceitado de imediato, nada disso teria acontecido... Fiquei perto de perder meu filho.
Leandro - Eu também penso ter sido muito radical, em querer que me entendesse... Mas é que como sou gay, quero poder também me expressar.
Julio - Ainda mais nesse mundo que tem estado tão complicado... E o amor é necessário. ( T) À proposito, eu gostaria de agradecer, Otavio,  por ter doado sangue no lugar do Leandro... Você salvou minha vida.
Otavio - No momento que vi o sofrimento do meu filho, eu não queria que isso continuasse, então vi que eu mesmo doar seria a melhor alternativa.
Mara - Mesmo com tudo o que aconteceu, a ultima coisa era ver o nosso filho sofrendo.
Otavio - Agora o que faremos é nos esforçar para mudarmos os nossos pensamentos, será mais do que necessário.
Leandro ( Feliz pelos pais ) - Obrigado... Agora precisamos ir para qcasa que ficamos muito tempo aqui.
Otavio - Vou assinar o formulário.


Cena 12/ Vidigal / Casa de Leonor / Interior / Sala / Noite

Janaina esta em casa com sua família, pronta para sair de casa. Enquanto isso, ela conversa com eles.


Janaina ( Sorrindo ) - Tenho estado tão feliz ultimamente... Estou indo bem na faculdade, estagio, passei uma noite romantica com o André...
Leonor ( Apoiando a filha ) - Fico feliz por você. Como sempre digo, a sua batalha deveria servir de fonte de inspiração para muitas mulheres.
Janaina - Inspiração é o que mais tenho... São elas que me fazem ser a mulher que sou.
Wesley - Eu também tenho estado em uma ótima fase, ainda mais que estou me aproximando da Daniela.
Janaina - Que legal... Ela é da sua sala, não é?
Wesley - É sim. Por coincidência é amiga da Paula, mas não tem nada de racista.
Leonor - Ouvir falar da Paula, me faz lembrar do que a Carmen passou com ela. ( T). Mas, vocês são amigos?
Wesley ( Sorrindo ) - Somos sim..

No momento que eles conversam, dois policiais entram em busca de Janaina.

Policial 1 - Estamos em busca de uma mulher chamada Janaina, que aparentemente mora aqui.
Policial 2 - É uma operação contra o trafico de drogas.
Leonor - Como assim? Minha filha não é traficante!

Os policiais começam a revistar a casa e encontram papelotes de droga na bolsa de Janaina.
Janaina ( Em choque ) - Que drogas são essas? Eu nunca usei isso!
Policial 1 - Você tem que vir comigo. Esta presa por trafico de drogas.
Wesley ( Tentando intervir ) - Minha irmã é inocente, vocês não vão levá-la, não vão!
Policial 2 - Aquiete - se, senão vai ser preso por desacato!
Leonor ( Desesperada ) - Não levem minha filha!
Janaina ( Tentando se acalmar ) - Eu sou inocente, e vou provar para vocês!


Cena 13/ Copacabana / Restaurante / Interior / Noite /


André está num restaurante, à espera de Janaina. Como Janaina não chega, ele começa a se preocupar.

André ( Olhando o relógio ) - Gente, já são quase 21 horas e a Janaina não chega...Acho que vou ligar para ela.

Nesse momento, um garçom chega à mesa de André.

Garçom - Boa noite,vai querer alguma coisa?
André - Bem, eu estou esperando a minha namorada, mas daqui a pouco pedirei alguma coisa, aí eu te chamo.
Garçom - Está bem, qualquer coisa é só chamar que virei até aqui.

Após o garçom ir embora, André decide ligar para Janaina, mas quem atende é Leonor.


Ligação on


Leonor ( Com expressão séria ) - Oi André.
André ( Preocupado ) - Aconteceu alguma coisa? Sua voz está diferente.
Leonor ( Com voz embargada ) - A Janaina... Ela foi presa.
André ( Levantando - se com o susto ) - Como assim presa?
Leonor - Vieram uns policiais e encontraram papelotes de maconha na bolsa dela, mas sei que é inocente. ( T). Voce tem que nos ajudar, por favor...
André ( Preocupado ) - É claro que vou ajudar, a Janaina não pode passar por isso, não agora... Pode deixar que custearei tudo.

Ligação off

André sai apressado do restaurante, se esquecendo da mesa.


Cena 14/ Copacabana / Casa de Paula / Sala / Noite /

Juliano e Paula estão comemorando o plano conquistado, tomando champanhe.

Paula ( Com uma taça em mãos ) - À essa hora a Janaina deve estar na cadeia. Que belo plano você fez...
Juliano ( Enchendo a taça ) - Fiz tudo bem certinho. Como sou policial, sei de tudo o que acontece numa operação policial, e com isso, pude pensar em tudo. ( T). Droga na bolsa é o tipo mais clássico de tráfico.
Paula ( Maquiavélica ) - Foi cruzar o meu caminho e agora vai pagar com a cadeia... Primeira coisa que deviam fazer é cortar aquele cabelo duro dela, que me enoja. Essas mulheres da cadeia são bravas, acabam com a pessoa mesmo, merecidamente.
Juliano - Esses papelotes foram do próprio Jadson. ( T) Quando fui lá na Rocinha, peguei uns papelotes para mim, e quando voce falou, reservei um para colocar fazer uma surpresinha para nossa querida inimiga. Tufo isso graças ao Jadson, como você sabe.
Paula ( Segurando a taça ) - Um brinde.

Janaina e Paula brindam a prisão de Janaina.

Cena 15/ Delegacia / Interior / Noite/


Janaina está na frente de um policial, sendo interrogada por trafico de drogas.

Policial - Como você sabe, voce está aqui por causa um crime grave. Trafico de drogas pode render até 15 anos de prisão.
Janaina - Eu estou dizendo a verdade... Eu nunca usei drogas e nunca tive contato com nenhum traficante. Eu posso conhecer o pessoal da pesada, mas nunca comprei drogas. Eu só lembro de um rapaz encostando em mim, e só.
Policial - Você precisa contar a verdade, tudo será melhor para um possível julgamento e uma condenação.
Janaina ( Tentando se controlar ) - Condenação? Julgamento? Não pode julgar sem ter provas, eu estudo Direito e sei disso. Se é para abrir um inquérito, vamos abrir. Mas quero a advogada Elaine para cuidar do meu caso, ela sim saberá dirigir tudo.

Nesse momento, André entra na delegacia.

André - Janaina!
Janaina ( Virando - se para trás ) - André!

GANCHO

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