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Por que, Pai - Episódio 08

 


Por que, pai?



Continuação a partir do fim do último episódio: Posto de Gasolina/Tarde


Fernanda se vira pra sair do posto, quando um caminhoneiro a chama


CAMINHONEIRO - Ô moça! Eu conheço esse cara.


Fernanda se anima


FERNANDA - Conhece?


Fernanda caminha até ele


CAMINHONEIRO - Conheço. Mas não conheço como Antônio de Lima, conheço como Tony. Mas parece muito com o cara da foto.


FERNANDA - Só pode ser ele. Deve ser Tony de Antônio.


CAMINHONEIRO - Deve ser, provavelmente, Tony é o apelido.


FERNANDA - Quais informações você pode me passar sobre ele?


CAMINHONEIRO - Eu sei onde a família dele mora em São Paulo. Anota aí.


Fernanda anota


FERNANDA - Você poderia me passar um contato seu?


O caminhoneiro parece incomodado


FERNANDA - É que no caso de precisar falar de novo com você, eu tenho seu contato.


O caminhoneiro passa seu número de telefone


CAMINHONEIRO - Meu nome é Ricardo.


FERNANDA - Anotei aqui! Muito obrigada, moço! Vai ajudar muito um amigo.


O caminhoneiro sorri.


Fernanda sai do posto e liga para Marina:


FERNANDA - Marina! Fala para o Juliano que eu consegui. Se estiver certo, eu consegui o endereço da família do pai dele.


Fernanda sorri



Episódio 8


Cena 01: Lanchonete da Dona Líria/Tarde


Marina fala com Fernanda ao telefone:


MARINA - Sério que você conseguiu? Estou muito feliz.


Marina se alegra


FERNANDA - Então, eu vou pegar um táxi e vou aí pra lanchonete. Me espera aí.


MARINA - Tá.


Marina encerra a ligação


Juliano questiona a Marina


JULIANO - E aí? O que a Marina conseguiu?


MARINA - Ao que tudo indica, o endereço da família do seu pai.


Juliano se anima


JULIANO - Sério? Não acredito que nosso método de busca deu certo. (Risos)


MARINA - Viu, e você querendo desistir. No final deu certo.


JULIANO - Pois é. Não acredito que vou ter a chance de conhecer meu pai.


MARINA - Vamos esperar a Fernanda chegar com as informações.


Marina sorri.


Cena 02: Casa de Lorena/Quarto de André/Interior/Tarde


Carolina leva André até seu quarto. Lorena e Dona Wilma os acompanham.


CAROLINA - Aqui meu filho. Seu quarto continua do jeito que você deixou. Nada foi mexido, só quando ia limpar.


ANDRÉ - Está mesmo. Estava com saudades aqui de casa.


DONA WILMA - E nós estávamos com saudades de você.


André abraça sua avó.


LORENA - E você tá com pretensão de estudar ou trabalhar aqui no Brasil? Voltou pra ficar ou veio só visitar?


ANDRÉ - Voltei pra ficar. De início eu quero descansar. Lá na Irlanda, eu trabalhei e estudei, estou cansado. Então de início eu quero descansar, aproveitar, respirar os ares brasileiros que me fizeram falta durante esses anos.


LORENA - Você está certíssimo. Descansa bastante.


CAROLINA - Isso descansa. Toma um banho, dorme, porque você deve estar cansado da viagem. Você sabe onde fica tudo né?


ANDRÉ - Pode deixar que eu acho o que precisar aqui.


CAROLINA - Então tá bom. Estou muito feliz com sua volta.


LORENA - Estamos muito felizes.


CAROLINA - Pode ficar à vontade. A casa é sua também.


André sorri.


Lorena, Dona Wilma e Carolina saem do quarto.


Cena 03: Lanchonete da Dona Líria/Tarde


Fernanda chega à lanchonete. Ela puxa uma cadeira e se assenta.


FERNANDA - Gente, eu consegui. Eu já estava saindo do posto quando o cara me chamou e disse que conhecia o pai do Juliano.


FRED - E aí? Conta mais.


FERNANDA - Então, eu mostrei a foto e falei o nome do pai do Juliano. Ninguém o reconheceu. Aí quando eu estava saindo, um cara me chamou e falou que o conhecia, mas não como Antônio Lima, e sim como Tony, mas que parecia muito com o homem da foto. Eu deduzi que Tony é um apelido para Antônio.


JULIANO - Faz todo sentido.


FERNANDA - Então, se estiver certo, esse é o endereço da família do seu pai, lá em São Paulo. O moço me passou.


Fernanda mostra o papel com o endereço anotado para Juliano.


JULIANO - Que demais né? Você conseguiu o endereço. Muito obrigado Fernanda! Nossa, me alegrou demais.


Fernanda aponta no papel


FERNANDA - E esse é o nome do caminhoneiro, Ricardo. E na frente o número de telefone dele, caso precise pra alguma coisa.


JULIANO - Ok. Muito bom!


MARINA - E você querendo desistir da minha ideia.


JULIANO - Muito obrigado você também Marina! Vocês duas foram demais. Sério, só tenho a agradecer a vocês.


FERNANDA - Fiz de todo coração. Agora me resta achar o meu pai.


JULIANO - Pode contar comigo. Eu espero que eu consiga retribuir o que você me fez.


MARINA - Conta comigo também amiga.


FRED - Mas agora, Juliano, você tem que ir pra São Paulo, seguir esse endereço e achar seu pai.


MARINA - Como você vai fazer?


JULIANO - Então, eu vou ter que ficar um tempo em São Paulo. Eu vou ter que juntar um dinheiro aqui primeiro e depois ir pra lá. Eu estou muito feliz e ansioso pra ir atrás do meu pai. Mas vou trabalhar uns 3 meses pra juntar uma grana, pra que eu possa ficar lá durante uns dias.


FERNANDA - Isso. É melhor juntar um dinheiro antes.


MARINA - É, porque você vai ter gastos. Vai precisar de dinheiro pra comer, pra alugar um lugarzinho pra você ficar.


JULIANO - Pois é. Por isso vou juntar esse dinheiro antes.


Cena 04: Casa de Stéfany/Quarto de Stéfany/Interior/Noite


Conrado está deitado na cama.



Conrado fala sozinho.


CONRADO - Alguém ajudou a Stéfany a sair daqui. A porta estava derrubada. Tenho quase certeza que foi aquela Marlene.


Conrado pensa.


Conrado fala sozinho novamente


CONRADO - Aposto que a Stéfany está na casa dela, e ela está mentindo falando que não.


Conrado sente raiva


CONRADO - Dá vontade de ir na casa dela, vasculhar lá tudo. Se eu acho a Stéfany lá, trago ela pra casa na marra.


Cena 05: Casa de Lizandra/Quarto de Lizandra/Interior/Noite


Lizandra está estudando, quando Kátia entra e fecha a porta.


KÁTIA - Filha, onde você dormiu ontem? Você saiu a noite e não voltou pra casa.


LIZANDRA - Eu fui tomar um sorvete com o Gustavo.


KÁTIA - Com aquele menino né? 


Lizandra faz com a cabeça que sim


KÁTIA - E depois do sorvete? Onde você dormiu?


LIZANDRA - Então, mãe, a gente se acertou, e nós resolvemos voltar a namorar. Eu dormi na casa dele.


Maurício escuta a conversa das duas do outro lado da porta.


LIZANDRA - Eu sei mãe, que você não fica muito satisfeita, eu não gosto de te contrariar, mas eu amo ele, e não tem como eu reprimir esse amor.


Kátia escuta Lizandra


LIZANDRA - O amor não pode ser reprimido. O amor tem que ser livre pra ser sentido e vivido. Toda forma de amar é bonita. O amor é lindo.


Kátia escuta


LIZANDRA - Você me entende, mãe?


Kátia pega a mão de Lizandra


KÁTIA - Olha filha, eu não posso te impedir de amar esse menino. E eu não vou ser empecilho para o amor de vocês. Como você disse, o amor tem que ser livre pra ser vivido. Eu não quero impedir mais o namoro de vocês. Só tome cuidado pra não se machucar.


Kátia abraça Lizandra


KÁTIA - Eu te amo. Só quero sua felicidade. Seja feliz.


Maurício escuta toda a conversa e faz gestos de raiva, do outro lado da porta.


Cena 06: Casa de Marina/Quarto de Viviane/Interior/Noite


Marina conversa com sua mãe


MARINA - Mãe, você não acha que deveria conversar com o Marcelo?


VIVIANE - Mas eu converso com ele. Eu sou mãe dele, eu converso com meu filho.


MARINA - Mas mãe, o Marcelo passa o tempo todo no quarto dele. Eu não acho que você dá atenção pra ele.


VIVIANE - Marina, seu irmão fica no quarto porque ele prefere ficar lá. Qual o problema de ficar no quarto?


MARINA - O problema é que ele só fica no quarto. Pouco sai de casa. Eu acho que você não enxerga as coisas.


VIVIANE - Quais coisas Marina?


MARINA - Conversa com ele, é melhor. Escuta o Marcelo. Se interessa mais na vida dele.


VIVIANE - Você está dizendo que eu não me importo com o seu irmão?


MARINA - Não é que você não se importe. Mas deixa a desejar em algumas coisas. Meu pai já não liga para ele, e nem pra mim, então dê o seu melhor.


Viviane fica pensativa


Cena 07: Casa de Bárbara/Quarto de Barbará/Interior/Noite


Juliano conta as novidades para Bárbara


JULIANO - Eu estava pra desistir dessa ideia da Marina. Eu estava com ela e o Fred na lanchonete da Dona Líria esperando a Fernanda voltar. Aí a Fernanda ligou pra Marina e falou que tinha conseguido o endereço da família do meu pai.


Bárbara não demonstra interesse na conversa.


JULIANO - Pra você ver, quando nós iríamos desistir dessa tática de procura, a Fernanda conseguiu uma informação tão boa.


Juliano sorri animado.


BÁRBARA - Acho bom que vocês tenham conseguido. Mas agora chega de Marina e Fernanda. Você fica "Fernanda isso", "Marina aquilo". Esquece essas meninas um pouco.


JULIANO - Nossa, só estou te contando.


BÁRBARA - Eu já falei que achei bom.


JULIANO - Exatamente, você só falou isso. Nem demonstrou interesse na conversa. Nem pareceu animada com o que te contei, com a minha felicidade.


BÁRBARA - É porque só de ouvir os nomes Fernanda e Marina, eu já perco o interesse.


Juliano fica cabisbaixo


JULIANO - Ciúmes né?


BÁRBARA - Isso ciúmes. Você é inocente, não vê que essas meninas te ajudaram por interesse em você.


JULIANO - Não tem nada haver, Bárbara. Elas me ajudaram porque nós combinamos de um ajudar o outro. E eu vou ajudar a Fernanda agora.


Bárbara se irrita


BÁRBARA - Não vai mesmo. Pra ficar perto delas e elas darem em cima de você? De jeito nenhum.


JULIANO - Eu vou ajudar sim. Eu combinei com elas. E eu sou amigo delas. Como que eu não vou ajudar?


BÁRBARA - Não ajudando, simples.


JULIANO - Bárbara, eu não vou deixar de ajudar as meninas por causa do seu ciúme obsessivo. Não vou ser ingrato com elas só pra realizar suas vontades.


Bárbara aumenta o tom de voz


BÁRBARA - Eu não quero. Não confio nessas meninas.


JULIANO - Você pode até não confiar nelas, mas em mim você tem que confiar. Você não tem confiança em mim?


BÁRBARA - Do que adianta eu confiar em você? Essas meninas vão correr atrás de você, até que você vai ceder. Eu acho que até seu serviço pode atrapalhar nosso relacionamento. Você ficar entregando pizza. Você não entrega só pra homens, pra mulheres também. Vai saber o que pode acontecer nessas entregas.


JULIANO - Olha o que você tá falando. Você tá escutando o que você tá falando? Você não confia em mim, Bárbara.


Juliano é decisivo


JULIANO - Olha, pra mim chega, já deu.


Bárbara tenta se acalmar


BÁRBARA - O que você quer dizer?


JULIANO - Pra mim já deu. O seu ciúme está desgastando nossa relação. Eu não quero mais isso.


BÁRBARA - Como não quer mais?


JULIANO - Eu estou terminando com você. É melhor a gente terminar. Por mim e por você, pra nossa saúde mental.


BÁRBARA - Eu não quero terminar. A gente não precisa terminar assim.


JULIANO - Mas eu estou terminando. Não quero mais. Eu vou embora.


Silêncio


JULIANO - É o melhor pra esse momento.


Juliano sai pela porta, e Bárbara chora.


Cena 08: Empresa de João Vicente/Sala de João Vicente/Interior/Dia


Marina conversa com seu pai, João Vicente.


MARINA - Aí eu decidi vir aqui. Você não procura a gente.


JOÃO VICENTE - Eu não tenho tempo, Marina. Sempre tenho reuniões, estou sempre ocupado.


MARINA - Mas não dá tempo nem de fazer uma ligação?


João Vicente acelera a conversa


JOÃO VICENTE - Você pode ir direto ao assunto? O que você quer falar comigo?


MARINA - É sobre o Marcelo.


JOÃO VICENTE - O que tem seu irmão?


MARINA - Eu acho que você precisa conversar mais com ele, se relacionar mais com ele. Na verdade não só com ele, comigo também. Mas, enfim, o Marcelo está precisando mais.


JOÃO VICENTE - Precisando por que? Tá faltando dinheiro, escola, saúde pra vocês?


MARINA - Então pai, não é sobre isso que eu falo que ele precisa. É sobre amor de pai, é sobre o apoio paternal. O dinheiro não garante essas coisas.


João Vicente é frio


JOÃO VICENTE - Apoio paternal?


MARINA - Sim. O Marcelo precisa de gente pra conversar com ele. É não é só de você, minha mãe também deixa a desejar.


João Vicente escuta Marina


MARINA - O Marcelo precisa de vocês. Vocês tem que ouvir o Marcelo. Ele chega da escola, passa o resto do dia no quarto dele. Às vezes, eu bato na porta do quarto dele, entro e dou um abraço, converso um pouco com ele. Mas ele precisa de você, e da minha mãe também; vocês são os pais dele.


JOÃO VICENTE - Pelo que você está me falando isso é drama adolescente, faz parte da vida. Daqui um tempo passa.


MARINA - Não é só isso. Ele quer falar com vocês, ele precisa desabafar.


JOÃO VICENTE - Você fala com uma certeza, ele tem algo pra contar? Algo que você saiba? Me conta ué.


Alguém bate na porta, interrompendo a conversa.


JOÃO VICENTE - Pode entrar.


A porta abre, e é Rômulo.


Marina reconhece que Rômulo é o pai de Fred.


RÔMULO - João Vicente, está aqui o documento que você pediu.


JOÃO VICENTE - Obrigado.


Rômulo deixa o documento sobre a mesa.

Rômulo reconhece Marina.


RÔMULO - Essa é a sua filha, né?


JOÃO VICENTE - Sim, a Marina.


Rômulo se dirige a Marina


RÔMULO - Ah, você está namorando meu filho, né?


Marina fica sem graça.


MARINA - Sim.


Rômulo diz sorrindo.


RÔMULO - Faço gosto.


Marina responde com um sorriso.


Rômulo sai da sala.


João Vicente olha sério pra Marina.


JOÃO VICENTE - Você está namorando e nem me falou nada. Não iria me contar?


MARINA - Eu ia te contar. Mas acabei esquecendo.


JOÃO VICENTE - Quem é esse rapaz?


MARINA - É filho do Rômulo. O nome dele é Fred.


JOÃO VICENTE - Juízo hein. Não vai arrumar filho com essa idade.


MARINA - A gente se cuida.


JOÃO VICENTE - "A gente se cuida", olha lá hein.


MARINA - Pai, eu vou indo. Não esquece do que te falei. Tchau!


JOÃO VICENTE - Tá bom. Tchau.




Takes de cenas:


Juliano trabalha pra conseguir o dinheiro para ir pra São Paulo.


Bárbara chora após o término do namoro.


Stéfany consegue medida protetiva contra Conrado.


O namoro de Lizandra e Gustavo se fortalece a cada dia.


Sr. Klaus e Dona Líria se encontram na rua e se estranham.


Fred e Marina se divertem juntos.


A barriga de Lorena cresce conforme avança a gravidez.


Marcelo vai à praia.


Fernanda procura pistas do seu pai nos documentos que sua mãe guarda.


Stéfany consegue um emprego e aluga uma casa pra ela e Kika morarem.


Conrado descobre o novo endereço de Stéfany.


Marcelo usa muitas drogas.


Lizandra é discriminada por Rômulo, pai de Gustavo.


Sabrina continua realizando programas com clientes ricos.


Juliano consegue dinheiro para ir pra São Paulo.



4 Meses Depois



Cena 09: Escola Guedes Tavares/Pátio/Manhã


Lorena está sozinha, até que Marina e Fernanda chegam.


MARINA - Bom dia, Lorena! Tá aí sozinha?


LORENA - Estou esperando o Danilo chegar.


MARINA - Ah sim.


Fernanda passa a mão na barriga de Lorena


FERNANDA - Como sua barriga tá grande. Você está grávida a quanto tempo?


LORENA - 22 semanas.


MARINA - E é menino ou menina?


LORENA - Menina. Vai se chamar Clara.


FERNANDA - Nome lindo.


Lorena sorri.


MARINA - Lorena, eu percebi que você está distante das meninas que você andava antes.


LORENA - Estou mesmo. Na verdade elas se distanciaram de mim. Desde que ficaram sabendo que eu estava grávida que não falam muito comigo mais.

Elas querem amigas que podem virar a noite em festas bebendo sem moderação. Eu grávida e prestes a ser mãe, elas dispensaram.

Eu achei que fosse ter mais apoio delas, mas…


MARINA - Que chato né?


LORENA - Muito. Eu entendo que eu e o Danilo poderíamos ter evitado a gravidez. Existem métodos contraceptivos e nós temos conhecimento deles, mas deixamos de usar "porque é mais prazeroso", "porque o sexo é melhor sem camisinha", e por acharmos "que nunca aconteceria com a gente"; aí aconteceu. Depois que já está feito, não tem como desfazer. No começo é mais difícil, mas hoje eu estou muito feliz assim, eu amo minha filha.


FERNANDA - Admirável seu amadurecimento!


MARINA - Pois é. E olha, você não precisa ficar sozinha. Suas amigas te deixaram, mas nós estamos aqui.


LORENA - Ah. O Danilo é muito maravilhoso, minha família também, mas amigos fazem falta. Sou grata pelo apoio de vocês.


Lorena, Fernanda e Marina se abraçam.


Cena 10: Casa de Juliano/Cozinha/Interior/Tarde


Juliano e Marlene estão sentados à mesa tomando café.


JULIANO - Finalmente eu consegui juntar esse dinheiro, e agora eu vou pra São Paulo.


MARLENE - Está feliz né?


JULIANO - Eu estou.


MARLENE - Eu fico feliz por você. Você já sabe quando vai viajar?


JULIANO - Eu vou amanhã. Vou de ônibus.


MARLENE - Ah sim. Você já avisou o Sr. Klaus da sua viagem?


JULIANO - Eu preferi entregar o serviço, não sei quanto tempo vou precisar. E indiquei um colega pra ficar no meu lugar. Ele me entendeu.


MARLENE - Ah que bom.


JULIANO - Uma parte desse dinheiro que juntei, vou deixar aqui, caso a senhora precise pode usar.


MARLENE - Não se preocupe comigo não. Eu me viro aqui.


JULIANO - Nem adianta falar que não precisa, eu vou deixar um dinheiro pra senhora.


Cena 11: Casa de Gustavo/Exterior/Noite


Gustavo e Lizandra estão saindo e Rômulo chegando em casa.


GUSTAVO - Oi pai.


RÔMULO - Oi.


LIZANDRA - Boa noite Sr. Rômulo.


Rômulo não responde a Lizandra.


GUSTAVO - Amor, vai saindo que eu preciso falar em particular com meu pai.


Lizandra sai pelo portão e espera Gustavo do lado de fora.


Gustavo conversa com Rômulo


GUSTAVO - Por que você trata minha namorada dessa forma tão grosseira?


RÔMULO - É o que ela merece.


GUSTAVO - Você é muito preconceituoso.


RÔMULO - Você ao invés de namorar uma moça rica, namora essa menina pobre, e escurinha ainda.


GUSTAVO - Pra mim não importa classe social, não importa cor, o que importa é o caráter.


RÔMULO - Você deveria fazer como seu irmão, que namora uma menina rica, bonita, branquinha, e filha do meu chefe ainda. O Fred é um orgulho, já você.


GUSTAVO - O Fred namora a Marina porque ele gosta dela, e não por esses motivos que você citou.


RÔMULO - Mas de alguém como ela dá pra gostar, agora de alguém como sua namorada é difícil.


GUSTAVO - Eu vou embora antes que a gente brigue.


Gustavo sai.


Rômulo fala sozinho


RÔMULO - Ainda quer brigar, sendo que eu estou certo.


Cena 12: Casa de Juliano/Sala/Interior/Manhã


Juliano chega na sala com suas malas prontas pra viagem.


JULIANO - Mãe, estou indo.


MARLENE - Arrumou tudo direitinho? Pegou roupa suficiente? Guardou o dinheiro bem guardado? Pegou seus documentos?


JULIANO - Tá tudo certo, mãe.


MARLENE - Tá bom meu filho, me dá um beijo.


Juliano e Marlene se abraçam.


MARLENE - Toma cuidado lá tá. Não deixa de me mandar mensagem.


JULIANO - Pode deixar.


MARLENE - Vou ficar aqui torcendo pra tudo dar certo.


Juliano sorri e abraça Marlene.


JULIANO - Vou indo, mãe. Tá na hora.


MARLENE - Tá bem.


JULIANO - Fica com Deus! Te amo!


MARLENE - Te amo também, se cuida lá. Estou alegre por você.


Juliano demonstra felicidade


JULIANO - Também estou muito alegre, e ansioso.


MARLENE - Vai dar tudo certo.


Marlene acompanha Juliano até a porta, onde se despedem.


Cena 13: Rodoviária/Exterior/Manhã


O ônibus pra São Paulo chega à rodoviária.

Juliano pega sua passagem e caminha até o ônibus. Ele entrega a passagem ao motorista que permite o seu embarque. Juliano adentra o ônibus, procura sua poltrona e se assenta.


Cena 14: Praia de Ipanema/Exterior/Dia


Marcelo está sentado na areia.


A alguns metros de distância está André.


André deixa sua camisa na areia e corre em direção ao mar.


Marcelo vê quando uma onda vem e leva a camisa de André.


MARCELO - A camisa do menino.


Marcelo corre e consegue pegar a camisa de André.


André vem saindo do mar em direção a Marcelo.


Marcelo diz, quando André está mais próximo dele


MARCELO - Sua camisa, a onda já estava levando.


Marcelo entrega a camisa a André


ANDRÉ - Obrigado por ter segurado!


MARCELO - Por nada!


ANDRÉ - Qual o seu nome?


MARCELO - Marcelo e o seu?


ANDRÉ - André. Você é daqui mesmo? Senta aí.


Marcelo e André se assentam na areia.


MARCELO - Sou daqui de Ipanema mesmo. Você também? Eu não te conheço, mas deve ser, porque eu não saio muito, não vejo muita gente.(Risos)


ANDRÉ - (Risos) Eu sou daqui. Eu estava fora do Brasil há um tempo. Voltei há alguns meses.


MARCELO - Ah sim. Legal!


ANDRÉ - Talvez você conheça minha mãe ou minha irmã.


MARCELO - Quem são elas?


ANDRÉ - Minha mãe se chama Carolina. Tenho minha avó também, Wilma. E minha irmã, Lorena.


MARCELO - Eu conheço uma Lorena. Será que é a mesma?


ANDRÉ - A Lorena minha irmã estuda na Guedes Tavares.


MARCELO - Que está grávida?


ANDRÉ - Isso, ela mesma.


MARCELO - Nossa, que legal! Ela e minha irmã, Marina, são colegas.


ANDRÉ - Se sua irmã for tão legal quanto você, fico feliz pela Lorena.


Marcelo sorri


MARCELO - Ela é sim.


André sorri, olhando fixo para Marcelo


ANDRÉ - Você me daria a honra de ter seu número de telefone?


Marcelo sorri envergonhado


MARCELO - Anota aí.


Marcelo fala o número e André anota em seu celular.


ANDRÉ - Tá certo?


André mostra o número em seu celular.


MARCELO - Certo.


Marcelo repousa suas mãos sobre a areia da praia.


ANDRÉ - Pronto, contato salvo!


André guarda o celular.


Quando André vai colocar suas mãos na areia, ele põe uma delas, sem intenção, sobre a mão de Marcelo.


André e Marcelo percebem o toque e se encaram, mantendo as mãos uma sobre a outra.


A câmera foca nas mãos deles.


A cena congela



Fim do episódio.

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