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EM SEU LUGAR - CAPÍTULO 39 (ÚLTIMAS SEMANAS)

 



 

Capítulo 39 (Últimas Semanas)

 

Cena 01 – Donna Sô (Café Bar) [Interna/Noite]

Música da cena: In The Silence – Leroy Sanchez

(Atordoada com o beijo, Cristina levantou-se bruscamente e Rodrigo também).

 

CRISTINA: Céus, o que fizemos? (Questiona-se confusa).

RODRIGO: Eu pediria desculpas se eu me arrependesse desse beijo, mas eu queria e sinto que você também queria. Eu estou errado?

CRISTINA: Não sei, Rodrigo. Eu estou confusa, não sei o que sinto!

RODRIGO: Você não gostou do beijo?

CRISTINA: Eu gostei, é claro que gostei... Mas tenho medo de estarmos fazendo algo errado, sei lá! Eu acabo de sair de uma relação, você tem sua vida, seus filhos...

RODRIGO: (Interrompe Cristina e a beija de novo).

CRISTINA: (Afasta-se após o beijo, completamente extasiada).

RODRIGO: Bem, agora eu preciso ir. Te vejo segunda-feira na faculdade, não falte. Nosso projeto precisa de você! (Despede-se e entra em seu carro).

CRISTINA: Tudo bem, eu estarei lá... (Responde ao vê-lo ir embora).

(Nesse momento, Sofia e Tiago se aproximam da saída do bar).

TIAGO: Mandou bem, hein? Bonitão esse professor!

CRISTINA: Vocês viram o que aconteceu? (pergunta constrangida).

SOFIA: Tudinho! E sinto muito em dizer, mas o Ulisses arrumou um rival à altura. (Comenta pensativa).

CRISTINA: Vocês dois... (Responde sem jeito e entra no bar em seguida).

 

Cena 02 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Noite]

Música da cena: Resposta - Skank

(Imagens externas apresentam os grandes edifícios iluminados de São Paulo, com o passar da noite, o fluxo do trânsito diminui e em seguida, surge a fachada do hospital. Em seu quarto, Letícia conversava com Tiago e Daniel).

 

DANIEL: Ai irmã, o Théo é lindo... Parece um boneco!

TIAGO: É verdade! O seu irmão praticamente subornou a enfermeira do berçário para conseguir ver o menino de perto.

LETÍCIA: (Dá uma risada) Já imagino, prevejo que o meu filho será sedutor como o tio.

TIAGO: Ai meu Deus, mais um? (brinca).

DANIEL: Pois vocês que aguentem, em breve só vai dar o Théozinho nas paradas! (conclui).

 

Cena 03 – Mansão Assumpção [Interna/Manhã]

Música da cena: Jura Secreta – Lucinha Lins

(Com a transição de cenas, surge a fachada da Mansão Assumpção. Os jardineiros cuidavam do jardim, enquanto os seguranças percorriam toda a área externa da propriedade. Na cozinha, Amália terminava de preparar a bandeja com o café da manhã de Marion, quando Amanda adentrou).

 

AMÁLIA: Bom dia, senhorita. Deseja alguma coisa? Se quiser, posso preparar alguma coisa para o seu café da manhã.

AMANDA: (Serve-se com um pouco de suco de laranja) Não, não precisa se incomodar. Eu vou tomar apenas um suco! Já preparou o café da minha avó? (Questiona após tomar um gole do suco).

AMÁLIA: Sim, estava terminando de servir tudo. Já vou subir para alimentá-la!

AMANDA: Não! Eu faço questão de alimentar a minha avó, eu sou neta dela, é meu dever cuidar dela. Pode deixar, que eu mesma levo a bandeja.

AMÁLIA: A senhorita tem certeza? Eu posso fazer isso!

AMANDA: É claro que tenho! Eu amo a minha avó, faço questão. (Responde ao pegar a bandeja em cima do balcão da cozinha).

AMÁLIA: Senhorita, tenha cuidado! O caldo está quente... (Diz ao avistar Amanda carregando a bandeja).

AMANDA: Pode deixar! (Responde friamente).

(Após subir a escada carregando a bandeja e caminhar pelo extenso corredor do segundo pavimento da mansão, Amanda entrou no quarto de Marion).

AMANDA: Velha nojenta... Vegetal! Eu trouxe o material pra você fazer a sua fotossíntese... (Debocha as gargalhadas).

MARION: (Continua com os olhos fechados).

AMANDA: A sua netinha favorita vai te dar comidinha na boquinha... É um caldinho, já que você não está mais usando aquela sonda nojenta. A Amália disse que está bem quente e está mesmo... (Diz ao se aproximar da cama e se sentar ao lado de Marion). – Ai, ultimamente eu ando tão esquecida... São tantas coisas que tenho que fazer administrar naquela empresa... Que mal faz te dar um caldinho quente?

MARION: (Aterrorizada, Marion abre os olhos e olha para Amanda).

AMANDA: Velha desgraçada! Então você abriu mesmo os olhos e fingiu para mim, não foi? Eu vou te ensinar uma lição que você não vai esconder jamais... (Amanda aproxima a colher com caldo quente da boca de Marion).

MARION: (Os olhos de Marion começam a lacrimejar).

(Nesse momento, Amália invade o quarto).

AMÁLIA: Precisa de ajuda? (Pergunta nervosa).

AMANDA: A minha avó abriu os olhos, isso é um milagre! (Responde ao se virar, fingindo estar emocionada). – Eu preciso avisar ao médico, toma a bandeja. Fica com ela, que eu não demoro! (Diz ao sair do quarto).

(Do lado de fora do quarto, Amanda expõe sua raiva).

AMANDA: Eu preciso dar um jeito nessa velha antes que ela resolva melhorar e dê com a língua nos dentes! (Pensa em voz alta).

(No interior do quarto, Amália coloca a bandeja em cima da mesinha e se aproxima de Marion).

AMÁLIA: Me desculpe entrar no seu quarto desse jeito, mas de repente eu tive um mau pressentimento. Não se preocupe, eu vou te proteger! (Diz acariciando o cabelo de Marion, tentando acalma-la).


Cena 04 – Cobertura de Rodrigo [Interna/Manhã]

(Quando Rodrigo saiu de seu quarto, acabou se surpreendendo ao encontrar Vilma servindo um café para Bárbara na sala de estar).

 

RODRIGO: Bárbara? Eu não sabia que estava aqui, você não comentou que vinha! (Diz surpreso).

BÁRBARA: (Segura a xícara e coloca um guardanapo no colo) Talvez você soubesse, se não estivesse na noitada. Eu liguei ontem a noite, mas para a minha surpresa você não estava em casa e havia deixado os meus netos sozinhos.

RODRIGO: Eu não deixei os meus filhos sozinhos, eles ficam muito bem acompanhados pela Vilma. Além disso, eu não estou gostando desse tom e nem dessa visita nada cortês! (Retruca).

BÁRBARA: Tudo bem, já que você insiste em ser sincero, eu retribuirei. Não gosto de você, nunca gostei. Sempre achei que só estava interessado no dinheiro da minha filha. Eu acho que esse não é ambiente ao qual meus netos, filhos da minha Vivian devam ser criados.

RODRIGO: Ah, é? E eu posso saber qual é o ambiente adequado para que os meus filhos vivenciem? Não me diga que seriam ao seu lado? (Pergunta de forma irônica).

BÁRBARA: Eu vou entrar na justiça para requerer a tutela integral dos meus netos, você nunca mais vai vê-los! (Responde de forma fria).

RODRIGO: Isso nunca vai acontecer, os meus filhos não vão sair do meu lado nunca. (Rodrigo se aproxima e tira a xícara da mão de Bárbara, entregando em seguida para Vilma). – Vilma, pode recolher tudo e acompanhar essa senhora até a porta, ela já está de saída. (Ordena encarando Bárbara).

BÁRBARA: (Levanta do sofá e encara Rodrigo da mesma forma) Isso não vai ficar assim! (vai embora em seguida).

 

Cena 05 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Manhã]

(Marina embalava Théo, o filho de Letícia, em seu colo e estava encantado com o menino).

 

MARINA: Ele parece um anjinho, acho que ele gostou de mim!

LETÍCIA: É claro que ele gostou, o meu filho reconheceria a avó dele de longe.

ANTÔNIO: Ih, já vi tudo! Essa daí será uma avó extremamente coruja, não vai negar nada a esse menino.

MARINA: E não vou mesmo! O meu neto terá tudo de bom e do melhor. A única parte que me entristece, é que como a Letícia não mora mais conosco, nós não iremos vê-lo com tanta frequência. Se não soubesse que iria incomodar, visitaria vocês todos os dias.

LETÍCIA: (Fica séria após a fala de Marina) Então, eu queria falar com vocês dois sobre isso. Se vocês dois concordarem e aceitarem me receber novamente, eu gostaria de voltar para casa, só que agora, com o Théo.

MARINA: Voltar para casa? Mas é claro que nós te receberíamos, aliás, nós iriamos amar ter a companhia de vocês dois.

ANTÔNIO: Mas o que aconteceu? Não vai me dizer que aquele canalha aprontou? Se ele tiver feito algo, eu sou capaz de mata-lo.

LETÍCIA: O senhor não vai fazer nada, papai. Por enquanto, não quero falar sobre isso... Eu vou voltar para casa, não se fala mais nisso e o Théo vai comigo. (Completa).

 

Cena 06 – Sobrado de Sofia [Interna/Tarde]

Música da cena: Não Sai Da Minha Cabeça - Externa

(Com a transição de cena, as ruas do bairro do Bixiga surgem ensolaradas. Murilo Neto aguardava na rua, como se estivesse esperando por alguém. Até que ouviu o som de um portão se abrir).

 

MURILO NETO: Trouxe? (Pergunta ao ver Tiago).

TIAGO: (Entrega a escova de Cristina para Murilo Neto) Não sei o que está acontecendo, mas algo me diz que é muito importante. Foi apenas por esse motivo que eu aceitei participar disso.

MURILO NETO: E é, pode acreditar! Se tudo sair como eu penso que sairá, em breve você terá excelentes notícias. Bem, agora eu tenho que ir. Estou com um pouco de pressa, a gente vai se falando... (Diz ao sair apressado).

TIAGO: (Observa Murilo Neto caminhar pela rua apressado) O que será que esse daí está aprontando? (Pensa em voz alta).

CRISTINA: Falando sozinho, amigo? (Pergunta ao se aproximar, após voltar do mercado).

TIAGO: Ai que susto, você quase me matou, menina! (Diz ao se virar e ver Cristina).

CRISTINA: Nossa, eu não queria te assustar. Que foi, não me diga que estava aprontando? (brinca).

TIAGO: Aprontando? Eu? Claro que não, de onde tirou isso? Eu, hein... (Responde nervoso e de forma desconexa. Em seguida, entra apressado).

CRISTINA: (Estranha o comportamento de Tiago e em seguida entra em casa carregando algumas sacolas).


 

Cena 07 – Parque Ibirapuera [Externa/Tarde]

Música da cena: With You – Sam Bailey

(Com a transição de cenas, surge o Parque do Ibirapuera. Após comprar dois sorvetes, Murilo alcançou Sofia e lhe entregou um, ficando com o outro. Em seguida os dois começaram a conversar, conforme caminhavam).

 

SOFIA: Esse lugar é tão lindo, é incrível como eu mal o aproveitei durante todos esses anos morando aqui, tendo nascido e me criado em São Paulo.

MURILO: É verdade, um paraíso particular tão pertinho de nós e nem aproveitamos.

SOFIA: (Sorri) Quando descobri que estava com câncer, pensei que viveria como nos filmes, pararia de trabalhar e sairia em uma viagem pelo mundo para aproveitar a vida, mas as coisas na vida real são tão diferentes, não consegui parar de trabalhar.

MURILO: Você é uma mulher tão admirável, sabia? A sua força e coragem me fazem muito bem. (Responde olhando para Sofia).

SOFIA: Você também é um homem forte e corajoso, só nunca te deixaram acreditar nisso, mas enquanto eu estiver aqui, farei você ver o quanto você é incrível.

MURILO: Eu só não gosto quando você fala assim, em tom de despedida. Você vai ficar curada com esse tratamento, eu tenho certeza. Você não?

SOFIA: Não é isso! Todos nós temos o mesmo destino, nascer e morrer. Eu não tenho medo da morte, se ela vier, é porque chegou a minha hora e estava escrito em meu destino. O único medo que eu tenho, é de não aproveitar a vida como deveria.

MURILO: E o que te falta para aproveitar a vida em toda a sua plenitude? (Questiona).

SOFIA: Viver um grande amor! (Responde olhando para Murilo).

MURILO: Talvez o amor aconteça quando você menos esperar... (Conclui).

 

Cena 08 – Ruas de São Paulo [Externa/Tarde]

(Com a transição de cenas, surgem as ruas do bairro do Bixiga. Em seu carro, Ulisses aguardava alguém, checando a todo momento a movimentação da rua através do retrovisor).

 

MURILO NETO: (Abre a porta do carro e entra no veículo, sentando-se no banco do passageiro).

ULISSES: E então, conseguiu?

MURILO NETO: Consegui! Aqui dentro dessa sacola estão uma escova de cabelo da minha tia e outra da Cristina. O que você vai fazer agora? (Diz ao entregar uma sacola a Ulisses).

ULISSES: Eu vou até um laboratório onde um velho amigo trabalha, como esse exame costuma demorar para ficar pronto, vou pedir um em caráter de urgência, não podemos esperar muito.

MURILO NETO: Excelente! Eu não suporto mais ver a minha família metida nesse universo de intrigas e mentiras. Eu quero saber a verdade, a minha tia merece saber quem é a verdadeira filha dela.

ULISSES: Uma vez eu prometi para a Cristina que encontraria a família dela e mesmo não estando mais juntos, eu não desisti de cumprir a promessa.

MURILO NETO: Você ainda gosta dela, não gosta? (Questiona).

ULISSES: Não posso negar, mas existe um abismo entre nós dois. Apesar de agora estar em dúvida, principalmente pelo fato de achar que a Amanda pode estar envolvida nisso. Enfim, depois do resultado do exame, teremos tempos para conversar. (Conclui).

 

Cena 09 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

Música da cena: Não Sai Da Minha Cabeça – Flávio Ferrari, Gabriel Nandes

(Imagens aéreas percorrem a cidade de São Paulo e mostram os grandes edifícios da cidade, iluminados com todas as suas luzes. Em seguida, surge a fachada da mansão. Após Amália sair do quarto de Marion, Amanda voltou a entrar).

 

AMANDA: Pode abrir os olhos, seu vegetal mentiroso! Eu pensei que esse urubu não fosse mais sair perto da moribunda... (Diz se aproximando da cama).

MARION: (Abre os olhos e os arregala ao ouvir a voz de Amanda).

AMANDA: Que ossos mais duros para a sua idade, não quebrou nadinha ao despencar daquela escada. Mas se você é tão ruim para achar que é inquebrável, eu vou te mostrar que eu sou persistente e vou acabar com você de uma vez por todas... (Ameaça).

(Nesse momento, o celular de Amanda toca).

AMANDA: (Olha na tela do celular e nota que se trata de um número desconhecido) Alô? Quem fala?

KÁTIA: Oi filhinha, não adivinha onde eu estou? (Questiona sorridente ao observar a fachada do Donna Sô – Café Bar).

AMANDA: Com certeza em um desses bares de pé de chinelo, que você ama frequentar!

KÁTIA: Não, dessa vez eu estou em um bar mais bem frequentado. Acho que você conhece, fica no bairro do Bixiga.

AMANDA: (Aterroriza-se e fica em silêncio).

KÁTIA: Aqui é muito aconchegante, tem música ao vivo, comida boa e uma garçonete muito simpática. O nome dela é Cristina, conhece?

AMANDA: Você está blefando, sua bêbada nojenta...

KÁTIA: Ah, você acha? Então espera um minutinho... (Kátia aponta a câmera do celular para o bar e fotografa Cristina atendendo uma das mesas na área externa). – Olha seu WhatsApp, acabei de te mandar uma foto! (Responde sarcástica).

AMANDA: (Faz o que Kátia diz e se surpreende ao ver a foto de Cristina).

KÁTIA: E então, viu que eu não estava brincando? Eu falei que esse seu atrevimento de me colocar na cadeia te custaria muito caro, não falei? Você tem até amanhã a tarde para me adiantar 100 mil reais em uma pasta, em espécie e nem pense em falsificar, pois eu farei questão de conferir nota por nota.

AMANDA: 100 mil reais? Você ficou maluca? (questiona enfurecida).

KÁTIA: Ou você arruma ou eu conto para a Cristininha e dessa vez quem vai parar na cadeia não sou eu. E então, o que me diz?

AMANDA: Está bem, mande o local do encontro, que eu irei até você.

KÁTIA: (Sorri satisfeita) Foi o que eu pensei! (conclui).


Cena 10 – Pensionato Santa Cruz [Interna/Noite]

Música da cena: Vício – Glória Groove

(Com a transição de cenas, surge a fachada da pensão. No quarto, Vavo e Jacqueline permaneciam deitados na cama, cobertos com um lençol branco, após o sexo).

 

VAVO: Está calada... Tá pensando em quê?

JACQUELINE: Estou pensando no que você me contou! Eu acho que você deve acertar as suas contas com a justiça e entregar a Amanda. Você tem noção do quanto ela está se tornando perigosa? E se ela tiver realmente empurrado a Marion daquela escada? Você não pode esperar ela se rebelar contra você!

VAVO: Cadeia? Você acha mesmo? (Questiona olhando para Jacqueline).

JACQUELINE: Acho! Se você quer construir uma história, você não pode fugir do seu passado. É o certo, eu vou ficar ao seu lado! (Conclui).

VAVO: (Permanece em silêncio).


Cena 11 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Manhã]

Música da cena: Tudo De Novo – Negra Li

(Imagens externas mostram o amanhecer. Com o nascer do sol, as pessoas saem as ruas para cumprirem suas atividades. Carros percorrem de um lado para o outro, em seguida surge a fachada do hospital. Após ter alta, Letícia organizava seus pertences, na companhia de Antônio e Marina).

 

LETÍCIA: Tem certeza de que a senhora não quer ir conosco, mãe? (Pergunta ao dobrar algumas roupas).

MARINA: Tenho sim! Prefiro ir para casa, assim eu organizo melhor as coisas, dou uma limpadinha e preparo tudo para receber os meus dois amores. (Responde enquanto faz Théo dormir).

LETÍCIA: Tudo bem, se a senhora prefere assim. Eu vou com o meu pai até o apartamento, pego algumas coisas do Théo e algumas roupas minhas, em seguida vamos todos para casa. Combinado?

MARINA: Combinadíssimo! (Responde empolgada).

ANTÔNIO: Pois então vamos de uma vez, se não vamos pegar aquele trânsito.

LETÍCIA: Vamos, eu já estou pronta!

(Os três deixam o quarto e vão embora).

 

Cena 12 – Laboratório [Interna/Tarde]

Música da cena: Tudo De Novo – Negra Li

(Imagens externas mostram as ruas movimentadas da cidade de São Paulo, em seguida surge a fachada de um laboratório. Após estacionar seu carro, Ulisses desce do carro e entra no local).

 

ULISSES: E então, deu tudo certo? (Questiona ao reencontrar um velho conhecido que trabalhava no laboratório).

FUNCIONÁRIO: Consegui, mesmo tendo trazido as amostras em cima da hora. Eu consegui avaliar e você realmente estava certo, deu compatibilidade de 99.9%.

ULISSES: Eu sabia! (comemora). – Nem sei como te agradecer depois desse favor!

FUNCIONÁRIO: Não precisa me agradecer, você sempre ajudou minha família, foi um gosto ajuda-lo. Agora vá, dá para ver no brilho dos seus olhos que você quer dar a notícia sobre o resultado desse exame.

ULISSES: (Ergue o envelope, mostrando ao amigo) Esse exame de DNA vai reconstruir uma família, você não pode imaginar! (Conclui).

 

Cena 13 – Mansão Assumpção [Interna/Tarde]

(Amanda entrou em seu quarto com o celular na mão, enquanto discava o número de Vavo).

 

AMANDA: Onde esse idiota se enfiou? Porque ele não me atende! (Responde após ouvir a mensagem eletrônica da caixa postal. Em seguida, Amanda volta a ligar para Vavo). – Maldito infeliz! Deve estar se divertindo com outra... Mas eu não vou permitir ser trocada por ninguém, muito menos por um pobre coitado como ele. (Diz a si mesma furiosa, após jogar o celular em cima da cama).

 

Cena 14 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Tarde]

Música da cena: Seu Lugar – Lucas Mennezes

(Imagens externas apresentam alguns pontos turísticos da cidade. Em seguida surge como plano de fundo as ruas do bairro do Bixiga e a fachada da casa de Marina e Antônio).

 

MARINA: (Alinha alguns lençóis na cama, quando a campainha toca) Devem ser eles! (Em seguida, Marina sai do quarto e vai abrir a porta). – Murilo Neto, Ulisses? (Surpreende-se).

MURILO NETO: A senhora está sozinha? (Questiona).

MARINA: Estou, aconteceu alguma coisa? Foi com um dos meus filhos? O Théo?

MURILO NETO: (Entra e conduz Marina para o interior da casa) Não aconteceu nada, nós só temos um assunto importante para conversar. Eu preciso que a senhora sente e fique calma! (Diz ao se acomodar ao lado de Marina no sofá).

MARINA: Assunto importante? Eu estou começando a ficar assustada! (Estranha o comentário do sobrinho).

ULISSES: É um assunto delicado, mas que vai mudar a vida de toda a família. Tenho certeza disso! (Responde ao fechar a porta e se aproximar dos dois).

MURILO NETO: Eu pensei em iniciar essa conversa de várias formas, mas eu não sei como fazer isso, então não tem outro jeito. Precisamos falar sobre a sua filha!

MARINA: A Amanda fez alguma coisa de errado? O que foi que ela fez agora? (Questiona começando a ficar nervosa).

MURILO NETO: Não é da Amanda que eu estou falando, tia. Eu me refiro à sua filha verdadeira.

MARINA: (Sente um arrepio nesse momento) Filha verdadeira? (Repete).

ULISSES: (Carregando um envelope, senta-se numa poltrona ao lado do sofá) Há algum tempo, nós começamos a desconfiar da Amanda como pessoa e depois de toda a sua trajetória. Bem, depois disso eu estive investigando e fui até ao presidio aonde a Amanda esteve presa com a Cristina...

MARINA: Pre-pre-presa? A Amanda e a Cristina estiveram presas? (Interrompe).

ULISSES: Estiveram e esse foi o ponto de partida para o desenrolar dessa história até o dia de hoje.

MURILO NETO: Eu peguei uma escova de cabelo sua e nós fizemos um teste de DNA. A Amanda não é a sua filha tia!

MARINA: Como não é minha filha? Isso não pode ser verdade...

MURILO NETO: Não, a Amanda não é a sua filha, tia. A Cristina que é! (Conclui).

 

CONTINUA!

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