Amor de Canavial - Capitulo 10
Autor: Diego Silva
Remake/Adaptação da obra de Caridad Bravo Adams
Cena 1/ Itapecerica / Fazenda Canavial/ Casa de Germano/ Interior/ Noite
Lúcia está em desespero com a morte do pai, enquanto Deborah a olha com cinismo.
Lúcia (Chorando) - Pai... Eu te amo... E sempre vou te amar...
Deborah (Cínica) - Lúcia... Meus sentimentos...
Lúcia a ignora, e continua abraçada ao pai. Enquanto Deborah a olha com odio.
Deborah (Pensando) - Sua desgraçada, você é a próxima.
Lúcia (Desolada) - O papai precisa de um velório digno... E eu irei cuidar disso.
Solidária, Olga decide consolá-la.
Olga - Lúcia... Pode contar comigo... Você não estará sozinha.
Rodrigo - É verdade, Lúcia... Sabe o quão difíceis foram nossas perdas, vamos fazer tudo para te ajudar.
Lúcia (Com lágrimas nos olhos) - É que... eu nem pude me despedir, e agora está morto... Mas vou fazer que tenha um enterro digno...
Deborah observa Lúcia com um sorriso malicioso.
Cena 2/ Itapecerica/ Choupana de Dolores/ Interior/ Manhã
Dolores está tomando o café da manhã e percebe Paloma triste e pensativa, inclusive sem comer e nem beber.
Dolores - Paloma, minha neta...
Está sem fome? Ainda não comeu nada...
Paloma (Com a colher na xícara) - Estou sem fome, vovó... Não sei se vou conseguir viver com essa lembrança de que o meu próprio pai tentou abusar de mim...
Dolores (Preocupada) - Minha neta... Você não pode se entregar ... Sei que isso é deprimente para qualquer mulher, mas você precisa se manter forte. Sua mãe também era...
Paloma (Pensativa) - Eu vou tentar... Mas primeiro preciso esquecer isso...
Dolores - Isso, minha neta ... Eu vou te ajudar a esquecer tudo isso que aconteceu... Não vou permitir que esse homem te faça mal.
Enquanto Paloma ouve Dolores, começa a ter recordações e sai correndo.
Dolores (Desesperada) - Paloma, onde você vai?
Cena 3/ Itapecerica/ Cemitério/ Interior/ Manhã
Germano é enterrado sob a presença de todos os conhecidos, e perante o olhar triste de Lúcia, que carrega uma flor.
Lúcia (Com um olhar triste) - Adeus pai, vou sentir sua falta...
Rodrigo (Consolando-a) - Lúcia... Pode contar comigo, não vou deixar você triste.
Lúcia - Muito obrigada... Sinto como se o meu pai estivesse comigo...
Rodrigo - Essa foi a mesma sensação quando perdi o meu pai... Assim ...
Enquanto Rodrigo consola Lúcia, Lorena os observa com olhar de desdém.
Lorena - Quanta decadência, Rodrigo... Quanta decadência...
Olga - Lorena? Pensei que não viria no velório do pai da Lúcia...
Lorena - E não viria. Só vim mesmo porque o conhecia. Pouco importa a filha dele...
Olga (Surpresa) - Nossa ... Quanta amargura...
Deborah aproveita para fazer seu teatro em frente à cova.
Deborah (Fingindo chorar) - Ele era meu marido... Eu o amava tanto... Por que ele foi embora, por quê?
Lúcia - Tia... Não pensei que ficaria triste pela morte do meu pai.
Deborah (Cínica) - Como ficaria se eu o vi cair e morrer? Não pude salvá-lo...
Lúcia - Só sei que Deus vê tudo. (T). Agora meus pais estão juntos, e creio que nunca me abandonarão...
Enquanto isso, o Padre Leon faz uma oração para Germano.
Padre Leon - Unamo-nos em oração pela alma de quem foi chamado à eternidade, que Germano seja recebido pelo Pai...
Em seguida todos se despedem de Germano, o caixão é fechado e Lúcia deixa escapar uma lagrima.
Lúcia - Adeus pai...
Cena 4/ Itapecerica/ Processadora CERCAM / Interior/ Manhã
Ramiro percebe Teobaldo no escritório e decide conversar com ele. Então, Teobaldo fecha a porta.
Ramiro - Bem... Estamos sozinhos aqui... Podemos planejar como faremos tudo.
Teobaldo - Sim, claro. Aqui tem parte das transações que eu fotografo e... pronto.
Ramiro - Eu nunca trabalhei nessa área administrativa, mas creio que em breve tudo estará arruinado. (T) Sem Rodrigo aqui, é como tirar doce de criança.
Teobaldo (Curioso) - Até agora não sei porque o Rodrigo não veio... A Processadora até tem pouca gente.
Ramiro - É que morreu o pai da Lúcia, o Germano, que era dono da Processadora Albuquerque, aí ele deve estar no enterro.
Teobaldo - Nem sabia... Mas o que interessa é o meu trabalho... quer dizer, nosso trabalho... (T). O Rodrigo abandonou a Isabela, e ele vai ficar sem seu querido dinheiro. De repente pego até a Processadora para mim.
Ramiro - Antes disso, temos que escapar... (T). Mas vou sair uns dias e volto.
Teobaldo - Posso saber o motivo?
Ramiro - Uma coisa que eu fiz... E não quero ser preso...
Em seguida, Teobaldo tira fotos de vários balanços.
Teobaldo - Isso... Agora só agirmos.
Cena 5/ Itapecerica/ Fazenda Canavial/ Interior / Tarde
Desesperada pelas recordações do estupro, Paloma anda pela fazenda.
Paloma - Que nojo... Eu quero morrer...
Flashback on
Ramiro se aproxima de Paloma e tenta fugir, mas o vilão a alcança e a joga no chão.
Flashback off
Paloma (Com lágrimas nos olhos) - Não, não...
Paloma anda em direção ao rio e entra na agua, decidida a acabar com sua vida. Mais atrás, Afonso a observa e percebe que a moça submergiu na água.
Afonso (Preocupado) - Paloma!
Ele entra na água e a retira. Em seguida, Afonso percebe tristeza em Paloma.
Afonso - O que houve, Paloma? Por que quis entrar na água dessa maneira? Voce podia ter se afogado.
Paloma (Com lágrimas nos olhos ) - É que... Eu queria morrer...
Afonso (Surpreso) - Como assim você queria morrer?
Paloma (Desesperada) - É que... O Ramiro tentou abusar de mim aqui na fazenda e eu não pude fazer nada... Ele ainda é meu pai!
Afonso (Alterado) - Como assim?
Paloma - A minha avó disse que o Ramiro se relacionou com a minha mãe Patricia e... eu nasci.
Afonso - Nenhuma mulher deve ser violentada, eu vou tirar satisfações com ele! Deixa só cruzar meu caminho, vou acabar com a raça dele.
Paloma - Não Afonso... O Ramiro pode fazer alguma coisa...
Afonso - Se ele fizer, vai ser preso... (T). Não quero que você tenha medo, se depender de mim, terá a minha proteção.
Paloma - Obrigada...
Carinhosamente, Afonso a abraça, fazendo Paloma sentir proteção.
Afonso - Agora, vou te levar para casa para não preocupar sua avó.
Paloma - Está bem...
Dias depois...
Cena 6/ Itapecerica/ Fazenda Canavial/ Casa de Germano / Interior/ Tarde
Oscar ,advogado de Germano, está reunido com Lúcia e Deborah, a fim de abrir o testamento de Germano. Interesseira, Deborah começa a questionar o advogado.
Deborah - Sabe se o Germano deixou uma grande fortuna? (Cínica). Ele deve ter pensado em todos nós.
Oscar - O testamento foi feito em todo o sigilo... E só será revelado quando foi aberto.
Lúcia - Eu acho que o papai fez a coisa certa. Sei que tivemos uma briga séria, mas... nos últimos dias... vi uma aparente mudança nele...
Então, Oscar abre o envelope onde está presente todo o testamento.
"Eu, em pleno poder das minhas faculdades mentais, deixo todas as propriedades, a casa onde vivo,a Processadora e a parte pertencente à fazenda para minha filha Lúcia Albuquerque. Deixo também um pedido de perdão para todos. Para Deborah eu veto a sua moradia na casa
Assinado, Germano"
Lúcia (Emocionada) - Ai meu Deus, a fazenda será minha?
Inácio (Sorrindo) - Será sim, afilhada... O Germano fez um ótimo testamento.
Jacinta - Pode deixar que vamos te ajudar no que precisar.
Enquanto isso, Deborah observa a cena com ódio.
Deborah (Furiosa) - Como assim eu não tenho direito à nada? Eu passei 18 anos casada com o Germano e ele faz isso? Prefere beneficiar a filha do que eu?
Jacinta - Desculpe Deborah, mas você só ocupou o lugar que era da Laura, mais nada.
Inácio - E a Lúcia merece todo esse patrimônio.
Lúcia (Cínica) - Deborah, Deborah... Você tem que sair daqui.
Oscar - Cumpra o que está no documento, por favor!
Furiosa, Deborah se encaminha para o quarto para retirar suas coisas.
Oscar - Pode contar comigo para o que precisar.
Lúcia - Muito obrigada... Não tenho como agradecer.
Cena 7/ Itapecerica/ Fazenda Canavial/ Interior/ Tarde
Afonso cavalga pela fazenda e encontra Ramiro próximo as plantações. Afonso desce e decide tirar satisfações, dando lhe um soco.
Afonso - Seu abusador!
Ramiro (Cínico) - Por que me agrediu? Eu não fiz nada!
Afonso (Furioso) - Você fez sim! Você tentou abusar da Paloma, ela contou para mim!
Ramiro - (Sarcástico) Hahaha... Ela me lembra a Patricia...
Afonso (Indignado) - Como pode você ser pai de uma menina tão boa como a Paloma... (T). Você é um lixo, um verme...
Ramiro (Sarcástico) - Hahaha... Se quiser faço com sua mãe, e conheço ela... É uma delícia...
Furioso, Afonso parte para cima de Ramiro, fazendo os dois trocarem socos. Em um momento, Afonso o empurra, Ramiro cai e bate a cabeça numa pedra, fazendo o desmaiar. Em seguida, Afonso pega uma pedra e se prepara para matar Ramiro, até que Inácio aparece.
Inácio (Preocupado) - O que está acontecendo?
Afonso (Alterado) - Esse homem tentou abusar da Paloma, por isso queria matá-lo.
Inácio (Em choque) - Como isso aconteceu?
Afonso - A Paloma me contou e eu decidi tirar satisfações, mas tive vontade de acabar com ele.
Inácio - Você poderia passar anos na cadeia... (Preocupado). Vamos levá-lo ao hospital... Ou melhor ligar para o hospital...
Close em Ramiro desmaiado.
Cena 8/ Itapecerica/ Fazenda Canavial/ Igreja/ Sacristia/ Tarde
Após sair de casa, Deborah decide ir até a Igreja conversar com o Padre León. Ela entra na Igreja fingindo estar arrependida.
Padre León (Surpreso) - Deborah? O que faz aqui?
Deborah - Padre... Eu... Eu preciso me confessar.
Padre León - Você? (Pigarreia). O que quer confessar?
Deborah - Eu fui expulsa de casa... Eu não tenho para onde ir...
Padre León - Como assim foi expulsa? Foi após a morte do Germano?
Deborah - Sim... Ele deixou tudo para a Lúcia... E eu não podia mais ficar lá ...
Padre León - Mas esse é um direito da Lúcia, é filha do Germano, e ele faleceu...
Deborah (Cínica) - Eu o amava... Sempre o amei,por isso sofri tanto quando ele morreu...
Padre León - Eu sei... Perder alguém é muito difícil... E de forma inesperada.
Deborah - E ... Fui eu que matei o Germano... Fui eu...
Padre León (Em choque) - Como assim? Você o matou?
Deborah - Sim... (Forçando uma lágrima). Ele ia me matar, ele descobriu que eu o traía, aí eu o empurrei da escada... Mas eu não queria matar... Não queria que morresse...
Padre León - Valha meu Deus... E como você consegue contar tudo isso?
Deborah (Cínica) - É que estou arrependida ... Muito arrependida... Se pudesse ... Não...
Padre León (Escondendo sua insatisfação) - Olha Deborah... Deus vê todas as atitudes... E se você está arrependida... Mostre por si mesma...
Deborah (Limpando o rosto) - Obrigada...
Em seguida, Deborah se levanta da cadeira e mostra um olhar malicioso.
Padre León - Meu Deus... essa mulher...
Cena 9/ Itapecerica/ Cidade/ Hospital/ Interior/ Noite
Afonso está no hospital , à espera de notícias de Ramiro, até que o Dr. Bruno aparece.
Afonso - Aí, como está o Ramiro?
Dr. Bruno - Bem... O paciente está inconsciente, sofreu um traumatismo craniano devido à pancada, o que precisamos saber é a extensão do dano.
Afonso - Como assim, extensão?
Dr. Bruno - À princípio, Ramiro está em coma, devido ao traumatismo, mas precisamos fazer mais exames... À princípio não houve lesão axonal difusa, por outro lado, o caso é grave.
Afonso (Preocupado) - Será que posso ser preso?
Dr. Bruno - Provavelmente não... Não houve nenhuma denúncia. A menos que o paciente acorde e decida denunciar.
Afonso - Eu o agredi porque ele tentou abusar da Paloma... Quis me vingar...
Dr. Bruno - Eu entendo...Mas neste momento o que devemos fazer é esperar. Caso o paciente acorde, você tem que ir à polícia.
Afonso (Pensativo) - Certo...
Cena 10/ Itapecerica/ Fazenda Canavial/ Mercado/ Noite
Deborah chega ao mercado à procura de galões de gasolina, até que encontra um stand com produtos de limpeza, até que encontra e decide levá-lo. Ao sair do mercado, ela encontra um homem.
Deborah - Por favor? Você poderia carregar esse galão para mim? É muito pesado...
Homem (Solícito) - Claro que sim... (T). Mas porque comprar 20 litros de gasolina?
Deborah (Cínica) - Eu preciso abastecer o carro... Meu marido está doente e eu ... Como pode perceber, sou manca e não posso fazer tudo sozinha... (T). Esse galão será útil e dará um bom tempo...
Homem - Parece ser uma mulher muito esforçada, são para ser valorizadas...
Deborah (Cínica) - Sim... Mas todo mundo me odeia, sem motivo aparente, inclusive a minha entrada Lúcia...
Homem - Que pena, senhora...
Enquanto Deborah e o homem conversam, eles chegam até o carro, onde Deborah entra e novamente mostra sua face.
Deborah (Pensando) - Pobre Lúcia... Minha vingança chegou...
Cena 11/ Itapecerica/ Processadora CERCAM/ Interior/ Manhã
Alessandra chega à Processadora para trabalhar e decide ir ao escritório, onde encontra Teobaldo.
Teobaldo - Alessandra? Chegou mais tarde hoje...
Alessandra - Eu me atrasei... Mas estou aqui... (T). À proposito, eu não vi o Ramiro lá nas máquinas, aconteceu alguma coisa?
Teobaldo - Você não soube? O Ramiro está no hospital desde ontem...
Alessandra (Surpresa) - No hospital? Na última vez que o vi ele estava bem...
Teobaldo - Eu não sei ao certo, mas o Ramiro bateu com a cabeça e precisou ser levado ao hospital. Eu ainda nem sei como está. (T) Antes o Ramiro falou que passaria uns dias fora.
Alessandra (Preocupada) - Que estranho... O Ramiro sempre foi
tão claro nos seus planos... Mas que ele se salve, pelo nosso bem.
Teobaldo - O Ramiro ia ajudar no nosso plano... Por isso ele tem que ficar bem... (T). E eu tirei algumas fotos dos balanços.
Teobaldo retira um envelope e mostra para Alessandra, com todo cuidado.
Alessandra (Sorrindo) - Ótimo... Só esperar o Ramiro receber alta...
Em seguida, eles se encaminham ao escritório.
Cena 12/ Itapecerica/ Choupana/ Interior/ Manhã
Durante o café da manhã, Afonso chega até a choupana de Dolores. Ele é recebido carinhosamente.
Afonso - Vim saber como você está...
Paloma - Estou bem... Procurando me manter mais forte e tranquila...
Afonso - Fico feliz em ver você melhor... Sabe que gosto de você...
Dolores - Gostaria de agradecer por todo esse carinho e por ter salvo a minha neta... Não sei se você sabe... A minha filha Patricia também foi violentada, e não teve ninguém que a protegesse... Ainda mais que ela era apaixonada pelo Ramiro...
Afonso - Falando em Ramiro... Eu o mandei para o hospital.
Paloma (Preocupada) - Como assim o mandou para o hospital?
Afonso - Eu fui tirar satisfações com esse crápula pelo que fez com a Paloma, a gente brigou e ele bateu com a cabeça em uma pedra. Agora está inconsciente.
Paloma (Preocupada) - Será que o Ramiro não vai querer se vingar?
Afonso - Ah... Com certeza não. Se ele acordar, é só meter na cadeia.
Dolores - Deus que me perdoe... Mas seria melhor que o Ramiro não acorde. Assim ele não fará mal à ninguém.
Afonso - E eu estou decidido a permitir que ninguém faça mal à Paloma... Vou proteger o quanto puder.
Afonso acaricia os cabelos de Paloma e ela sorri. Então Dolores sente algo em Afonso.
Dolores - O seu olhar é de uma pessoa boa... Muito obrigado por ajudar minha neta...
Afonso (Sorrindo) - A Paloma é uma menina doce... E não merece sofrer dessa maneira...
Dolores - Por que não toma café conosco? Tenho chá pronto.
Afonso (Sorrindo) - Está certo...
Cena 13/ Itapecerica/ Cidade /Hospital/ Interior/ Noite
Alessandra chega ao hospital para visitar Ramiro e vê o Dr. Bruno.
Alessandra - Boa noite... Como está o Ramiro?
Dr. Bruno - O paciente permanece sem alterações, mas você pode vê-lo.
Alessandra entra e é possível ver Ramiro ainda com a cabeça enfaixada e com alguns aparelhos.
Alessandra (Preocupada) - Por que ele está com esses aparelhos?
Dr. Bruno - O paciente sofreu traumatismo craniano, o que o deixou em coma.
Alessandra - Em... Coma?
Dr. Bruno - Sim ... Foi um golpe direto na cabeça, o que deixou nesse estado, e só poderemos saber com o passar do tempo, mas é provável que dure dias, semanas, ou até mesmo meses...
Alessandra - Meu Deus... O Ramiro sempre foi um homem ativo, não pode viver como um vegetal...
Dr. Bruno - Tem alguma relação com ele?
Alessandra (Disfarçando) - Não... Não temos nada, só conheço do trabalho.
Dr. Bruno (Desconfiado) - Entendi... Mas posso assegurar que está em boas mãos.
Alessandra - Certo...
Em seguida , Alessandra deixa o hospital.
Cena 14/ Itapecerica / Fazenda Canavial / Noite
Deborah chega até a fazenda com uma roupa antichamas e um galão de gasolina. Ela observa um espaço pertencente à Fazenda Albuquerque.
Deborah (Maquiavélica) - Ai aí... Hoje a noite vai arder... Pobres canaviais que vão ser incendiados... Hahaha.
Deborah começa a despejar gasolina pelas plantações e em seguida joga um fósforo. Em seguida, ela observa o incêndio no canavial e vai embora.
Pouco tempo depois, Rodrigo percebe uma fumaça e de dirige às plantações, onde observa o incêndio.
Rodrigo (Desesperado) - Meu Deus! Quem terá feito isso?
Ele decide ir até Lúcia, apressado, e Olga atende.
Olga - Rodrigo? O que acontece?
Rodrigo - Chama a Lúcia, a Fazenda dela está pegando fogo...
Lúcia, que passava pela cozinha, ouve Rodrigo e decide ir falar com ele.
Lúcia (Preocupada) - O que aconteceu, Rodrigo? Eu ouvi bem?
Rodrigo - Ouviu sim... (Puxando Lúcia pelo braço ) .
Alguns instantes depois, Lúcia chega à fazenda e vê o incêndio. Ela se desespera e começa a chorar...
Lúcia - Nãããããããão!
Mostra-se um close onde é possível ver parte das plantações em cinzas, e Lúcia observando-a.
Lúcia - Meu pai cuidou dessa fazenda durante anos...
Inácio (Indignado) - Quem terá feito isso? Só pode ter sido criminoso.
Jacinta - Quem fez isso vai pagar caro.
Rodrigo - Eu estou decidido a ajudar vocês no que precisar...
Lúcia - Eu vou reerguer essa fazenda novamente. Quem a destruiu deve nos odiar, mas a Fazenda é onde eu cresci, e mesmo com uma área perdida, vou fazer ela ficar como antes...
Lúcia olha para o céu de maneira decidida.
Cena 15/ Passagem de Tempo
Iniciam- se vários flashes sobre os personagens.
Flash on
Lúcia está com Rodrigo e observa uma pequena cana, em seguida iniciam una contagem das plantações.
Flash off
Flash on
Ramiro, em estado vegetativo, é levado em cadeira de rodas por Alessandra . Ele tem os olhos abertos.
Alessandra - Vamos precisar de cuidados, ele vai ficar em casa.
Dr. Bruno - Pode contar com o que precisar.
Flash off
Flash on
Isabela dá à luz à seu filho e é acompanhada de Teobaldo.
Flash off
Flash on
Lúcia e Rodrigo estão na parte incendiada da Fazenda, e é feita uma nova contagem. Após ser feita, Lúcia comemora.
Lúcia - Conseguimos !
Flash off
GANCHO
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