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A Razão de Amar - Capítulo 31 (Reprise)

  

 -CAPÍTULO 031-

Escrita por:

João Marinho

Personagens deste capítulo 

Afonso Valadares                                   Cecília Valadares                                                                                                          Branca Valadares                     Otávio Duarte   Atendente                

Celso Correia                                          Lola

Jorge Correia.                                         Eduardo Valadares 

Madalena Correia.                                      Olga Duarte                       

Marta Correia                                          José Jacinto - Carcará 

Olímpio Vasconcelos.                            

Radialista.                                                

Letícia Fernandes

CENA 01/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE 

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior.  Tocar o instrumental “Ataque no escuro”, da novela Lado a Lado. O Coronel Afonso não consegue acreditar no que Eduardo achou no bolso da calça de Carcará. 

AFONSO (Decepcionado/ P/Carcará) – Eu não acredito que você fez isso. Eu depositei minha confiança em você. E você me decepcionou. 

Carcará não consegue explicar como aquele objeto veio parar em seu bolso. Uma aflição começa a tomar conta dele, que não consegue segurar o choro. Ele tudo com a cabeça. 

EDUARDO – A minha intuição não fala. Ele quis conquistar todo mundo da casa para poder roubar. Ele não nega suas origens humildes, de matuto, de jeca. 

Os convidados ficam horrorizados com o que presenciaram. Todos olham para Carcará com indiferença. Cecília e Olga não conseguem acreditar no que veem. 

CECÍLIA (P//Olga) – Não consigo acreditar que Carcará fez isso. 

OLGA (P/Cecília) – A gente se engana com muita gente. 

O delegado Guilherme se aproxima de Carcará com as algemas. 

GUILHERME (P/Carcará) – O senhor está preso por furto. 

Guilherme algema Carcará, que continua negando com a cabeça que tenha cometido tal crime. Ele é conduzido pelo delegado. Depois que os dois saem, a festa de aniversário e casamento de Afonso continua. 

A música para de tocar aqui. 

AFONSO – Depois de todo esse mal-entendido, a festa vai continuar conforme o planejado A surpresa não saiu como eu queria, mas eu não vou deixar de presentear a minha mulher com essa gargantilha. 

Eduardo entrega a joia ao pai, que coloca no pescoço de Branca. Todos batem palmas. Uma música começa a tocar e todos dançam. Eduardo acena para Olga, a chamando para dançar. Otávio. 

Corta para:

CENA 02/ DELEGACIA/ CELA/ INT.EXT. / TARDE 

Carcará, mais calmo. O local está muito sujo. Ele se deixa no colchão frio. 

CARCARÁ (Grita) – Eu sou inocente! Eu vou provar a minha inocência. 

No EXTERIOR da cela. O policial se aproxima da grade da cela. 

POLICIAL (Rindo) – Todo mundo que chega aqui diz isso! (Irônico). Todo mundo é inocente! Chega a dá pena. 

Carcará se levanta e vai até a grade. 

CARCARÁ – O que estão fazendo comigo é uma injustiça. 

POLICIAL – Eu não estou com tempo para escutar as suas desculpas. 

O policial sai. 

Carcará volta a se deitar no colchão. Pensativo, ele chora. 

CARCARÁ – Meu Deus, me proteja!

Ele se vira e acaba adormecendo. 

Corta para:

CENA 03/ FAZENDA VALADADRES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE

O relógio marca 7 horas da noite. Os convidados começam a sair. Otávio abraça a namorada. 

OTÁVIO – Eu falei para você que aquele rapaz não merecia confiança. 

CECÍLIA – Você estava certo. Eu que fui muito boba de confiar. 

OTÁVIO – Mas eu te entendo. Eu também já confiei em pessoas que não mereciam minha confiança. 

CECÍLIA – Bem que nós poderíamos passar a noite juntos hoje. 

OTÁVIO – Adoraria, mas eu vou ter uma reunião com alguns investidores lá no hotel. Mas amanhã nós passaremos o dia juntos. 

CECÍLIA – Que pena! Ultimamente, você tem se dedicado tanto ao trabalho. 

OTÁVIO – Eu estou firmando uma parceria com uma empresa estrangeira de materiais hospitalares.

Os dois se beijam novamente. 

CECÍLIA – Eu vou ver se consigo ter uma conversa com meu pai. Ele deve estar muito decepcionado com Carcará. 

OTÁVIO – Eu tenho que ir agora! 

Eles se abraçam. Em seguida, Otávio sai. 

Corta para:

CENA 04/ DELEGACIA/ CELA/ INT.EXT. / NOITE 

Elias, do lado de fora da cela, conversa com Carcará. 

ELIAS – Vim assim que soube que você foi preso. O que foi que aconteceu, meu amigo?

Carcará, encostado na grade, fala. 

CARCARÁ – Estou sendo acusado de um crime que eu não cometi. 

ELIAS – A cidade toda já está comentando a sua prisão. Foi muito grave porque a vítima foi o coronel. 

CARCARÁ – Eu sou inocente!

ELIAS – Eu acredito na sua inocência. Resta saber quem foi que fez isso. 

CARCARÁ – Eu não posso pagar por um crime que eu não cometi. 

ELIAS – Eu vou ver no que posso ajudar. Vou rezar muito para que tudo fique bem e que você seja inocentado desse crime.

Eles se despedem. 

Corta para:

CENA 05/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE 

Estão na sala, Cecília e Olga. Elas conversam sobre a festa de Afonso. 

OLGA (Pensativa) – Será mesmo que Carcará roubou as joias que Afonso ia dar a Branca. 

CECÍLIA – As joias foram encontradas com ele. Infelizmente, ele fez o que fez e está pagando por isso. 

OLGA – Algo me diz que tem algo muito estranho nessa história. Aquele rapaz não parece ser um ladrão. 

No momento em que elas estão conversando, Afonso entra na sala e escuta o que elas estão conversando. 

AFONSO – Ás vezes nós confiamos demais em pessoas que não merece nossa confiança. Eu fui enganado por uma pessoa que eu dei praticamente um abrigo, depositei minha confiança. Ele era meu empregado, mas eu o tratava como filho. 

OLGA – Eu vou precisar sair. 

Olga sai. 

Corta para:

CENA 06/ HOTELCASSINO/ RESTAURABTE/ INT./ NOITE 

Otávio e Lola se sentam à mesa. Otávio tem em suas mãos alguns documentos. O garçom vem ao seu encontro e coloca o cardápio sobre a mesa. Em seguida, volta para o balcão. 

OTÁVIO – Nós vamos atacar em duas frentes. Você vai tentar ao máximo tirar dinheiro de Jorge. Eu ataco na outra frente. Vou tentar entrar em contato fingindo ser um investidor que quer comprar a fazenda. 

LOLA – Você está querendo se vingar de alguém?

OTÁVIO – Vingança é uma palavra muito forte. Estou tentando reaver o que o meu pai deixou para e que foi surrupiado pelo meu tio. 

LOLA – E o que é que eu ganho com isso?

OTÁVIO – Você vai ganhar muito dinheiro. Viajaremos pelo mundo todo. Você fará o seu futuro. 

LOLA – Já estou entendendo o seu jogo!

OTÁVIO – Você, primeiro, terá que desfazer o namoro dele. 

Otávio abre um sorriso. 

Corta para:

CENA 07/ DELEGACIA/ CELA/ EXT.INTT/ NOITE 

Olga vai à cela onde Carcará está preso. 

CARCARÁ – Você aqui? 

OLGA – Me fale a verdade. Não foi você que roubou aquelas joias, foi? 

Focar em Carcará tenso. 

CENA 08/ DELEGACIA/ CELA/ EXT.INT. / NOITE

Continuação da última cena do bloco anterior. Carcará fica tenso com a pergunta de Olga, mas hesita em falar. 

CARCARÁ – Não fui eu. Não sei como aquela coisa apareceu em meu bolso. 

OLGA – Imaginei. Você viu alguma movimentação estranha lá na fazenda hoje à tarde. 

CARCARÁ – Não. (Pensa um pouco). Eu agora estou me lembrando que eu vi Otávio saindo lá da sala do Coronel Afonso. Ele até se desculpou comigo. 

OLGA – O meu irmão no escritório do coronel Afonso? Muito estranho. Mas obrigado por ter me tido isso. 

Olga sai. 

CARCARÁ – Será que foi Otávio que planejou tudo isso?

Corta para:

CENA 09/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ QUARTO DE OTÁVIO/ INT./ NOITE

Uma hora depois. 

Olga espera Otávio chegar. Ela folheia alguns papeis, no instante em que Otávio entra. 

OTÁVIO – Está fazendo o que no meu quarto?

OLGA – Estava a sua espera! 

OTÁVIO – O que foi que aconteceu? Fala logo, que eu estou muito cansado. 

OLGA – Eu sei que foi você que armou toda aquela situação constrangedora hoje lá na fazenda. 

OTÁVIO – Aquele caipira é ladrão e eu que sou culpado? 

OLGA – Foi você que colocou aquela joia no bolso dele. Eu sei. Eu fui na delegacia. Ele me disse que vocês fizeram as pazes. Você não é de mudar radicalmente com uma pessoa. Você odeia ela. 

OTÁVIO – Eu mudei. 

OLGA – Você não tem vergonha na cara não de causar aquele constrangimento a aquele pobre coitado? 

Otávio pensa um pouco e fica com a consciência pesada. 

OLGA – O seu silêncio já diz tudo!

Ela, com os olhos cheios de lágrimas, sai. 

CENA 10/ PALMEIRÃO DO BREJO/ PRAÇA/ INT/ NOITE 

Lola observa Jorge e Letícia se beijando.

LOLA (Sussurra) – Se prepare, Jorge. Você vai ser meu. 

Ela continua observando Jorge e Letícia se beijando e conversando. Letícia se levanta e sai. Lola observa Letícia caminhando até a sua casa. 

Corta para:

CENA 11/ MANSÃO DA FAMÍLIA FERNANDES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE 

Letícia entra sorridente e abraça o pai e Zilda. 

LETÍCIA – Estou muito feliz!

RAUL – Que bom, minha filha, que bom!

A alegria da família é interrompida por uma batida na porta. Letícia abre. Lola entra e diz. 

LOLA – Boa noite, eu vim te pedir para ficar longe do meu noivo. Jorge é meu noivo. 

Focar na expressão de surpresa de Letícia. 

Congelamento preto e branco emoldurado como um retrato.

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