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A Razão de Amar - Antepenúltimo Capitulo (Reprise)

  

  



                                                                     Capítulo 48

A RAZÃO DE AMAR

 

Novela de João Marinho

 

Escrita por:

João Marinho

 

Personagens deste capítulo

Otavio Duarte                                                                                  Atendente               

Afonso Correria

Celso Correia                                          Lola

Jorge Correia.                                         Afonso Valadares

Madalena Correia.                                    Miro                        

Marta Correia                                           Carmen

Olímpio Vasconcelos.                              Pablo

Radialista.                                                

Letícia Fernandes

Cecília Valadares

José Jacinto – Carcará

Débora Valadares

CENA 01/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 6/ INT./ MANHÃ

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. Lola se arrasta no chão. Quase sem forças, ela tenta se levantar, mas não consegue. Cospe sangue. O rosto arde como pimenta. Ela consegue ficar sentada no chão. Escorada na parede, ela fica de frente a um espelho que está na parede. Ele se desespera ao ver que o rosto está todo desfigurado.

LOLA (Grita) – Não!

Ela coloca a mão na barriga, buscando sentir a criança que ali dentro estava. Apesar de estar sentindo um pouco de dor, ela percebe que está tudo bem com o bebê. Ela continua sentada e escorada na parede para se recuperar do susto.

Corta para:

CENA 02/ HOTEL CASSINO/ CORREDOR/ INT./ MANHÃ

Cecília está sentada no corredor. Ela respira fundo. Porém, muito nervosa não consegue segurar o nervosismo e a sensação de decepção. Ela chora compulsivamente, enquanto grita.

CECÍLIA (Chorando / Gritando) – O Otávio não deveria ter feito isso comigo. Canalha! Vagabundo! Eu nunca vou te perdoar por ter feito isso comigo.

Neste instante, Carcará, vestido de Mascarado, se aproxima da amada.

CARCARÁ – O que foi que aconteceu? O que você está fazendo aqui?

Cecília abraça Carcará.

CECÍLIA (Chorando) – Eu fui traída pelo meu noivo!

Carcará ajuda Cecília a se levantar. Ela ainda está tremula e com os nervos à flor da pele. Eles entram abraçados no quarto 3.

Corta para:

CENA 03/ HOSPITAL JOAQUIM VALADARE/ ESCRITÓRIO/ INT./ MANHÃ

Alguns minutos depois. Otávio está sentado em seu birô e lendo um jornal, enquanto Eduardo está entrando no escritório. Os dois se entreolham, em silêncio. O filho do Coronel Afonso está com uma expressando uma raiva que nunca sentira por Otávio, que percebe que o amigo está com uma expressão nada amigável.

OTÁVIO – Você está tão sério. O que foi que aconteceu?

EDUARDO – Cecília está tirando satisfação com Lola, a sua amante!

OTÁVIO (Cínico) – Eu não sei do que você está falando. Amante? Que história é essa de amante?

EDUARDO – Você traiu a minha irmã... E isso me soou como uma traição a mim também. Afinal, o que você quer? Se casar com a minha irmã ou brincar com os sentimentos dela. Eu e você fizemos de tudo para separar Cecília r aquele caipira, apesar de não imaginarmos que ele mataria Olga e depois morreria naquele acidente. Tudo aconteceu perfeitamente e tudo conspirou ao nosso favor. Quando está tudo bem e tudo certo, você arruma uma amante Juro que eu até estou tentando entender seu lado, mas eu não consigo. Você vai desperdiçar uma chance única de se casar com a filha do coronel Afonso?

OTÁVIO – Você não consegue entender meu lado, pois não sabe o meu lado. Desde que eu e Cecília reatamos, nós nos beijamos pouco, nos tocamos pouco, mal dormimos juntos. Eu estou carente de amor e estou vivendo uma paixão eterna. Eu amo Cecília, quero me casar com ela, mas estou cansado de não ter esse amor correspondido.

Eduardo acredita nas palavras do amigo e o abraça.

EDUARDO – Eu já tinha percebido isso, meu amigo. Terá o meu apoio no que precisar... mas pense bem antes de agir dessa forma. Não é a melhor alternativa isso.

OTÁVIO – Eu vou ter uma proza com Cecília. Preciso esclarecer todo esse mal-entendido.

Otávio sai, enquanto Eduardo senta-se pensativo.

Corta para:

CENA 04/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 3/ INT./ MANHÃ

Carcará e Cecília se abraçam e se beijam. Muito apaixonados eles se declaram um ao outro.

CARCARÁ – O circo se foi, mas eu fiquei porque eu quero lutar até o fim pelo seu amor e pela a minha inocência.

CECÍLIA – Ah, Carcará, só você para me aclamar neste momento. Só você transmite a paz, o conforto e a tranquilidade. (Se beijam). Só sinto verdade no seu beijo. Eu te amo!

CARCARÁ – Eu passo o dia todo pensando em você. Eu sei que você não ama o Otávio.

CECÍLIA – Não vamos falar sobre o Otávio. Esse momento é só nosso.

CARCARÁ – Poderíamos fugir da cidade. Vivermos sem a interferência de ninguém. No campo, num sitiozinho. Teríamos a paz que tanto desejamos!

CECÍLIA – Preciso de um tempo para decidir tudo isso. Não é uma situação tão simples como parece. Você, para todos os efeitos, está morto!

CARCARÁ – Às vezes eu acho que você se acostumou a viver na riqueza e tem medo de abandonar tudo da noite para o dia!

CECÍLIA – Não é por isso, mas porque eu vou está me afastando de pessoas que eu tanto amo para viver uma aventura que eu não sei se valerá realmente a pena. Às vezes eu fico me questionando se realmente se você é realmente uma pessoa confiável. Às vezes eu me questiono se devo acreditar realmente n sua inocência!

CARCARÁ – Eu só assumo com as coisas que eu faço. Eu não ia mentir principalmente para você. Eu te amo, mas as vezes penso que você está dividida. Você terá que decidir entre eu e ele.

CECÍLIA – Esquece isso. Vamos viver o nosso momento.... Agora, é o nosso momento.

Eles se beijam mais uma vez, se despem e rolam na cama, apaixonados.

Corta para:

CENA 05/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ INT./ TARDE

Tocar a música “Escorregando”, da novela Lado a Lado. Pessoas passeando nas ruas. Carros passando por toda a cidade. Pessoas jogando dominó na praça. Crianças brincando de jogar bola na rua. Homem vendendo medalhas nas casas. Mulheres fazendo crochê em frente as suas casas. Pessoas entrando na igreja. Pessoas passando próximo ao teatro.

Corta para:

CENA 06/ CEMITÉRIO/ INT./ TARDE 

Tocar a música “Prelude in C Major” de Bach. Eduardo está carregando consigo algumas rosas. Ele caminha vagarosamente até o túmulo de Olga. Ele coloca as flores sobre o túmulo da amada e fica um minuto em silêncio, enquanto relembra os momentos que viveu ao lado dela. Inserir o Flashback da cena 01 do capítulo 25:

Olga e Horácio entram na igreja. Começa a tocar a “Marcha Nupcial”. Todos os convidados estão de pé para acompanharem a entrada da noiva, que chega à Eduardo, que está feliz e sorridente.

HORÁCIO (P/Eduardo) – Faça a minha filha feliz!

A “Macha Nupcial” deixa de ser tocada neste ponto. Branca e Vilma estão muito emocionadas, enquanto Afonso tenta segurar a emoção. Otávio e Cecília, sorridentes, acenam para os noivos. Olga e Eduardo se ajoelham no altar.

PADRE ANTONIO – Queridos irmãos e irmãs, estamos aqui esta tarde para celebrar a união deste jovem casal. Eduardo Gomes Valadares e Olga Duarte. Se conheceram na infância e logo já sentiam que essa amizade, que se transformaria em amor, que se consagra no dia de hoje. É um novo capítulo em suas vidas. (P/Olga). É por isso que eu pergunto: é de sua vontade, Olga, tomar como esposo Eduardo Gomes Valadares?

OLGA (Sorridente/ olhando nos olhos de Eduardo) – Sim. (Coloca a aliança no dedo anelar de Eduardo).

PADRE ANTONIO (P/Eduardo) – Eduardo Gomes Valadares, é de sua vontade tomar como esposa Olga Duarte?

EDUARDO (Sorridente/ Olhando nos olhos de Olga) – Sim. (Coloca a aliança no dedo anelar de Olga)

PADRE (P/ Olga e Eduardo) – Os declaro então casados. Podem se beijar!

Olga e Eduardo se beijam. Todos batem palmas.

Fim do insert.

Eduardo deixa a cabeça sobre o túmulo de Olga, emocionado.

EDUARDO – Ah, minha amada!

Ele relembra o último momento que esteve com Olga. Inserir o Flashback da cena 13 do capítulo 34:

Eduardo está lendo um pouco, no instante em que Olga entra no quarto.

OLGA – Queria falar com você porque eu encontrei algo, mas suas coisas lá no hospital.

EDUARDO – Não sei do que você está falando.

OLGA – Tinha um documento na sua mesa com um contrato de compra de uma casa.

EDUARDO – Eu não sei que documentos são esses.

OLGA – Vou fingir que acredito! O meu pai vai ficar sabendo mais dia menos dia isso, viu?

EDUARDO – Eu vou dormir. Você está com paranoia vendo coisa que não existe. Vou fazer uma viagem semana que vem.

Eduardo se vira e dorme, enquanto Olga continua intrigada e pensativa.

Fim do insert.

EDUARDO (Chorando) – Desculpa se um dia eu te decepcionei! Você estará para sempre no meu coração, apesar de tudo que aconteceu e de todos os rumos que a nossas vidas tomaram. Infelizmente, a sua vida foi interrompida de uma forma bem trágica. Hoje, eu estou com Débora. Amo ela, mas você foi o meu primeiro amor!

Ele continua com a cabeça deitada no tumulo de Olga. Começa a cair uma chuva.

A música para por aqui.

Corta para:

CENA 07/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ EXT./ NOITE

Tocar a música “Floraux”. Pessoas passeando na rua. Pessoas sentadas na praça conversando. Pessoas saindo e entrando na igreja. Homens entrando no bordel. Homens entrando nos bares. Carros passeando pela cidade. Homem vendendo rosas na praça.

Corta para:

CENA 08/ FAZENDA VALADARES/ QUARTO DE CECÍLIA/ INT./ NOITE

Cecília entra no quarto sorridente e se depara com Otávio, que está de costa para ela e de frente para a janela. Ela fica séria ao vê-lo.

CECÍLIA (Séria) – Ah, você está aí!

Otávio se vira para a noiva. Sério, ele quebra seu silêncio.

OTÁVIO – Precisamos conversar!

CECÍLIA – Eu não quero te escuta e não quero mais olhar para sua cara!

OTÁVIO – Tudo não passou de um mal-entendido. (Pressiona os braços de Cecília). Eu não fiz por maldade. Eu quero te pedir desculpas, mas eu tive meus motivos para me relacionar com aquela rameira. Eu estava carente... você não me dava mais carinho, não me beijava mais. Estávamos vivendo uma relação fria e sem muitas emoções. Eu preciso do seu carinho.

CECÍLIA – Não me culpe por uma coisa que você é culpado. Isso é coisa de gente covarde... de quem não reconhece os próprios erros.

Otávio agarra Cecília e a beija. Nesse instante, ela relembra o momento romântico que viveu com Carcará logo mais cedo. Inserir o Flashback da cena 04 do capítulo 48:

CARCARÁ – Eu passo o dia todo pensando em você. Eu sei que você não ama o Otávio.

CECÍLIA – Não vamos falar sobre o Otávio. Esse momento é só nosso.

CARCARÁ – Poderíamos fugir da cidade. Vivermos sem a interferência de ninguém. No campo, num sitiozinho. Teríamos a paz que tanto desejamos!

CECÍLIA – Preciso de um tempo para decidir tudo isso. Não é uma situação tão simples como parece. Você, para todos os efeitos, está morto!

CARCARÁ – Às vezes eu acho que você se acostumou a viver na riqueza e tem medo de abandonar tudo da noite para o dia!

CECÍLIA – Não é por isso, mas porque eu vou está me afastando de pessoas que eu tanto amo para viver uma aventura que eu não sei se valerá realmente a pena. Às vezes eu fico me questionando se realmente se você é realmente uma pessoa confiável. Às vezes eu me questiono se devo acreditar realmente n sua inocência!

CARCARÁ – Eu só assumo com as coisas que eu faço. Eu não ia mentir principalmente para você. Eu te amo, mas as vezes penso que você está dividida. Você terá que decidir entre eu e ele.

CECÍLIA – Esquece isso. Vamos viver o nosso momento.... Agora, é o nosso momento.

Fim do insert.

OTÁVIO – Eu queria ter um relacionamento assim. Com muitos beijos, abraços. A gente mal se toca. De uns dias para cá você anda muito misteriosa. O circo se foi, e você continua estranha. Chegou ao ponto de se relacionar com o mágico do circo. Ainda quer sair da história como dona da razão. Isso eu não vou admitir.

CECÍLIA – Eu já fiz o meu dever de casa. Dei uma bela surra na sua amante.

Focar na expressão de surpresa de Otávio.

Corta para:


CENA 09/ FAZENDA VALADARES/ QUARTO DE CECÍLIA/ INT./ NOITE

Continuação imediata da última cena do bloco anterior. Otávio fica surpreso com o que Cecília acabara de dizer, mas não questiona o ato de Cecília.

OTÁVIO – Isso foi a maior prova de amor que eu recebi de você.

CECÍLIA – A deixei toda desfigurada, mas lavei minha alma.

Neste instante, ela relembra a surra que dera em Lola. Inserir o Flashback da cena 18 do capítulo 47:

Ela chega no primeiro andar e dá de cara com o quarto 6. Ela aperta a campainha. Lola abre. Cecília avança para cima dela, que não consegue se segurar e cai. Cecília estão esbofeteia a amante de Otávio.  

CECÍLIA (Gritando, enquanto esbofeteia) – Fique longe do meu noivo!

LOLA (Gritando) – Eu não sei o que você está falando! Para de me bater.

CECÍLIA (Ofegante) – Cala a boca! Puta que nem você merece está exposta em praça pública. (Gritando). Monstro! Meretriz! Devassa! Rameira!

Cecília dá trinta tapas no rosto de Lola.

CECÍLIA – Agora você está como merece.

Fim do insert.

Cecília e Otávio se abraçam e se beijam.

Corta para:

CENA 10/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE

Jorge anda de um lado para o outro na sala. Ele está preocupado com a falta de notícias de Lola. Celso o conforta e solta uma indireta.

CELSO – Ela já deve estar voltando. Deve ter ido matar a saudade de algum cliente.

JORGE (Gritando) – Eu não admito que você fale assim da minha Lola. Ela mudou.

A porta de entrada da fazenda está entreaberta. Lola entra, ainda debilitada pelas as surras que levara pela manhã. Jorge fica assustado ao ver o rosto da esposa todo desfigurado. Ela a ajuda sentar no sofá.

JORGE (P/Lola) – O que foi que aconteceu?

Ela mente.

LOLA – Fui assaltada e me espancaram muito.

JORGE – Quem fez isso com você, minha amada?

LOLA – Um bando de ladrões!

Celso observa como Lola e desconfia da história que ela está contando.

CELSO – Tem alguma coisa estranha nessa história. Ninguém é espancado assim do nada.

Celso e Jorge se entreolham. O filho parece concordar com o pai. Marta vem da cozinha com alguns panos úmidos e passa nas feridas de Lola, que ainda sente um pouco de dor. Celso liga o rádio um pouco.

RADIALISTA (off) – Falta uma semana para eleições da cidade

Corta para:

CENA 11/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUAS DA CIDADE/ EXT./ MANHÃ.TARDE

Letreiro mostra: Uma semana depois.

Tocar música “Sertão”, da novela Cordel Encantado. Mostrar as pessoas passeando pelas ruas. Um grupo de pessoas com bandeira de Jorge e outras com bandeiras de Eduardo caminham em passeata pelas ruas da cidade. Mostrar fotos jornais publicando a manchete “Chegou o grande dia”. Na gente da igreja pessoas entregam panfletos e muitas outras Coisas. Pessoas votam enquanto são vigiados por bandos de jagunços.

Corta para:

CENA 12/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Coronel Celso, Marta, Lola e Jorge escutam o rádio, no instante em que um plantão se inicia.

RADIALISTA (off) – Atenção! O resultado oficial da eleição acaba de sair. Com 85% dos votos, o novo prefeito da cidade de Palmeirão vai marcar uma nova era na cidade. Depois de mais de meio século, os Correia voltam a governar cidade. Jorge Alves Correia está eleito presidente da cidade.

Jorge e Celso gritam e comemoram a vitória. Lola ainda debilitada, abre um sorriso e abraça o marido.

CELSO (Emocionado) – Eu sabia que isso ia acontecer. Você é o meu orgulho, meu filho!

Todos se abraçam e comemoram a vitória. Em seguida, Jorge sai de fazenda, diante de uma multidão que já se reunia na frente. Celso e Marta ficam dentro da fazenda mesmo

Corta para:

CENA 13/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Um silêncio toma conta da casa, após a divulgação do resultado. Afonso quebra o silêncio.

AFONSO – Tem alguma coisa errada! Não tem como termos perdido esta eleição. É uma coisa quase rara e fizemos de tudo para ganhar. Eu não aceito essa derrota!

Eduardo está um pouco abalado com a notícia da derrota. Ele não consegue segurar as lágrimas e é consolado pelo pai.

EDUARDO (Triste) – É impossível eu ter perdido essa eleição

Percebendo o momento de distração de todos, Otávio sai. Em seguida, Cecília sai.

Corta para:

CENA 14/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Celso e Marta estão muito felizes com o resultado da eleição. Neste instante, Otávio entra.

OTÁVIO (Cínico) – É aqui a fazenda de Celso Correia?

CELSO (Intrigado) – Sim, e Celso sou eu!

OTÁVIO – Eu sou o comprador da fazenda.

CELSO – Como assim comprador? Eu não estou vendendo esta fazenda! E você quem é?

OTÁVIO – Como eu já disse, eu sou comprador da fazenda. Estamos negociando durante meses. Lembra dos contratos da CottonPlus? Pois bem. Aquilo não passou de uma fachada. Todo aquele dinheiro que você me deu estão bem guardados em contas no exterior. Eu sou sou o novo proprietário da fazenda... quer dizer, estou reavendo o que era meu! Não está se lembrando de mim, titio?

Celso fica em silêncio por alguns segundos e parece entender o que está acontecendo.

CELSO (Surpreso) – Otávio?

OTÁVIO – Eu voltei! Achou que eu tivesse tido o mesmo fim do meu pai? Eu fugi daqui quando era criança, mas estou eu aqui de volta para recuperar o que era meu.

Neste instante, Celso saca uma arma.

CELSO – Você não vai atrapalhar minha vida de novo não!

Otávio avança para cima do tio que cai no chão. Os dois rolam, até que um estrondo é reverbera por toda a sala.

Corta para:


CENA 15/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 3/ INT./ TARDE

Carcará e Cecília estão aos abraços e beijos.

CECÍLIA – Hoje eu quero passar o dia todo com você. Quero te beijar, te abraçar. Eu decidi que quero fugir com você!

CARCARÁ – Amanhã, a gente foge!

CECÍLIA – Quero me ver livre de Otávio.

Eles se beijam, abraçados.

Corta para:

CENA 16/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Otávio se ajoelha e vê o seu tio agonizar em seus braços.

CELSO – Cuide desta fazenda. Ela é sua... E Quem matou seu pai foi...

Celso fecha os olhos e falece sem conseguir dizer quem matou Venâncio. Otávio entra em desespero.

OTÁVIO (Gritando) – fala! Quem matou meu pai? Foi você, não foi? Fala!

Otávio mexe o corpo do tio, mas ele não responde. Marta começa a gritar.

MARTA (Gritando) – Celso! Celso!

Otávio retira uma foto de seu bolso. É a foto do casamento de Venâncio e Madalena.

OTÁVIO (Emocionado) – Quem te matou, meu pai?

Lola se aproxima e diz.

LOLA (Mudando de assunto / Sussurrando) – Eu não gosto muito de dedurar ninguém, mas a sua noiva está de encontros com um rapaz no quarto 3 do hotel. Eu não sei quem é ele. Mas eu vi ela entrando lá ontem.

Otávio sai desnorteado, com a foto em mãos.

Corta para:

CENA 17/ HOTEL CASSINO/ QUARTO 3/ INT./ TARDE

Alguns minutos depois.

Carcará e Cecília estão aos beijos, no instante em que alguém bate com força na porta.

OTÁVIO (off) – Abre aqui que eu mato quem estiver cortejando a minha esposa. Abre, seu safado!

Cecília e Carcará se entreolham apreensivos. Cecília acena para que Carcará vá para debaixo da cama. Ele vai. Em seguida, ela abre a porta.

OTÁVIO (P/Cecília) – Só esperou eu sair e já veio correndo para os abraços de seu amante, não foi? Fala!

CECÍLIA – Estou sozinha aqui, meu amor.

Otávio vai de um lado para o outro. Sem encontrar ninguém, ele carrega Cecília pelos braços.

OTÁVIO (Gritando) – Você vai me explicar direitinho tudo isso, viu?

Eles saem do quarto. Otávio não percebe e deixa fato do casamento dos seus pais cair no chão. Percebendo que Otávio e Cecília já saíram, Carcará sai debaixo da cama e pega a foto que caiu da mão de Otávio. Ele se emociona ao reconhecer Madalena. Ele vira a fotografia e tem escrito uma frase. Ele lê.

CARCARÁ – De Madalena e Venâncio para nosso filho Otávio Correia.

Carcará se emociona.

CARCARÁ (Emocionado) – O meu irmão não morreu. Otávio é o meu irmão!

Focar na expressão de surpresa de Carcará.

Congelamento preto e branco emoldurado como um retrato.

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