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VILAREJO - Capítulo 12



Capítulo 12

Cena 01 - Castelo Coimbra (Burgos, Espanha) [Interna/Manhã]

Música da cena: Vilarejo - Marisa Monte

[Após se recolher na biblioteca, Ana Catarina se acomodou e começou a escrever uma carta para Miguel, que estava instalado no Brasil, conforme suas orientações.]


ANA CATARINA: [Começa a escrever em uma folha amarelada, com auxílio de uma pena e tinta] - Querido amigo, Miguel…


“Como vai? Saiba que vosmecê me deixou muito entusiasmada com as novidades. Por acá, está tudo bem e já começo a deixar tudo preparado para a minha partida. Já reservei alguns compartimentos do navio e devo partir daqui dois dias.

Espero que tudo corra bem durante a viagem e que tudo esteja nos conformes para quando chegar. De antemão, volto a agradecer por todo apoio de sempre.


Cordialmente, de sua amiga.


Ana Catarina D’ávilla Vaz de Coimbra, Condessa de Burgos”.


Cena 02 - Casa dos Lobato [Interna/Tarde]

Música da cena: Flor de Lis - Melim

[Com a transição de cenas, surgem imagens de São José dos Vilarejos como plano de fundo. Pessoas caminham pelas ruas da cidade, charretes percorrem as principais avenidas e em seguida surge a fachada da casa da família Lobato.]


MARIA DO CÉU: [Sozinha em seu quarto, pintava uma tela com tinta óleo].


TOMÁSIA: [Entra no quarto e fecha a porta logo após] - Ora, vejo que a sinhazinha resolveu se levantar. Acordou mais disposta?


MARIA DO CÉU: - Vosmecê de novo? Já disse que não quero ninguém aqui, minha tia não deixa que ninguém venha me visitar, eu estou muito doente. Além disso, como faz para entrar? Ela não deixa ninguém pisar aqui, para não se contagiar.


TOMÁSIA: - Ora, eu acho que isso não passa de falácia. A sinhá não me parece doente, só precisa de um pouco de sol para corar. Além disso, eu sou esperta. Fiz uma cópia da chave! [Ergue a mão, mostrando a chave].


MARIA DO CÉU: - Pois então, trate de sair pelo mesmo lugar por onde entrou. De certo, vosmecê não há de querer morrer de forma tão triste como eu morrerei.


TOMÁSIA: - Isso é balela. A senhorita não deve estar tão doente assim, eu aposto. Sabia que hoje à noite a sua prima, a sinhazinha Laura vai ficar noiva do bonitão? Eu acho que a senhorita deveria descer. Pentear os cabelos, colocar um lindo vestido, passar um pouco de carmin e se entrosar mais…


[Nesse momento, ouve-se o som da fechadura, trata-se de uma outra pessoa tentando entrar no quarto.]


TOMÁSIA: [Assusta-se] - Meu Deus, é a sinhá! Se ela me pega aqui, me manda para o tronco e só sossega quando me matarem.


MARIA DO CÉU: - Depressa, debaixo da cama! [Sussurra apontando a direção onde a escrava deve se esconder].


TOMÁSIA: [Esconde-se embaixo da cama].


GRAÇA: [Abre a porta] - Céus, que calor está fazendo. Vim ver como vosmecê amanheceu hoje! [Diz ao se aproximar].


MARIA DO CÉU: - Melhor, mas ainda me sinto indisposta. [Responde enquanto finge pintar].


GRAÇA: - Percebe-se, vosmecê está cada dia mais pálida. Há de morrer como a sua pobre mãe. [Finge se importar].


MARIA DO CÉU: - Escuta titia, a senhora não acha que eu poderia descer e ficar um pouco no jardim? [Questiona ao parar de pintar].


GRAÇA: [Ri da sobrinha] - Sair, vosmecê? Faça-me o favor, Maria do Céu. Vosmecê não pode sair, está doente. As pessoas vão rir de você quando te virem assim, tão cadavérica. É melhor que fique aqui, onde não te falta nada!


MARIA DO CÉU: - Mas tia, é que…


GRAÇA: [Interrompe a sobrinha] - Na-na-ni-na-não, minha sobrinha. Eu prometi ao meu finado irmão Juvenal, que Deus o tenha em sua santa glória, que cuidaria de vosmecê até o fim e farei isso. Vosmecê ficará aqui no quarto e eu virei lhe visitar, como sempre. Está bem? Tchauzinho… [Diz ao sair, trancando Maria do Céu novamente].


MARIA DO CÉU: [Respira fundo, entristecida].


TOMÁSIA: [Sai do esconderijo, também aliviada e ao mesmo tempo inconformada] - Pra mim, essa megera está enganando vassuncê e por isso te prende aqui há tanto tempo. 


MARIA DO CÉU: - Não adianta, Tomásia. Eu já estou resignada e presa aqui há anos. Já aceitei que o meu destino será findar como minha mãe. Só lamento por não lembrar mais dela! [Conclui].


Cena 03 - Casarão D’ávilla [Interna/Noite]

[O sol se põe ao entardecer e logo a noite chega com uma grande lua cheia, com direito a um lindo céu estrelado. O engenho da família D’ávilla surge iluminado em sua área externa. Carlota está no escritório avaliando alguns balancetes a portas abertas, quando Leonora se aproxima.]


CARLOTA: - Ora, vejo que cansou de ser desocupada e voltou para casa. Já era hora! [Dispara ao vê-la].


LEONORA: [Ri com ironia] - Ah, minha irmã. Sempre tão amarga! Eu apenas estou procurando o Antônio, sabe onde ele está? [Tenta mudar o rumo da conversa].


CARLOTA: - Amarga, eu? Veja ao redor, Leonora. Veja! Eu sou uma mulher bem sucedida, me casei, tive filhos e fui amada. Diferente de você, que é seca e nunca arrumou um homem que lhe aturasse. Vosmecê tem inveja de mim, porque eu tenho um filho e vosmecê não.


LEONORA: - Céus, Carlota. Vosmecê quer mesmo falar sobre passado, como se tivesse medalhas de honra e glória? Do que adianta ser tão bem sucedida e ser coberta de ouro, se no fim, a pessoa torna-se alguém como vosmecê. Vazia de alma! [Esbraveja].


CARLOTA: - Me diga a verdade, Leonora. Fale francamente, minha irmã. Por que veio? É para reencontrar quem eu estou pensando? Porque se for, já lhe adianto que…


LEONORA: [Interrompe Carlota bruscamente] - Como pode ser tão vil, Carlota? Vosmecê não presta, principalmente depois de todo o mal que fez. É uma ordinária mesmo!


CARLOTA: - Eu não vou permitir que me ofenda dentro da minha própria casa. Junte os seus trapinhos agora mesmo e trate de voltar para a sarjeta de onde vosmecê saiu, sanguessuga! [Grita].


ANTÔNIO: [Se aproxima ao ouvir a discussão e entra no escritório] - Céus, o que está acontecendo aqui? Dá para ouvir os gritos lá de fora. Eu posso saber o que está acontecendo aqui? Quem é que vai embora?


CARLOTA: - Não foi nada, meu filho. Sabe como eu e sua tia somos, discordamos de alguns detalhes do jantar de noivado e tivemos um pequeno atrito, ninguém vai embora. Já está tudo bem, não é, Leonora? [Disfarça].


LEONORA: - Naturalmente, minha irmã. [Responde friamente].


ANTÔNIO: - Excelente. Vosmecês duas, são minhas únicas parentes vivas e não gostaria que brigassem.


CARLOTA: - Não se preocupe com isso, meu filho. Logo mais, vosmecê terá seus próprios filhos ao formar sua família com Laura. Há de ver! [Conclui].


Cena 04 - Castelo Coimbra (Burgos, Espanha) [Interna/Noite]

Música da cena: Coleção - André Leonno

[Da janela de seu quarto, Ana Catarina observava o luar com um olhar distante.]


ANA CATARINA: - Amanhã. Amanhã eu começo a nova fase da minha vida! [Pensa em voz alta].


Cena 05 - Casa dos Lobato [Interna/Noite]

[Com a transição de cenas, surgem imagens externas da área externa da casa da família Lobato. No interior da propriedade, os convidados do jantar interagiam entre si, comemorando o noivado de Laura e Antônio.]


LAURA: - Não é lindo? [Pergunta mostrando o anel a Joana].


JOANA: [Surpreende-se] - Nossa, é magnífico. Deve ter custado uma verdadeira fortuna. Certamente, vosmecê há de estar muito feliz!


LAURA: - Não poderia estar mais radiante. Nem acredito que finalmente temos uma data  que eu posso respirar aliviada.


[Em um dos cantos da sala, Antônio observava os convidados e permanecia isolado, quando Leonora se aproximou.]


LEONORA: - Que cara é essa? Eu não entendo, se vosmecê não quer casar com essa moça, porque se sujeita aos caprichos da sua mãe?


ANTÔNIO: - Ah, tia… Eu sou fraco, não consigo dizer não depois de tudo o que a minha mãe fez por mim, para que eu me formasse. Agora ela está com problemas financeiros e eu me sinto em dívida.


LEONORA: - Mas é justamente isso que ela quer, não caia na lábia dela, meu amor.


CARLOTA: - Aposto que o assunto sou eu… [Diz ao se aproximar carregando consigo um cálice de vinho].


LEONORA: - Não se vanglorie por tão pouco, minha irmã. [Ironiza].


CARLOTA: [Finge não se importar] - Meu filho, venha comigo. Quero lhe apresentar algumas figuras importantes, precisamos estreitar relações e tentar aumentar negócios para o nosso engenho. [Responde levando Antônio consigo].


[Próximo a mesa de doces, Pedro aproveitava para comer um pouco sem ser notado, quando Graça foi até ele.]


GRAÇA: - Menino, chega de comer doces. Por que vosmecê não vai interagir com os convidados? Saiba que já está na hora de começar a pensar em casamento, já está passando da hora. Assim que sua irmã subir ao altar, vamos começar a procurar um bom partido para vosmecê.

PEDRO: - Casar? Não, minha mãe. Ainda está muito cedo, vamos pensar apenas na encalhada da minha irmã.


GRAÇA: - Não fale dessa forma tão vulgar da sua irmã, que modos são esses? [Repreende]. - Vosmecê está muito estranho ultimamente. Acaso está acontecendo alguma coisa?


PEDRO: - A senhora está difícil hoje, não é? Vou relevar, pois naturalmente deve ser em virtude desse noivado condenado ao fracasso. Com sua licença! [Diz ao deixar Graça sozinha].


[Em seguida, Carlota reúne os convidados no centro da sala e propõe um brinde aos noivos.]


CARLOTA: [Ergue o cálice] - Eu gostaria de propor um brinde aos noivos. Ao meu filho, jovem com futuro promissor e advogado, formado com louvor na capital e a Laura, essa jovem tão linda e encantadora. De certo, ela há de ser uma excelente nora e me dará muitos netos. Aos noivos! [Completa falando mais alto].


TODOS: - Aos noivos! [Completam erguendo seus respectivos cálices].


Cena 06 - Fazenda Santa Clara [Interna/Noite]

Música da cena: Flor de Lis - Melim

[Com a transição de cenas, algumas imagens da cidade de São José dos Vilarejos são apresentados e em seguida surge a fachada da fazenda comprada por Miguel para Ana Catarina. No interior da propriedade, Miguel continua supervisionando a chegada dos móveis.]


MIGUEL: - Essa mesa de cabeceira é no quarto principal, por favor. O quadro na sala de jantar! [Orienta, conforme vão entrando].


[Funcionários adentram com os móveis conforme as orientações de Miguel.]


MIGUEL: - Finalmente, a casa está praticamente pronta. Só espero que Ana Catarina esteja certa do que está prestes a fazer. [Conclui].



Cena 07 - Casa dos Lobato [Interna/Noite]

[Os convidados interagiam entre si durante o noivado de Laura e Antônio, quando Carlota se surpreendeu com a ideia que Graça havia compartilhado com ela.]


CARLOTA: - Um baile de máscaras? [Repete surpresa].


GRAÇA: - Naturalmente, vamos promover um sarau no clube da cidade digno da corte. É evidente que a Condessa é uma mulher muito fina e bem relacionada. Precisamos fazer com que ela fique do nosso lado, que invista na cidade. Ouvi dizer que ela é viúva, quem sabe ela não se interessa pelo meu filhinho. [Dá uma cutucada em Carlota].


CARLOTA: [Sorri com malícia] - Ah, agora eu entendi. Vosmecê quer arranjar um casamento aristocrático para o seu filho. De certo, a condessa irá querer escolher com muita cautela o seu próximo marido. Afinal, ela vai dividir toda a sua fortuna.


GRAÇA: - Falando assim, até parece que vosmecê acha que meu filho não é um bom partido para se casar com a condessa.


CARLOTA: - Não, não é isso. Foi apenas uma suposição. Certamente ela irá se encantar aos galanteios do Pedro. Ele é um rapaz bem apanhado, tem seu charme.


GRAÇA: - Ah, eu vivo dizendo isso ao meu filho. Ele precisa de um bom partido, não podemos entregar nossos bens nas mãos de qualquer uma. Uma caça-dotes, já pensou? Deus me livre!


CARLOTA: - Bens do Juvenal e da sua frágil filhinha, vosmecê quis dizer, não?


GRAÇA: - Desde que o meu irmão desapareceu na guerra, eu me tornei a tutora da minha querida sobrinha, Maria do Céu. Uma pena que ela esteja adoentada e não pôde descer.


CARLOTA: - Engraçado, eu não vejo Maria do Céu há anos. Sempre que visitamos vocês ela está adoentada. Quando vosmecês vão ao engenho, ela está indisposta. Não seria interessante chamar um novo médico? Uma nova opinião? Tão jovem, como pode estar doente?


GRAÇA: - Coisas da vida, minha querida. Coisas da vida! [Conclui].


[Nesse momento, Laura se aproxima do centro da sala e comunica a todos.]


LAURA: - Senhoras e senhores, o jantar já está servido. Tenham a gentileza de se dirigirem até a sala de jantar, que fica ao lado! [Completa].


Cena 08 - Porto de Burgos [Interna/Manhã]

Música da cena: Vilarejo - Marisa Monte

[O dia amanhece e com a transição de cenas, surgem imagens da cidade de Burgos, na Espanha. Pessoas se aproximam do porto da cidade, enquanto outras despacham bagagens para dentro do navio, quando Ana Catarina chega.]


ANA CATARINA: [Observa em volta e logo após, olha fixamente para o navio] - Finalmente, chegou o grande dia. Eu vou voltar, Brasil. Eu vou voltar! [Fala consigo mesma].


Cena 09 - Fazenda Santa Clara [Interna/Manhã]

Música da cena: Flor de Lis - Melim

[Ainda sozinho na fazenda, Miguel entrevistava algumas pessoas para trabalharem na casa.]


CAPITÃO DO MATO: - Como assim? Vosmecê quer comprar escravos para alforriar? Acaso está bêbado? Isso não faz sentido, é desperdício de dinheiro.


MIGUEL: - Exatamente, não há nenhum desatino aqui. A Condessa que está vindo morar nessa fazenda não mantém escravo, ela tem empregados que recebem devidamente por suas respectivas prestações de serviços, além de moradia e boa educação.


CAPITÃO DO MATO: [Olha para Miguel de cima à baixo] - Assim como vosmecê?


MIGUEL: - Exatamente. Assim como eu, minha mãe… A Condessa é uma mulher justa, de valores e ideais bem desenhados. Ela não concorda com a escravidão.


CAPITÃO DO MATO: - Uma abolicionista?


MIGUEL: - Certamente, apesar dela não gostar de rótulos, ela defende que brancos e negros tenham os mesmos direitos perante a sociedade. E então, quando posso ver os futuros empregados da fazenda? [Questiona].


Cena 10 - Mercearia da Paz [Interna/Tarde]

[Surgem as avenidas de São José dos Vilarejos, enquanto pessoas transitam de um lado para o outro. Em seguida, surge a fachada da mercearia.]


JOANA: [Observa a mãe fazer algumas anotações no balcão da mercearia, quando se aproxima] - O que está fazendo, mamãe?


CÂNDIDA: - Fazendo as contas do nosso estoque. Com o baile de máscara de boas-vindas para a Condessa, não podemos deixar que nada falte. O banquete será grande e nós iremos lucrar bastante.


JOANA: - Vosmecês estão mesmo convencidas de que serão próximas dessa mulher. Ela é da alta sociedade, não irá querer se misturar com qualquer um. Mamãe, nós não somos ricas.


CÂNDIDA: - Mas também não somos pobres como Jó. Certamente, a condessa irá fazer suas compras aqui, por isso seremos interligadas. De uma forma ou de outra, eu chegarei nela e me tornarei próxima. Quem sabe essa não é a chance de entrarmos para a alta sociedade e de te arrumar um bom partido? 


JOANA: - Eu não quero me casar por dinheiro, mamãe. Quero estar apaixonada! Um dia chegará minha hora e quando chegar, não será um dote que fará com que o coração fale mais alto. 


Cena 11 - Acampamento dos Ciganos [Interna/Noite]

Música da cena: Lua Cheia - Dienis (Participação Especial: Letícia Spiller)

[Em meio a ciganas, Açucena e Madalena se divertiam dançando, enquanto eram observadas por Vicente e Vladimir.]


VICENTE: - Tens muita sorte, meu filho. Sua romí é uma mulher muito bonita e certamente será uma linda galbi! Veja como ela dança, veja… [Fala empolgado].

Tradução: Romí = Mulher cigana

Tradução: Galbi = Noiva


VLADIMIR: - Estou vendo, bato. Estou vendo! [Responde pouco entusiasmado].

Tradução: Bato = Pai


[Olhando fixamente para Açucena, a mente de Vladimir o confunde e o faz ver Ana Catarina dançando em seu lugar.]


VLADIMIR: - Xaborrí! [Diz atordoado].

Tradução: Xaborrí = Mulher não cigana


VICENTE: [Estranha] - Quem? Vosmecê viu alguém diferente, meu filho? 


VLADIMIR: [Fecha os olhos e ao reabri-los, volta a ver Açucena] - Ninguém, bato. Só pensei em voz alta, não liga para o que esse cigano fala. [Conclui].


Cena 12 - Porto de Pelotas [Interna/Manhã]

Música da cena: Coleção - André Leonno


DIAS DEPOIS…

[A noite se vai e o dia amanhece ensolarado. Com a transição de cenas, podemos perceber o navio atracando no cais de porto.]


ANA CATARINA: [Observa tudo através do convés] - Eu jurei por essas águas que eu voltaria e elas me trouxeram de volta. Eis uma chance que o destino me dá, de fazer o que é justo. Eu vou vingar a morte do meu pai e de minha irmã. Eu vou fazer com que eles paguem e eu vou cumprir o meu juramento. [Completa].


[A imagem congela focando em Ana Catarina parada no convés do navio, em meio a paisagem, surge um efeito de uma pintura envelhecida e o capítulo se encerra].


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