Capítulo 24
Cena 01 - Escritório Buarque Siqueira [Interna/Manhã]
[Antônio e Carlota estavam visivelmente estarrecidos com a revelação de que Ana Catarina era a noiva misteriosa.]
ANTÔNIO: - Céus, eu não posso acreditar… Vosmecê é a noiva?
ANA CATARINA: - Naturalmente. Espero não tê-lo desapontado!
ANTÔNIO: - De certo que não. [Responde radiante].
ANA CATARINA: - Espero que me entendam, não podia me casar com qualquer homem. Sou uma mulher muito rica, não poderia me dar ao azar de cair nas mãos de um caça-dotes, precisava me certificar antecipadamente com quem iria me casar.
CARLOTA: - Deveras, eu nunca teria pensado em algo diferente de vosmecê fez. Está coberta de razão e sem dúvida alguma, não poderia ter feito escolha melhor. Meu filho lhe será um ótimo marido.
ANA CATARINA: - Não tenho dúvidas disso! [Responde olhando para Antônio].
MIGUEL: - Então só nos resta felicitar os noivos! [Completa].
ANTÔNIO: [Olha para Ana Catarina, sorridente].
Cena 02 - Cachoeira [Externa/Manhã]
Música da cena: Corre - Gabi Luthai
[Maria do Céu estava deitada no chão, próximo ao rio, enquanto admirava a paisagem olhando para o alto].
MARIA DO CÉU: [Olha para o lado e percebe que Tomásia a observava] - O que houve, Tomásia?
TOMÁSIA: - Vassuncê, está diferente… Mais bonita, está até corada!
MARIA DO CÉU: - Não vai me dizer a mesma coisa que o Miguel…
TOMÁSIA: - Vou sim, io também acho que vassuncê não está doente coisa nenhuma e mesmo que tivesse, o amor cura. Pensa que não reparei no jeito que vassuncê olha para o doutorzinho?
MARIA DO CÉU: - Eu olho como amigo, apenas isso. [Completa].
Cena 03 - Estação de Trem [Externa/Manhã]
Música da cena: Carinhoso - Céu
[Como de costume, Joana preparava-se para despachar alguns pedidos de mantimentos na cabine que ficava no interior da estação de trem. Conforme se aproximava da ferrovia, distraiu-se com um grupo de ciganos, principalmente ao ver Vladimir entre eles.]
JOANA: [Para pra observar os ciganos dançando e tocando instrumentos].
VLADIMIR: [Aproxima-se] - Xaborrí, é muito bom revê-la. Bendita seja a tua sorte!
Tradução: Xaborrí = Menina.
JOANA: - Fico feliz em vê-lo também, na verdade gostaria de pedir desculpas pelo modo como minha mãe se comportou da última vez. Fiquei muito constrangida, saiba que eu não concordo com a forma como ela trata o seu povo.
VLADIMIR: - Não precisa se preocupar, xaborrí. Vejo em seus olhos que vosmecê não pensa como ela, por isso meu coração se alegra em encontrá-la novamente.
JOANA: - Seu povo é muito alegre, acho muito bonito como cantam e dançam.
VLADIMIR: - Só não são mais bonitos que os seus olhos.
JOANA: [Fica corada com o elogio] - Bom, agora eu preciso entrar, tenho que fazer uns pedidos… [Começa a caminhar].
VLADIMIR: - Espera!
JOANA: [Para de andar e volta a olhar para Vladimir].
VLADIMIR: Será que podemos ser amigos?
JOANA: - Nada me deixaria mais feliz. [Responde sorridente]. - Agora tenho que ir, até mais ver. [Despede-se, indo embora logo após].
VLADIMIR: [Observa Joana entrar na estação].
Cena 04 - Ruas da Cidade [Externa/Manhã]
[Após a apresentação, todos deixaram o escritório do tabelião enquanto continuavam conversando na rua.]
CARLOTA: - Precisamos fazer um jantar para comemorar. Condessa, estou muito feliz que em breve fará parte de nossa família.
ANA CATARINA: - Naturalmente, Carlota. Eu também, não imagina o quanto estou feliz.
ANTÔNIO: - Não mais que eu!
CARLOTA: - Escute, minha querida. Não quero parecer indelicada e muito menos inoportuna por estarmos na rua, mas quero lhe falar.
ANA CATARINA: - Claro, fale abertamente.
CARLOTA: - Estamos em maus lençóis financeiramente falando…
ANTÔNIO: - Mamãe! [Interrompe aborrecido].
ANA CATARINA: - Antônio, meu noivo. Deixe que sua mãe fale, não se esqueça de que seremos uma família em breve, não deve haver segredos entre nós. Pode falar, Carlota. Prossiga!
CARLOTA: - Dei um mau passo à frente dos negócios no banco e tive de hipotecar a fazenda. Estamos prestes a perder o nosso engenho, de certo a propriedade que seria um dia também sua. Por isso, gostaria de saber se não poderia nos ajudar?
ANTÔNIO: - Não, é claro que não. Mamãe, isso não é hora. A condessa não tem nada a ver com os nossos problemas financeiros.
ANA CATARINA: - De certo que não. Será ótimo poder ajudar, pedirei ao meu advogado para checar a situação. Com muito gosto, é claro!
CARLOTA: - Ótimo, foi o que pensei que diria. [Conclui satisfeita].
ANA CATARINA: - Espero que vosmecê também não se importe, mas também gostaria de pedir um presente de casamento.
CARLOTA: - Presente? Claro, se estiver ao meu alcance.
ANA CATARINA: - Naturalmente, é algo bem simples. Teve uma das suas escravas a qual simpatizei bastante no dia em que estive lá, gostaria de que me desse de presente. Seria possível?
CARLOTA: - Quem? Rosaura?
ANA CATARINA: - Creio que é esse o nome dela.
CARLOTA: - Mas a Rosaura está velha, mas vai atrapalhar do que qualquer outra coisa. Por quê não escolhe outra?
ANA CATARINA: - Não, somente ela servirá para as atividades que estou pensando em minha fazenda.
CARLOTA: - Tudo bem, já que vosmecê insiste. Não vejo problemas, Rosaura será sua no dia do casamento.
ANA CATARINA: - Excelente, sempre bom fazer negócios em família. [Completa sorridente].
Cena 05 - Casarão D’ávilla [Interna/Manhã]
Música da cena: Flor de Lis - Melim
[Com a transição de cenas, surgem os canaviais do engenho da família D’ávilla. Os escravos trabalhavam cortando cana, quando de repente surge a fachada principal da propriedade. Em seu quarto, Leonora estava decidida a ir embora enquanto arrumava suas malas.]
ROSAURA: - Vassuncê está aí? Eu nem a vi chegar, sinhá. O que está fazendo? Vai viajar para sua cidade? [Questionou ao ver Leonora arrumando as malas].
LEONORA: - Vou embora dessa casa, Rosaura. Estou cansada de conviver com a tirania de minha irmã. Não vou levar muita coisa, apenas o indispensável. [Responde enquanto organiza seus pertences em uma mala grande].
ROSAURA: - É uma pena que a sinhá vá embora, principalmente depois dos últimos acontecimentos.
LEONORA: [Para de arrumar a mala e olha para Rosaura] - Do que está falando, Rosaura? Há algo que não sei?
ROSAURA: - Sim, sinhá. Dona Carlota vai obrigar sinhozinho Antônio a se casar com uma milionária, muito mais rica que Laura Lobato, tudo por dinheiro.
LEONORA: - Maldita! Até quando ela vai se meter e arruinar a vida do meu… [Para de falar, temendo ser indiscreta].
ROSAURA: - Do seu filho? Pode falar, sinhá. Comigo, seu segredo está guardado. Io sei que sinhozinho Antônio é seu filho. Um coração tão bom jamais poderia ter sido gerado no ventre de uma serpente como o da Dona Carlota.
LEONORA: - É, Rosaura. Antônio é o meu filho e eu não posso deixá-lo, principalmente agora. Preciso dar um jeito de ficar ao lado dele e ajudá-lo. Carlota não pode continuar ditando a vida dele desse jeito, não pode.
Cena 06 - Mercearia da Paz [Interna/Tarde]
[Cândida atendia algumas freguesas, enquanto ouvia elas contarem as novidades.]
CÂNDIDA: - Não diga… Eu não posso acreditar nisso! [Disse surpresa].
MULHER 01: - Pois eu digo mais! Antônio Guerra terminou com Laura Lobato para se casar com uma mulher muito mais rica do que ela.
MULHER 02: - Vosmecês devem imaginar como está se sentindo a Laura? Deve estar em frangalhos, ser trocada por uma versão banhada a ouro dela? [Gargalha].
MULHER 01: - Quem deve estar gostando disso é a Carlota, se tornar parente de uma milionária. Vai acabar tudo no banco dela! [Rebate].
[Sem perceberem, Graça ouvia tudo do lado de fora ao cruzar pela rua.]
GRAÇA: - Laura precisa saber disso por mim! [Pensa consigo mesma].
Cena 07 - Cartório da Cidade [Interna/Tarde]
[Miguel caminhava de um lado para o outro dentro do cartório, quando o tabelião que cobrava a dívida de Carlota saiu carregando consigo uma pasta envelhecida.]
MIGUEL: - E então, trouxe o que lhe pedi? [Questionou].
TABELIÃO: - Sim, aqui está a hipoteca do Engenho da Família D’ávilla. A propriedade está prestes a ser leiloada pela falta de pagamento das prestações da hipoteca.
MIGUEL: [Sorri ao manusear a pasta, dando uma passada de olhos rapidamente] - Creio que tudo será resolvido em breve! [Responde misterioso].
Cena 08 - Fazenda Santa Clara [Externa/Noite]
Música da cena: Coleção - André Leonno
[O pôr do sol é apresentado e logo a noite se aproxima de São José dos Vilarejos. A lua e as estrelas iluminam a cidade em meio às suas luzes. Em seguida, surge a fachada da fazenda de Ana Catarina.]
ANA CATARINA: [Termina de ler o conteúdo da pasta e fecha sorridente] - Perfeito, é a peça que faltava para completar o meu jogo. [Fala para Miguel].
MIGUEL: - É muito dinheiro, vosmecê reparou? [Questiona surpreso].
ANA CATARINA: - Dinheiro não é problema para mim. Vosmecê sabe que para o tamanho de minha fortuna, essa quantia é irrisória. Daria tudo o que tenho para conseguir essa fazenda de volta, fazenda que pertence a mim por direito. Vou lhe dar uma ordem de pagamento, quero que vosmecê vá até o banco na capital, retire o dinheiro e quite essa dívida. Em seguida, volte ao advogado e prepare um documento. Esse pagamento não sairá de graça para a família Guerra. Pode apostar! [Completa satisfeita].
Cena 09 - Casarão D’ávilla [Interna/Manhã]
Música da cena: Vilarejo - Marisa Monte
[O dia amanhece ensolarado e imagens da cidade são apresentadas. Volta a anoitecer e logo após amanhece mais uma vez.]
Miguel viaja para o Rio de Janeiro e vai ao banco a pedido de Ana Catarina;
Antônio e Ana Catarina passeiam pela cidade;
Laura fica furiosa ao saber do casamento;
Maria do Céu continua saindo escondida com ajuda de Tomásia;
Leonora volta a se encontrar com Vicente;
Açucena dança para Pedro na cachoeira;
Cândida atende uma cliente, enquanto Joana observa Vladimir na rua;
Miguel liquida a dívida da hipoteca do engenho;
Ana Catarina comemora com o documento em mãos;
Carlota cuida dos preparativos para o jantar;
Ricardo anuncia em seu jornal o casamento entre Antônio e Ana Catarina.
SEMANAS DEPOIS…
[Fazia pouco tempo que havia anoitecido, quando charretes e carruagens começaram a chegar ao engenho da família D’ávilla, naquela noite ocorreria o jantar de noivado de Ana Catarina e Antônio, conforme Carlota havia organizado.]
CARLOTA: - Bem-vindos, fiquem à vontade! [Disse ao cumprimentar alguns convidados].
LEONORA: - Condessa, permita-me elogiar mais uma vez seu vestido. Naturalmente deve ter vindo da França.
ANA CATARINA: - De certo que não, querida Leonora. É feito por uma francesa, mas que mora no Brasil, mas precisamente no Rio de Janeiro. [Responde sorridente].
ANTÔNIO: - E a mim, ninguém elogia? [Questiona].
ANA CATARINA: - Vosmecê está muito garboso, meu noivo. Esse frade lhe caiu muito bem! [Responde].
CARLOTA: - Antônio meu filho, a grande parte dos convidados já estão aqui. Creio que já podemos começar, está na hora do pedido. Vamos? [Disse ao se aproximar].
[Carlota então, carregou Antônio e Ana Catarina para o centro da sala, atraindo os olhares dos convidados presentes.]
CARLOTA: - Senhoras e senhores, chegou o momento mais especial da noite. Meu filho Antônio entregará o anel à minha futura nora, a Condessa de Burgos. [Fala sorridente].
ANTÔNIO: [Abre uma pequena caixa de veludo na cor preta. Revela então um anel em seu interior, banhado em ouro branco, com uma pedra de rubi] - Vosmecê aceita se casar comigo?
ANA CATARINA: - Com toda certeza! [Responde estendendo a mão para que Antônio coloque o anel].
CARLOTA: - Viva aos noivos!
[Todos aplaudem a felicidade de Antônio e Ana Catarina, mas logo os aplausos cessam, mas um entre eles soa cada vez mais próximo e forte].
LAURA: [Aplaude conforme se aproxima] - Viva aos noivos. Viva a ambição da família guerra, que se deixa se ludibriar por uma nobre aristocrata de hábitos indecentes!
GRAÇA: [Se aproxima da filha e tenta fazer com que ela se contenha] - Laura, minha filha. O que está fazendo aqui? Eu falei para vosmecê ficar em casa.
LAURA: - Eu vim ver com os meus próprios olhos a confirmação desse noivado findado ao fracasso.
CARLOTA: - Vosmecê está indo longe demais, não acha Laura? É melhor se acostumar com o término e seguir em frente com a sua vida. Ainda é jovem, de certo encontrará um noivo pretendente em breve.
LAURA: - De certo um menos interesseiro! [Rebate com ironia].
ANTÔNIO: - Chega Laura, eu não vou tolerar mais ofensas.
ANA CATARINA: - Deixe, Antônio. Aqui apenas temos uma mulher despeitada, com o orgulho ferido. Nada que abale a nossa felicidade. Senhoras e senhores, vamos continuar as comemorações! [Fala em alto e bom som].
LAURA: - Ora, sua! [Diz ao tentar avançar em Ana Catarina].
GRAÇA: - Minha filha, não…
RICARDO: [Segura Laura] - Laura, já chega. Vosmecê já se humilhou demais, venha comigo. Vou te acompanhar até em casa!
LAURA: [Encara Antônio e Ana Catarina com muito ódio no olhar e em seguida vai embora acompanhada por Ricardo].
CARLOTA: - Bem, agora que o incidente já passou. Vamos passar a outra fala, a ceia será servida! [Orienta].
Cena 10 - Acampamento dos Ciganos [Interna/Noite]
Música da cena: Lua Cheia - Dienis (Participação Especial: Letícia Spiller)
[Vladimir observava as chamas da fogueira, enquanto a madeira queimava. Nesse momento, Açucena se aproximou.]
AÇUCENA: - Um tostão pelos seus pensamentos…
VLADIMIR: - Vosmecê… Nem te vi chegar, romí! [Responde desanimado].
Tradução: Romí = Mulher cigana.
AÇUCENA: - Pelo desânimo que está demonstrando em suas atitudes e em seu olhar, aposto que trata-se de problemas amorosos. [Diz ao se acomodar ao lado de Vladimir num pedaço de tronco].
VLADIMIR: - Talvez, mas não acho que devemos falar sobre isso agora.
AÇUCENA: - Vamos ser sinceros um com o outro, Vladimir. Vosmecê não me ama, assim como eu também não te amo. O que sentimos um pelo outro é carinho, como irmãos que se viram crescer. Vosmecê está apaixonado por outra moça, não é?
VLADIMIR: [Olha nos olhos de Açucena] - Vosmecê tem razão, de fato não estou apaixonado por vosmecê. Existem duas mulheres que mexem com as minhas emoções!
AÇUCENA: - Duas? [Surpreende-se].
VLADIMIR: - Sim, duas. Uma eu sinto que está ganhando lugar em meu coração, mas a outra… A outra eu sinto como se já a conhecesse, é como se fosse de outras vidas.
AÇUCENA: - Então eu aconselho vosmecê a tomar coragem a compreender o que seu coração diz. Se parar para entendê-lo, certamente vosmecê vai perceber quem é a romí que faz o seu coração bater mais forte. Eu garanto! [Responde serenamente].
Cena 11 - Casa dos Lobato [Interna/Noite]
[Após a carruagem estacionar em frente a casa dos Lobato, Ricardo desceu e logo abriu a porta para que Laura descesse.]
RICARDO: - Vosmecê está mais calma? [Indagou].
LAURA: - Como posso estar calma depois do verdadeiro espetáculo de horror que vivenciei essa noite? Antônio noivando com aquela desfrutável. [Lamenta com lágrima nos olhos].
RICARDO: - Vosmecê precisa erguer a cabeça e seguir em frente. [Diz ao enxugar a lágrima no rosto de Laura]. - És muito bonita, não merece sofrer assim. Naturalmente o amor ainda baterá à sua porta, quando menos esperar.
LAURA: - Desculpe, mas não acredito nessa possibilidade. O único homem que amei e que irei amar será o Antônio. Com licença, é melhor eu entrar. Boa noite! [Diz ao adentrar na casa rapidamente].
RICARDO: [Observa Laura adentrar em casa, dessa vez com o coração cheio de esperança].
Cena 12 - Fazenda Santa Clara [Interna/Manhã]
[Ao amanhecer, Antônio e Ana Catarina aproveitaram para passar mais um momento juntos. Os dois haviam feito um piquenique e depois de algum tempo resolveram voltar para casa.]
ANA CATARINA: - Foi incrível, não? O dia lá fora está lindo! [Diz ao entrar em casa].
ANTÔNIO: - Tudo na sua companhia fica ainda mais lindo. Eu adoro estar com você, onde quer que seja. [Diz ao acompanhá-la].
EMPREGADA: - Senhora Condessa, desculpe incomodá-la, acontece que tem visitas.
ANA CATARINA: - Visitas? Não lembro de ter marcado com ninguém. De quem se trata? [Questiona curiosa].
[Nesse momento, as portas da antessala se abrem, revelando uma jovem de aparência delicada e bem vestida.]
MILA: - Mamãe! [Diz sorridente ao reencontrar Ana Catarina].
Música da cena: Rosa - Fagner
ANA CATARINA: - Emília, minha filha! [Responde emocionada ao rever a filha].
[Ambas correm uma ao encontro da outra e se abraçam no centro da sala de estar, enquanto uma mulher negra e também bem vestida, aparece parada na porta da sala e as observa satisfeita.]
ANTÔNIO: [Surpreende-se com a cena, pois não sabia da existência da filha de Ana Catarina].
[A imagem congela focando em Ana Catarina e Mila abraçadas, surge um efeito de uma pintura envelhecida e o capítulo se encerra].
TRILHA SONORA OFICIAL
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