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Saramandaia - Capítulo 25 | Últimas semanas

 

SARAMANDAIA


Capítulo 25 ��️

Criada por: Dias Gomes

Adaptada e escrita por: Luan Maciel

Produção Executiva: Ranable Webs


CENA 01. CASARÃO DA FAMÍLIA ROSADO. QUARTO DE

ZICO ROSADO. INTERNA. NOITE

Horas Depois. A câmera mostra que Zico Rosado e Vitória estão

deitados na cama com poucas peças de roupa. Eles trocam

olhares e ligo depois Vitória se levanta. Zico Rosado fica sem

entender a atitude dela. Vitória fica bem séria.


ZICO ROSADO (confuso): - O que foi que houve com você,

Vitória? Nós acabamos de nos amar, e você vai embora? Não me

diga que eu fui apenas um instrumento para você se saciar?

VITÓRIA (séria): - É claro que não é isso, Zico. Essa situação é

mais delicada do que você imagina. Eu vim aqui apenas para

pedir o seu perdão, e eu acabei na sua cama. Eu não nego que

eu ainda tenho sentimentos por você, mas isso nunca mais vai

acontecer. O que mais importa agora são os meus filhos.


ZICO ROSADO: - Se essa é a sua última palavra que assim seja,

Vitória. Eu prometo que eu não vou encostar um só dedo na

nossa filha, mas isso não significa que eu serei menos piedoso.

Uma coisa que eu não abro mão é o poder sobre essa cidade.


Vitória olha com firmeza para Zico Rosado. O vilão se levanta

da cama e fica parado na frente de Vitória que está sem reação.


ZICO ROSADO (frio): - Sabe qual foi o meu maior erro, Vitória?

Foi perder 30 anos da minha vida te amando loucamente. Mas

isso acaba agora. A Partir de agora você não é mais nada para

mim. Vá embora da minha casa imediatamente.

VITÓRIA (ponderando): - Eu sinto muito que as coisas tenham

tomado esse caminho, Zico. Você não é mais aquele homem por

quem eu me apaixonei um dia. Eu espero que você entenda o

que está me levando a tomar essa atitude.


Vitória termina de se vestir e vai embora sem olhar para trás. A

câmera vai se aproximando do rosto de Zico Rosado. Formigas

começam a sair por seu nariz de um jeito descontrolado.

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CENA 02. CASA DE MARIA APARADEIRA E SEU CAZUZA.

SALA. INTERNA. NOITE

Close em Dona Maria Aparadeira que está andando de um lado

para o outro da sala demonstrando estar muito aflita e

preocupada. Seu Cazuza está sentado no sofá apenas

observando sua esposa. Nesse momento ouve-se uma batida na

porta. Em seguida a porta se abre e Marcina entra em casa

acompanhada de João Gibão. Sem pensar duas vezes dona

Maria Aparadeira abraça sua filha com muita força.


MARIA APARADEIRA (respirando aliviada): - Minha filha….

Você não pode imaginar como eu estava preocupada com você.

(P) Bem que a minha intuição não falha. Eu sabia que tinha sido

você que estava por trás do sumiço dela, João Gibão.

JOÃO GIBÃO (mantendo a calma): - Eu nunca faria uma

covardia dessas ainda mais com a mulher que eu amo, Dona

Maria Aparadeira. A senhora pode não querer ouvir a verdade,

mas quem estava mantendo a sua filha co mm o prisioneira era

o Carlito Prata. Essa é a verdade.

MARIA APARADEIRA: - Isso é uma calúnia. O Carlito jamais

seria capaz de fazer algo tão asqueroso dessa forma. Eu exijo

que você retire o que você disse agora mesmo, João Gibão.


A câmera mostra o ressentimento no olhar de Maria

Aparadeira. Marcina fica entre sua mãe e João Gibão.


MARCINA (dando um basta): - Chega, mãe. Tudo que o João

está falando é a mais pura verdade. O Carlito ficou

completamente louco. Eu nunca mais quero ver ele.

SEU CAZUZA (surpreso): - Eu não posso acreditar que o Carlito

tenha sido capaz de fazer isso você, minha filha. (T) João… eu

não tenho palavras para te agradecer. Se não fosse por você a

minha filha não estaria aqui agora comigo. Muito obrigado.

MARIA APARADEIRA: - Eu não sou obrigada a ficar aqui

ouvindo essas atrocidades que vocês estão inventando. Eu

conheço o Carlito, e ele é um homem respeitável. Vocês não vão

conseguir me jogar contra ele. Estão me ouvindo?


Dona Maria Aparadeira sai da sala totalmente transtornada.

Logo depois Seu Cazuza esboça um sorriso e abraça Marcina.

João Gibão olha para essa cena bem satisfeito.

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CENA 03. BATACLÃ ARCO-ÍRIS. SALÃO PRINCIPAL.

INTERNA. NOITE


O bataclã continua muito movimentado. Ana Maria está

atendendo um cliente da casa quando de repente Carlito Prata

entra no bataclã parecendo um furacão. Ele pega Ana Maria

pelo braço e leva até um canto mais reservado. Eles não

percebem que estão sendo observados por Belezinha.


ANA MARIA (incomodada): - O que você pensa que está

fazendo, Carlito? Você está me machucando. Se você queria

Exclusividade era só ter falado. Eu posso me deitar com

quantos for, mas você sabe que só você me sacia como eu gosto.

CARLITO PRATA (furioso): - Diexa de falar bobagem, sua

quenga. O assunto é sério. (P) A Marcina conseguiu fugir da

casa de campo. Eu tenho quase certeza que aquele infeliz do

João Gibão conseguiu encontrar ela. Você agora entende do que

eu estou falando? Se a Marcina contar para alguém que eu

mantive ela contra vontade eu estarei em naus lençóis.

ANA MARIA: - Como você foi deixar isso acontecer acontecer,

Carlito? Eu não quero mais me envolver nessa história não. Se

alguém perguntar eu não sei nada a respeito disso. Ouviu?


Carlito Prata vai apertando mais os braços de Ana Maria. Close

em Belezinha que vai ficando mais atenta ao teor da conversa.


CARLITO PRATA (ameaçador): - Você acha mesmo que eu estou

brincando com você, Ana Maria? Você realmente não sabe do

que eu sou capaz de fazer. Você está atolada até o pescoço nessa

história. Se eu cair você cai junto. Compreende?

ANA MARIA: - Você não pode fazer isso comigo, Carlito. Foi

idéia sua sequestrar aquela idiota da Marcina. Eu não tenho

medo das suas ameaças. Eu não fiz absolutamente nada.

BELEZINHA (sussurrando): - Foi o Carlito que sequestrou a

Marcina. Eu preciso sair daqui antes que eles me vejam.


Belezinha sai sem ser percebida. Logo depois, Carlito Prata

pega Ana Maria pelo braço no meio de todos que ficam

espantados.

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CENA 04. FAZENDA DE TENÓRIO. CASA GRANDE.

VARANDA. EXTERNA. NOITE

A câmera mostra que Pedro e Estela estão na varanda da casa

grande da fazenda sozinhos. Pedro fica atônito depois que

Estela lhe conta tudo que descobriu recentemente. Pedro pega

as mãos de Estela e a olha com muita ternura. Nesse momento

Vitória chega até a fazenda e Estela solta as mãos de Pedro.


ESTELA (aflita): - Dona Vitória…. Eu sinto muito. Eu sei que a

senhora não me quer ver perto do seu filho, mas ele é a única

pessoa que eu confio. Não quero que pense que eu estou

querendo lhe desafiar. Não pense que é isso por favor.

VITÓRIA (séria): - Não precisa se desculpar, menina. Eu não

vou ser mais um empecilho em seu namoro com o meu filho.

Mas tem algo que eu quero que você saiba, Pedro. Assim que

sua irmã sair do hospital nós iremos embora de Bole-Bole.

PEDRO: - Você só pode estar de brincadeira, não é mesmo,

mãe? Por que isso agora? Eu larguei toda a minha vida em São

Paulo para vir com você para essa cidade, e agora você quer ir

embora? Isso está muito mal explicado.


Vitória olha seriamente para Pedro que está irredutível. Ele e

Estela ficam se olhando em silêncio. Vitória se aproxima deles.


VITÓRIA (firme): - Eu tenho os meus motivos, meu filho. O que

você precisa saber é que eu não vou ficar mais nenhum dia além

do programado nesta cidade. Eu jamais deveria ter voltado.

ESTELA (ponderando): - Eu sei que isso não é da minha conta,

mas o motivo por qual a senhora quer ir embora é o meu pai,

dona Vitória? Eu já sei que no passado vocês se amavam.


VITÓRIA: - Isso não tem mais importância, Estela. Essa cidade

me traz péssimas lembranças. Eu preciso ir embora. E os meus

filhos vão comigo. Espero que você entenda.

PEDRO (direto): - Pode esquecer que isso não vai acontecer. Eu

não vou embora de Bole-Bole. Isso é um fato consumado.


Pedro pega Estela pelo braço e eles vão descendo a escadaria da

casa grande da fazenda. Vitória fica parada sem reação.

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CENA 05. BOLE-BOLE. IGREJA. EXTERNA. NOITE

Dona Pupu está sentada em um dos bancos da igreja e o Padre

Romeu está lhe servindo um copo de água com açúcar. Dona

Pupu ainda está muito nervosa depois que ela jura ter visto

Dona Redonda andando a noite pela cidade.


PADRE ROMEU (sendo cordial): - Agora que você já está mais

calma você pode me dizer o que te aconteceu, dona Pupu. O que

foi que te assustou para te deixar desse jeito?

DONA PUPU (respirando fundo): - Eu sei que o senhor não vai

acreditar em mim,Padre Romeu. Mas eu vi a Don Redonda na

cidade. Eu acho que eu estou ficando louca. Não é possível.


PADRE ROMEU: - Isso é impossível, Dona Pupu. Todos dessa

cidade viram quando a dona Redonda explodiu. Você deve ter

tido apenas uma alucinação. Você está precisando descansar.


Dona Pupu bebe seu copo de água com açúcar. Ela respira

fundo e o Padre Romeu olha para ela de um jeito firme.


DONA PUPU (séria): - Eu sei muito bem o que eu vi, Padre

Romeu. Eu não estou vendo coisas não. Eu sei muito bem o que

o senhor pensa sobre as beatas dessa cidade. Mas eu tenho

certeza do que eu vi. Eu vou cobrar para o Seu Encolheu tudo o

que eu vi. Ele sim vai acreditar em mim.

PADRE ROMEU (em negação): - Você não pode fazer isso, Dona

Pupu. O Seu Encolheu já passou uma situação difícil quando a

Dona Redonda explodiu na frente de todos na cidade e agora

você quer jogar essa bomba no colo dele? Isso não é justo.

DONA PUPU: - Eu te respeito muito, Padre Romeu. Mas eu vou

cobrar sim para o Seu Encolheu. Agora eu preciso ir.


Dona Pupu se levanta e vai embora da igreja. O Padre Romeu

fica com receio do que Dona Pupu possa fazer.

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[AMANHECE]


CENA 06. HOSPITAL DE BOLE-BOLE. LEITO. INTERNA.

MANHÃ

Close em Zélia que está se preparando para deixar o hospital.

Nesse momento Dona Cândida entra no leito do hospital o que

deixa Zélia totalmente surpresa. Dona Cândida vai chegando

cada vez mais perto de Zélia que vai ficando apreensiva.


ZÉLIA (surpresa): - Dona Cândida…. O que a senhora veio fazer

aqui? Eu não quero nenhum problema com a senhora. Eu já

disse que não foi o seu filho que me empurrou da janela da

prefeitura. Não foi ele que fez isso comigo.

DONA CÂNDIDA (ponderando): - Eu sei que as nossas famílias

têm uma rivalidade histórica, Zélia. Mas nós não podemos

fingir que não tem um laço que nos une. Você é minha neta,

Zélia. E isso é algo que eu não posso ignorar.

ZÉLIA: - Para ser sincera eu ainda não sei como reagir com toda

essa história, Dona Cândida. Eu e o seu filho somos inimigos

desde sempre e eu não consigo ver ele como meu pai. Sinto

muito.


Dona Cândida fica abatida com as palavras de Zélia. O clima vai

ficando cada vez mais tenso e ensurdecedor.


DONA CÂNDIDA (compreensiva): - Eu entendo perfeitamente

o que você está me dizendo, Zélia. Eu sou a primeira a admitir

que o meu filho não é a melhor das pessoas. E eu tenho muita

culpa nisso. Fui eu que envenenei ele contra a sua mãe.

ZÉLIA (firme): - Eu não nego que isso me deixa surpresa, Dona

Cândida. Mas eu preciso de um tempo para absorver toda essa

história. É só isso que eu estou pedindo.

DONA CÂNDIDA: - Eu sei bem o que você está falando, Zélia.

Eu prometo que não irei mais tentar forçar você a me aceitar

como sua avó. Eu vou esperar que isso aconteça naturalmente.


Dona Cândida vai embora do leito do hospital bem cabisbaixa.

Zélia fica mexida com tudo que ela ouviu de Dona Cândida.

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CENA 07. PREFEITURA DE BOLE-BOLE. SALA DO PREFEITO.

INTERNA. MANHÃ

A câmera foca em João Gibão que está reunido com figuras

importantes de Bole-Bole. Nesse momento Zico Rosado entra


na sala do prefeito e os outros homens vão se retirando

imediatamente. O vilão se aproxima de João Gibão que sorri.


ZICO ROSADO (austero): - Eu posso saber o porquê de eu ter

sido chamado até aqui, João Gibão? Eu não tenho

absolutamente nada para falar com você. Diga logo o que você

deseja que eu não tenho tempo para perder.

JOÃO GIBÃO (sério): - É aí que você se engana, Zico Rosado. Eu

te chamei aqui para te dar uma informação. Eu já protocolei no

cartório o pedido de mudança do nome da cidade de Bole-Bole

para que vire Saramandaia. Entendeu agora?

ZICO ROSADO: - Você não pode estar falando sério, João

Gibão. Isso já foi resolvido meses atrás. Vocês mudancistas

perderam o plebiscito. Eu não vou deixar isso acontecer.


João Gibão se levanta e fica frente a frente com Zico Rosado. O

nosso protagonista demonstra não ter medo do vilão.


JOÃO GIBÃO (enfático): - Você só está esquecendo de um

pequeno detalhe, Zico Rosado. Eu, a Zélia e os outros

mudancistas só perdemos o plebiscito porque você comprou o

júri especializado. Mas agora a situação é diferente.


ZICO ROSADO (nervoso): - E o que você queria que eu fizesse,

João Gibão? Eu não poderia deixar que dois fedelhos que nem

você e a Zélia pudessem arruinar a história dessa cidade. É

melhor você não querer me desafiar, João Gibão.

JOÃO GIBÃO: - Você está avisado, Zico Rosado. Não queira

impedir o progresso de chegar em nossa cidade. Ou então

arque com as consequências. Você escolhe.


Zico Rosado encara João Gibão de uma forma bem

intimidadora. João Gibão não demonstra ter medo.


A imagem congela nos olhares de João Gibão e Zico Rosado que

se enfrentam. Aos poucos a imagem vai ganhando um efeito

como se transformasse em uma moldura.



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