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BUDAPESTE - CAPÍTULO 03

 


Budapeste - Capítulo 3

Nagymaros – Hungria

Cena 01 – Ruas de Nagymaros – Manhã

A CAM mostra visão panorâmica da cidade, mostrando os montes, a Igreja e casas enquanto a sonoplastia domina toda a cena. Há pessoas no rio em canoas pescando. Logo ali crianças brincam em um parquinho com areia, umas estão no escorregador. Pessoas aproveitam para fazer sua corrida matinal. 

Cena 02 – Casa de Repouso – Ext  – Manhã

Carro de Emese está estacionado. Ela conversa com Lorenzo. De dentro do carro, eles observam a Casa de Repouso, enquanto ela está apreensiva, Lorenzo mostra-se apático.

Emese (apreensiva): Como vamos entrar?

Lorenzo: Não se preocupe, os outros (olhando pelo retrovisor externo) vão ficar nos observando caso eles tentem nos impedir. O primeiro passo é conversar de forma amigável, caso eles resistam, nós vamos para o plano B.

Lorenzo abre a porta do carro, mas é pego desprevenido pela mão de Emese que o segura pela camisa.

Emese: E qual é o plano B?

Lorenzo(friamente): Colocaremos essa casa abaixo.

Neste momento eles saem juntos, enquanto são observados por dois carros cheios. Eles entram na Casa de Repouso com facilidade. A música fica de plano de fundo, de forma baixa que dura até o final da cena 03

Live to hell – Madonna (Instrumental)



Cena 03 – Casa de Repouso – Sala de Recepção - INT  – Manhã

Emese e Lorenzo estão na sala de recepção. Ela dirige-se ao balcão e Lorenzo fica atrás como se estivesse fazendo o papel de guarda-costas, sempre atento olhando para os lados.

Emese (tocando o sino do balcão): Não tem ninguém aqui?

Neste momento, uma mulher surge de uma porta atrás do balcão.

Recepcionista: Olá, em que posso ajudar?

Emese: Minha tia está internada aqui contra sua própria vontade e eu vim buscá-la

Recepcionista: Sinto muito, mas não posso proceder com esse tipo de atendimento.

Emese (Deboche): Não pode? Tenho certeza que no exato momento em que eu abrir a minha carteira, você vai ser capaz de proceder com o atendimento. (se aproximando) Se eu não sair daqui com a minha tia, eu faço questão de acabar com esse lugar.

A recepcionista parece assustada.

Recepcionista: Qual o nome da paciente?

Emese: Ilona Bartha 

Recepcionista: Ela está no quarto 129. É subindo as escadas, virando a esquerda e seguindo todo o corredor. É o último quarto do andar.

Emese vira-se para Lorenzo que entende o recado e ambos saem correndo em direção ao quarto de Ilona. Ao chegar na porta do quarto, Emese depara-se com Konrad jogando xadrez com a mãe.

Emese (assustada): Konrad? O que você está fazendo aqui?

Ilona percebe a presença de Emese e corre para abraçá-la

Ilona: Minha querida. Fico feliz que você tenha vindo! Estou sentindo falta de uma presença feminina por aqui. 

Konrad (cínico): Mas mamãe, aqui você tem várias enfermeiras a sua disposição.

Ilona: Não estou falando disso, meu querido. Estou falando de mulheres para poder conversar. Agora, vá até a recepção e peça uns bolinhos para servimos para sua prima. Rápido!

Konrad sai debochando da reação de Emese e Lorenzo que estão paralisados na porta.

Ilona se aproxima da porta, observa Konrad descendo as escadas e segura o rosto de Emese.

Ilona (sussurrando): Você precisa sair daqui! O Konrad vai te matar.

Emese (sussurrando): Eu não vou sair daqui sem você. Além do mais, os meus seguranças estão lá fora! O Konrad não tem a menor chance.

Ilona puxa Emese para dentro do quarto e leva a sobrinha até a janela.

Ilona (apontando para fora): Está vendo aqueles homens de branco ali depois da árvore maior? (A CAM mostra e volta para as duas) Eles são do grupo do Konrad, todos aqueles ali têm uma tatuagem com símbolos neonazistas.

Close no rosto de Emese séria

Ilona: Ele me colocou aqui, porque eu descobri que ele tinha vínculo com um grupo nazista. Você precisa sair daqui urgente!

Emese: Eu já disse que não vou sair daqui sem você! É uma decisão óbvia

Neste momento, Lorenzo faz um “psiu” em sinal para avisar que Konrad está voltando. Ouve-se passos no corredor que faz um eco. Ao voltar para o quarto, ele observa Emese penteando o cabelo de Ilona

Ilona: Você demorou! Achei que iríamos ficar sem bolinhos! (rindo)

Konrad: Não! Eu trouxe alguns. A Recepcionista disse que foram feitos há poucos minutos. (Entrega o bolinho a Emese)

Ouve-se um barulho de arma sendo armada. Close na arma apontada para cabeça de Konrad que ri em forma de deboche.

Konrad: Imaginei que os dois babacas não iriam vir atoa. Eu sabia que você descobriria uma forma de encontrar a mamãe. Mas como você pode ver, ela está bem e saudável, não tem motivos para você ficar aqui.

Emese: Ah, pelo amor de Deus, Konrad. Se essa situação toda tivesse um prêmio de melhor ator, com toda certeza você ganharia. Vou tirar minha tia daqui sem qualquer problema, sem nenhum tumulto. Do mesmo jeito que seus amiguinhos estão lá fora, eu tenho os meus. 

Konrad: Você está sendo obtusa e...

Lorenzo dá uma coronhada na cabeça de Konrad que cai no chão desmaiado.

Cena 04 – Ruas de Budapeste

As ruas estão movimentadas. Pessoas estão indo ao trabalho e levando o rumo de suas vidas para mais um dia. Neste momento, a CAM foca em uma banca de jornal. Close no Jornal do dia, na qual a manchete principal é

SENADOR FRIDRICH E SEU DISCURSO FALACIOSO.

Close na primeira página do jornal, mostrando a foto censurada, onde o Senador aparece segurando os seios de uma prostituta.

Cena 05 – Jornal – Escritório – INT.  – Manhã

Zóltar está em sua mesa folheando algumas páginas de livro, em suas mãos está a constituição húngara. A sua secretária bate à porta e o mesmo autoriza sua entrada

Secretária (Apreensiva): O senador Fridrich está aqui. Ele quer falar com o senhor.

Zóltar: Não esperava que ele tivesse coragem e audácia para vir aqui. Mande-o entrar

A secretária assente e imediatamente sai do recinto, dando lugar ao Senador Fridrich que está acompanhado de dois seguranças. Ele está trajado com um terno azul marinho, sem que Zóltar peça, ele senta-se em uma cadeira em frente a mesa de Zóltar

Fridrich: Eu realmente não esperava que você tivesse coragem de publicar uma notícia falsa daquela!

Zóltar (irônico): Falsa? Eu acho que a forma que está tudo acontecendo ali é tudo menos falsa.

Fridrich: Imagine só: Eu posso simplesmente acabar com esse seu jornal. É tudo questão de influência e poder. Você pode estar se achando por cima, porque publicou uma materiazinha tendenciosa que rendeu alguns cliques, mas é só isso. Depois disso você voltará ao marasmo.

Zóltar (rindo): Senador, poupe o seu tom de ameaça, eu realmente não tenho medo.Eu aprendi a não ter medo...

Fridrich (levanta-se): Talvez, você não tenha a mesma sorte que os sujos dos seus ancestrais, é... Eu andei pesquisando sobre você e sei que veio dos bueiros. 

Zóltar surpreende-se com as palavras despejadas e o senador continua…

Fridrich (sussurra): Cuidado ao atravessar a rua, nunca se sabe….

Fridrich dá dois toques na mesa e sai imediatamente do escritório. Zóltar fica olhando para o nada com ódio.

Cena 06 – Frente da Casa de Repouso – Ext. Manhã

A CAM mostra Emese, Lorenzo e Ilona entrando no carro rapidamente. Lorenzo começa acelerar o carro e os outros saem também em partida. Neste exato momento, Konrad segurando a parte de trás da cabeça tentando aliviar a dor da coronhada, surge e entra em seu carro com os seus capangas.

Cena 07 – Rua qualquer - Perseguição – Ext. Manhã

O Carro de Konrad persegue os de Emese e dos seus seguranças. Os capangas de Konrad se sentam na porta do carro em movimento e começam a disparar. Os seguranças de Emese revidam. Começa um intenso tiroteio, pessoas entram nos estabelecimentos tentando fugir dos tiros.

No carro de Emese, mostra Ilona totalmente apavorada e começa a chorar copiosamente. Os seguranças de Emese atiram no pneu do carro de Konrad, o qual perde o controle do veículo e acaba indo em direção a uma superfície elevada, fazendo com que o carro capote inúmeras vezes.

O carro explode. Corta para dentro do carro de Emese, onde Ilona dá um grito, no qual é abafado pela sonoplastia.

Cena 08 – Rua qualquer – Ext. – Manhã

Ilona desce do carro chorando copiosamente aos gritos chamando Konrad, ela vai até o carro dominado por chamas. Pessoas curiosas e assustadas estão perto para ver. Emese chega perto de sua tia e a abraça.

Ilona (chorando): Meu filho! ! Eu não deveria ter aceitado vir embora, deveria ter ficado na clínica e isso não teria acontecido!

Emese: Tia, isso não é culpa sua. O Konrad estava te prejudicando. Eu sinto muito, de verdade

Ilona (abalada): Por favor, precisamos dar um enterro digno a ele.

Emese: Não se preocupe...

O celular de Emese toca e ela fica paralisada ao ver o nome na chamada: Konrad. Ela atende.

Konrad (Tel.) Achou que iria se livrar tão fácil de mim, priminha? Olhe pra trás.

Emese olha para trás e vê Konrad de óculos escuros e sem camisa no meio da multidão.

Konrad (Tel.): Agora mais do que nunca, eu vou acabar com você. Se você realmente acredita em algum santo, Deus, ou qualquer outra entidade, comece a orar. Sua vida a partir de hoje irá virar um inferno.

Konrad desliga o telefone e Emese fica transtornada.

Emese (abalada): Ele está vivo.

Lorenzo esboça uma reação e Ilona fica perplexa e chora de alívio.


Cena 09 – Castelo de Buda – INT. – Manhã

Felícia está observando todo o castelo em suas pedras brancas e monumentos. Ela observa a cidade de Budapeste do alto do Castelo. Ao olhar para o lado, ela vislumbra a imagem de de Kimerul tirando fotos.

Felícia: Não acredito que encontrei o Dr. Por aqui.

Kimerul: Acabei passando em uma loja de utilidades aqui perto e resolvi vir até aqui. Este lugar renova as minhas energias.

Felícia: E eu posso saber o motivo?

Kimerul: Foi aqui que eu pedi a mãe do András em casamento. Sempre que queríamos fugir dos problemas, nós vínhamos para cá.

Felícia: Aposto que o senhor deve sentir muita falta dela.

Kimerul: Por favor, Felícia, apesar de você ser uma funcionária do Háras, não precisa me tratar com tanta formalidade quando estivermos fora.

Felícia: Tudo bem, me perdoe.

Kimerul: Como está a vida de atleta? Fiquei sabendo que há interesse da seleção húngara de polo te convocar. Você será o novo orgulho do país.

Felícia (seca): É, mas infelizmente eu não poderei aceitar. Eu sou uma mulher brasileira. Eu amo este país, porque ele me acolheu, mas para fazer parte da seleção, eu teria que me naturalizar húngara e não tenho o menor interesse.

Kimerul: Eu te compreendo, não se preocupe. Você tem um futuro lindo, independente da sua escolha.

Felícia dá um sorriso de gratidão para Kimerul que retribui.

Cena 10 – Floresta - Cabana – INT. – Manhã

A cena abre com Barbara em um pretinho básico. Ela está fazendo seu próprio café da manhã. Omelete à francesa é seu prato. Miklós aparece em cena e abraça por trás, a mesma, consegue escapar.

Barbara: Não vem com abraços uma hora dessas da manhã, Miklós.

Miklós: Me desculpe.

A sonoplastia começa a aparecer e ficará de fundo até a duração da cena.

Antonio Vivaldi – Winter in F Minor, RV. 297: I. Allegro non molto


Barbara: Já decidiu o que vai fazer em relação a polícia? Você sabe que o nosso Reichsführer não só já está sabendo, como vai querer que a situação seja resolvida, não é mesmo?

Miklós: Você sente falta do nosso passado em Berlim? Nós vivíamos como se estivéssemos no Terceiro Reich. Aquilo me deu esperanças de boas coisas que estariam por vir, mas falhamos.

Barbara: Já foi assim... E poderá ser muito maior agora, porque temos apoio, por isso, é importante que os deslizes sejam abafados. Miklós... (Barbara induz Miklós a sentar na cadeira, a mesma senta-se em seu colo) Quando algo dava errado nos planos do terceiro Reich, era importante recalcular a rota, certo?

Miklós: Sim, eu sei. Há até relatos de que alguns soldados quando estavam prestes a serem pegos pelas tropas inimigas, eles cortavam seus pulsos e até mesmo atiravam na própria cabeça. Depois disso, seus amigos conseguiam fazer uma festa.

Barbara (beija a testa de Miklós): Não se preocupe com nada, SS-Oberführer Miklós Katona.

Miklós: Obrigado, Barbara.

Ela sai do seu colo. Ele sorri e fica pensativo.

Cena 11 – Restaurante – Int. – Manhã.

Frank está sentado em uma mesa observando algumas fotos em seu celular, quando passa uma foto sua com Otávio. Ele acaricia a tela do celular com o polegar onde está o rosto de Otávio. Ele acorda do seu transe quando avista Otávio chegando.

Frank (irônico): Pensei que não fosse vir mais! Eu já iria pedir o jantar.

Otávio: Já vi que seu humor hoje está sendo um dos melhores, hein? Já pediu algo?

Frank: Não cheguei a olhar nem o cardápio. Estava esperando vossa alteza chegar. (risos)

Otávio: Meu Deus, você é um tremendo otário (rindo).

Frank acena em chamado para o Garçom que pega seu bloco de anotações.

Frank: Eu vou querer um Dobos Torte.

Garçom (anotando): E o outro rapaz, o que gostaria?

Otávio: Pode ser o mesmo. Confio no paladar infantil deste garoto.

O garçom assente e sai em direção ao balcão.

Frank: Te convidei para esse almoço, porque preciso de ajuda. Eu realmente não sei como proceder em relação a Victória. O Cedric parece ser realmente um cara legal. Eu a encontrei na padaria ontem, mas combinamos de jantar amanhã. Gostaria que você fosse.

Otávio: Mas não vai ser estranho eu estar num jantar tão privativo quanto o de vocês?

Frank: O Cedric estará lá. Não quero estar sozinho. Irei me sentir bastante acuado. Não quero ser como meus pais, porque realmente quero apoiá-la.

Otávio: É um ótimo passo que você está dando. Enfim, eu irei sim, pode contar comigo. 

Frank pisca para Otávio que sorri.

Cena 12 – Mansão Angyal – Int. Tarde.

Emese abre a porta com Lorenzo e adentra a sala com sua Tia Ilona. Sebestyénne ao vê-los corre em direção e os abraça.

Sebestyénne: Minha amiga! Fiquei tão preocupada com você! Como você está?

Ilona: Não estou nada bem. O dia aconteceu de tudo. Perseguição e por um momento achei que meu filho tinha sido morto.

Sebestyénne (assustada): Como assim?

Ilona: História longa, a Emese vai te contar depois. Apesar do Konrad ser o que é, ele ainda é meu filho, é meu bebê! Eu queria tanto pegá-lo em meu colo e ficar com ele abraçado, proteger... Eu não sei aonde eu errei com ele.

Emese: A senhora não errou em nada, tia. O Konrad que não soube aproveitar a mãe maravilhosa que tem. Sebestyénne, leve-a para o quarto de hóspedes. (Sebestyénne assente) Lorenzo, quero conversar com você.

Sebestyénne e Ilona sobre as escadas e somem do campo de visão de Lorenzo e Emese.

Lorenzo: Tem algo mais em que eu possa ajudar?

Emese: Preciso que você dê cobertura pra minha tia. Tem como ela ficar na Sicília?

Lorenzo: Claro! No momento, a Hungria não é mais segura pra sua tia.

Emese: Ótimo. Eu só preciso que você dê um jeito de anular os documentos que atestam que minha tia não está sã das suas faculdades mentais até o final do dia. Acha que consegue?

Lorenzo: Considere feito.

Lorenzo está se preparando para sair, mas é impedido por Emese que o chama.

Emese: Muito obrigada, Lorenzo. Não considero você como um funcionário, mas realmente alguém que eu posso contar sempre. Obrigada.

Lorenzo assente. Ele sai da sala e esboça um sorriso tímido de canto de boca.

Cena 13 – Ponte das Correntes – Tarde

András está fazendo sua corrida de rotina. Ele está sem camisa e ouvindo música em seu airpods. Ele para na metade da ponte e para o cronômetro. Volta a correr num ritmo menor do que estava. Quando Felícia vislumbra sua imagem e grita o seu nome.

Felícia: Acho que hoje é o meu dia de sorte! Já vi os dois membros da família Kóvacs fora do Haras.

András: Como assim?

Felícia: Vi o seu pai hoje pela manhã no Castelo de Buda.

András: Ah, sim. Então, ele voltou a fazer isso.

Felícia: Voltou a fazer o quê?

András (seco): Toda vez que meu pai sente falta da minha mãe, ele vai até o castelo de Buda.

Felícia: Ah, ele me contou! Ele disse que foi lá que pediu a mão da sua mãe.

András: É, ele sente muita falta dela. Nunca superou também. Sempre esteve envolvido em trabalho depois que ela faleceu.

Felícia: Sinto muito.

András: Está tudo bem! Quer beber alguma coisa?

Felícia: Eu adoraria, András, mas preciso ir até a casa de um amigo. A gente se fala amanhã no Haras, então. Combinado?

András: Sem problemas!

Os dois se abraçam rapidamente e vão para lados opostos.

Cena 14 – Cabana – Floresta – Sala – Int. Tarde.

Barbara está lendo o jornal e se depara com a manchete do jornal, no qual fala sobre o escândalo do Senador Fridrich.

Barbara (rindo): Mas que velho safado!

Agnes surge na sala.

Agnes: Aposto que já está sabendo do escândalo do Senador Fridrich.

Barbara: Ele simplesmente conseguiu arruinar a carreira política dele, como pode esse velho ser de confiança do nosso Reichsführer?

Agnes: Pelo que eu sei, eles se conhecem praticamente desde criança.

Barbara: Eu sei!

Agnes (olhando ao redor): Cadê o Miklós? Ele não pode sair, a polícia vai acabar achando-o.

Barbara: Não se preocupe com ele. O Miklós está bem. Eu te garanto.

Cena 15 – Praça dos Heróis – Tardinha

Corvos voam no céu em um coro agonizante. A Praça está tomada pela neblina. Há poucas pessoas ali. Um corvo pousa na estátua central. Miklós surge em frente à estátua e ajoelha-se diante dela.

Ele retira um revólver da sua cintura e o leva até o céu da sua boca. A CAM está em visão aérea nesse momento, está em totalmente silêncio quando ouve-se um disparo. Encerrando a cena e deixando tudo escuro.

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penal, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do Capítulo 3


 


 

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