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Capítulo 10-SONHOS PERDIDOS

    

  

( A cena mostra a cidade em seu anoitecer e mostra a fachada da mansão Lindóia)


MANSÃO LINDÓIA/ SALA/ NOITE/ CENA 1:


(Celeste está a servir os patrões que indagam sobre a funcionária Lindalva)


Celeste:(Séria/ em pé/ perto da mesa)

-O Sr. Quem mais um suco?


Osvaldo: (Levado o guardanapo aos lábios/ tranquilo)

-Não, estou satisfeito.

-Escuta Celeste, cadê Lindalva, não a vi por aqui hoje, até onde seu não dei folga.


Celeste: (Muda o semblante/ em pé)

-Lindalva está no hospital, passou muito mal ontem teve hemorróida interna, mais graças a Deus os médicos conseguiram controlar, mais se caso o Sr. tiver disposto a doar sangue, o hospital está sem estoque, e a Linda teve sorte que o que tinha deu certo.


Osvaldo: (Levanta/ tranquilo)

-Isso é muito bom, e em que clínica ela está?


Celeste: (Começa a retirar a mesa/ semblante calmo)

-Fica não muito distante daqui, hospital de pobre mesmo, o Honório sabe onde é.


Osvaldo: (Em pé/ Sério)

-Ok! Vou ver no que posso fazer.

-Ah! Se caso minha esposa e sua sobrinha chegarem, diga a elas que sai e não sei a que horas volto.


Celeste: (Estranha/ pega a jarra)

-Sim Sr pode deixar.


MANSÃO FIDALGO/ SALA DE ESTAR/ SOFÁ/ CENA 2:


(Clóvis e Cintia estão no sofá abraçados vendo tv, e a mesma questiona sobre o Filho)


Cintia: (Sentada/ abraçada/ sofá/ tranquila)

-Amor, você viu como Christian chegou hoje?

-Me pareceu meio abatido.


Clóvis: (Sentado/ abraçado/ calmo)

-Na certa foi uma desilusão que teve, mais isso passa, coisas de jovem.


Cintia: (Estranha/ sentada)

-Verdade, mais Christian contaria a um de nós sobre isso.


Clóvis: (Respira/ olhos fixos pra tv)

-Depois que ele me afrontou daquela forma, eu não vou ajudar mais nas escapadas dele, você sabe disso.


Cintia: (Preocupada/ levanta)

-Eu também fiquei chateada com isso…

-Mais você não acha estranho ele não ter descido pra jantar com a gente?

-Está a horas no quarto trancado.

-Você espera aqui, vou lá ver o que ele precisa.


UNIFOR/ NOITE/ CORREDOR/ SAÍDA/ CENA 3:


(Rosélia está descendo a escada pro corredor e dar de cara com Rogério que a pede desculpas)


Rosélia: ( Se despede da amiga/ descendo a escada)

-Pois é amiga, amanhã a gente se fala. (Espanta)

-Rogério, você de novo?


Rogério: (Colocando o celular no bolso/ parado)

-Estava lhe esperando, quero pedir desculpas pelo que aconteceu.


Rosélia: (Séria/ parada)

-Pra você é fácil pedir desculpas

-Eu já sei que você queria se divertir comigo como estava fazendo com outras ao mesmo tempo.

-Só que você não vai se divertir com meus sentimentos e nem me fazer de palhaça.


Rogério: ( Surpreso/ sério)

-Quem tá falando isso de me?

-Sua amiga não é?


Rosélia: (Caminha / para/ séria)

-Não me procura mais, agora que sei sua fama, você me dar nojo.

-Agora vou embora que ganho mais.


MANSÃO FIDALGO/ QUARTO/ NOITE/ CENA 4:


(Cintia entra no quarto de Christian e vê todas as luzes apagadas e acende e fica chocada com o que vê)


Cíntia: (Acendendo a luz/ preocupada)

-Meu Deus, Christian!?

-Clóvis sobe aqui, aconteceu alguma coisa com nosso filho. ( Desesperada)

-Acorda filho, por favor.


Clóvis: (Entrando/ assustado)

-O que aconteceu?


Cintia: (Desesperada/ chorando)

-Encontrei ele no chão com esse frasco na mão.

-E não tá respirando.


Clóvis: (Preocupado/ pega o filho)

-Vamos, diz pro motorista tirar o carro, vamos levar ele pro hospital.

-Na certa quis se matar…

 

( A cena mostra Clóvis saindo com o filho nos braços)


RESTAURANTE QUE DELÍCIA/ NOITE/ ESCRITÓRIO/ CENA 5:


(Vinicius está sentado em frente ao computador, olhando a imagem de Christian, e se emociona)


Vinicius: (Sentado/ olhando para o computador/ sorri)

-É meu amor, parece que a gente não ficará juntos, logo agora que estava começando a gostar muito de você.

-Desculpa se te fiz sofrer.


Roseno: (Bate na porta/ entrando)

-Sr. Vinicius hoje terei que sair um pouco mais cedo, recebi uma notícia não muito boa.


Vinícius: (Sai da imagem no computador/ tira o óculos/ preocupado)

-E essa notícia é muito grave?

-O movimento hoje está bastante favorável, não seria adequado um chefe como você sair.


Roseno: (Em pé/ preocupado)

-Desculpa Sr. É que minha esposa tem uma amiga que trabalha na casa dos Fidalgo e falou que Christian tentou se matar, mais não deu mais detalhes.


Vinicius: (Assusta/ pasmos/ levanta)

-O Christian?

-Meu Deus!

-Então me espera também vou junto.


Roseno: ( com pressa/ estranho)

-Achei que o Senhor já sabia

-Vamos então.


                    Horas depois…


HOSPITAL CENTRAL/ NOITE/ RECEPÇÃO/ CENA 6: 


(Clóvis sentado indaga a esposa a respeito da causa que levou o filho a tentar suicídio)


Cíntia: (Em pé/ preocupada/ nervosa)

-Meu Deus, e meu filho como está, nada do Dr. ainda, que aflição.


Clóvis: (Sentado/ preocupado/ sério)

-Ôh! Meu amor, desse jeito você vai fazer um buraco aí.

-Tava pensando mais o que levou o Christian a fazer isso, tentar se matar com comprimidos?


Cintia: (Em pé/ preocupada/ nervosa)

-Pior que não sei, mas posso até imaginar, mas isso não importa agora, o que realmente importa é saber como meu filho está.


    



 PENSÃO DA TURCA/ SALA/ NOITE/ CENA 7:


(Dona Turca está limpando as mesas e percebe a tristeza em Rosélia ao entrar)


Dona Turca: (Limpando as mesas/ cantarolando/ depois para)

-"O meu amor é teu, é só você e eu…"

-Ôh! Rosélia aconteceu alguma coisa?

-Tá com uma cara.


Rosélia: (Senta no sofá/ olhar de tristeza)

-É dona Turca, parece que não tenho sorte no amor mesmo


Dona Turca: (Segue em direção ao sofá/ senta)

-Imagino que essa tristeza tenha nome.

-Rogério não é?


Rosélia: (Respira/ coloca as mãos na cabeça)

-Sim, hoje ele tentou se aproximar de mim novamente e discutimos.


Dona Turca: (Abraça a colega/ conforta)

-Minha filha, vou te dar um conselho, durante parte da minha juventude eu também sofri por amor, era idas e vindas, discussões atrás de discussões, até que um dia resolvi dar um basta na situação.


Rosélia: (Curiosa/ olha para a senhora)

-E o que a senhora fez ?


Dona Turca: (Levanta/ séria/ olha a foto de si mesma)

-Eu tive que desistir desse amor, eu o amava muito mas eu não ia ficar com uma pessoa que gostava de mim, e ao mesmo tempo ficava com outras, assim como esse Rogério tá fazendo com você.

Decidi ir embora daquela cidade e tentar recomeçar a vida em outro lugar, pensei se realmente ele me amasse ele viria atrás de mim.


Rosélia: (Sentada/ curiosa)

-E o que aconteceu depois?


Dona Turca: (Emocionada/ olhos com lágrimas)

-Bom, dias depois recebi um telegrama de uma amiga, ela dizia na carta que ele havia falecido em uma briga no bordel onde ele frequentava.

-Aquela notícia me abalou muito, chorei muito e me senti culpada pelo o ocorrido,talvez se eu tivesse lá eu tivesse evitado essa tragédia.


Rosélia: (Curiosa/ triste)

-Poxa dona Turca, não sabia que a senhora viveu uma situação dessas, mas como isso me ajudaria com o Rogério?


Dona Turca: (Enxuga as lágrimas/ senta novamente)

-Sei que você gosta dele e ele gosta de você de verdade

-Mas, tenta dar uma nova chance, seja sincera com ele, mostre pra ele seu amor, só não se rebaixe se caso ele tiver com outra, se valorize e confie em você mesma em primeiro lugar.


Rosélia: (Sorri/ abraça)

-Obrigado Dona Turca, a senhora foi um anjo, amanhã terei uma conversa com ele.


HOSPITAL CENTRAL/ NOITE/ RECEPÇÃO/ CENA 8:


(O Dr. anuncia a família o estado de Christian e todos ficam na expectativa)


Doutor: (Chegando na recepção/ tranquilo)

-Vocês são os pais do paciente Christian?


Cintia: (Nervosa/ preocupada/ levanta)

-Sim somos

-E como ele está?


Doutor: (Tranquilo)

-Fizemos uma lavagem estomacal e retiramos todo o excesso dos comprimidos, ele passa bem, e se tudo ocorrer bem, amanhã ele estará de alta.


Cintia: ( Sorri/ abraça o esposo)

-Ah! Graças a Deus!

-E podemos ver ele?


Doutor: (Tranquilo/ sorri)

-Sim, só não demore muito.


Clóvis: (Aliviado/ tranquilo)

-Que bom que ele saiu dessa.

-Cintia eu quero entrar primeiro, tenho que pedir perdão a ele.


Cintia: (Tranquila/ em pé)

-Sim meu amor, vocês tem muito que conversar, depois eu entro.


                   Minutos depois…


Vinicius: ( Entrando/ preocupado)

-Dona Cíntia


Cintia: ( Estranha/ séria)

-Sim sou eu

-Bom já devo imaginar quem seja…Vinícius


Vinicius: ( Preocupado/ Em pé)

-Sim sou eu

-Queria saber como o Christian está?


Cintia: (Séria/ em pé)

-Para sua infelicidade ele está bem, devo imaginar que você seja o responsável do meu filho tentar se matar.


Vinicius: (Preocupado/ em pé)

-Bom Senhora, eu não sabia disso, Roseno me contou.


Cintia: (Nervosa/ Séria)

-Depois que meu filho te conheceu, ele ficou extremamente mudado em relação a nós, até com o pai ele brigou por sua causa.


Vinicius: (Preocupado/ decepcionado)

-Eu sei que ele sofreu muito, mas não lhe dar o direito de me culpar.

-Ele falava que vocês eram pais conservadores, aceitava ele como é, mas impediam de se relacionar com alguém do mesmo gênero. Isso dar no mesmo que ser preconceituoso 


Cintia: (Nervosa/ séria)

-Olha aqui, meu filho foi iludido por você, não sei o real motivo que houve, mas sei que tem um dedo seu no meio, você tem idade pra ser o irmão mais velho dele.


Vinicius: ( Irritado/ sério)

-Eu sei que não fui honesto com ele, mas quero que saiba que amo seu filho.

-Eu e ele estava namorando às escondidas justamente pra não correr o risco desse preconceito absurdo.


Cintia: (Nervosa/ irritada)

-Você não tem moral pra falar em preconceito, então porque que terminou já que é tão machão.


Vinicius: (Irritado)

-A senhora não merece explicações seu filho já é maior e sabe o que faz.

Achei que pudesse vê-lo, mas com uma pessoa preconceituosa como a senhora, não vale a pena ficar aqui.

-Melhoras pra ele.


                          Dia Seguinte



RESTAURANTE QUE DELÍCIA/ ESCRITÓRIO/ MANHÃ 9:00h/ CENA 9:


(Vinicius está sentado e Roseno entra e percebe a tristeza do patrão)


Roseno: (Entrando/ tranquilo)

-Desculpa aparecer essa hora, vim saber como o Christian está?


Vinicius: (Desapontado/ triste)

-Fui mal recebido pela mãe dele, mas a princípio ela falou que ele está bem.


Roseno: (Em pé/ preocupado)

-Mas sua cara responde outra coisa, o que aconteceu?


Vinícius: ( Sério/ triste/ sentado)

-Fui muito mal recebido 

-Ela jogou na minha cara que a culpa do Christian está daquele jeito era minha.

-Eles não se importam com a sexualidade do filho, mas ao mesmo tempo eles preservam dele ter um relacionamento com alguém do mesmo gênero.


Roseno: ( Respira/ tranquilo)

-Nossa, situação bem complicada 

-E o que você vai fazer?


Vinicius: (Sentado/ triste)

-No momento nada, depois farei  uma nova tentativa e ver no que vai dar.


Roseno: ( Em pé/ preocupado)

-Acho melhor o Sr. Ir para casa e relaxar um pouco, faz bem.

-Bom, sei que não sou ninguém para opinar, mas quero dizer se o Sr. Realmente gostar dele e amar como você mesmo disse vai atrás, fala para os pais dele, que se dane a sociedade, tem muitas pessoas por aí, até mesmo empresários que assumem a própria sexualidade, sei que não é fácil mais no eu caso você vai sofrer pro resto da vida.


Vinicius: (Levanta/ triste)

-Você tem razão, irei pra casa e rever seu conselho, obrigado por me apoiar, e aproveita também seu dia.


MANSÃO FIDALGO/ QUARTO/ CENA 10:


( Christian revela para o pai o que o levou a tentar suicídio)


Clóvis: (Entrando/ tranquilo)

-E aí? Como está se sentindo?


Christian: (Sentado na cama/ comendo)

-Estou bem melhor

-O que aconteceu com a mamãe, achei ela tão séria.


Clóvis: (Em pé/ frente a cama)

-Sua mãe estava preocupada com você só isso.

-Afinal, por que você tentou se suicidar?


Christian: (Comendo a maçã/ e tomando suco/ pensativo)

-É complicado, mas acho melhor você saber.

-Estava na faculdade e recebi uma mensagem do Vinícius pedindo que eu fosse urgente até o restaurante.

-E chegando lá, ele revelou que a gente não podia mais se encontrar às escondidas.


Clóvis: (Duvidoso/ tranquilo/ em pé)

-E qual foi a real causa?

-Não me diga que vocês….


Christian: (Espantado/ levando o guardanapo aos lábios)

-Sim, isso mesmo, e alguém fotografou e essa imagem de alguma maneira foi parar nas mãos da esposa dele.

-E acho que você sabe como eu gosto muito dele e essa foi a minha primeira desilusão amorosa.


Clóvis: (Encruza os braços/ sério/ em pé)

-Acho que não preciso dizer que eu avisei, não é?


Christian: (Cabisbaixo/ pensativo)

-Você tem razão, a sociedade é cruel, na verdade ele foi, e quanto a esposa dele talvez seja pior.

-Você sabe me dizer se ele sabe que tentei algo ruim por causa dele?


Clóvis: (Em pé/ sério)

-Sua mãe contou que enquanto eu estava com você no quarto do hospital ele apareceu lá, e ela falou poucas e boas pra ele.


Christian: (Sentado/ pega o copo com água)

-Mamãe não devia fazer isso, mesmo o que aconteceu comigo eu continuo amando ele.


Clóvis: (Segue em direção ao rapaz/ pega a bandeja)

-Agora descansa, depois conversamos mais sobre esse assunto.



MANSÃO LINDÓIA/ COZINHA/ CENA 11: 


(Celeste está a fazer o almoço e de repente Osvaldo o patrão aparece)


Celeste: (Cortando cebolas/ sussurrando/ preocupada)

-Meu Deus, amanhã minha amiga sai do hospital, tomara que seu Osvaldo não demita a coitada, ela não tem pra onde ir.


Osvaldo: (Entrando/ lentamente/ sério)

-Falando sozinha Celeste?


Celeste: (Assusta/ para / respira)

-Que susto Sr.


Osvaldo: ( Em pé/ frente ao balcão)

-Quero saber de uma coisa a respeito da Lindalva, e quero a verdade.


Celeste: (Estranha/ desconfiada/ em pé)

-Que tipo de informação Sr.?

-Aconteceu alguma coisa?


Osvaldo: ( Sério/ em pé)

-Aproveitando que minha esposa saiu com a sobrinha e meu filho ainda não chegou de viagem, quero saber quem são os pais de Lindalva.


Celeste: (Desconfiada/ séria)

-E qual seu interesse em saber disso, minha amiga é uma moça simples, trabalhadora e honesta.


Osvaldo: (Sério/ em pé)

-Responda, agora!


Celeste: (Assustada/ com medo)

-O que sei é que ela é órfã, perdeu a mãe já faz uns dois anos e desde então começou trabalhar aqui, a mãe dela pediu pra eu indicar ela ao Senhor.


Osvaldo: (Sério/ segue até a porta)

-E o nome da mãe dela?


Celeste: ( pensativa/ desconfiada)

-Ele não pode saber da verdade!

-Sr. Ela se chamava Gertrudes, você conheceu?


Osvaldo: ( Desconfiado/ sério/ saindo)

-Não conheci nenhuma empregada com esse nome.

-Hoje não irei almoçar em casa, se minha esposa perguntar fala que não estou.


  ESCRITÓRIO DE SEGUROS/ MANHÃ/ SALA/ CENA 12:


(Salustiano está a revisar uns papéis e sua secretária chega com um envelope que o deixa furioso)


Rosélia: (Pega o envelope / entra/ tranquila)

-Sr. Chegou agora a pouco esse envelope pra você.


Salustiano: (Tranquilo/ sentado)

-Ok, obrigado Rosélia, pode ir agora.

-Hum, que interessante, então meu irmão está expandido ainda mais o negócio internacional, que ódio. ( Furioso)


MANSÃO FIDALGO/ QUARTO/ CENA 13:


(Christian recebe uma visita surpresa que o deixa surpreendido e emocionado)


Christian: (Sentado na cama/ surpreso)

-Você?

-O que tá fazendo aqui?


 (  A imagem congela em Christian Surpreso)



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