Disputa pelo Poder - Capítulo 17
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Uma maca leva Sebastião para o quarto hospitalar.
Neves: Levem ele, está desidratado e fraco.
Enfermeiro: Será que ele vai ficar bem?
Neves: Não sei, tudo depende da recuperação dele.
(Tema de mistério).
Fique agora com o capítulo de hoje.
Capítulo 17
Cena 1, Quarto Hospitalar, Hospital de Duas Barras, tarde.
Os médicos tentam a todo custo reanimar Sebastião.
(Tema de mistério).
Corta para Sequência.
Neves está sentado esperando notícias no hospital.
Um enfermeiro aparece as pressas.
Neves intervém.
Neves: Xavi, e o Sebastião?
Enfermeiro Xavi: Ainda não, ele está do mesmo jeito, Seu Neves.
O enfermeiro se afasta e vai.
Cena 2, Sala, Casa dos Vilhena, dia.
Cristiano entra na sala, aguardando.
Laura aparece.
Laura: Cristiano, mas que surpresa!
Cristiano: Sim, é verdade. (Sorri).
Eles se cumprimentam.
Laura: Bom, vou pedir pro Vitório trazer o champanhe e daqui a pouco o Tide e o Caio chegam, eles estão trabalhando.
Cristiano: Sem pressa Laura, eu os espero.
Laura: Ótimo então. Vitório, traz o champanhe!
Vitório: Sim senhora, dona Laura.
Vitório se afasta.
Cena 3, Sala, Casa de Ceila, tarde.
Ceila está se arrumando para trabalhar.
Simone está escrevendo uma carta.
Ceila: Simone, e aí como tão as coisas? Conseguiu um trabalho?
Simone: Ainda não, Ceila, mas eu vou começar a procurar emprego como inspetora de aluno, acho que poderia me dar bem!
Ceila: Olha eu amo criança, mas haja paciência, viu!
Simone: Pois é, é um esforço que eu faço.
Ceila se aproxima de Simone.
Ceila: E o que você tá fazendo hein?
Simone: Tô escrevendo uma carta pro meu pai, sabe. Ele não usa internet e nem esses celulares atualizados, só aqueles de casa presos a parede.
Ceila: Ah sei como é, tinha um na casa dos meus avós quando eu era pequena.
Simone: Sim, na casa dos meus também tinha!
Ceila: Bom, eu já tenho que ir por quê tenho o meu trabalho pra ser o meu ganha pão. Olha, eu tenho certeza de que vai conseguir encontrar algo e além do mais, vai ser feliz com o seu futuro noivo!
Simone sorri.
Simone: Também espero que o Cristiano me faça muito feliz ainda!
(Demais - Verônica Sabino).
Cena 4, Sala, Casa dos Vilhena (núcleo 2), tarde.
Berenice fica inquieta.
Diva e Zelinha estão deitadas, com o travesseiro entre suas cabeças no chão.
Diva: Ai que calor tá fazendo hoje Deus!
Zelinha: Verdade Diva... o sol tá de rachar.
Diva: Mãe a senhora tá preocupada com o nosso pai, não é?
Berenice: É sim, Diva. Não sei quando ele vai chegar e aonde se meteu...
Zelinha: Tudo por culpa desse plano tolo da Diva!
Diva (indignada): Oh Zelinha, se o meu plano foi tolo, o seu era pior ainda!
Zelinha: Mas eu nem tive plano!
Diva: Por isso mesmo por quê se desse um plano ele seria péssimo!
Zelinha: Escuta aqui hein Diva, não fui eu quem roubei aquelas frutas daquela mulher lá na feira!
Diva: Fiz aquilo por sobrevivência!
Elas discutem.
Berenice (intervém): CALEM A BOCA AS DUAS! Vocês ultimamente estão insuportáveis! O pai de vocês sumiu e vocês não moveram uma palha para procurá-lo.
Elas se calam.
Diva: Desculpa mãe, a gente promete que vai procurar o pai.
Elas se abraçam.
Cena 5, Sala, Casa dos Vilhena, tarde.
Caio e Aristides aparecem.
Aristides: Boa tarde a todos!
Laura: Tide meu amor, você chegou!!!
Aristides: Sim, eu e Caio.
Caio: Laura, por quê toda essa animação, por acaso temos algo a comemorar?
Cristiano aparece.
Cristiano: Olha Caio, se eu não te conhecesse diria que é um comediante, mas como é filho do meu tio e meu primo, então...
Caio: Ah sim, o pródigo sobrinho!
Aristides: Caio, não começa.
Caio: Mas eu não disse nada, ou disse?
Aristides vai até a estante de bebidas.
Aristides: Cristiano, aceita um drinque?
Cristiano: Hum... posso pedir?
Laura: Mas é claro que pode afinal, você é de casa!
Aristides: Isso mesmo!
Os três sorriem.
Caio: Eu não vou ficar aqui celebrando uma coisa tão estúpida que é ver você. Com licença.
Caio sobe as escadas.
(Tema de tensão).
Cena 6, Quarto de Walkíria, Hospital, Tarde, Rio.
Walkíria está acordada e recuperada.
Katsuki aparece com Flávia, que está alegre em ver a mãe.
Katsuki: Olha só quem acordou!!
Walkíria: Katsuki! Vocês por aqui a essa hora?
Katsuki: Pois é, eu e a Flávia viemos te ver parece que o médico te dará alta logo logo.
Walkíria: Sim, eu perguntei a ele e ele me disse que amanhã mesmo poderei sair.
Katsuki: Mas que maravilha, minha amiga.
Walkíria: Filha... vem cá.
Flávia fica parada.
Katsuki: Vem mais pra perto, Flávia.
Flávia: Eu... tô muito bem aqui.
Walkíria: Por favor minha filha, eu juro que vou ser mais presente pra você...
Flávia se vira de costas e suas lágrimas são perceptíveis em seus olhos.
Flávia: É mentira!
Walkíria: Não é, minha filha....
Flávia sai do quarto chorando.
Walkíria: Deixa ela Katsuki. Ela não sabe confiar na própria mãe.
(Tema triste).
Cena 7, Quarto, Casa de Ceila, tarde.
Simone está sentada sob o chão e olhando para a janela.
(Batidas na porta).
Simone: Já vai!
Simone se levanta e vai atender.
Uma mulher baixa, com uma prancheta em seu braço a olha com meiguice.
Simone: Olá, quem é a senhora?
Mulher: Me chamo Amélia, sou a assistente social da escola do ensino fundamental ao qual a senhorita se especificou em saber pra ver vagas como inspetora e cuidadora.
Simone: Ah mas me desculpe, entre!
Ela convida a assistente a entrar.
Simone: Você quer um chá, um suco???
Mulher: Aceito um suco, por favor.
Simone: Calma aí que logo vou fazer.
Simone vai até a cozinha e pega a água da geladeira, mistura com a mineral e pega o açúcar e o pó do suco.
Simone ao longe: Eu serei avaliada?
Mulher: Isso mesmo querida, será sim!
Simone se aproxima com o copo de suco.
Simone: Bom, aqui está.
Ela entrega o copo a assistente social.
Elas se sentam.
A cena toca um fundo musical animado enquanto elas conversam.
-- Estamos Apresentando --
--- Voltamos a Apresentar --
Cena 8, Igreja, Duas Barras, Tarde.
Zelinha, Diva e Berenice chegam a catedral do padre.
Zelinha: Será que faz bem perguntar ao padre aonde nosso pai se meteu?
Berenice: Bom é uma ideia, mas não sei se o Padre Gianfrancesco saiba muito.
Diva: Vocês se sentem, eu vou ir lá.
Diva se afasta delas e vai em busca do Padre.
Ela o encontra rezando.
Diva: Padre Gianfrancesco?
O padre é interrompido.
Padre Gianfrancesco: Quem me chamas?
Diva: Sou eu padre, a Diva.
O padre termina a sua reza.
Padre Gianfrancesco: Oh minha querida, o que houve?
Diva: O senhor sabe aonde o meu pai se meteu?
Padre Gianfrancesco: Pensei que vocês sabiam... aonde se meteram?
Diva: É uma longa história, Padre. Não temos tempo!
Corta para Sequência.
Diva se aproxima.
Diva: Eu já sei aonde está.
Berenice: E então? Onde?
Cena 9, Jardim, Casa dos Vilhena, tarde.
Aristides está sentado sob uma cadeira conversando com Cristiano.
Aristides: E meu irmão, como está?
Cristiano: Olha tio, ele anda na mesma, pregando a fé e ajudando os mais necessitados.
Aristides: Mas que surpresa, não é? Eu achei que ele ia acabar se cansando disso um dia.
Cristiano: Parece que não, tio. Ele gosta muito do ofício que faz.
Aristides: Sim, percebe-se. Mas, o que lhe recebo a vinda?
Cristiano: Olha Tio, sei que o senhor é um homem atarefado e tudo mais, mas vim aqui lhe pedir um emprego na sua empresa.
Aristides: Você quer um emprego na Celmu?
Cristiano: Isso eu, pedi pra Laura lhe dar uma carta de meu pai explicando a situação e imaginei que o senhor que é um homem benevolente pudesse aceitar.
Aristides: Bom mas é claro que eu aceito! Aceito sim, mas antes, precisa de auxílio.
Cristiano fica bastante contente e abraça o tio.
Cristiano: Muito obrigado, tio Aristides. Prometo não o decepcionar!
Aristides: Assim espero! Vitório, traga uma taça de champanhe! Vamos brindar ao Cristiano!
Eles riem animados.
Cena 10, Sala, Casa de Jorge, tarde.
(Batidas na porta).
Jorge aparece.
Jorge: Estou indo!
Jorge abre a porta.
Simone está ali parada e contente.
Simone: Jorge, eu tenho uma boa notícia para te contar.
Jorge: Simone, mas o que você tá fazendo aqui?
Logo uma mulher aparece, de lingerie e sorrindo.
Simone fica impressionada.
(Tema de tensão).
Simone: Jorge eu não quero atrapalhar você... é que precisava conversar com alguém e... bom, parece meio ocupado.
Jorge (constrangido): É... me desculpa Simone.
Simone: Não se preocupa. Eu... já vou indo.
Jorge: Tudo bem.
Simone sai da vista de Jorge.
Jorge fecha a porta e os dois se sentam no sofá.
Mulher: E aí, quem era ela?
Jorge: Uma amiga...
Corta para Sequência.
Simone sai chorando do apartamento de Jorge.
Simone: Como eu pude ser tão idiota de ter vindo aqui?!
Simone corre até o ponto de ônibus.
Cena 11, Sala, Pensão Palácio, noite.
Cristiano chega na Pensão cansado.
Fanny logo o encara.
Fanny: Cristiano aonde está o Miro?
Cristiano: Ele está... trabalhando eu acho. Tirei um dia de folga para visitar um parente.
Fanny: Ah sei... bom, amanhã dar a diária pra mim, ouviu? O jantar daqui a pouco já está pronto.
Cristiano sobe as escadas.
Logo acima Pipoca está varrendo o chão.
Cristiano: Oi Pipoca, como você está?
Pipoca (com entusiasmo): Oi Cristiano, eu tô muito bem!
Cristiano: Mas que bacana rapaz! E o Miro você sabe dele?
Pipoca (assustado): Não sei de nada não, Cristiano. E do Miro eu quero distância, não quero me envolver...
Cristiano: O que foi Pipoca que tá tão assustado?
Pipoca: Nada, eu vou continuar varrendo...
Cristiano olha com estranheza para Pipoca e entra no quarto.
Cristiano: Miro... o que você esconde??
(Tema de tensão).
Cena 12, Hospital, Duas Barras, noite.
(Burburinho de pessoas).
Diva, Zelinha e Berenice aparecem no hospital.
Algumas pessoas estão andando pelos lugares e pacientes estão conversando entre si.
Berenice: Se sentem em um canto pois eu vou procurar informações sobre o pai de vocês.
Diva: Ali na bancada de atendimento mãe, deve ter.
Berenice: É isso que eu vou fazer, Diva.
Berenice se aproxima a cabine de atendimento.
Atendente: Boa noite, em que posso ajudá-la?
Berenice: Gostaria de saber se aqui no Hospital tem um homem chamado Sebastião Vilhena internado. Ele é meu marido.
A atendente procura na internet os dados sobre o paciente e logo aparecem as informações.
Atendente: Bom, dona Berenice, o paciente está internado na sala de repouso que fica no terceiro andar à direita.
Berenice: Muito obrigada.
Berenice chama as meninas que se levantam e seguem a mãe até o elevador.
Cena 13, Sala, Apartamento de Walkíria, noite.
Walkíria está maquiada e muito bem vestida.
Flávia está lendo no quarto.
Walkíria: Flávia, eu vou sair pra uma balada com o César.
Flávia: Mas a senhora nem está tão boa pra sair!
Walkíria: Não importa, estou cansada só de ficar em casa!
Flávia (surta): VAI E NÃO VOLTA NUNCA MAIS!
Flávia bate a porta.
Walkíria: Viu Jandira o jeito que ela me trata?!
Jandira: Olha dona Walkíria, sem querer opinar, mas já opinando, acredito que a senhora deveria ser mais amorosa e atenciosa com a senhorita Flávia. Ela sente a sua falta.
Walkíria: Não me vem com sermão, Jandira! O pai dela deveria também me ajudar não acha?!
Jandira: Mas ele já ajuda, cuida, paga a pensão...
Walkíria: Mas ainda é um irresponsável! Bom, não vou me estressar por isso.
Walkíria pega a sua bolsa e sai de casa.
(Tema de tensão).
-- Abertura ---
--- Voltamos a Apresentar --
Cena 14, Balada, noite.
A cena muda agora para a paisagem do Rio envolta com uma música eletrônica.
Fernanda está bebendo com as amigas num barzinho perto da praia.
Fernanda: Eu nem acredito que a gente tá aqui de novo!
Amiga #1: Pois é, eu achei que a gente não voltaria mais aqui (risos).
Fernanda: Bom, agora o melhor é curtir, sem ficar pensando nos problemas.
Juntas: É!
O tilintar das taças é sentido.
Cena 15, Hotel, dia.
Cristiano chega ao trabalho.
Miro está de vigia olhando os clientes passarem.
Miro: Macaco o que você tá fazendo aqui?.
Cristiano: Vim trabalhar, ué.
Miro: Eu acho melhor dar meia-volta.
Cristiano: Por quê?
O gerente se aproxima de Cristiano.
Gerente: O que você está fazendo aqui?
(Tema de tensão).
Cristiano olha para o gerente.
Cena 16, Escritório de Aristides, Estaleiro, dia.
Caio está no escritório do pai olhando a situação da empresa.
Aristides chega ao local.
Aristides: O que você está fazendo aqui, Caio?
Caio: Vim ver umas papeladas da empresa.
Aristides: Sobre?
Caio: Não interessa agora. Vou para o meu escritório.
Aristides: Caio, espera.
Caio para.
Aristides: Por quê você anda tão amargurado?
Caio: Isso é problema meu.
Aristides: Você anda insensível! Contenha-se! O seu primo querer vir trabalhar conosco não significa que queira nos roubar.
Caio: Você dá muito valor a alguém que tem segundas intenções.
Aristides: Que tipo de segundas intenções?
Caio: Ele é interesseiro, ambicioso. Faz essa pose de pobre coitado para nos comover.
Aristides: Não seja ridículo.
Caio: Você só vai perceber quando for tarde demais.
Caio se retira do escritório do pai.
(Tema de mistério).
-- Estamos Apresentando --
-- Voltamos a Apresentar --
Cena 17, Casa de Ceila, dia.
Simone se arruma para ir a uma galeria local.
Ceila está tomando café.
Ceila: Já acordou animada, foi?
Simone: Já sim, Ceila. Me chamaram pra ver minhas obras numa galeria local e resolvi ir.
Ceila: Mais que ótima notícia, Simone!
Simone sorri.
Simone: Sim.
(Batidas na porta)
Ceila: Quem será?
Simone atende e vê o rosto de Jorge. .
(Tema de suspense).
Cena 18, Hotel, dia.
Cristiano: Eu vim trabalhar!
Gerente: Você não trabalha mais aqui.
Cristiano: Mas como isso?
Gerente: Você saiu do trabalho ontem a tarde e não voltou.
Cristiano: Só por causa disso?
Cristiano começa a rir.
Gerente: Se você não sair daqui agora chamaremos a polícia.
Cristiano: E os meus direitos?
Gerente: Que direitos?! Você mal começou a trabalhar e quer falar em direitos?! Não seja ridículo.
Cristiano: Eu quero meu salário!
Gerente: Aqui está.
O gerente dá a Cristiano uma nota de 50 e 100 reais.
Cristiano: Isso aqui é pouco!
Gerente: É o que temos pra você. Agora saia daqui.
Cristiano: Miro me ajuda!
Miro: Eu não posso fazer nada macaco! Cada um se arranja como pode!
Cristiano: Seu cretino!
Miro: Opa opa opa, não me ofende não, Cristiano! Você se encabulou sozinho!
Cristiano sai do local estressado.
Cristiano: Mas que droga!
Cena 19, Hospital, Duas Barras, dia.
Berenice vê o estado do marido com pesar.
Diva: Será que ele vai acordar?
Berenice: Logo logo minha filha. O médico falou que tudo pode ocorrer.
Zelinha: Que o pai se recupere logo.
Berenice: Ele vai meninas, ele vai.
Berenice toca nas mãos de Sebastião.
(Tema triste).
Logo, um homem aparece para vê-las.
Neves: Dona Berenice?
Berenice: Neves? O que faz aqui?
(Tema de suspense).
A cena congela com Berenice apreensiva olhando para Neves que se transforma em gesso.
Fim de Capítulo.
Obrigado pelo seu comentário!