“Capítulo 40 – Último Capítulo”
Novela criada e escrita por
Wesley Franco
Esta é uma obra de ficção e sem
compromisso com a realidade.
CENA 1. HOSPITAL. INT. QUARTO DE
NATHALIA. NOITE.
CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA CENA FINAL
DO CAPÍTULO ANTERIOR.
ALEXANDRE – (sussurrando, com frieza) Dorme
Nathalia. Dorme para sempre. E quando encontrar o Jayme manda um oi.
Com um gesto rápido, Alexandre coloca o travesseiro sobre o
rosto de Nathalia, sufocando-a. Uma enfermeira entra no quarto e flagra a cena.
ENFERMEIRA – (assustada) O que você está
fazendo?
ENFERMEIRA – (gritando) Segurança! Segurança!
Ajuda aqui!
Assustado, Alexandre deixa o travesseiro cair e foge do
quarto. Ele sai correndo pelos corredores do hospital.
CORTA PARA
CENA 2. BAR. INT. NOITE.
Tobias está sentado no balcão, bebendo uma cerveja, quando o
som de uma sirene de viatura policial se aproxima. A atmosfera do bar fica
tensa, e Tobias percebe que algo está prestes a acontecer.
POLICIAL – Tobias Araújo, você está preso pela
suspeita de envolvimento no acidente de Nathalia Castro. Coloque as mãos para
cima!
Os clientes do bar observam a cena com curiosidade, enquanto
Tobias levanta as mãos em rendição. Os policias se aproximam de Tobias,
algemam-no e o conduzem para fora do bar. Tobias é levado pela viatura
policial, enquanto as pessoas no bar continuam a observar o desdobramento da
prisão.
CORTA PARA
CENA 3. DELEGACIA. INT. SALA DE
INTERROGATÓRIO. NOITE.
O delegado está sentado à mesa, enquanto Tobias, algemado
encara a intensidade do interrogatório.
DELEGADO – As evidências contra você são
esmagadoras. Encontramos suas digitais no carro da Nathalia e temos as
filmagens de você entrando na casa dela no dia do incidente.
Tobias, mesmo algemado, mantém-se calado, observando o
delegado.
DELEGADO – Sabemos que você cortou os freios
do carro. Agora a questão é: quem foram os mandantes desse crime?
O delegado faz uma pausa, aguardando a resposta de Tobias.
DELEGADO – Lembre-se que se você cooperar,
será melhor para você.
TOBIAS – Eu...Eu posso cooperar.
DELEGADO – Bom. Colabore, e podemos considerar
benefícios para você. Quem foram os mandantes?
TOBIAS – Alexandre Castro e Reginaldo
Dominguez. Foram eles que me pagaram para fazer esse serviço.
O delegado anota as informações, mantendo a compostura.
DELEGADO – Você tem como provar?
TOBIAS – Tem várias ligações tanto do
Reginaldo quanto do Alexandre no meu celular, o garçom do bar também é
testemunha porque ele já me viu com os dois várias vezes, e também foi o
Alexandre que facilitou minha entrada na casa.
DELEGADO – Muito bem. Vou solicitar a prisão
deles imediatamente.
O delegado sai da sala de interrogatório para encaminhar as
providências legais.
CORTA PARA
CENA 4. CLÍNICA PSIQUIÁTRICA. INT.
RECEPÇÃO. DIA.
Murilo está acompanhado de seu advogado Dr. Mendes, ambos
aguardam na recepção da clínica psiquiátrica. Possuem um mandado judicial que
autoriza a retirada de Guto e Helena.
MENDES – Esse processo foi mais rápido do
que eu esperava. O mandado está em ordem, e a justiça autorizou a saída do Guto
e da Helena.
Murilo, ansioso, olha ao redor enquanto a equipe da clínica
traz Guto e Helena.
MURILO – (preocupado) Como vocês estão?
HELENA – Murilo, obrigada por nos tirar
daqui.
Guto demonstra alívio ao ver Murilo.
GUTO – Não agüentávamos mais ficar aqui, isso
tudo foi horrível.
MURILO – Acabou! Agora vocês precisam ter
forças para enfrentar o Alexandre.
GUTO – Eu quero ir para casa agora!
Preciso acertar as contas com o meu pai.
HELENA – Eu quero ver a minha filha, ela
ficou nas mãos daquele monstro!
CORTA PARA
CENA 5. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO.
INT. ESCRITÓRIO. DIA.
Alexandre está no escritório, tenso, atendendo o telefone.
Reginaldo está do outro lado da linha.
REGINALDO – (preocupado) Alexandre, você
precisa me ouvir. A polícia esteve na minha casa com um mandado de prisão.
Tenho quase certeza que o Tobias está envolvido nisso, porque eu liguei para
ele várias vezes e ele não retorna as ligações. Toma cuidado!
REGINALDO - Eu estou indo para o aeroporto, vou
sair do Brasil por Foz do Iguaçu. Sugiro que faça o mesmo!
Antes que Alexandre possa responder, Adélia entra no
escritório.
ADÉLIA – Seu Alexandre, o Dr. Oliveira
chegou.
Alexandre pede a Reginaldo para aguardar e desliga o
telefone.
ALEXANDRE – (para Adélia) Deixe-o entrar.
Dr. Oliveira entra no escritório, carregando um semblante
sério.
DR. OLIVEIRA – Trago péssimas notícias para você!
A justiça liberou Guto e Helena da clínica e há um mandado de prisão contra
você.
Alexandre, surpreso e revoltado, ouve a notícia com
incredulidade.
ALEXANDRE – (furioso) Isso é um absurdo!
Mandado de prisão? Por quê?
DR. OLIVEIRA – Você está sendo acusado de
envolvimento no acidente da Nathalia, parece que a pessoa que realizou o
serviço te delatou como mandante. Eu sugiro que você se prepare, a polícia virá
prendê-lo a qualquer momento.
Alexandre, atônito, pensa no que fazer.
CORTA PARA
CENA 6. APARTAMENTO DE EDUARDO. INT.
SALA. DIA.
Arlete chega ao apartamento de Eduardo, sendo recebida por
ele e Guilherme.
EDUARDO – (surpreso) Mãe, não esperava te ver
aqui.
ARLETE – Precisamos conversar meu filho.
GUILHERME – Vou deixar vocês a sós, é uma
conversa importante entre mãe e filho.
Guilherme deixa a sala e vai para o quarto, deixando Arlete
e Eduardo a sós.
ARLETE – (olhando nos olhos de Eduardo) Eu
sinto muito por não ter estado ao seu lado quando você mais precisava de mim.
Eu falhei como mãe, falhei totalmente.
Eduardo, ainda um pouco reservado, a encara, esperando por
suas palavras.
ARLETE – (chorando) Eu deixei as ameaças do
Caruso me controlarem, e eu sei que isso machucou você. Me arrependo
profundamente, por isso estou aqui para te perdi perdão filho.
Eduardo, com um misto de emoções, ouve atentamente as
palavras da mãe.
ARLETE – Se o Caruso não aceita que eu volte
a conviver com você, se ele não aceitar o seu namoro com o Guilherme, eu vou
pedir o divórcio, já estou decidida. Não posso mais viver assim. Não posso
abrir mão da pessoa que eu mais amo no mundo, que é você.
EDUARDO – Eu sofri muito com sua ausência
mãe. Sentia sua falta todos os dias, mas eu entendo, o meu pai tem esse poder
sobre você, sempre teve.
Arlete abaixa a cabeça, demonstrando remorso e chora.
EDUARDO – Você precisa se libertar dessa
dependência emocional. O meu pai não é um bom marido e um dia você vai enxergar
isso.
EDUARDO – Mas o importante é que agora
estamos aqui juntos outra vez.
Arlete se aproxima e abraça Eduardo, chorando.
ARLETE – Me perdoa meu filho. Eu sinto
muito.
EDUARDO – (abraçando-a) Eu te perdoo mãe, é
claro que eu te perdoo.
SONOPLASTIA: MEU SONHO – PARALAMAS DO
SUCESSO
Arlete vê Guilherme no canto do corredor assistindo a
conversa dos dois.
ARLETE – (para Guilherme) Vem participar do
abraço também.
Guilherme sorrir e vai até os dois, e os três se abraçam
juntos.
SONOPLASTIA OFF
CORTA PARA
CENA 7. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO.
INT. ESCRITÓRIO. DIA.
Alexandre, tenso e determinado, abre uma gaveta do armário e
pega uma arma, escondendo-a na roupa.
ALEXANDRE – (murmurando para si mesmo) É hora
de agir.
Ele sai do escritório e vai em direção à sala. Ao chegar lá,
encontra Adélia saindo com Maitê no carrinho.
ALEXANDRE – Para onde você está indo com ela?
ADÉLIA – (surpresa) Seu Alexandre, eu apenas
estou indo levar a Maitê para um passeio no jardim, ela está precisando de ar
fresco.
Desconfiado, Alexandre segura a arma de forma oculta e,
repentinamente, dá uma coronhada com ela na cabeça de Adélia que desmaia ao
cair no chão. Alexandre com um olhar frio pega o carrinho com Maitê e se afasta
de Adélia, mas permanecendo na sala.
ALEXANDRE – (ameaçador) Agora é só eu e você.
CORTA PARA
CENA 8. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. EXT.
ENTRADA DA MANSÃO. DIA.
Helena, Murilo e Guto estão do Aldo de fora da mansão,
aguardando Adélia chegar com Maitê. Estranhando a demora, começam a ficar
preocupados.
HELENA – (ansiosa) Será que está tudo bem lá
dentro? A Adélia está demorando muito.
GUTO – Eu acho que deveríamos entrar e
pegar a nossa filha lá dentro mesmo.
MURILO – (preocupado) Mas não é perigoso? Eu
vou ligar para polícia, é melhor a gente se precaver.
HELENA – Não vou conseguir ficar aqui parada
enquanto a minha filha está lá dentro com aquele louco. Eu vou entrar!
GUTO – Espera um momento. Vamos entrar
pela garagem, eu preciso pegar algo dentro do meu carro.
Guto, Murilo e Helena entram na mansão e se dirigem até a
garagem.
CORTA PARA
CENA 9. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO.
INT. GARAGEM. DIA.
Eles chegam até a garagem, Guto abre o carro e pega uma arma
que estava guardada dentro do porta mala.
GUTO – Isso pode ser útil, a gente não
sabe o que esperar lá dentro.
Guto guarda a arma na roupa e entra na mansão junto com
Helena e Murilo.
CORTA PARA
CENA 10. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO.
INT. SALA. DIA.
Guto, Murilo e Helena invadem a mansão e encontram Alexandre
segurando o carrinho com Maitê. Alexandre, surpreso e assustado, olha para
eles.
HELENA – (gritando) Solta a minha filha!
Alexandre, percebendo a situação, retira a arma de forma
ameaçadora.
ALEXANDRE – (ameaçador) Ninguém se aproxima, ou
eu juro que atiro na criança.
HELENA – (gritando) Não! Não mexe com a
minha filha.
Ouvindo o tumulto, Renata desce as escadas e fica chocada ao
ver Guto e Helena na sala.
RENATA – (surpresa) Guto? Helena? Vocês
conseguiram sair da clínica.
GUTO – (preocupado) Você precisa parar o
Alexandre, mãe, ele está ameaçando a minha filha.
RENATA – Alexandre acabe com isso pelo amor
de Deus, entrega essa criança.
ALEXANDRE – Eu só libero a criança se vocês
conseguirem dinheiro para eu fugir. E não tentem chamar a polícia, ou...
Neste momento, barulhos de sirene e vozes da polícia
cercando a mansão começam a se aproximar. O desespero toma conta de Alexandre
ao perceber que seu plano está ruindo.
HELENA – (desesperada) Por favor, solte a
minha filha.
RENATA – Alexandre, entregue a Maitê.
GUTO – Pai podemos negociar e você sai
daqui seguro, mas solte a Maitê.
ALEXANDRE – (irritado e gritando) Negociar com
você? Você é um imbecil Guto, um completo idiota! A culpa de tudo isso está
acontecendo é sua! Sua!
Alexandre bastante irritado aponta a arma na direção de
Guto, que reage rapidamente tirando a sua arma e apontando para Alexandre.
ALEXANDRE – (desafia) Vai atirar no seu próprio
pai? Pelo visto deixou de ser covarde.
GUTO – Solta a minha filha!
ALEXANDRE – Você atrapalhou tudo! Eu passei a
minha vida inteira trabalhando para chegar à presidência daquela empresa. Tive
que suportar durante anos, o Jayme e a Nathalia. Quando o Jayme resolveu adotar
a Helena como filha, eu precisei sequestrar ela e mandá-la para longe. Mas ela voltou
e se casou com você, eu mais uma vez tive que agir provocando o acidente da
Nathalia para me livrar dela e deixar o caminho aberto para mim. E do que
serviu? Você, meu próprio filho quis me apunhalar pelas costas.
ALEXANDRE – Sabe Guto? Você passou a vida toda
sendo um moleque despreparado, mimado, incompetente e totalmente manipulável.
Eu tinha certeza que tinha você em minhas mãos, e como a Helena não entendia
nada da empresa, imaginava que com a Nathalia fora do jogo, tudo cairia em
minhas mãos. Mas aí, o moleque que foi um idiota a vida toda resolveu que não
seria mais manipulável e achou que podia me ameaçar. Ameaçar me tirar da
presidência da empresa, que sempre deveria ter sido minha.
ALEXANDRE – (grita, irritado) Justo quando eu
mais precisei que você fosse aquele garoto manipulado por mim, você resolveu
ter voz. Você é um moleque! Um idiota! Se apaixonou por essa vagabunda e
colocou a sua família em segundo plano. Seu idiota! Você estragou tudo!
GUTO – (grita) Não fala assim da Helena!
ALEXANDRE – (grita) Eu falo do jeito que eu
quiser! Seu moleque!
Guto tomado pela raiva, tenta atirar em Alexandre, mas
Alexandre reage mais rápido, atirando no peito de Guto, que cai ao chão.
HELENA – (desesperada) Guto!
RENATA – (gritando) Filho!
Rapidamente, Renata se aproxima de Guto, chorando bastante
ao vê-lo morto no chão.
RENATA – Chega! Eu vou acabar com isso
agora.
Renata movida pela dor e desespero, pega a arma de Guto do
chão e se levanta para enfrentar Alexandre. Ele reage atirando em Renata. Renata
cai ao chão e se arrasta até o corpo de Guto, chorando.
RENATA – (sussurrando) Meu filho...
Renata abraça Guto e morre abraçada ao filho.
A polícia invade a mansão, cercando Alexandre, que é rendido
e preso.
CORTA PARA
CENA 11. AEROPORTO. INT. AVIÃO. DIA.
Reginaldo entra no avião, cumprimenta a tribulação e se
acomoda em um assento. Ele coloca sua mala de mão no bagageiro acima do
assento. Enquanto Reginaldo se ajeita, dois policiais entram na aeronave. Eles
localizam Reginaldo e se aproximam com seriedade.
POLICIAL – Reginaldo Dominguez? Você está preso
por tentativa de homicídio de Nathalia Castro. Por favor, nos acompanhe.
Reginaldo, surpreso e tenso, levanta-se e é conduzido para
fora da aeronave pelos policiais.
REGINALDO – (protestando) Isso é um engano! Eu
não sei do que estão falando!
Os passageiros observam com curiosidade enquanto Reginaldo é
retirado do avião pelos policiais.
CORTA PARA
CENA 12. MANSÃO DE CARUSO. INT.
SALA. NOITE.
Arlete está séria e decidida enquanto Caruso está tenso,
percebendo que algo sério está prestes a acontecer.
ARLETE – (olhando nos olhos de Caruso)
Precisamos conversar Caruso.
Caruso tenta se explicar antecipadamente, visivelmente
nervoso.
CARUSO – (gaguejando) Arlete, eu sei que o
Eduardo deve ter te falado algumas coisas, mas...
ARLETE – (cortando) O Eduardo não me falou
nada. Eu é que fui falar com ele, pedi perdão por não ter ficado do lado dele
quando ele estava precisando, e é sobre ele que eu quero conversar com você.
Caruso fica confuso, sem entender a direção da conversa.
CARUSO – Do que você está falando?
ARLETE – (firme) Estou falando sobre aceitar
o Eduardo como ele é, aceitar que ele é gay.
CARUSO – Isso eu não vou aceitar tão cedo!
ARLETE – Chega Caruso! A situação não pode
permanecer assim. Eduardo é nosso filho, e eu quero que você o aceite,
independente de quem ele ame.
Caruso, ainda relutante, se recusa a ceder.
CARUSO – (teimoso) Não posso fazer isso, não
posso aceitar.
ARLETE
– Tudo bem, já que você não aceita
nosso próprio filho, não tem mais motivos para continuarmos sendo uma família.
Eu quero o divórcio, eu quero me separar de você.
CARUSO
– (surpreso) Se separar, você...
Antes que ele termine a frase,
Caruso é interrompido por uma súbita dor intensa na cabeça. Sua boca começa a
entortar, revelando os sinais de um AVC.
ARLETE
– (gritando) Caruso! Socorro! Alguém
chame uma ambulância!
CORTA PARA
CENA 13. CASA DE ADÉLIA. INT. QUARTO DE SOL. NOITE.
Pedro entra no quarto, percebendo a
seriedade da situação.
PEDRO
– (sentando-se) Você queria falar
comigo amor?
SOL
– (olhando séria) Sim Pedro.
Precisamos conversar.
Pedro aguarda ansioso enquanto Sol
escolhe as palavras certas.
SOL
– (respira fundo) Pedro, nosso
relacionamento não está funcionando mais.
PEDRO
– (confuso) Não entendo Sol. Eu tenho
me esforçado para...
SOL
– (interruptora) Não é você Pedro. O
problema não está em você. Está em mim.
PEDRO
– Como assim Sol? O que está
acontecendo? Você conheceu alguém?
SOL
– Eu tenho refletido há muito tempo
sobre nós dois, sobre o que eu quero, sobre quem eu sou. E a verdade é que acho
que vou ser mais feliz sozinha, longe desse relacionamento.
Pedro fica atônito, sem palavras
diante da revelação de Sol.
PEDRO
– Mas nós...Eu tenho me esforçado
tanto por nós dois. Eu tenho trabalhado duro para te dar o melhor.
SOL
– Pedro, não é sobre isso. É sobre eu
encontrar meu caminho, minha felicidade. E infelizmente acho que não é ao seu
lado.
Pedro devastado abaixa a cabeça.
PEDRO
– (triste) Eu não sei o que dizer.
SOL
– Não precisa dizer nada. Eu só quero
que você entenda.
Pedro se levanta, incapaz de
esconder a tristeza em seu rosto.
PEDRO
– Eu desejo que você seja feliz Sol.
Mesmo que não seja ao meu lado.
Pedro sai do quarto.
CORTA PARA
CENA 14. HOSPITAL. INT. QUARTO DE HOSPITAL. DIA.
O ambiente hospitalar está
tranquilo, com Caruso deitado na cama, ainda se recuperando do AVC. Arlete,
Bárbara e Eduardo estão presentes, preocupados com o estado de saúde de Caruso.
ARLETE
– Como você está se sentindo?
CARUSO
– (fraco) Estou melhorando, mas ainda
sinto um pouco de fraqueza.
Eduardo entra no quarto. Bárbara
olha para Eduardo, percebendo a tensão no rosto dele.
BÁRBARA
– Eduardo está aqui. Ele veio para te
ver.
Eduardo, com um misto de emoções, se
aproxima da cama.
EDUARDO
– (afetuoso) Pai...
CARUSO
– (olhando para Eduardo) Filho...
Caruso, ainda debilitado tenta
segurar a mão de Eduardo, sua expressão demonstra arrependimento.
CARUSO
– (sussurrando) Eduardo, eu...eu
sinto muito, por tudo.
Eduardo, tocado pelas palavras do
pai, segura a mão de Caruso.
EDUARDO
– (com emoção) Pai, eu te perdoo. Não
guardo rancor, o importante agora é que você se recupere.
Caruso com olhos marejados sorri
fraco. Eduardo se inclina e abraça o pai com cuidado, transmitindo o perdão e a
reconciliação. O ambiente fica carregando de emoções enquanto a família tenta
se reconstruir após momentos difíceis.
CORTA PARA
CENA 15. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO. INT. SALA. DIA.
Nathalia, Helena e Beatriz estão
sentadas, compartilhando um momento de reconstrução.
NATHALIA
– (suspira) Estou grata por estar de
volta em casa, ao lado de vocês.
Helena e Beatriz expressam sorrisos tranquilizadores.
HELENA
– (sorrindo) Eu estou muito feliz que
tudo tenha terminado bem, mãe.
BEATRIZ
– Foi um período difícil, mas já
superamos o pior.
NATHALIA
– (olhando para Helena) Filha, sei
que perdemos o Guto, e isso é devastador, mas seguiremos em frente e vamos
cuidar da Maitê com todo o amor.
HELENA
– (abraçando Nathalia) Sim, mãe.
Estamos finalmente juntas, e isso é o que importa. Não vamos nos separar nunca
mais.
NATHALIA
– (sorrindo) Você e a Maitê são as
luzes da minha vida. Deus nos deu mais uma chance de construir um novo
capítulo.
BEATRIZ
– E lembrem-se, vocês não estão
sozinhas, eu estou aqui para o que precisarem.
NATHALIA
– Beatriz, sua amizade tem sido um
suporte incrível. Obrigado por estar ao nosso lado.
As três se abraçam, fortalecendo os
laços que as unem.
CORTA PARA
CENA 16. MANSÃO DE CARUSO. INT. JARDIM. DIA.
Bárbara e Murilo conversam
seriamente.
BÁRBARA
– (olha nos olhos de Murilo) Eu tenho
pensado muito sobre nós, sobre o que vivemos nos últimos meses. E eu tenho que
ser honesta contigo.
Bárbara pausa, buscando as palavras
certas.
BÁRBARA
– (suave) Eu percebi que mesmo depois
de tantos meses distante, você ainda ama a Helena. E não é justo com você que
eu esteja ao seu lado sem que você me ame de verdade.
MURILO
– Bárbara, eu...
BÁRBARA
– (interrompe) Eu sei que isso vai
doer em mim, mas acho que é a hora de eu ser honesta comigo mesma.
MURILO
– Eu não queria que as coisas fossem
assim.
BÁRBARA
– Eu sei Murilo, e eu aprecio tudo
que vivemos juntos. Mas eu não quero ser um obstáculo para a sua felicidade.
Há um silêncio tenso enquanto ambos
processam a decisão.
MURILO
– Agradeço por estar sendo honesta
comigo.
BÁRBARA
– Espero que você encontre a
felicidade que merece. Eu só quero que você seja feliz.
Murilo assente e abraça Bárbara,
sabendo que essa conversa marca o fim do relacionamento entre os dois.
CORTA PARA
CENA 17. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA DE REUNIÕES. DIA.
A sala de reuniões está cheia de
membros da diretoria, todos estão reunidos para dar as boas-vindas a Nathalia
de volta à presidência da Castro Cosméticos. Nathalia está de pé, agradecendo o
apoio compartilhando sua visão sobre o futuro da empresa.
NATHALIA
– (sorrindo) Quero agradecer a todos
pelo caloroso retorno. Juntos vamos restaurar a grandeza da Castro Cosméticos.
De agora em diante, vamos trabalhar para apagar os eventos sombrios do passado
recente. Peço a colaboração de cada um de vocês na reconstrução desta empresa
que tanto amamos.
Os membros da diretoria aplaudem
entusiasmados, expressando apoio à liderança de Nathalia.
CORTA PARA
CENA 18. CASTRO COSMÉTICOS. INT. CORREDOR. DIA.
Helena está saindo da sala de
reuniões quando Bárbara a chama para uma conversa.
BÁRBARA
– Helena, posso falar com você?
Helena concorda e as duas se afastam
para um canto mais reservado do corredor.
BÁRBARA
– Eu preciso ser honesta com você.
Nunca estive grávida do Murilo, quando ele se separou de mim para ficar com
você, eu não aceitei a separação e armei essa gravidez para separar você e o
Murilo.
HELENA
– (surpresa) Por que você fez isso?
Tem noção da influência que isso gerou na nossa vida?
BÁRBARA
– Eu queria que o Murilo fosse meu,
mas eu nunca consegui, porque mesmo ele estando do meu lado, ele não deixou de
amar você. Ele te ama.
Helena processa a revelação,
surpresa com a sinceridade de Bárbara.
BÁRBARA
– Espero que vocês dois possam ser
felizes juntos. O caminho está livre.
Helena e Bárbara se encaram por um
momento antes de seguirem caminhos separados no corredor.
CORTA PARA
CENA 19. RIO DE JANEIRO.
SONOPLASTIA:
É COM ESSE QUE EU VOU – ELIS REGINA
A cidade do Rio de Janeiro iluminada
se transforma em um espetáculo de luzes. Os bares e restaurantes à beira-mar
ganham vida, e a música ao vivo ecoa pelas ruas. Cortes rápidos mostram os
famosos pontos noturnos, como o Arcos da Lapa iluminados em cores vibrantes, e
as festas nas ruas do bairro boêmio de Santa Teresa.
LEGENDA:
ALGUNS MESES DEPOIS
SONOPLASTIA
OFF
CORTA PARA
CENA 20. MANSÃO DE CARUSO. INT. JARDIM. NOITE.
O jardim está decorado com elegância
para o casamento de Eduardo e Guilherme. Convidados estão animados, esperando
pelo início da cerimônia.
SONOPLASTIA:
IMBRANATO – TIZIANO FERRO
Eduardo entra no jardim de braços
dados com Arlete, enquanto Guilherme entra acompanhado de Adélia. Ambos estão
visivelmente emocionados.
CELEBRANTE
– Queridos Eduardo e Guilherme, hoje
testemunhamos a união de duas pessoas que encontraram o amor e a felicidade um
no outro. Vocês decidiram compartilhar suas vidas, sonhos e esperanças. Que
este seja o início de uma jornada repleta de amor, compreensão e cumplicidade.
Eduardo e Guilherme trocam olhares
cheios de carinho e confiança.
CELEBRANTE
– Eu os declaro marido e marido. Pode
beijar o noivo!
Eduardo e Guilherme se inclinam um
para o outro, trocando um beijo apaixonado. A platéia explode em aplausos e
alegria, celebrando a união de Eduardo e Guilherme. Helena e Murilo que
assistem ao casamento se beijam. Nathalia ao lado carregando Maitê olha com
compaixão para a neta que sorrir para a avó.
SONOPLASTIA OFF
CENA 21. MANSÃO DE CARUSO. INT. JARDIM. NOITE.
O clima é de alegria e descontração,
com Zeca Pagodinho no palco cantando “Verdade”. Todos estão ao redor do palco,
dançando e curtindo a música.
SONOPLASTIA:
VERDADE – ZECA PAGODINHO.
ZECA
PAGODINHO –
(cantando) Descobri que te amo demais. Descobri em você minha paz. Descobri sem
querer a vida. Verdade. Pra ganhar seu amor fiz mandiga. Fui a ginga de um bom
capoeira. Dei rasteira na sua emoção. Com seu coração fiz zoeira. Fui a beira de
um rio e você. Uma ceia com pãozinho e flor. Uma luz pra guiar sua estrada. A
entrega perfeita do amor.
Helena e Murilo se entregam no
samba, dançando com energia e alegria. Nathalia segura Maitê nos braços,
dançando de forma suave, aproveitando cada momento com a neta. Sol observa
Caruso que está sentado ainda debilitado pelo AVC, ao tentar se aproximar,
Caruso a ignora, Sol se entristece e decide se afastar. Pedro observa Beatriz
em pé sozinha bebendo uma taça de champanhe, ele se aproxima e a convida para
dançar, ela aceita e os dois se divertem na pista, compartilhando risadas e movimentos
de dança. Naná, Antônio e Adélia com sorrisos radiantes, dançam juntos. A
câmera se afasta, capturando a atmosfera animada da festa, com todos os
convidados se entregando a música e celebrando o amor, a amizade e uma nova
fase na vida de todos.
SONOPLASTIA OFF
CORTA PARA
CENA 22. PRESÍDIO. INT. PÁTIO DO PRESÍDIO. DIA.
O pátio do presídio está cheio de
tentos. Alexandre e Reginaldo se encontram para discutir os detalhes do plano
de fuga.
ALEXANDRE
– Já está tudo preparado, enquanto a
confusão tiver rolando no pátio para atrair todos os guardas, a gente vai pular
o muro e a cerca elétrica vai está desligada.
REGINALDO
– Finalmente vamos sair daqui!
Os detentos começam a provocar
tumulto, brigando e causando alvoroço. A segurança do presídio se concentra na
tentativa de conter a briga. Um agente penitenciário, envolvido no plano,
desliga as luzes do presídio, enquanto rola a confusão. Reginaldo, Alexandre e
outros detentos aproveitam a confusão para correr em direção ao muro.
REGINALDO
– (vibrante) Vamos pessoal, rápido!
Reginaldo salta sobre o muro,
seguido por outros detentos. Chega a vez de Alexandre, que escala o muro com
habilidade, mas, ao tocar na cerca elétrica, é atingido por uma descarga
elétrica violenta. Alexandre é fortemente eletrocutado e morre imóvel a cerca
elétrica.
CORTA PARA
CENA 23. RIO DE JANEIRO. VISTA CHINESA. DIA.
SONOPLASTIA:
PALAVRAS AO VENTO – CÁSSIA ELLER
Nathalia, Murilo e Helena segurando
Maitê chegam à famosa Vista Chinesa no Rio de Janeiro. O cenário oferece uma
visão deslumbrante da cidade.
NATHALIA
– (suspira) Que vista incrível. Às
vezes esqueço como o Rio é maravilhoso.
MURILO
– (sorrindo) Realmente é de tirar o
fôlego.
HELENA
– (sorrindo) Eu adoro essa cidade.
Eles admiram a paisagem juntos.
HELENA
– Estou tão feliz de estarmos aqui
juntos. Finalmente a família está reunida.
Murilo passa o braço ao redor de
Helena, e Nathalia olha carinhosamente para Maitê.
NATHALIA
– A coisa mais sagrada que existe no
mundo é a família. Não existe nenhum bem mais precioso que isso. Família é o
alicerce da vida, da esperança e do amor. Rimos, choramos, temos conquistas, decepções...
Mas ultrapassamos tudo em nome do amor.
Eles trocam sorrisos e olhares,
compartilhando a alegria de estarem juntos.
FIM
Obrigado pelo seu comentário!