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FAÇA A SUA SORTE. CAPÍTULO 07

 







CENA 01. MANSÃO DE PATY. SALA DE JANTAR. MANHÃ

Por um momento, o mundo parece congelar quando Juliano e Max, com seus corpos entrelaçados, param e se encaram intensamente. O silêncio toma conta do ambiente, interrompendo o caos momentaneamente.


Nesse instante crucial, a faca cai no chão, pingando de sangue, simbolizando a interrupção da violência iminente. O som do metal batendo no chão ecoa pela sala.


Juliano cai no chão com uma perfuração, ensanguentado. 


Paty - (grita) Nãoooo....


Romina olha para Max, desesperada.


Juliano está no chão, sua respiração ofegante e fraca. Paty se ajoelha ao lado dele, as lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto ela segura sua mão. Max, assustado, corre.


Paty - Juliano, por favor, não me deixe! Fique comigo, por favor!


Juliano, lutando contra a dor, olha nos olhos de Paty com uma expressão determinada.


Juliano - (voz embargada) Não... se preocupe, Paty... eu... vou ficar aqui... até você ficar bem... 

Paty - (chorando) Você não pode me deixar agora! Você é tudo para mim...


As palavras de Paty tremem com a emoção. Ela aperta a mão de Juliano com força, como se isso pudesse mantê-lo aqui com ela. A dor e o medo estão estampados em seu rosto enquanto ela olha para ele, implorando por um milagre.


Enquanto isso, o som dos passos de Max ecoa no corredor enquanto ele foge da mansão.


CENA 02. MANSÃO DE PATY. EXT. MANHÃ

Max, desesperado, entra no carro. Romina, correndo, entra na frente do carro.


Romina - (gritando/chorando) Eu vou com você...

Max - (grita) Sai da frente! Eu vou sozinho.

Romina - (chorando) Nós somos uma dupla! Não vou abandonar você.

Max - (grita) Se não sair, passo com o carro por cima de você!


Max faz menção em acelerar o carro. Romina, assustada, sai da frente.


Romina fica parada, horrorizada, enquanto vê Max partir em alta velocidade. Ela grita o nome dele várias vezes, mas o som do motor do carro abafa sua voz. Lágrimas escorrem pelo rosto de Romina enquanto ela assiste impotente ao carro de Max desaparecer ao longe.


Desamparada, Romina se agarra ao portão da mansão, tremendo e com medo do que pode acontecer com Max.


CENA 03. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL. ANOITECER.


CENA 04. HOSPITAL. INT. NOITE

Paty e Romina aparecem na sala de espera, aguardando notícias sobre o estado de saúde de Juliano. Paty olha para Romina com os olhos cheios de frustração e raiva.


Paty - Eu simplesmente não entendo o que você está fazendo aqui, Romina. Você causou todo esse caos ao colocar o maldito do Max em nosso caminho.


Romina suspira, seu olhar mostrando uma mistura de tristeza e preocupação.


Romina - Tia Paty, eu sei que pode ser difícil acreditar, mas eu realmente estou preocupada com Juliano. Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto.


Paty balança a cabeça, um sorriso amargo brincando em seus lábios. 


Paty - E quem é o responsável por tudo isso, então? Você e seu amiguinho Max. Se não tivessem entrado em nossas vidas, nada disso teria acontecido.


Romina aperta os punhos, tentando controlar sua própria frustração. 


Romina - Ele não fez isso de propósito, Paty. 


Paty debocha, seu tom cheio de sarcasmo.


Paty - Ah, claro. Então agora você vai tentar me convencer de que Max é apenas uma vítima inocente dessa bagunça toda?


Romina balança a cabeça, uma expressão de resignação em seu rosto.


Romina - Eu não estou tentando justificar as ações de Max, Paty. Só estou tentando lidar com a situação da melhor maneira possível. E parte disso é estar aqui, esperando por notícias de Juliano.


Paty olha para Romina por um momento, seu olhar suavizando ligeiramente.


Paty - Bem, espero que nada de ruim aconteça ao Juliano - ela murmura, sua voz mostrando um toque de vulnerabilidade.


Romina assente, um pequeno sorriso aparecendo em seus lábios.


Romina - Eu também, Paty. Eu também.


As duas se olham por um momento, compartilhando um momento de compreensão em meio à tensão do hospital.


CENA 05. MANSÃO DE GERSON. QUARTO PRINCIPAL. NOITE

Marsala entra no quarto silenciosamente, seus passos ecoando na penumbra. Ela olha em volta, seu coração pesado com a ausência do marido. Lentamente, ela se aproxima da cama onde tantas vezes compartilharam risos, sonhos e momentos de intimidade.


Ao alcançar o travesseiro dele, ela hesita por um momento antes de tocá-lo suavemente, como se buscasse sentir sua presença ali. Uma onda de saudade a envolve enquanto ela se senta na beira da cama, segurando o travesseiro contra o peito.


As lembranças inundam sua mente, cada momento feliz que compartilharam, cada desafio que superaram juntos. Ela fecha os olhos, deixando as lágrimas rolarem livremente pelo rosto enquanto revive cada detalhe desses momentos preciosos.


Com um suspiro tremido, ela se deita na cama ao lado dele, abraçando o travesseiro com força. As lágrimas continuam a cair, seu corpo tremendo com a intensidade da dor da perda. Ela se sente vazia, como se uma parte dela tivesse sido arrancada.


Marsala - Como posso continuar sem você, meu amor? - Sussurrando. Você era minha força, minha âncora. Agora, estou sozinha, perdida em um mar de memórias.


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Marsala fecha os olhos, deixando a dor consumi-la enquanto se permite sentir a magnitude da perda. Por um momento, ela se permite afundar na tristeza, honrando o amor que compartilharam e o vazio deixado por sua partida.


Marsala, com os olhos marejados, sente a presença reconfortante de Gerson ao seu lado. Ela se permite ser envolvida pela energia reconfortante de seu amado.


Gerson - Eu sei que é difícil, meu amor.  diz Gerson, com seus olhos também úmidos de lágrimas. Mas a vida nos reserva desafios que nunca imaginamos enfrentar. Estou aqui para você, sempre estive e sempre estarei.


Marsala soluça, sentindo a dor da perda pesar em seu peito.


Marsala - (chorando) Você me prometeu que nunca me deixaria sozinha. Eu tinha você, e agora...


Gerson a envolve em um abraço sublime, suas mãos fantasmagóricas acariciando seu rosto gentilmente.


Gerson - Eu nunca a deixarei, Marsala. Meu amor por você transcende a vida e a morte. Estarei sempre ao seu lado, mesmo que não possa me ver.


Marsala fecha os olhos. Ela se deixa levar pela música suave da alma, os acordes suaves ecoando o quarto. Em meio às lágrimas e à tristeza, uma faísca de esperança começa a brilhar em seu coração.


Com um suspiro trêmulo, Marsala levanta-se, guiada pela mão invisível de Gerson. Ela se entrega à música, permitindo-se ser conduzida pelos movimentos suaves e harmoniosos. É uma dança de amor e saudade, uma celebração da vida que compartilharam e do amor que os une para sempre.


Envolvidos pela música e pela lembrança um do outro, Marsala e Gerson dançam, seus corações batendo em sintonia, mesmo que um esteja do lado de cá e o outro do lado de lá. É um momento de conexão pura, onde o tempo se dissolve e apenas o amor permanece.


E assim, na penumbra do quarto, Marsala dança com o espírito de seu amado, encontrando conforto e paz em sua presença eterna. É um momento de beleza e emoção, uma lembrança de que o amor verdadeiro nunca morre, mas continua a brilhar, mesmo nas sombras da perda.


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CENA 06. HOSPITAL. INT. NOITE.

A sala de espera do hospital estava impregnada de ansiedade e tensão, as paredes pareciam ecoar os batimentos acelerados dos corações de Paty e Romina. Elas se sentaram lado a lado, aguardando ansiosamente por notícias do estado de Juliano. O silêncio pesado era interrompido apenas pelo som distante de passos e conversas abafadas.


De repente, o médico entra na sala, vestindo seu jaleco branco e trazendo consigo um ar de gravidade. Os olhos de Paty se fixam nele imediatamente, e ela se adianta, sem rodeios, para perguntar sobre Juliano. Sua voz está trêmula, mas firme, demonstrando a urgência de suas preocupações.


O médico, com uma expressão séria, olha diretamente para Paty. Ele sabe que não pode suavizar a gravidade da situação. 


Médico - O estado do Juliano é muito grave. 


Paty sente o chão desaparecer sob seus pés. Seu coração parece congelar em seu peito enquanto as lágrimas começam a turvar sua visão. Ela sente um aperto no peito, uma mistura sufocante de medo e desespero. Romina, ao lado dela, instintivamente se aproxima e a ampara. Ela coloca uma mão reconfortante no ombro de Paty, oferecendo um apoio silencioso, mas solidário.


Médico - E nesse momento, precisamos fazer um transplante de fígado urgente nele.

Paty - (desesperada) Eu quero doar, Doutor. Preciso salvar a vida do Juliano.

Médico - Infelizmente, por conta do seu quadro de saúde, você não poderá ser a doadora.


Paty olha para Romina, com raiva. Em um instante de desespero e frustração, Paty tenta avançar em Romina, como se pudesse encontrar alívio para sua agonia através da violência. Mas logo se contem.


Romina olha nos olhos de Paty, sua voz tremendo ligeiramente, mas firme em sua determinação


Romina - (com os olhos marejados) Eu desejo ser a doadora, doutor.


Paty olha para Romina, surpresa.


CENA 07. MANSÃO DE GERSON. QUARTO PRINCIPAL. NOITE

Enquanto dançava com o espírito de Gerson, Marsala sentia uma sensação de paz e conforto que há muito não experimentava. Cada movimento era como uma lembrança viva de sua vida ao lado dele, uma lembrança que aquecia seu coração mesmo diante da dor da perda.


Em um giro gracioso, como se fosse um último adeus, Gerson desapareceu diante dos olhos de Marsala. Por um momento, ela se viu sozinha novamente, cercada pelo vazio da perda. No entanto, algo dentro dela se acalmou ao sentir o suave aroma do perfume de Gerson pairando no ar, como um lembrete reconfortante de sua presença eterna.


Com um sorriso sereno nos lábios, Marsala se deita na cama, abraçando o travesseiro que outrora pertencera ao seu amado. Ali, envolta pela lembrança do amor que compartilharam, ela encontra um pouco de consolo em meio à solidão. Pois sabia, mesmo sem vê-lo, que Gerson está ali, velando por ela e guiando-a através das sombras da saudade.


CENA 08. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL. AMANHECER.


CENA 09. HOSPITAL. INT. MANHÃ

O médico entra na sala de espera com um semblante sério, fazendo com que o coração de Paty bata ainda mais rápido. Ela se levanta instantaneamente, com os olhos fixos no médico, esperando por notícias.


Paty - (ansiosa) Como está Juliano?

Médico - Bem, aparentemente o transplante foi um sucesso. No entanto, a recuperação de Juliano ainda é incerta. Seu organismo precisa de tempo para reagir.


Paty sente um misto de emoções: alívio por saber que Juliano estava vivo, mas também uma preocupação crescente com seu estado de saúde.


Paty - E Romina?

Médico - Romina está se recuperando bem. Sua recuperação deve ser mais rápida do que a de Juliano.


Paty assentiu, tentando processar todas as informações.


CENA 10. HOSPITAL. QUARTO DE ROMINA. MANHÃ

Max, disfarçado de médico, entra sorrateiramente no quarto de Romina, seus passos silenciosos contrastam com a agitação interna que ele sente. Ao se aproximar do leito, ele observa Romina adormecida, seu coração aperta com a visão dela vulnerável ali. Com um toque suave, Max acaricia o rosto de Romina, tentando controlar as próprias emoções. 


Romina desperta com a carícia, seus olhos se abrem lentamente enquanto ela processa a presença inesperada de Max.


Romina - O que você está fazendo aqui?

Max - (sussurrando) Eu soube o que você fez e precisava ter certeza de que estava bem.

Romina- É muito perigoso você aqui. A essa altura, a polícia com certeza já está a sua procura.

Max- Não importa, Romina. 


Com um gesto gentil, Max segura a mão de Romina e a levou aos lábios, depositando um beijo suave enquanto seus olhos se encontravam em um entendimento silencioso. Romina expressa sua gratidão pela presença reconfortante de Max ali, e ele responde com um sorriso caloroso, transmitindo segurança e afeto.


Com cuidado, Max ajuda Romina a se acomodar, ajustando o travesseiro para que ela fique mais confortável. Enquanto fazia isso, seus rostos se aproximaram, os olhares se encontram em uma troca de sentimentos intensa e carregada de desejo contido.


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O momento culmina em um beijo inesperado, onde a paixão e o amor transborda em cada toque dos lábios. Romina e Max se entregam ao desejo mútuo, deixando que o calor do momento os envolva em uma aura de intimidade e conexão profunda.


Romina - (com desejo) Eu amo você, meu amor.


As mãos de Max começam a explorar suavemente as pernas de Romina, enquanto ela, cheia de desejo, desfaz os botões do jaleco que ele usa, revelando a pele por baixo. 


Max, sentindo a intensidade do momento, pausa por um instante.


Max - (sussurrando) Você tem certeza?


Romina balança a cabeça, sorrindo e afirmando que sim.


Com um gesto decidido, Max se aproxima da porta e a tranca, voltando, já tirando a roupa, ficando apenas de cueca. Max se deita ao lado de Romina.


Com uma ternura palpável, Max acaricia o rosto de Romina, seus dedos traçando suavemente os contornos de sua pele macia. Romina fecha os olhos, entregando-se ao toque reconfortante dele, um suspiro escapando de seus lábios entreabertos. Max desliza os dedos pelo cabelo de Romina, afastando delicadamente os fios que caíam sobre seu rosto. Ele inclina a cabeça, seus lábios encontrando os dela em um beijo suave e carinhoso, repleto de amor e devoção.


Com movimentos fluidos e precisos, Max desliza uma mão pela curva do corpo de Romina, explorando cada centímetro de sua pele com reverência e admiração. Romina suspira baixinho, seus sentidos aguçados pelo desejo. No silêncio do quarto, apenas os sons suaves de suas respirações entrelaçadas ecoam.


A cam se afasta e aos poucos vai esmaecendo.


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