Entre Laços Quebrados – 05
Criada e escrita por: Vicente de Abreu
Direção Artística: Ezel Lemos
Essa obra pode conter representações negativas e estereótipos da época em que é ambientada
CENA 01: RESTAURANTE ACONCHEGANTE - DIA
O restaurante está elegantemente decorado com luzes suaves e música ambiente. As mesas são adornadas com arranjos de flores frescas. Otto, Iná e Luciana estão sentados em uma mesa redonda, desfrutando de um almoço delicioso.
OTTO: (sorrindo, olhando para Luciana) Sabe, Iná, nós decidimos que era hora de dar o próximo passo.
INÁ: (interessada) Próximo passo? O que quer dizer?
OTTO: (ainda sorrindo) Luciana e eu decidimos nos comprometer. Vamos nos casar.
Iná fica surpresa por um momento, seus olhos se iluminam com a notícia.
INÁ: (emocionada) Meu Deus, que notícia maravilhosa! Vocês dois estão tão felizes juntos.
LUCIANA: (pegando na mão de Otto) Sim, estamos muito felizes. E queríamos compartilhar esse momento especial com você.
INÁ: (levantando-se da cadeira e abraçando os dois) Estou tão feliz por vocês! Vocês são perfeitos um para o outro.
Eles se abraçam calorosamente, compartilhando o momento de alegria. O garçom se aproxima com uma garrafa de champanhe e três taças.
GARÇOM: (sorrindo) Parabéns! Aqui está uma pequena cortesia da casa para celebrar o noivado.
O garçom serve o champanhe enquanto eles brindam.
OTTO: (levantando sua taça) À felicidade, ao amor e a um futuro brilhante juntos.
LUCIANA E INÁ: (em uníssono) À felicidade, ao amor e ao futuro!
Eles sorriem e brindam, saboreando o momento de felicidade compartilhada enquanto o champanhe borbulha nas taças.
CENA 02: INT. QUARTO DE HOTEL - DIA
O ambiente é iluminado suavemente pela luz do sol que entra pela janela, refletindo-se nas paredes brancas. O banheiro está parcialmente visível através da porta aberta. Leona, está sentada na cama, olhando para fora pela janela. Ao seu lado, Rubi, está sentada na beira da banheira, com a água ainda correndo.
LEONA: (rindo) Você vai gastar toda a água do hotel se continuar assim!
RUBI: (suspira) Desculpa, Leona. Acho que estou distraída.
Leona se levanta da cama e vai até o banheiro, ficando ao lado de Rubi.
LEONA: (preocupada) Você está pensando em tudo, não está?
Rubi olha para Leona, com os olhos cheios de tristeza, mas não diz nada.
LEONA: (suavemente) Eu sei que as coisas não estão fáceis agora, mas não podemos deixar isso nos abater.
Rubi sorri fracamente, mas ainda parece abatida.
LEONA: (animada) Vamos sair hoje à noite! Dançar, fazer loucuras! O que me diz?
Rubi olha para Leona, um brilho de esperança surgindo em seus olhos.
RUBI: (levantando-se da banheira) Você tem razão. Não posso deixar isso acabar comigo!
CENA 03: INT. AMBULATÓRIO DO HOSPITAL VITALROSSI - CONSULTÓRIO - DIA
Heloísa, está sentada na sala de espera. Ela brinca nervosamente com uma revista enquanto aguarda ser chamada. A porta se abre e uma Dr. Virginia aparece, chamando-a pelo nome.
DR.VIRGINIA: Heloísa, por favor, pode me acompanhar?
Heloísa se levanta com dificuldade e segue a Dr.Virginia até o consultório. Ela se senta em uma cadeira enquanto a Dr. Virginia começa a preparar os equipamentos médicos.
*INTERIOR DA SALA MÉDICA*
DR.VIRGINIA: Como você está se sentindo, Heloísa?
Heloísa respira fundo, tentando conter as lágrimas que ameaçam escapar.
HELOÍSA: (com voz trêmula) Estou tentando lidar com tudo isso, mas é difícil...
A doutora assente com compreensão enquanto coloca luvas e prepara uma seringa.
DR.VIRGINIA: Eu entendo. Vamos fazer alguns exames para garantir que você está se recuperando bem, tudo bem?
Heloísa concorda com a cabeça, sentindo um nó na garganta.
A doutora começa a realizar os exames, verificando a pressão arterial de Heloísa e tomando amostras de sangue para análise. Heloísa olha para longe, tentando bloquear o som do velho medidor de pressão. A doutora nota sua aflição e tenta distraí-la.
DR.VIRGINIA: Você já pensou em falar com um profissional sobre como se sentir melhor? Lidar com uma perda é difícil, mas você não precisa enfrentar isso sozinha.
Heloísa funga, lutando contra as lágrimas que agora escapam.
HELOÍSA: (com a voz embargada) Eu sei... Eu só não sei por onde começar.
A Dr. Virginia termina os exames e retira as luvas, colocando gentilmente a mão sobre o ombro de Heloísa.
DR.VIRGINIA: Vou deixar você um tempo a sós aqui para se recompor. E não se esqueça, estamos aqui para ajudar, sempre que precisar.
Heloísa assente em silêncio, agradecida, enquanto Virginia deixa o consultório. Sozinha, Heloísa permite-se finalmente desabar em lágrimas, deixando a dor e o luto fluírem livremente.
CENA 04: RIO DE JANEIRO -TRANSIÇÃO ENTRE DIA E NOITE
A câmera sobrevoa a cidade do Rio de Janeiro, capturando as luzes vibrantes que pontilham suas ruas sinuosas. O som distante de música e risadas preenche o ar enquanto a cidade pulsa com vida. Carros passam pelas ruas movimentadas, pessoas caminham pelas calçadas e os bares estão cheios de conversas animadas.
[CORTA PARA:]
[À medida que a câmera se aproxima da zona boêmia da cidade, a energia se intensifica. Um letreiro em néon brilha com o nome "Carmen's Groove Lounge", destacando-se na multidão de estabelecimentos. A câmera se move suavemente em direção à entrada da danceteria, capturando a empolgação palpável no ar.]
CENA 05: INT. BOATE - NOITE
Rubi e Leona caminham em direção à entrada da boate. Rubi parece animada, enquanto Leona mantém uma expressão mais séria.
LEONA: (empolgada) Vamos lá, Rubi! Esta noite promete ser épica.
RUBI: (sorrindo levemente) Espero que sim.
Elas entram na boate e são imediatamente envolvidas pela música pulsante e pelas luzes coloridas. Rubi começa a se mover no ritmo da batida, enquanto Leona a observa por um momento antes de se juntar a ela.
[ TRILHA ON: https://www.youtube.com/watch?v=BF5bV6oWXJg (Something - Lasgo) ]
RUBI: (gritando sobre a música) Você estava certa, Leo! Este lugar é incrível.
LEONA: (sorrindo) Eu disse! Vamos aproveitar ao máximo.
As duas começam a dançar, deixando-se levar pela energia da pista de dança. Elas riem e conversam animadamente enquanto se divertem juntas.
A boate está repleta de pessoas elegantes, dançando ao som de música eletrônica. O ambiente é glamouroso, com luzes coloridas piscando no ritmo da batida. No palco, MADAME CARMEN, uma mulher imponente e carismática, sobe ao microfone, sendo calorosamente ovacionada pelo público.
MADAME CARMEN (Zezé Motta): (Aplausos diminuem lentamente enquanto ela se prepara para falar) Bem-vindos, queridos clientes do Carmen's Groove Lounge! É sempre uma alegria tê-los aqui nesta casa que é nossa segunda família.
(O público aplaude novamente, demonstrando seu apreço pela Madame Carmen e pela boate.)
MADAME CARMEN (cont.): Antes de mais nada, gostaria de agradecer a cada um de vocês por fazerem parte desta história. Sem vocês, nada disso seria possível. E para celebrar esta noite especial, gostaria de compartilhar uma música que tem um significado profundo para mim.
(Ela acena para a banda, que começa a tocar uma melodia suave e envolvente. Madame Carmen fecha os olhos por um momento, absorvendo a música antes de começar a cantar.)
MADAME CARMEN (cantando: Você
Precisa saber da piscina
Da margarina, da Carolina, da gasolina
Você
Precisa saber de mim
Baby, baby
Eu sei que é assim
Baby, baby
Eu sei que é assim
MOMENTOS DEPOIS.
Rubi e Leona, duas jovens vibrantes, estão encantadas na plateia, observando Madame Carmen, uma diva de cabelos prateados, cantar no palco. A atmosfera é eletrizante, e a voz de Madame Carmen enche a boate.
LEONA: (gritando por cima da música) Ela é incrível!
RUBI: (sorri, concordando) Eu nunca vi nada assim!
A música chega ao seu clímax e Madame Carmen faz um gesto gracioso ao finalizar sua performance. Ela desce do palco com elegância, sendo aplaudida pelo público.
Madame Carmen percebe Rubi e Leona entre os espectadores e sorri ao reconhecer Leona. Ela se aproxima delas.
MADAME CARMEN: Leona, querida! Há quanto tempo!
LEONA: Madame Carmen! Que surpresa te ver aqui! Você estava incrível como sempre.
MADAME CARMEN: (olhando para Rubi) E quem é esta bela jovem ao seu lado?
LEONA: Ah, esta é Rubi. Uma amiga-irmã..
MADAME CARMEN: (sorri) Um prazer conhecê-la, Rubi. Por que vocês não vêm para o meu camarote? Temos muito o que conversar.
CENA 06: INT. CAMAROTE DE MADAME CARMEN - MINUTOS DEPOIS
No camarote, Leona, Rubi e Madame Carmen estão sentadas juntas, desfrutando de taças de champanhe.
MADAME CARMEN: (sorrindo) Então, Leona, o que tem feito desde que nos vimos pela última vez?
LEONA: Ah, você sabe como é, Madame Carmen. A mesma rotina de sempre.
MADAME CARMEN: (interrompendo) E esta jovem senhorita? Como vocês se conheceram?
LEONA: Eu conheci a Rubi trabalhando para a Morgana Simões.
MADAME CARMEN: Ah… Morgana! Uma velha amiga. Assim como você Leona, porém Morgana quis me ver pelas costas, me roubou o que tinha. Levei anos para construir o que tenho hoje. Perdi todas as meninas que estavam do meu lado.
Leona abaixa a cabeça por um momento.
LEONA: (emocionada) Madame Carmen... Eu não posso acreditar... Você foi como uma mãe para mim naquela época difícil...
MADAME CARMEN: (tocando o rosto de Leona com ternura) E você sempre será como uma filha para mim, minha querida. Estou feliz em ver como você floresceu desde então.
As três mulheres compartilham um momento especial no camarote, enquanto a câmera se afasta lentamente, mostrando-as se divertindo juntas, enquanto som da música da boate ecoa ao fundo.
CENA 07: CENA - EXTERIOR - RIO DE JANEIRO - NOITE/DIA
[ TRILHA ON: https://www.youtube.com/watch?v=wFjx3wMQtEU ( Samba de Verão - Caetano Veloso) ]
A câmera desliza sobre a movimentada Avenida Atlântica, capturando a energia pulsante da cidade do Rio de Janeiro, mostrando o fim de noite na boate. No começo o dia, sol brilha intensamente sobre as praias lotadas de Copacabana, enquanto pessoas de todas as idades caminham pela calçada, aproveitando o calor tropical.
Corta para a vibrante Rua das Pedras, em Búzios, onde turistas e locais se misturam entre lojas de grife e restaurantes charmosos à beira-mar. O clima é de descontração e alegria, com músicos de rua animando os transeuntes. Na praia, Luciana e Otto caminham de mãos dadas, sorrisos radiantes em seus rostos. Ela, com um vestido leve esvoaçante; ele, com uma camisa desabotoada e bermudas. Trocam olhares cúmplices enquanto se aproximam da água.
Heloísa e Guilherme, sentados em uma mesa de um café à beira-mar, compartilham risadas e gestos afetuosos. Ela, com um chapéu de palha elegante; ele, com um sorriso galanteador. O clima romântico é evidente enquanto eles brindam e Guilherme acaricia a barriga de sua esposa. No pier, Rubi e Leona caminham lado a lado, envolvidas em uma conversa animada. Rubi, com seu charme irresistível, e Leona, com sua determinação palpável. Atrás delas, Madame Carmen observa com um sorriso satisfeito, suas pupilas brilhantes com antecipação.
1 MÊS DEPOIS…
CENA 08: - INT. HOSPITAL VITALROSSI - SALA DE REUNIÕES - DIA
A sala é iluminada por uma suave luz fluorescente, as paredes são adornadas com diplomas e prêmios que testemunham a excelência do Hospital VitalRossi. Stenio, um homem de meia-idade, trajando um terno impecável, aguarda com uma expressão séria enquanto folheia o currículo de OTÁVIO, um homem de aspecto confiante, sentado à sua frente.
STENIO (Tony Ramos): (Sorrindo cordialmente) Bom dia, Otávio. Agradeço por ter vindo.
OTÁVIO (Cauã Reymond): (Balançando a cabeça em cumprimento) Bom dia, Stenio. O prazer é meu.
Stenio desvia o olhar do currículo e foca sua atenção em Otávio.
STENIO: (Voz firme) Então, Otávio, gostaria de começar esta entrevista perguntando sobre suas experiências anteriores. O que você acredita que pode trazer de novo para o Hospital VitalRossi?
OTÁVIO: (Sorrindo confiante) Bem, Stenio, ao longo da minha carreira, adquiri uma vasta experiência em gestão hospitalar. Acredito que minha abordagem inovadora e minha capacidade de liderança podem ajudar a impulsionar o hospital para novos patamares de excelência.
Stenio assente, impressionado com a resposta.
STENIO: (Com interesse) Entendo. E como você lida com desafios inesperados? Situações de emergência, por exemplo.
OTÁVIO: (Determinado) Acredito que em momentos de crise, a calma e a capacidade de tomar decisões rápidas são fundamentais. Estou habituado a lidar com pressão e a encontrar soluções eficazes mesmo nas situações mais adversas.
Stenio assente novamente, admirando a confiança de Otávio.
STENIO: (Sorrindo) É exatamente o tipo de atitude que buscamos aqui no Hospital VitalRossi. Sua experiência e suas habilidades certamente seriam um grande ativo para a nossa equipe.
OTÁVIO: (Agradecido) Fico muito honrado em ouvir isso, Stenio. Eu realmente acredito que posso contribuir significativamente para o crescimento e sucesso deste hospital.
Stenio estende a mão para Otávio.
STENIO: (Com um sorriso caloroso) Então, Otávio, seja bem-vindo à equipe do Hospital VitalRossi. Estamos ansiosos para trabalhar juntos.
Otávio aperta a mão de Stenio com firmeza, um sorriso radiante iluminando seu rosto.
OTÁVIO: (Grato) Obrigado, Stenio. Mal posso esperar para começar.
Os dois homens se levantam da mesa, compartilhando um aperto de mãos final enquanto a câmera se afasta.
CENA 09: PIER MAUÁ | ZONA PORTUÁRIA DO RIO - FIM TARDE
O cenário é um píer na área portuária do Rio de Janeiro, onde o movimento de cargueiros e navios de passageiros contrasta com a atmosfera decadente e sombria. Rubi, veste roupas sensuais e aguarda ansiosamente por clientes enquanto observa o pôr do sol sobre as águas do porto.
RUBI: (Observando o movimento, ansiosa) Vai ser hoje... tem que ser hoje.
Um carro preto para próximo ao píer, e a janela do passageiro se abre. Rubi caminha em direção ao veículo, cautelosa.
RUBI: (Com um sorriso sedutor): Olá, querido. Procurando por um pouco de diversão?
O homem, dentro do carro, olha para Rubi com interesse, mas sua expressão é séria e intrigante.
HOMEM: (Com um tom confiante) Na verdade, estou procurando por algo um pouco mais... discreto. Você se importaria de me acompanhar?
Rubi hesita por um momento, avaliando o homem e sua proposta. Ela percebe algo instigante nele, algo que a intriga além do habitual.
RUBI: (Curiosa, mas cautelosa) Um lugar mais discreto? Depende do que você tem em mente.
Homem abre a porta do carro, convidando Rubi a entrar. Ela hesita por um momento, mas decide seguir.
HOMEM: (Com um sorriso enigmático) Você vai gostar, eu prometo.
Rubi entra no carro, e Homem começa a dirigir, afastando-se do pier e adentrando as ruas sinuosas do Rio de Janeiro, enquanto a noite começa a cair sobre a cidade.
CORTA PARA:
CENA 10: INT. QUARTO DO HOTEL STAR | - NOITE
O quarto é espaçoso e luxuoso, com uma janela que se abre para uma vista deslumbrante do Pão de Açúcar iluminado à noite. Uma garrafa de champanhe repousa em um balde de prata, ao lado de duas taças. Rubi entra no quarto seguida por Otávio, que parece um pouco desconfortável.
RUBI: (sorrindo) Uau, realmente sabe como impressionar uma garota.
OTÁVIO: (tímido) Bem, eu pensei que talvez... você gostasse da vista.
Rubi se aproxima da janela e fica boquiaberta ao ver a majestosa vista do Pão de Açúcar à noite.
RUBI: (incrédula) Isso é... simplesmente deslumbrante.
Rubi se vira para Otávio, com um brilho nos olhos.
RUBI: Bem, você definitivamente superou todas as minhas expectativas.
Otávio sorri timidamente e se aproxima da garrafa de champanhe. Ele despeja cuidadosamente o líquido dourado em duas taças e oferece uma a Rubi.
OTÁVIO: (ainda um pouco tímido) Um brinde... ao início de algo especial.
Rubi pega a taça, tocando-a gentilmente na de Otávio. Otávio liga o pequeno rádio no móvel ao lado da cama. Ele parece um pouco tenso nesse momento.
RUBI: É a sua primeira vez?
Otávio assente.
RUBI: Relaxa! Eu já estou acostumada.
Otávio tira o blazer de seu terno e os sapatos. Ele deita na cama. E Rubi permanece parada em frente.
OTÁVIO: (aponta para a saia de Rubi) Tira!
Rubi abaixa a sua saia timidamente. Otávio permanece com os olhos concentrados em cada detalhe do corpo de Rubi. A câmera se afasta, com ele o admirando, lentamente.
Fade Out.
CENA 11: CASA DE OTÁRIO – PETRÓPOLIS | INT. – MAIS TARDE
Débora, uma mulher jovem e radiante, está no tapete da sala, brincando com seu filho de dois anos, que ri alegremente enquanto ela faz cócegas nele. A porta se abre e Otávio entra.
DÉBORA (Andrea Horta): (sorrindo) Olá, querido. Como foi o seu dia?
Otávio mal responde, caminhando rapidamente em direção ao banheiro. Débora arqueia uma sobrancelha, seguindo-o com os olhos.
DÉBORA: (continuando) Otávio, espere aí! Como foi a entrevista de emprego?
OTÁVIO: (dentro do banheiro, voz abafada) Foi incrível, amor! Eu consegui!
Débora deixa o filho no chão, seus olhos brilham de alegria enquanto ela corre em direção ao banheiro. Otávio sai, segurando uma escova de dentes e um sorriso enorme.
DÉBORA: (abraçando Otávio) Meu amor, isso é maravilhoso! Parabéns!
OTÁVIO: (ainda sorrindo) Obrigado, querida. Começo no hospital na próxima semana. Não consigo acreditar!
Os dois se abraçam calorosamente, compartilhando o momento de felicidade.
DÉBORA: (beijando Otávio na bochecha) Eu sabia que você conseguiria. Estou tão orgulhosa de você.
OTÁVIO: Tudo pela a vida de vocês dois, meu amor!
O bebê se aproxima, segurando um brinquedo e sorrindo. Os três se abraçam, formando uma cena de família feliz, cheia de esperança e expectativas para o futuro.
CENA 12: CIDADE DE BÚZIOS. EXT. DIA
O sol desponta no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados. Búzios ganha vida lentamente: barcos de pesca partem, transeuntes ocupam as ruas de paralelepípedos, cafés à beira-mar abrem suas portas. Os pescadores trazem suas capturas enquanto surfistas se preparam para aproveitar as ondas. A cidade se agita sob a luz do novo dia, prometendo mais uma jornada de beleza e atividade.
CENA 13: QUIOSQUE DE SERGINHO | BUZIOS | EXT. - DIA
Luciana, está sentada em uma cadeira no quiosque. Ela parece pálida e desconfortável, segurando sua barriga enquanto observa Serginho preparar algo atrás do balcão.
SERGINHO: (preocupado) Você está bem, Luci? Você parece um pouco pálida.
LUCIANA: (respirando fundo) Não sei, Serginho. Acho que aquele almoço não caiu muito bem.
Luciana olha para o lado e segura uma mão sobre a boca, parecendo prestes a vomitar. Serginho imediatamente a alcança com uma sacola de papel.
SERGINHO: Aqui, segura isso.
Luciana aceita a sacola com gratidão e rapidamente vomita ali dentro. Serginho a observa com preocupação enquanto ela se recupera.
SERGINHO: Talvez eu devesse chamar um médico.
LUCIANA: (erguendo a mão) Não, não precisa. Só preciso de um momento.
Enquanto Luciana respira fundo e tenta se recuperar, Serginho olha para ela com uma expressão pensativa. Ele parece fazer uma conexão e sai rapidamente de cena, retornando momentos depois com uma caixa pequena.
SERGINHO: Luci, eu sei que isso pode ser um pouco invasivo, mas acho que você deveria fazer um teste de gravidez.
Luciana olha para a caixa, seu rosto mostrando uma mistura de surpresa e medo.
LUCIANA: (em choque) Um teste de gravidez?
SERGINHO: (com gentileza) Sim. Acho que pode ser uma boa ideia, considerando os sintomas que você está sentindo.
Relutante, Luciana pega a caixa e olha para Serginho com gratidão misturada com nervosismo. Ela desaparece para o banheiro do quiosque enquanto Serginho espera ansiosamente atrás do balcão.
Após alguns momentos tensos, Luciana emerge do banheiro segurando o teste de gravidez. Ela olha para Serginho com os olhos marejados.
LUCIANA: (emocionada) É positivo, Serginho. Estou grávida.
Serginho abre um sorriso caloroso e se aproxima para abraçar Luciana com carinho.
SERGINHO: Parabéns, Luci. Você vai ser uma ótima mãe.
{ Close no rosto de Luciana que parece feliz, e preocupado ao mesmo tempo }
Fim do capítulo.
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