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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 24 | ÚLTIMOS CAPÍTULOS


CENA 01. PRAIA. NOITE

Continuação da última cena do capítulo anterior.

 

Romina fica parada, olhando Max se afastar com um sentimento de pânico crescente. Ela corre atrás dele, ignorando a presença de Juliano, que assiste à cena com uma expressão de culpa e confusão.

 

ROMINA - (correndo) Max! Max, por favor, espera!

 

Max ignora os gritos de Romina e acelera o passo, visivelmente irritado. Ele chega ao estacionamento e se dirige rapidamente ao seu carro. Romina continua correndo atrás dele.

 

ROMINA - (desesperada) Max, você não pode ir embora assim. Precisamos conversar!

 

Max abre a porta do carro e entra, fechando-a com força. Romina se coloca na frente do veículo, respirando pesadamente. Juliano chega logo atrás, tentando entender o que pode fazer para ajudar.

 

JULIANO - (tentando acalmar a situação) Max, por favor, vamos conversar.

MAX - (com raiva) Eu não quero ouvir mais nada. Chega de mentiras, chega de traição!

ROMINA - (com lágrimas escorrendo pelo rosto) Max, não é isso que você pensa. Por favor, me dá uma chance de explicar.

MAX - (apertando o volante) Explicar o quê, Romina? Que você está apaixonada pelo Juliano? Que tudo o que fizemos juntos não significou nada para você?

ROMINA - (desesperada) Não, Max! Não é assim! Eu não queria que isso acontecesse!

 

Max dá partida no carro, mas Romina permanece na frente dele, determinada a não deixá-lo ir. Ele começa a acelerar lentamente, e Romina, num movimento desesperado, tenta se agarrar ao capô. Ela perde o equilíbrio e cai no chão, machucando o joelho. Juliano corre para ajudá-la.

 

JULIANO - (ajoelhando-se ao lado de Romina) Romina, você está bem?

ROMINA - (empurrando Juliano, furiosa) Sai daqui, seu imbecil! Isso tudo é culpa sua! Eu nunca mais quero te ver!

 

Juliano fica parado, chocado e sem saber o que fazer. Max, vendo a cena, hesita por um momento, mas a raiva ainda domina suas ações. Ele finalmente acelera e sai rapidamente do estacionamento, deixando Romina no chão e Juliano ao lado dela.

 

ROMINA - (chorando, com a voz trêmula) Max... por favor, volta...

 

Juliano tenta ajudar Romina a se levantar, mas ela o empurra novamente, furiosa e magoada.

 

ROMINA - (gritando) Eu disse para sair daqui, Juliano! Você arruinou tudo!

JULIANO - (tentando manter a calma) Romina, eu só quero ajudar...

ROMINA - (irônica, com amargura) Ajudar? Você acha que ajudou? Olha o que você fez! Você destruiu tudo!

JULIANO - (com a voz baixa) Eu nunca quis te machucar, Romina. Eu só queria ser honesto sobre o que sinto.

ROMINA - (levantando-se com dificuldade) Honestidade? Você acha que isso é honestidade? Você foi egoísta, Juliano. Só pensou em si mesmo.

 

Juliano fica em silêncio, sentindo o peso das palavras de Romina. Ela se afasta dele, mancando um pouco devido à queda.

 

ROMINA - (mais calma, mas ainda com raiva) Eu preciso de um tempo. Não me procura,  Juliano. Eu preciso ficar sozinha.

JULIANO - (olhando para ela com tristeza) Romina...

ROMINA - (interrompendo) Não. Só vai embora. Eu resolvo isso sozinha.

 

Juliano assente, embora relutante, e se afasta lentamente.

 

 

CENA 02. APARTAMENTO DE MARSALA. QUARTO PRINCIPAL. NOITE

Marsala sai do banheiro, com uma toalha felpuda enrolada ao redor do corpo. Seus cabelos molhados caem suavemente sobre os ombros. Ela caminha lentamente pelo quarto, cada passo ecoando no silêncio da noite. O ambiente está suavemente iluminado por um abajur na mesa de cabeceira, criando uma atmosfera acolhedora e íntima. Marsala, exausta mas serena, se deita na cama, sentindo a suavidade dos lençóis contra a pele. Ela suspira profundamente e fecha os olhos, deixando que as lembranças do encontro com Alejandro invadam seus pensamentos.

 

Sonoplastia on: “ Grande Amor – Luciana Mello

 

CENA 03. HOTEL. SUÍTE DE ALEJANDRO. NOITE

Alejandro está deitado em sua cama no quarto do hotel, as luzes da cidade piscando através da janela. Ele olha para o teto, um sorriso nos lábios, enquanto pensa em Marsala.

 

ALEJANDRO - (pensando em voz alta) Marsala... quién diría que um acidente podría traer algo tão bueno.

 

Alejandro se lembra do encontro, das risadas e da conexão instantânea que sentiu com Marsala. Ele se vira na cama, abraçando o travesseiro, a lembrança do toque suave de Marsala ainda vívida em sua mente.

 

CENA 04. APARTAMENTO DE MARSALA. QUARTO PRINCIPAL. NOITE

Marsala, ainda deitada na cama, abre os olhos e sorri ao lembrar da conversa. O encontro com Alejandro foi inesperado, mas incrivelmente significativo. Ela se sente otimista e animada com a perspectiva de vê-lo novamente.

 

MARSALA - (sussurrando para si mesma) Alejandro...

 

Ela se ajeita na cama, o coração batendo mais rápido enquanto pensa em Alejandro.

 

SONOPLASTIA OFF.




 

CENA 05. MANSÃO DE MARISOL. INT. NOITE

Romina entra na mansão aos prantos, a maquiagem borrada e os cabelos desgrenhados. Ela chama desesperadamente por Valfredo.

 

ROMINA - (chorando) Valfredo! Valfredo, onde você está?

 

Marisol aparece na entrada da sala, observando Romina com uma expressão confusa.

 

MARISOL - (cruzando os braços) Valfredo? Romina, você esqueceu que deu dois dias de folga para ele ir visitar o amigo dele em São Paulo?

 

Romina para de chorar por um momento, como se estivesse tentando processar as palavras de Marisol. Então, ela volta a soluçar, ainda mais desesperada.

 

ROMINA - (chorando) Eu esqueci completamente! E agora é o momento que eu mais preciso dele!

 

Marisol, vendo a verdadeira angústia no rosto de Romina, se aproxima lentamente, tentando mostrar empatia.

 

MARISOL - (compadecida) Vem cá, senta no sofá. Vamos tentar resolver isso.

 

Marisol guia Romina até o sofá, onde ela se senta desmoronada, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Marisol senta ao lado dela, ainda com uma expressão preocupada.

 

MARISOL - (gentilmente) Quer desabafar? Talvez ajude um pouco.

 

Romina olha para Marisol com desdém, ainda soluçando, mas sua expressão suaviza um pouco.

 

ROMINA - (rispidamente) Eu não quero nenhum tipo de aproximação sua.

 

Marisol revira os olhos, mas mantém a calma.

 

MARISOL - (suspirando) Mesmo você sendo uma vaca ignorante, eu não consigo não me compadecer do sofrimento alheio.

 

Romina respira fundo, tentando controlar as lágrimas, e então olha para Marisol com uma expressão de cansaço.

 

ROMINA - (resignada) Prepara um drink Boulevardier para mim. Talvez eu consiga desabafar com isso.

 

Marisol sorri levemente e se levanta.

 

MARISOL - (com um tom ligeiramente brincalhão) Vou preparar e já volto. Não vou demorar. Segura essas lágrimas, bandidona.

 

CENA 06. HOTEL. QUARTO DE JULIANO. NOITE

Inara para diante da porta do quarto de Juliano, segurando um buquê de flores. Ela respira fundo, tentando acalmar os nervos antes de bater. A porta se abre e Juliano, visivelmente surpreso, aparece.

 

JULIANO - (confuso) Inara? Como você conseguiu subir sem que me avisassem?

INARA - (com um sorriso maroto) Contei uma história triste e a velha da recepção ficou emocionada e me liberou.

 

Juliano passa a mão pelos cabelos, claramente desconfortável.

 

JULIANO - (suspirando) Inara, não estou em um bom dia...

INARA - (colocando um dedo nos lábios dele) Shh... Não diga nada.

 

Sonoplastia on – “Faz uma loucura por mim – Alcione

 

Inara se aproxima e o beija, lentamente, mas com intensidade. Juliano hesita por um momento, mas logo cede, puxando-a para mais perto. Ela o guia para dentro do quarto, fechando a porta atrás de si.

 

INARA - (sussurrando) Eu senti tanto a sua falta...

 

Inara o empurra suavemente na cama, olhando-o nos olhos com um olhar decidido. Ela solta o buquê de flores no chão e, com um movimento elegante, tira o próprio vestido, revelando uma lingerie sensual por baixo. Juliano não consegue desviar o olhar, fascinado.

 

JULIANO - (respirando pesadamente) Inara, eu...

INARA - (interrompendo) Apenas me sinta, Juliano. Deixe eu cuidar de você.

 

Ela se aproxima lentamente, subindo na cama e posicionando-se sobre ele. Os lábios dela encontram os dele novamente, em um beijo mais profundo e urgente. Juliano segura a cintura dela, os dedos deslizando pela pele suave, enquanto ela se movimenta sobre ele, explorando cada centímetro do seu corpo.

 

JULIANO - (gemendo) Inara...

 

Inara sorri contra os lábios dele, começando a descer os beijos pelo pescoço, peito e abdômen. A respiração de Juliano se acelera enquanto ela o toca, seus corpos se moldando perfeitamente. Ela desliza as mãos pelo torso dele, sentindo cada músculo tenso e pronto.

 

INARA - (sussurrando) Eu preciso de você, Juliano.

 

Juliano não consegue mais resistir. Ele a puxa para cima novamente, seus lábios encontrando os dela em um beijo ardente. Ele a vira, posicionando-se sobre ela.

 

JULIANO - (com voz rouca) Inara...

 

Ele beija o pescoço dela, descendo pelo colo, enquanto as mãos desatam o sutiã, revelando os seios. Inara arqueia as costas, soltando um gemido suave, incentivando-o a continuar. Juliano desliza a mão pela barriga dela, alcançando a calcinha.

 

INARA - (gemendo) Sim, Juliano... Assim... Eu quero você agora, Juliano. Todo para mim.

 

Juliano a posiciona melhor na cama, alinhando seus corpos. Eles se movem juntos, a paixão crescendo a cada momento. O quarto se enche de gemidos e suspiros, o calor de seus corpos criando um ambiente íntimo e sensual.

 

CENA 07. VISTA AÉREA DO RIO DE JANEIRO. NOITE

Um compilado de cenas dos pontos turísticos do Rio de Janeiro são mostradas com a sonoplastia da cena anterior ainda tocando.

 

SONOPLASTIA OFF

 

CENA 08. MANSÃO DE LÉO. INT. NOITE

A sala está mal iluminada, com apenas algumas lâmpadas acesas, criando um ambiente sombrio. Max está sentado em uma poltrona de couro, com uma garrafa de uísque quase vazia ao lado. Ele segura um copo com uma pequena quantidade do líquido dourado, que balança levemente enquanto ele escuta uma música melancólica tocando ao fundo. Seu olhar está perdido, e seu semblante mostra sinais de embriaguez.

 

MAX - (Murmurando para si mesmo) Romina... como pôde fazer isso comigo?

 

Leo entra na sala, observando Max por um momento antes de se aproximar e se sentar em uma poltrona ao lado.

 

LEO - Max, você está há duas horas enchendo a cara e ouvindo essa música irritante. O que diabos está acontecendo?

 

Max levanta o olhar, seus olhos estão vermelhos e cansados. Ele sorri amargamente antes de responder.

 

MAX - (Bêbado) Romina é a pior das vadias, Leo. Eu  peguei ela aos beijos com Juliano. Acredita nisso?

 

Leo se inclina para a frente, demonstrando interesse. Ele pega a garrafa de uísque e serve um pouco para si mesmo.

 

LEO - (Calmamente) Continue, Max. Quero ouvir mais.

 

Max balança a cabeça, tomando um gole grande do seu copo.

 

MAX - Eu pensei que ela... que ela estava comigo, sabe? Mas não... Ela está se aproveitando de mim, de nós. (Gargalha amargamente) Ela está chantageando Marisol e usufruindo da mansão, da fortuna... tudo!

 

A expressão de Leo muda, seus olhos se estreitam enquanto ele processa as informações. Ele se recosta na poltrona, seus pensamentos claramente tumultuados.

 

LEO - (Frio) Então Romina está tentando tirar proveito de algo que pertence a mim?

 

Max, sem perceber a gravidade do que está dizendo, apenas acena afirmativamente com a cabeça.

 

MAX - (Bêbado) Sim, sim... Ela está aproveitando tudo, Leo. Tudo que deveria ser nosso...

 

Leo se levanta lentamente, seu olhar fixo em Max. Sua expressão é de pura fúria contida.

 

LEO - (Para si mesmo) Isso não ficará assim.

 

Max parece não perceber a intensidade da raiva de Leo, continuando a beber e murmurar para si mesmo.

 

MAX - (Desesperado) Leo, o que vamos fazer?

LEO - (Frio e calculista) Você vai ficar aqui e não fazer nada, Max. Deixe isso comigo. Vou lidar com Romina da maneira que ela merece.

 

Max balança a cabeça, incapaz de processar completamente o que está acontecendo. Leo sai da sala com uma expressão sombria.


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