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Entrelaçados - Capítulo 05

 


CAPÍTULO  05


Criada e Escrita por ANDIE ARAÚJO 


Diretor de Núcleo DENNIS CARVALHO 


Personagens deste capítulo



DINORÁ  - Dhu Moraes

DO CARMO - Louise Cardoso

FONSECA - André Barros

GARDÊNIA- Mayara Magri

HELENA - Sheron Menezes

JASMIN - Agatha Moreira 

JERÔNIMO- Antônio Grassi

LUCCA - Levi Asaf

MANU - CAROLINE DALLAROSA

MARCOS- Daniel Blanco

MARGARIDO - Paulo César Grande

MARINHO - Armando Babaioff

MAURO - Samuel de Assis

OLAVO - Marco Ricca

STELLA - Letícia Spiller 

SOLANGE  - Nivea Stelmann

TONHÃO- Ricardo Duque

TÔNIA- REGINA DUARTE








CENA 01. CATETE. EXT. DIA.

Cont. Da cena 10, Capítulo 04. Marinho recua, reticente. Ele acaba esbarrando em alguém. Ele surpreso, pânico. Marinho olha para a pessoa.

MARINHO aliviado: Você!?


JASMIN: Não imaginava ver você por aqui…


MARINHO: Eu saí  tão atordoado ontem. E você, está bem?


JASMIN: Sim, estou bem. Foi só um susto. Obrigada pela ajuda ontem.


MARINHO: Não foi nada.


JASMIN nota: Tá se escondendo de alguém? O que foi?


Marinho fica gélido, sem resposta. Ele acaba percebendo a presença de Tonhão e Fonseca rondando Manu. Marinho disfarça.


MARINHO agoniado: Preciso ir!


Jasmin o segura. Marinho tenso.


JASMIN: Tá fugindo do quê?

Marinho agoniado, aflito. Jasmin esperando uma resposta. Tensão. Suspense.

Corta para:


CENA 02. SALA/COZINHA/APART. DE MAURO. INT. DIA.

Continuação Cena 09, Cap. 04. Lucca assustado, se desequilibra, mas Do Carmo consegue segurá-lo a tempo.


DO CARMO repreende: Não faça mais isso! É perigoso!


LUCCA: Desculpa tia!


Do Carmo leva Lucca até a sala. Ela furiosa, indignada, acorda Mauro.


MAURO despertando: Que foi? Que foi?


DO CARMO: Teu filho quase morrendo. Olha seu Mauro: Tá ficando perigoso… Dê um jeito na sua vida. Está ficando insustentável.


MAURO: Eu vou tomar jeito, Do Carmo. (P/ Lucca): Desculpa filho. Prometo que vou melhorar, parar de beber. Eu não mereço seu amor.


LUCCA se aproxima: PAi… Eu te amo. A culpa foi minha.  Eu que não podia tá mexendo lá no fogão.


DO CARMO: Bora! Vou fazer o café e te levo na escola.


Lucca dá um abraço no pai e sai para o cozinha com Do Carmo. Mauro ali pensativo.


CENA 03. CATETE. INT. EXT. DIA.

Interior do Palácio do Catete. Salão Azul.

Conversa já iniciada. Reação surpreaa de Jasmin.


JASMIN: Meu Deus, Marinho! Essa sua história parece até de filme!


MARINHO: Desculpa te contar, podendo colocar você em perigo. É que você pode me ajudar, por isso que relatei tudo que aconteceu comigo.

JASMIN: Sem problemas. Pode contar comigo, sim! Vou contar tudo que vem acontecendo com sua família.


MARINHO: Fico grato. Obrigado mesmo!


JASMIN: Pode deixar que serei a melhor detetive.


Jasmin determinada.


Corta para:


CENA 04. SALA/ CASA DE DINORÁ. INT. DIA.

A CAM passeia pela sala, mostrando Helena fardada em um porta-retrato. Muitas peças de tecidos sob uma mesa. Um manequim ao fundo.

Dinorá manuseando a máquina de costura. Batidas na porta. Gardênia adentra.


GARDÊNIA colocando a cabeça para dentro da casa: Já tô entrando, hein.


Gardênia se aproxima de Dinorá, que leva um pequeno susto.


DINORÁ: Se achega, minha amiga! Eu nem ouvi você chamando… Qual a fofoca de hoje?


GARDÊNIA desabafando: Eu tô preocupada, menina. A Jasmin não veio até agora ver o vestido de noiva. Não sei o porquê da demora, sabe? Eu tô aqui para você me ajudar a encontrar um modelo de vestido para ela.


DINORÁ: E eu nem te conto, tô de cabelo em pé é com Helena!


GARDÊNIA curiosa: Helena? Fala, mulher!


DINORÁ: A Helena vive com um macho por dia. É um rapaz de noite, um homem outro dia. É um homem por dia, acredita!? Eu não gosto dessa maneira que ela leva a vida. Parece uma…


Do Carmo aparece na porta e já vai se aproximando.


DO CARMO animada : Acharam que eu ia ficar de fora do tricô, é?


GARDÊNIA: Que bom que tu chegou! Vai ser ótimo nós três juntas que assim resolvo o vestido de noiva da Jasmin.


DINORÁ promete: Esse vestido vai ser babado!


As três caem na risada.


Corta para:


CENA 05. BANCA DE JORNAL. EXT. DIA.

Margarido se aproxima da Banca e passa os olhos nas manchetes dos jornais expostos ali.


MARGARIDO horrorizado: Só por essas matérias do dia não dá vontade de comprar.


JERÔNIMO brinca: Que isso, compadre! Preciso vender. Não me leve a falência. (Risos)


Margarido ri, mas logo muda a expressão ao ler uma notícia.


MARGARIDO: É desgraça atrás de desgraça, Jerônimo. Triste ver o número de mortos em Rio Grande Sul aumentando. Aliás, eu e Gardênia colocamos uma caixa lá na loja para colocar doações.


JERÔNIMO: Vou avisar o pessoal que passar aqui. Eu e Miguel vamos doar uns casacos já que aqui não chove e o inverno não  chega.


Solange se aproxima deles, simpática, ela com sacolas de compras.


SOLANGE: Bons dias!


MARGARIDO: Bom dia, dona.


JERÔNIMO: Seja bem-vinda ao Bairro.


SOLANGE: Agradecida. Me chamo Solange e estou amando tanto o bairro quanto a vizinhança da vila. Vocês têm uma união, algo familiar, acolhedor. Eu estou amando tudo isso.


Close no sorriso sonso de Solange para os homens ali.





CENA 06. SALA/CASA DE SOLANGE. INT. DIA.

Solange pondo as sacolas de compras sobre a mesa. Ela olha amontoado de caixas por todo lado.


SOLANGE resmungando: Só eu que pego pesado, fico de sorrisinho para lá  e para cá. Dói meu maxilar, poxa. Ah Stella!


Campainha toca.


SOLANGE: QUem será, gente? (Indo até a porta) Já vai!


Solange abre a porta. Gardênia e Dinorá com um bolo e uma garrafa térmica em mãos, animadas. Solange sorri entre os dentes.


DINORÁ: Seja bem-vinda, vizinha!


GARDÊNIA: Esse negócio de mudança deixa a gente louca! Trouxe uns mimos.


SOLANGE fingida: Ah que amor. Que delícia! Entrem! E muito obrigada pela hospitalidade!


Gardênia e Dinorá adentram a casa ainda bagunçada. Solange faz uma expressão feliz, mas por dentro, se mordendo de ódio.


Corta para:


CENA 07. QUARTO/ FLAT DE OLAVO. INT. DIA.

Olavo andando de um lado para outro. Stella deitada sob a cama envolta dos lençóis.


OLAVO: Acredita que a Paula tá fiscalizando legal no Escritório?


STELLA: Ué? A songa tá querendo dar uma de patroa, dona da coisa toda? Os nossos planos não estavam certo, meu amor?


OLAVO: Tem que dá. Mas preciso correr por fora! A Paula não pode saber que vamos lavar um dinheiro no Lira Muniz, não pode!


STELLA: E o que fará quando a minha parte do plano estiver finalizada?


OLAVO rindo: Já pensei na idéia, loira!


STELLA entusiasmada: Que golpe quer dá?


OLAVO: Golpe? Meu amor, não sou homem de golpe! Tenho um ótimo esquema: a guarda do meu sobrinho, Lucca.


STELLA: Aquele neguinho que você não vê a tempo? Mas e o pai dele?


OLAVO: Mas isso é questão de gole!


STELLA não entendendo: Como assim? Explica!


OLAVO: O pai do Lucca, meu cunhado, Mauro, é  um bêbado, entorna todas. É  só  eu fazer o cara perder a credibilidade, a moral e aí eu entro na parada, Sacou? Fico com a guarda do moleque e pego a herança que a minha irmã deixou para ele. Essa grana vai ser minha!


STELLA o corrige: Nossa, nossa fortuna. Essa grana vai ser nossa!


Ela o beija. Olavo se mostra confiante.


CENA 08. QUARTO DE MANU/ CASA DE DO CARMO. INT. DIA.

Manu se olhando no espelho. Ela se vê no reflexo ali e começa a chorar.


MANU aos prantos: Feia! Feia! Ele nunca vai olhar pra mim… Bruaca!


Manu ali inconsolável. Marcos passa pelo corredor. Porta entreaberta. Ele ouve soluços e entra.


MARCOS curioso: o que cê tá fazendo aqui? Não ia sair com os amiguinhos?


Manu disfarça as lágrimas, tenta secar.


MANU fungando: Não é nada, Marcos!


Marcos se aproxima e a abraça. Tempo ali no abraço afetuoso. Ele quebra o gelo.


MARCOS provoca: Tu é feia, menina. Muito feia. De perto então…


Manu respira fundo.


MARCOS: Deve ser adotada! Ou será que seu pai…


MANU: Cala a boca, Marcos! Sai daqui!


Manu joga uma almofada no rosto de Marcos, que sai. Ela volta a chorar, irritada, ódio.


Corta para:


CENA 09. SALA/ CASA DE DINORÁ. INT. DIA.

Helena sentada, despachada, no sofá. Ela se mostra irritada, ela mexe no celular. Já Dinorá sentada à mesa de costura, fazendo uma costura à mão.


HELENA: De novo! Ligo e nada! (t) Essa cara deve ter me bloqueado, só  pode.


DINORÁ: Deve ser 171. Não pode deixar assim! Ele tem que pagar pelo estrago no carro. Liga do meu celular, vai que ele atende por ser um número desconhecido.


HELENA: Boa ideia, mãe!


Helena se estica para pegar o celular da mãe. Ela ali, vai navegando e acaba encontrando o ícone do “Tinder” e um perfil seu “ Helena”.


HELENA incrédula, raiva: Que isso, mãe?! Que loucura é  essa aqui de Tinder, ainda por cima em meu nome?


Helena mostra a tela do celular para a mãe. Dinorá engole seco. Helena esperando uma resposta.

Corta para:


CENA 10. SALA/ CASA DE SOLANGE. INT. DIA.

Solange e Tônia em conversa já iniciada.


TÔNIA: Eu só passei para saber se gostou, se está tudo do seu agrado.


SOLANGE: Tudo ótimo. A mudança foi cansativa. Os rapazes do frete foram maravilhosos e ajudaram muito. Deu tudo certo. Muito agradecida por deixar alugar uma casinha aqui.


TÔNIA: Ótimo. Eu só vim saber se ficou tudo nos conformes. Vá descansar que o dia foi puxado.


Tônia se levanta do sofá. Solange, toda simpática, a leva até a porta. As duas se despedem com beijinhos no rosto.


TÔNIA: Qualquer coisa que precisar, só  chamar.


Tônia se vira para embora. Solange fecha a porta. Sua expressão fingida sai e um ar diabólico toma conta de si.


SOLANGE má: Vou precisar muito de você, sua anta portuguesa.


Solange sorriso maldoso e um olhar diabólico para o horizonte.


A cena congela, um esfumaçado azul, como se fosse uma neblina.

FIM DO CAPÍTULO





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