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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 22 | ÚLTIMOS CAPÍTULOS

                                              



CENA 01. MANSÃO DE JULIANO. FRENTE. EXT. DIA

Inara e Romina continuam a conversa.

 

INARA - (com desdém) Ah, você quer que eu vá até a mansão de Marisol para conversarmos? Que conveniente, Romina! Como eu sei que você adora fazer as coisas à moda antiga, planejando encontros em locais estratégicos.

ROMINA - (com um olhar penetrante) Não seja sarcástica, Inara. Eu marquei o encontro na mansão de Marisol porque lá estaremos longe de olhares curiosos e podemos conversar sem interrupções.

INARA - (com desconfiança) E por que diabos eu confiaria em você para ter uma conversa privada na mansão de Marisol?

ROMINA - (com paciência) Porque, apesar de tudo, nós duas temos um interesse em comum: Clarinha. E eu estou disposta a fazer o que for preciso para tê-la de volta.

INARA - (com um suspiro) Eu ainda não entendo por que você não aceita minha proposta. Devolveria Clarinha para você em um piscar de olhos.

ROMINA - (com firmeza) Porque eu não faço negócios com pessoas como você, Inara. Você pode até devolver a guarda de Clarinha, mas sei que há sempre segundas intenções por trás de suas ações.

INARA - (irritada) Obviamente... Seu sumiço vai me ajudar bastante.

ROMINA – Nossa, para quem dizia que amava Clarinha mais que tudo...

INARA – Amo sim, mas em jogo também está a minha felicidade com Juliano.

ROMINA – (sarcástica) Certo! Entrarei em contato com um advogado e na parte da noite nos vemos na mansão da Marisol.

 

Ambas as mulheres trocam olhares.

 

 

CENA 02. MANSÃO DE MARISOL. INT. MANHÃ

Romina entra na mansão e se depara com Valfredo e Marisol, que estão se encarando intensamente. Ela não consegue conter uma risada ao ver a cena.

 

ROMINA - (entre risos) Uau, parece que eu cheguei em um momento interessante aqui!

MARISOL - (com uma expressão desconfiada) O que você está fazendo aqui, Romina?

ROMINA - (ainda rindo) Bem, eu moro aqui, lembra? E não, não estou aqui para roubar nada, se é isso que você está pensando.

MARISOL - (com sarcasmo) Ah, que alívio. Eu estava começando a ficar preocupada.

 

Romina solta outra risada antes de suspirar, mostrando cansaço.

 

ROMINA - (com um suspiro) Ai, estou exausta. Espero que vocês dois não tenham planos de continuar com essa encarada o dia todo.

 

Valfredo, animado, se aproxima de Romina.

 

VALFREDO - Romina, querida! Que bom te ver!

 

Romina sorri para Valfredo, mas sua expressão muda ao ver ele se desmunhecar de repente.

 

ROMINA - (com estranheza) O que aconteceu com você?

VALFREDO - (com um olhar de vergonha) Eu estava apenas empolgado demais.

 

Marisol observa a interação com desconfiança, enquanto Romina entrega um presente a Valfredo.

 

ROMINA - (entregando o presente) Aqui, é para você. Espero que goste.

 

Marisol olha curiosa para o presente enquanto Valfredo o abre, revelando uma expressão de surpresa e gratidão.

 

VALFREDO - (animado) Uau, obrigado!

ROMINA - (ironicamente) Ah, Marisol, eu não podia esquecer de você, é claro. Tenho um presente especial para você também.

MARISOL - (com sarcasmo) Ah, que surpresa maravilhosa. Mal posso esperar para ver o que é.

ROMINA - (com um olhar firme) Bom, você pode deixar suas pérolas de sarcasmo para outra ocasião. Aqui está seu presente.

 

Romina joga o embrulho na direção de Marisol, que o pega com relutância.

 

MARISOL - (franzindo o cenho) Eu não tenho interesse em abrir isso.

ROMINA - (com firmeza) Eu disse para abrir, Marisol. É uma ordem.

 

Marisol olha para Romina com raiva, mas acaba cedendo e abre o presente. Sua expressão se transforma em choque ao ver que o presente é uma roupa de empregada.

 

MARISOL - (com indignação) Que brincadeira é essa, Romina?

 

Romina a olha com ar de deboche.

 

CENA 03. TENDA DE CARTOMANTE. INT. MANHÃ

Marsala entra na tenda da cartomante, um ambiente escuro e misterioso, com cortinas de veludo vermelho e velas tremeluzentes. A cartomante, vestida com roupas exóticas e muitos acessórios brilhantes, acena para Marsala.

 

CARTOMANTE - (com uma voz misteriosa) Bem-vinda, minha cara. Vejo que você está em busca de respostas.

MARSALA - (com desconfiança) Sim, estou aqui para entender por que o espírito do meu falecido marido está me perseguindo.

CARTOMANTE - (com dramaticidade) Ah, sim, eu posso ver... As cartas estão falando comigo.

 

A cartomante começa a embaralhar as cartas de tarô de forma teatral.

 

MARSALA - (cética) Você realmente acredita nisso?

CARTOMANTE - (com um sorriso enigmático) Não é uma questão de acreditar, minha cara, mas sim de deixar a energia fluir.

 

A cartomante vira as cartas e começa a interpretá-las de forma exagerada.

 



CENA 04. MANSÃO DE LEO. INT. MANHÃ

Max entra na mansão de Léo, encontrando um ambiente sombrio e tenso. Léo o recebe com um sorriso sinistro, pegando dois copos de whisky e acendendo um charuto.

 

LÉO - (com um sorriso irônico) Max, meu caro, que surpresa agradável. Parece que estamos prontos para a próxima fase do nosso "negócio".

MAX - (com um sorriso confiante) Sim, Léo. Tudo está indo conforme o planejado. A outra parte da transferência do desvio estará na sua conta em breve.

 

Léo ergue uma sobrancelha, observando Max atentamente.

 

LÉO - (com um olhar calculista) Quase tudo, você quer dizer...

 

Max franzindo a testa, confuso.

 

MAX - (com curiosidade) O que você quer dizer com "quase tudo", Léo?

 

Léo toma um gole do whisky e olha para Max com um olhar sério.

 

LÉO - (com um tom sombrio) Onde está Romina?

 

Max fica momentaneamente surpreso com a pergunta de Léo.

 

MAX - (com sinceridade) Eu não a vi, Léo. E o celular dela está desligado.

 

Léo balança a cabeça, decepcionado.

 

LÉO -(com um suspiro) Eu tentei ligar para ela, mas sem sucesso. E isso me preocupa...

 

Max franze a testa, começando a sentir a tensão no ar.

 

MAX - (com preocupação) Por que isso seria um problema, Léo?

 

Léo olha diretamente nos olhos de Max, revelando sua verdadeira intenção.

 

LÉO - (com frieza) Porque, Max, mesmo sabendo que você está apaixonado por ela, se Romina não matar a maldita ladra dos meus diamantes, eu não hesitarei em acabar com ela.

 

Max fica chocado com a revelação de Léo.

 

MAX - (incrédulo) Você está me dizendo que mandou Romina matar alguém?

 

Léo apenas sorri de maneira sinistra.

 

CENA 05. MANSÃO DE MARISOL. INT. MANHÃ

Continuação da cena 02.

 

Marisol – (irritada) Romina, que palhaçada é essa?

Romina – Eu estava achando suas roupas “Cheias de Charme” demais, então comprei essas peças que condizem com o seu lugar nessa mansão.

Marisol – Olha aqui, se você pensa que eu vou ficar aqui como sua empregada/

Romina – (interrompendo de maneira sarcástica) Eu não só acho, como você vai. Que foi, perdeu a noção do perigo?

Marisol – (desesperada) Romina, por favor...

Romina – (sorrindo) Sabe, não sei por qual motivo, desde o dia que bati o olho em você, percebi que você tem uma aptidão para “empreguete”. Talvez seja algo relacionado a vidas passadas, né?

 

Valfredo se controla para não rir. Marisol encara Romina.

 

Romina – (altiva) Anda queria, tá esperando o que para colocar seu uniforme e me servir. (T) Anda, me serve vadia!

 

Valfredo leva uma das mãos a boca, tentando conter o riso.

 

CENA 06. TRANSIÇÃO MANHÃ – NOITE

 

CENA 07. MANSÃO DE MARISOL. INT. NOITE

Inara entra na mansão de Marisol, sendo recebida por Romina com um sorriso irônico.

 

ROMINA - (com sarcasmo) Bem-vinda, Inara. Fico feliz que tenha aceitado meu convite.

INARA - (com um sorriso falso) Um convite de uma mulher como você, não se pode rejeitar!

ROMINA - (com uma risada forçada) Oh, você é muito gentil, Inara. Queira entrar, por favor.

 

Inara entra e Romina a leva até a sala de estar. Inara se senta no sofá

 

ROMINA - (com um sorriso falso) Posso te oferecer algo para beber, Inara?

INARA - (com indiferença) Um suco, por favor.

 

Romina pega um sininho e chacoalha, chamando a empregada. Marisol aparece na sala, vestida com um uniforme de empregada, e fica chocada ao ver Inara.

 

MARISOL - (com os olhos arregalados) Inara?!

INARA - (levantando-se, incrédula) Não pode ser... Marisol?!

ROMINA - (com um sorriso malicioso) Ah, parece que temos um reencontro emocionante aqui.

INARA - (estarrecida) Marisol, O que significa isso?

ROMINA – (irônica) Significa exatamente o que você está vendo. Eu sou a patroa e a Marisol é a minha empregadinha.

 

Inara e Marisol trocam olhares.

 

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