CENA
01. MANSÃO DE JULIANO. FRENTE. EXT. DIA
Inara e
Romina continuam a conversa.
INARA
- (com desdém) Ah, você quer que eu vá até a mansão de Marisol para
conversarmos? Que conveniente, Romina! Como eu sei que você adora fazer as
coisas à moda antiga, planejando encontros em locais estratégicos.
ROMINA
- (com um olhar penetrante) Não seja sarcástica, Inara. Eu marquei o encontro
na mansão de Marisol porque lá estaremos longe de olhares curiosos e podemos
conversar sem interrupções.
INARA -
(com desconfiança) E por que diabos eu confiaria em você para ter uma conversa
privada na mansão de Marisol?
ROMINA
- (com paciência) Porque, apesar de tudo, nós duas temos um interesse em comum:
Clarinha. E eu estou disposta a fazer o que for preciso para tê-la de volta.
INARA
- (com um suspiro) Eu ainda não entendo por que você não aceita minha proposta.
Devolveria Clarinha para você em um piscar de olhos.
ROMINA -
(com firmeza) Porque eu não faço negócios com pessoas como você, Inara. Você
pode até devolver a guarda de Clarinha, mas sei que há sempre segundas intenções
por trás de suas ações.
INARA
- (irritada) Obviamente... Seu sumiço vai me ajudar bastante.
ROMINA –
Nossa, para quem dizia que amava Clarinha mais que tudo...
INARA –
Amo sim, mas em jogo também está a minha felicidade com Juliano.
ROMINA –
(sarcástica) Certo! Entrarei em contato com um advogado e na parte da noite nos
vemos na mansão da Marisol.
Ambas as mulheres trocam olhares.
CENA
02. MANSÃO DE MARISOL. INT. MANHÃ
Romina entra na mansão e se depara com Valfredo e Marisol, que estão se
encarando intensamente. Ela não consegue conter uma risada ao ver a cena.
ROMINA
- (entre risos) Uau, parece que eu cheguei em um momento interessante aqui!
MARISOL
- (com uma expressão desconfiada) O que você está fazendo aqui, Romina?
ROMINA -
(ainda rindo) Bem, eu moro aqui, lembra? E não, não estou aqui para roubar
nada, se é isso que você está pensando.
MARISOL -
(com sarcasmo) Ah, que alívio. Eu estava começando a ficar preocupada.
Romina solta outra risada antes de suspirar, mostrando cansaço.
ROMINA
- (com um suspiro) Ai, estou exausta. Espero que vocês dois não tenham planos
de continuar com essa encarada o dia todo.
Valfredo, animado, se aproxima de Romina.
VALFREDO
- Romina, querida! Que bom te ver!
Romina sorri para Valfredo, mas sua expressão muda ao ver ele se
desmunhecar de repente.
ROMINA
- (com estranheza) O que aconteceu com você?
VALFREDO
- (com um olhar de vergonha) Eu estava apenas empolgado demais.
Marisol observa a interação com desconfiança, enquanto Romina entrega
um presente a Valfredo.
ROMINA
- (entregando o presente) Aqui, é para você. Espero que goste.
Marisol olha curiosa para o presente enquanto Valfredo o abre, revelando
uma expressão de surpresa e gratidão.
VALFREDO
- (animado) Uau, obrigado!
ROMINA
- (ironicamente) Ah, Marisol, eu não podia esquecer de você, é claro. Tenho um
presente especial para você também.
MARISOL
- (com sarcasmo) Ah, que surpresa maravilhosa. Mal posso esperar para ver o que
é.
ROMINA - (com um olhar firme) Bom, você pode deixar suas pérolas de
sarcasmo para outra ocasião. Aqui está seu presente.
Romina joga o embrulho na direção de Marisol, que o pega com
relutância.
MARISOL
- (franzindo o cenho) Eu não tenho interesse em abrir isso.
ROMINA
- (com firmeza) Eu disse para abrir, Marisol. É uma ordem.
Marisol olha para Romina com raiva, mas acaba cedendo e abre o
presente. Sua expressão se transforma em choque ao ver que o presente é uma
roupa de empregada.
MARISOL
- (com indignação) Que brincadeira é essa, Romina?
Romina a olha com ar de deboche.
CENA
03. TENDA DE CARTOMANTE. INT. MANHÃ
Marsala entra na tenda da cartomante, um ambiente escuro e misterioso,
com cortinas de veludo vermelho e velas tremeluzentes. A cartomante, vestida
com roupas exóticas e muitos acessórios brilhantes, acena para Marsala.
CARTOMANTE
- (com uma voz misteriosa) Bem-vinda, minha cara. Vejo que você está em busca
de respostas.
MARSALA
- (com desconfiança) Sim, estou aqui para entender por que o espírito do meu
falecido marido está me perseguindo.
CARTOMANTE
- (com dramaticidade) Ah, sim, eu posso ver... As cartas estão falando comigo.
A cartomante começa a embaralhar as cartas de tarô de forma teatral.
MARSALA
- (cética) Você realmente acredita nisso?
CARTOMANTE -
(com um sorriso enigmático) Não é uma questão de acreditar, minha cara, mas sim
de deixar a energia fluir.
A cartomante vira as cartas e começa a interpretá-las de forma
exagerada.
CENA
04. MANSÃO DE LEO. INT. MANHÃ
Max entra na mansão de Léo, encontrando um ambiente sombrio e tenso.
Léo o recebe com um sorriso sinistro, pegando dois copos de whisky e acendendo
um charuto.
LÉO
- (com um sorriso irônico) Max, meu caro, que surpresa agradável. Parece que
estamos prontos para a próxima fase do nosso "negócio".
MAX
- (com um sorriso confiante) Sim, Léo. Tudo está indo conforme o planejado. A
outra parte da transferência do desvio estará na sua conta em breve.
Léo ergue uma sobrancelha, observando Max atentamente.
LÉO
- (com um olhar calculista) Quase tudo, você quer dizer...
Max franzindo a testa, confuso.
MAX
- (com curiosidade) O que você quer dizer com "quase tudo", Léo?
Léo toma um gole do whisky e olha para Max com um olhar sério.
LÉO
- (com um tom sombrio) Onde está Romina?
Max fica momentaneamente surpreso com a pergunta de Léo.
MAX
- (com sinceridade) Eu não a vi, Léo. E o celular dela está desligado.
Léo balança a cabeça, decepcionado.
LÉO -(com
um suspiro) Eu tentei ligar para ela, mas sem sucesso. E isso me preocupa...
Max franze a testa, começando a sentir a tensão no ar.
MAX
- (com preocupação) Por que isso seria um problema, Léo?
Léo olha diretamente nos olhos de Max, revelando sua verdadeira
intenção.
LÉO
- (com frieza) Porque, Max, mesmo sabendo que você está apaixonado por ela, se
Romina não matar a maldita ladra dos meus diamantes, eu não hesitarei em acabar
com ela.
Max fica chocado com a revelação de Léo.
MAX
- (incrédulo) Você está me dizendo que mandou Romina matar alguém?
Léo apenas sorri de maneira sinistra.
CENA
05. MANSÃO DE MARISOL. INT. MANHÃ
Continuação da cena 02.
Marisol –
(irritada) Romina, que palhaçada é essa?
Romina –
Eu estava achando suas roupas “Cheias
de Charme” demais, então comprei essas peças que condizem com o seu
lugar nessa mansão.
Marisol –
Olha aqui, se você pensa que eu vou ficar aqui como sua empregada/
Romina –
(interrompendo de maneira sarcástica) Eu não só acho, como você vai. Que foi,
perdeu a noção do perigo?
Marisol –
(desesperada) Romina, por favor...
Romina –
(sorrindo) Sabe, não sei por qual motivo, desde o dia que bati o olho em você,
percebi que você tem uma aptidão para “empreguete”.
Talvez seja algo relacionado a vidas passadas, né?
Valfredo se controla para não rir. Marisol encara Romina.
Romina –
(altiva) Anda queria, tá esperando o que para colocar seu uniforme e me servir.
(T) Anda, me serve vadia!
Valfredo leva uma das mãos a boca, tentando conter o riso.
CENA
06. TRANSIÇÃO MANHÃ – NOITE
CENA
07. MANSÃO DE MARISOL. INT. NOITE
Inara entra na mansão de Marisol, sendo recebida por Romina com um
sorriso irônico.
ROMINA -
(com sarcasmo) Bem-vinda, Inara. Fico feliz que tenha aceitado meu convite.
INARA
- (com um sorriso falso) Um convite de uma mulher como você, não se pode
rejeitar!
ROMINA -
(com uma risada forçada) Oh, você é muito gentil, Inara. Queira entrar, por
favor.
Inara entra e Romina a leva até a sala de estar. Inara se senta no sofá
ROMINA
- (com um sorriso falso) Posso te oferecer algo para beber, Inara?
INARA
- (com indiferença) Um suco, por favor.
Romina pega um sininho e chacoalha, chamando a empregada. Marisol
aparece na sala, vestida com um uniforme de empregada, e fica chocada ao ver
Inara.
MARISOL
- (com os olhos arregalados) Inara?!
INARA
- (levantando-se, incrédula) Não pode ser... Marisol?!
ROMINA -
(com um sorriso malicioso) Ah, parece que temos um reencontro emocionante aqui.
INARA
- (estarrecida) Marisol, O que significa isso?
ROMINA –
(irônica) Significa exatamente o que você está vendo. Eu sou a patroa e a
Marisol é a minha empregadinha.
Inara e Marisol trocam olhares.
Obrigado pelo seu comentário!