CAPÍTULO 11
Criada e Escrita por ANDIE ARAÚJO
Diretor de Núcleo DENNIS CARVALHO
CENA 01. PRAIA. EXT. DIA.
Continuação da cena 08, capítulo anterior. Lia se levanta da cadeira.
LIA: Vou para o mar.
LEONARDO: Vai sim! Toma cuidado, hein.
Lia se dirige para o mar. Leonardo fica parado ali. Uma bela mulher, fazendo uma corrida pela areia. Ele a observa, ela troca olhares de paquera com ele. Ele sorri, ela retribui, se aproxima. Os dois conversam fora de áudio.
Lia na água, se divertindo com uma coleguinha que fez.
Cortes intercalados. Léo e a mesma mulher da cena 08, ao longe, conversando no Quiosque, sob a mesa água de coco. Detalhes nas carícias deles. Ainda sem áudio.
Clima de tensão vai subindo.Volta em Lia, uma onda forte acaba engolindo Lia, que assustada começa a se debater.
Outra onda atinge a menina que acaba sumindo nas borbulhas do mar. Não a vemos mais.
Um senhor por ali se banhando nota uma mão pedindo socorro.
SENHOR grita: Tem alguém se afogando! Alguém se afogando!
Um burburinho vai se criando por ali. Léo percebe a movimentação e do seu POV, ele não vê Lia.
LEONARDO em desespero: Lia!!!! Lia! Lia!
Léo aflito se levanta e vai até a extensão da areia. Close no pânico de Leonardo.
Corta para:
CENA 02. PRAIA. EXT. DIA.
Em outra área da praia, Jasmin e Miguel estão à parte do restante dos familiares.
MIGUEL: Tenho notado você um pouco distante.
JASMIN disfarça: Não, não é nada demais.
MIGUEL: Tem certeza, amor? Parece que anda escondendo algo…
Jasmin rapidamente fica nervosa, aflita.
Miguel esperando uma resposta.
Corta para:
CENA 03. PRAIA. EXT. DIA.
Continuação da cena 01. Léo desesperado vai se aproximando da beira do mar. Já vemos Helena saindo com Lia em seus braços. Mônica ali na próxima.
MÔNICA: Por favor, gente, se afastem!
Mônica contém alguns curiosos longe. helena põe a menina deitada na areia e faz respiração boca-boca. Léo se aproxima do cerco feito.
LÉO aflito: Eu sou o pai dela, moça.
Mônica o deixa passar e Léo vai até Helena e Lia. Ao se virar, Helena e Léo trocam olhares.
HELENA: Você!?
Expressão surpresa dos dois. Lia tosse para alívio de todos ali apreensivos.
LEONARDO: Filha!
Lia acaba expelindo água. Helena continua fazendo o procedimento sob o olhar admirado de Leonardo.
Corta para:
CENA 04. PRAIA. EXT. DIA.
Continuação da cena 02. Miguel esperando resposta de Jasmin.
MIGUEL: Então, meu amor, está escondendo algo?
Jasmin sorri sem jeito, disfarça.
JASMIN: É cansaço! Eu estou com tanta coisa na cabeça, várias coisas pra resolver. É faculdade, trabalho na loja. Acho que seria melhor a gente adiar o casamento por um tempinho. Um, dois meses?
Miguel fica tenso com a proposta.
Corta para:
CENA 05. HALL DE CONSULTÓRIO MÉDICO. INT. DIA.
Leonardo e Lia saindo do consultório, aliviados depois da turbulência do dia. Saem até com sorriso no rosto.
LEONARDO: Que bom que não teve sequelas. Nada!
Léo abraça a filha. Teresa e Leandro chegam irritados.
TERESA: Irresponsável! (Puxa Lia para seu lado e deduz) Aposto que deixou a Lia por causa de uma vagabunda qualquer da praia.
Leonardo coça a cabeça, inquieto.
LEONARDO tenta amenizar: Isso acontece nas melhores famílias…
TERESA: Na minha, não! (Acusa) Você atentou contra a vida da própria filha!
LEANDRO: Vamos vó! O que é dele tá guardado!
Leandro vai saindo puxando Lia.
LIA: Me solta, Leandro! Ficarei com o papai!
Lia se solta e vai para o lado do pai. Leandro bravo.
Corta para:
CENA 06. HALL DE CONSULTÓRIO. INT. DIA.
Continuação da cena 05. Teresa enfurecida. Leandro com a raiva tomada.
LIA: Foi apenas um incidente e que poderia acontecer se eu estivesse com qualquer um dia vocês.
Teresa engole seco e sai irritada, Leandro a acompanha. Lia abraça o pai.
LEONARDO: Obrigado, filha. Eu não mereço uma filha como você.
LIA: Te amo, pai! Nada vai separar o que sentimos um pelo outro.
LEONARDO: Nada.
Leandro saindo, olha para a cena num misto de ódio, inveja.
Corta para:
CENA 07. CONSULTÓRIO MÉDICO. INT. DIA.
Médico e Do Carmo conversando. Reação de Do Carmo. Marcos do lado da mãe, ele bem abatido.
DO CARMO: Dengue, Doutor?
MÉDICO: O bom é que essa é a dengue mais comum, ele não pegou a dengue hemorrágica que é mais grave. (P/Marcos) Beba muita água, comidas leves. Sempre se hidrate, rapaz. O suor excessivo e a febre alta pode levar a desidratação. E vou pedir para marcar uma volta, precisamos monitorar as plaquetas. Ok?
MARCOS: Certo, Doutor. Eu só quero ir embora! Parece que fui massacrado por um caminhão.
DO CARMO: É normal, doutor?
MÉDICO: Sim. E muito repouso! É necessário também fazer uma limpeza constante. Nada de água parada!
DO CARMO: Lá em casa fazemos com frequência. Vou alertar os vizinhos!
MÉDICO: Por favor, faça isso! Se tornou uma epidemia. Tive muitos casos!
MARCOS estressado, resmunga.
Corta para:
CENA 08. RIO DE JANEIRO. DIA/NOITE.
Ao som de “Mapa - Melim, Vitor Kley”. STock-shots. A noite caindo no Rio de Janeiro mostrando o trânsito caótico de alguns principais pontos da cidade. Avenida Brasil, Túnel Rebouças, Linha Vermelha, Ruas do Bairro do Catete até chegar em Zu e Baixinho caminhando em uma das ruas.
CENA 09. BAR DO CATETE. EXT./INT. NOITE.
Zu e Baixinho ali caminhando. Ela está cabisbaixa, triste.
ZU lamenta: Não vai dar para ir, Baixinho! A passagem tá cara. Ida e volta tá um absurdo.
BAIXINHO: Fica assim não. Só confia.
ZU: Queria tanto ir lá ver mainha.
Zu adentra o bar. Gardênia se aproxima de Zu com um envelope. Todos os amigos estão ali. (Jerônimo, Dinorá, Margarido, Narciso, Jasmin, Miguel).
MARGARIDO: Isso aqui é um dinheirinho para você ir lá cuidar da sua mãe.
Zu fica tocada, emocionada.
ZU: Ai, gente. Muito obrigada pela surpresa!
JASMIN: Você merece!
Um salva de palmas seguido de “ela merece”. Zu sorri emocionada.
ZU emocionada: Nem acredito! Tô… tô sem palavras com essa atitude linda de vocês, meus amigos.
Solange se aproxima da turma.
SOLANGE falsa: AH gente! Desculpa a demora. É que só agora consegui chegar! É só uma pequena contribuição.
Solange entrega um pequeno envelope para Zu.
SOLANGE falsa: Quero ver você bem e sua família também!
JERÔNIMO: Vamos fazer um brinde. Eu pago a rodada de cerveja pra galera! Um viva à saúde de mainha!
ZU: À mainha!
TODOS: À mainha!
Eles riem, se divertem ali.
Corta para:
CENA 10. COZINHA/ CASA DE ROSA. INT. NOITE.
Rosa termina de colocar a travessa de salada sob a mesa e Janaína com a panela de arroz. Pedro e Gilson ali, em conversa inaudível. Marinho à parte. Rosa atenta a conversa.
MARINHO ao cel.: Dengue?... Tá bom, muito obrigado pela informação.
Marinho desliga o celular. Rosa se aproxima.
ROSA curiosa: O que foi? Quem está com dengue?
MARINHO sussurrando: Meu irmão. Aquele assunto que te falei.
ROSA: Tá bom. Que ele melhore!
Rosa faz um afago, um carinho.
Corta para:
CENA 11. RIO DE JANEIRO. EXT. NOITE/DIA.
Transição da Noite Para o Dia. Ao som de “Caminhos Cruzados - Ana Solari”. O amanhecer no Catete. Manu indo para o Cursinho, Jerônimo com a Banca já aberta, noticiário do dia expostos. A cena termina na fachada do Aeroporto Nacional.
Corta para:
CENA 12. SAGUÃO AEROPORTO. INT. DIA.
Saguão com muitas pessoas. Vai e vem de pessoas e descobrimos ali Zu se despedindo de alguns amigos. Margarido, Gardênia, Tônia estão ali com ela.
ZU: Estou muito feliz com tudo, gente! Que pena que não deu para todos virem. Muito obrigada por tudo! Agradece eles por mim, Dona Gardênia.
GARDÊNIA: Pode deixar!
As duas se abraçam. Margarido dá batidinhas no ombro. Zu se aproxima de Tônia e lhe abraça.
ZU: Ué e a correntinha? Não sai sem ela.
TÔNIA: Não achei. Sabe como sou!
ZU: Distraída por demais!
Elas riem. Um cachorro pastor alemão se aproxima cheirando a mala que está no chão.
ZU espantando o animal: Aí não tem nada pra tu!
Zu tenta enxotar o animal, que late. Dois policiais federais se aproximam.
POLICIAL 01: Podemos revistar a mala, senhora?
Zu assente, convicta em sua honestidade. Ela, naturalmente, se volta para continuar a conversa.
Policiais vasculham e acabam encontrando o envelope que Stella e Solange estavam em mãos em capítulos anteriores. Eles abrem e encontram drogas. Eles se entreolham. Zu percebe o envelope.
ZU intrigada: Que marmota é essa, seu polícia?
POLICIAL 01: Drogas!
Zu, Tônia, Margarido e Gardênia se espantam, bem surpresos.
TÔNIA surpresa, não acreditando: Tu estás metida com droga, Zuleica?
Zu surpresa com a pergunta tentando formular uma resposta. Zu aflita.
A cena congela, um esfumaçado azul, como se fosse uma neblina.
FIM DO CAPÍTULO
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