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Entrelaçados - Capítulo 40 (Última Semana)



CAPÍTULO  40


Criada e Escrita por ANDIE ARAÚJO 


Diretor de Núcleo DENNIS CARVALHO 






CENA 01.QUARTO DE OLAVO E PAULA. INT. NOITE.

Continuação da cena 10, capítulo anterior, Olavo e Stella depois do ato, adormecidos.

Corta para o corredor, Paula abre a porta.

PAULA: Olavo!?

Paula perplexa com a cena. Ela lacrimeja, sem acreditar no que vê.

PAULA: Stella!? VAGABUNDA!

Olavo vai até Paula. Stella estática, apenas se cobre com o lençol.

PAULA: Não toca em mim, seu imundo!

OLAVO: Paulinha…

Paula dá um tapa em Olavo.

PAULA com raiva: Não encosta mais essas mãos imundas em mim!

STELLA: Querida…

Paula se volta para Stella e a agride.

PAULA: Como você pôde?! Eu te acolho em minha casa e você faz isso? Sua desclassificada!

STELLA tenta sair por cima: Olha aqui, eu não sou…

Paula dá mais um tapa.

PAULA: Cala a boca que eu não falo com vagabunda.

OLAVO: Paula…

PAULA: Chega! Acabou. Eu não quero mais saber de você. A minha cota com você acabou, Olavo. Acabou a mamata. Daqui do meu bolso você não arranca mais nenhum tostão.

OLAVO: O quê?

PAULA: Eu quero separação, divórcio.

OLAVO: Eu não separo!

PAULA: Separa sim! Eu não sou otária. Meu pai, o Velho Lira Muniz, fez o contrato de casamento com separação total de bens. Eu sou dona de tudo e você é um nada, Olavo, apenas um advogado.

OLAVO: Você não pode fazer isso comigo, entendeu?

PAULA: Posso e devo! Agora, Rua! Vaza! Saia daqui, você e sua amante!

Stella e Olavo se vestem. Stella vai saindo.

OLAVO lamenta: Como eu perdi meu tempo casado com uma sem sal feito você?

PAULA sarcástica: Deve ser porque eu sustentava você! Parasita!

OLAVO: Eu fiz aquele Escritório! Eu volto, meu amor!

Olavo sai com Stella. Paula senta na cama e chora de raiva.

Corta para:


CENA 02. GALPÃO. INT. NOITE.

Clima de tensão. Fonseca leva marmita para Marcos. Os dois em silêncio. Marcos acaba quebrando o silêncio.

MARCOS: Obrigado.

Fonseca desamarra o cativo.  Marcos no impulso, salta para cima de Fonseca, que logo saca a arma.

FONSECA: Tá brincando com fogo, rapaz.

MARCOS: Eu não tenho nada a perder!

Marcos vai pra cima e os dois se engalfinham por alguns segundos. Um tiro é disparado. Clima de tensão predomina.

Corta para:


CENA 03. SALA DE ESTAR/ APART DE MIGUEL. INT. NOITE.

Miguel e Vicente vendo um filme juntos. Sentados no sofá, abraçados um ao outro. Vicente o olha com segundas intenções. Ele vai passando a mão pelas pernas de Miguel, que se desvencilha, desconfortável.

MIGUEL: Acho que é  melhor não… Eu não me sinto preparado para…

VICENTE: Tudo bem, eu espero. Vamos no seu tempo, ok?

MIGUEL: Ok.

Miguel rouba-lhe um selinho.

MIGUEL: Te amo, cara.

VICENTE: E1u também!

Vicente abraça Miguel e os dois ficam ali agarradinhos.

Corta para:


CENA 04. GALPÃO. INT. NOITE.

Continuação da cena 02. Marcos se desvencilha de Fonseca. O primeiro desesperado. Fonseca no chão, todo ensanguentado. Uma grande poça de sangue.

MARCOS: O que eu fiz!? O que eu fiz!?

Fonseca balbucia algumas palavras, mas está fraco. Marcos tira um celular do bolso de Fonseca. Marcos disca um numero.

MARCOS (cel): Mãe… sou eu, Marcos.

DO CARMO (cel, em off): Filho? É você mesmo?

MARCOS (cel): Mãe… Eu matei o cara aqui! Eu lutei com ele. Eu me livrei dos homens!

Marcos sorri fraco e sai do tal galpão, correndo pelas ruas.

Corta para:


CENA 05. SALA DE ESTAR/ QUARTO/ APART DE COPACABANA. INT. DIA.

Solange adentra o imóvel. Ela vestida com uniforme da empresa.

SOLANGE: Stella? Stella?

Solange vai adentrando pelo apart e vai até o quarto onde Tônia dorme.

SOLANGE: Velha Portuguesa, acorda! Bora!

Solange cutuca por diversas vezes Tônia, que permanece imóvel. Solange vai se desesperando.

SOLANGE: Dona Tônia? Tônia?!

Close em Tônia imóvel, sem respiração.

Corta para:




CENA 06. SALA DE ESTAR/ QUARTO/ APART DE COPACABANA. INT. DIA.

Solange andando de um lado para o outro. Stella chega.

SOLANGE: O que você fez?

STELLA: Bom dia, primeiro, né?

SOLANGE: Bom dia? A velha tá morta!

STELLA: Que?!

SOLANGE: A velha morreu, cantou pra subir, meu amor.

STELLA: Não, não pode ser. Eu dei uns comprimidos pra ela, esperei dormir e saí.

SOLANGE: Quantos comprimidos?

STELLA: Cinco. Dei cinco pílulas de calmante!

SOLANGE: Ela não reage, Stella! A velha morreu e o que fazemos agora?

STELLA: Eu vou acionar o Olavo, vou ver o que dá pra fazer!

Stella saca o celular da bolsa e disca para Olavo. Solange e Stella em desespero.

Corta para:

CENA 07. CEMITÉRIO. EXT. DIA.

A CAM passeia pelos túmulos ali. Solange e Stella com trajes pretos. Tônia acaba de ser sepultada. Os coveiros a deixam ali. Solange faz o sinal da cruz e deixa uma rosa.

STELLA: Tudo deu certo, Solange! Foi rápido. Olavo chamou um médico legista de confiança para ela.

SOLANGE: Apesar de tudo, eu gostava dela, aquela anta portuguesa!

STELLA: Bora que já temos o principal dela!

SOLANGE: O dinheiro!

As duas saem rindo. Close na Lápide com o escrito: “Porcina da Silva”.

Corta para:


CENA 08. FLORICULTURA. INT. DIA.

Margarido e Gardênia chegam. Jasmin no balcão. Baixinho terminando de atender um cliente, em off.

MARGARIDO: Oi, filha!

JASMIN: Olá, pai, mãe! E o que a Polícia falou?

GARDÊNIA: A investigação da polícia está ótima! Você não vai acreditar o que eles descobriram sobre a Dona Tônia!?

JASMIN: Fala!

MARGARIDO: Movimentaram a conta dela e descobriram que ela não viajou para Portugal.

JASMIN: Gente, que loucura! Nunca imaginei viver no meio de uma investigação da Polícia!

Baixinho percebe a conversa.

BAIXINHO: Desculpa me intrometer, mas acho que a Zu sempre teve razão.

MARGARIDO: Razão em quê?

BAIXINHO: A Zu sempre foi muito cismada com a Solange. E essas coisas aí só aconteceram depois que a Solange ficou íntima da Dona Tônia.

MARGARIDO grilado: A Solange?!

Eles ficam encafifados.

Corta para:


CENA 09. SALA DO DELEGADO/ DELEGACIA POLÍCIA CIVIL. INT. DIA.

Marinho em frente ao Delegado Altino. Ela entrega a ele o dossiê contra Olavo.

MARINHO: Aí tem tudo sobre Olavo Ferraz, o advogado. São provas irrefutáveis dos crimes desse homem, Delegado.

DELEGADO ALTINO: Olavo Ferraz?

MARINHO: Ele matou o próprio sogro, o Juiz Lira Muniz, lembra do caso?

DELEGADO ALTINO: Sim, meu jovem. Mas como sabe disso?

MARINHO determinado: Eu sou a testemunha do crime!

Marinho firme, Delegado Altino apenas ouvindo a tudo com muita cautela.

Corta para:


CENA 10. SALA DE ESTAR/ APART DE MIGUEL. INT. DIA.

Miguel e Jerônimo almoçando. Eles até conversam entre uma degustação e outra.

JERÔNIMO: Poxa, filho, tô sentindo tanto sua falta lá em casa… Eu pensei que você nem ia querer ficar nesse apartamento!

MIGUEL: É, resolvi ser o mais independente possível.

JERÔNIMO: Eu te vejo mais feliz, com um brilho nos olhos que não via a muito tempo… Tá de namoradinha nova?

MIGUEL: Pai… É isso sim, eu tô feliz com um novo amor. É uma pessoa maravilhosa, mas antes eu preciso falar uma coisa, te dizer uma coisa que descobri.

JERÔNIMO: Descobriu? Fala, filho!

MIGUEL: Pai, eu me descobri bissexual! Eu gosto tanto de meninas quanto de meninos.

O brilho nos olhos de Jerônimo se apaga. Ele faz uma expressão confusa. Miguel estático, esperando uma resposta.

A cena congela, um esfumaçado azul, como se fosse uma neblina.

FIM DO CAPÍTULO




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